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Trabalho[1]- bucha de alta tensão ou de passagem

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
ENGENHARIA ELÉTRICA
ANTÓNIO RAMALHO DE A JUNIOR -04016631
ARILSON DA SILVA PAIVA LINS – 04018185
FELIPE SOUZA BRAGA- 040022635
JEAN CRISTIAN MARQUES SEIXAS- 04019825
JOICE AMANDA DA SILVA GOMES-04016430
JULHO RENNAN
RAGNA TABITA GOMES DA SILVA-04017969
CAMPINA GRANDE - PB
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
ENGENHARIA ELÉTRICA
BUCHA DE PASSAGEM 
CAMPINA GRANDE - PB
INTRODUÇÃO
Uma buchas de alta tensão (AT) e um dispositivo utilizado para fazer a passagem de um condutor eletricamente energizado em AT através de alguma barreira aterrada ou em potencial elétrico muito diferente do potencial elétrico do condutor. Exemplos de tais barreiras são paredes que abrigam uma subestação e tanque de metal utilizados em equipamentos de AT tais como transformadores, reatores e disjuntores. Uma bucha AT deve fornecer isolamento elétrico para a tensão nominal e eventuais sobretensões do sistema e também serve como suporte mecânico para os condutores e conexões externas.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
As caraterísticas que definem os tipos de bucha de AT dependem da tensão nominal, só matérias e meios isolantes e do ambiente no qual ela será instalada. Em termos gerais , as buchas são divididas em dois tipos: 
 Buchas não –capacitivas;
 Buchas capacitivas aterradas;
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Bucha não capacitiva :
De uma forma bem simplificada, uma bucha não capacitiva nada mais e do que um condutor revestido por material ou meio isolante tais como porcelana, vidro, resina , papel ,etc. Uma importante característica deste tipo de bucha é sua alta concentração de campo elétrico no meio isolante, podendo vir a causar descargas elétricas parciais, comprometendo assim a vida útil da bucha.
A figura 1 é um exemplo de Bucha não capacitiva, onde o raio “a” é a função da tensão elétrica no condutor, das características do material isolante e da geometria dos eletrodos e o raio “b” é a função do ambiente no qual a bucha é utilizada. Na prática, se a tensão aumentar, as dimensões da bucha resultantes de considerações do campo elétrico e possibilitando descargas, podem aumentar de tal forma a tornar impraticável a sua construção
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
 Buchas capacitivas aterradas.
Composta por um condutor central, material isolante e carcaça de cerâmica, as buchas capacitivas são capazes de garantir níveis de isolamento superiores ao do ar.
Para tensões nominais acima de 50kV, o principio da bucha capacitiva aterrada e geralmente usada, como mostra na figura 3. O material isolante utilizado para esse tipo de bucha com resina ou óleo sob as sequentes denominação :
Papel resinado (RBP)
Papel impregnando em óleo (OIP)
Papel impregnado em resina (RIP)
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Papel resinado (RBP)
Atualmente, o campo de atuação das buchas RBP está limitado à baixa tensão, particularmente em chaves de manobra, devido às características dielétricas do RBP. Nas buchas RBP, o papel é primeiramente coberto com resina fenólica ou epóxica, para depois ser moldado, através de calor e pressão, em sua forma cilíndrica e camada por camada, tendo cada camada uma densidade apropriada. A utilização dessas buchas é limitada pela espessura e qualidade do material que foi fabricada e pelo risco de instabilidade térmica em seu isolamento, que pode ocorrer devido às perdas dielétricas geradas pela componente resistiva da corrente que passa pelo material isolante. Essas buchas RBP são projetadas para operar com um campo radial máximo de aproximadamente 20 kV/cm
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Quando em operação, a entrada de umidade pode provocar a delaminação, que é o processo de separação involuntária das camadas de papel, assim como o aumento e a instabilidade das perdas dielétricas no isolamento das buchas RBP. Descargas que ocorrem nos finais das camadas de laminado provocam a produção de carbono, que se estendem axialmente. Já descargas no espaço vazio entre uma camada e outra, produzem disrupção radial entre elas. Ambas as formas de descargas parciais são progressivas e têm efeito cumulativo. Quando combinadas e com seus efeitos em estágio avançado levam a falha completa do isolamento, seja por instabilidade térmica do sistema isolante ou por solicitações geradas por sobretensões transitórias.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Buchas de Papel Impregnado em Óleo (OIP) 
A isolação do tipo OIP é largamente utilizada em buchas de AT para transformadores de potência, reatores e transformadores de instrumentos, que operam em sistemas das mais altas tensões de operação existentes. Buchas OIP são fabricadas com papel disposto em camadas e sua impregnação com óleo é feita após secagem a vácuo. Geralmente, o papel usado em sua fabricação é do tipo “Kraft” puro, que é um tipo de papel normalmente amarronzado e feito a partir da polpa dos troncos de madeira tipo eucalipto e tratado com uma solução de sulfato de sódio, que está disponível em largura de até 5 metros. Essa largura é adequada para a maioria das aplicações, mas para buchas de ultra alta tensão, vários métodos de alongar o comprimento da camada capacitiva são utilizados, tais como a técnica de construção multi-pedaços ou com a utilização de fitas de papel. É de extrema importância que o papel seja suficientemente poroso, para permitir eficiente secagem e impregnação, garantindo características de suportabilidade dielétrica adequada.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
O óleo utilizado é um óleo mineral do mesmo tipo que se utiliza em transformadores. Antes da impregnação com o óleo, deve ser realizado um processo para garantir condições de baixa umidade e baixo volume de gás, como também alta suportabilidade dielétrica. Em certas aplicações, outras propriedades também podem ser importantes, como por exemplo, resistividade e conteúdo de fibra para buchas utilizadas em corrente contínua (cc).
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Buchas de Papel Impregnado em Resina (RIP) 
A isolação do tipo RIP foi desenvolvida na década de 60 para ser utilizada em equipamentos de manobra em sistemas de distribuição e isolação de barramentos. Mais recentemente, desenvolvimentos científicos aumentaram seu campo de aplicação em equipamentos e estruturas com tensões de até 800 kV. No processo de fabricação das buchas RIP, fitas ou folhas de papel crepe são enroladas sobre um condutor. Camadas condutoras são montadas umas após as outras, de uma determinada maneira que permita o controle da distribuição de capacitâncias. O isolamento de papel, ainda sem nenhum tipo de tratamento, é seco em uma autoclave, num processo controlado de calor e vácuo. Após esse processo, a resina epóxi é então adicionada na fabricação. Como as buchas projetadas para níveis elevados de tensão, da ordem de centenas de kV, podem ter comprimento acima de 6 metros, é de suma importância que a resina tenha baixa viscosidade para assegurar total impregnação. Durante o ciclo de cura da resina, eventuais encolhimentos no comprimento original são controlados para evitar o aparecimento de futuras fissuras, devido a esforços mecânicos internos. O produto resultante do ciclo de cura é então submetido a um processo de secagem e retirada de gás, o que faz com que a bucha tenha características de baixas perdas dielétricas e bom desempenho em relação a descargas parciais.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Durante a fabricação, as camadas condutoras seguem a forma do papel crepe. O espaço entre as camadas varia de acordo com saliências e depressões da estrutura do papel crepe. O espaçamento das camadas das buchas RIP é, consequentemente, maior do que o das buchas RBP e OIP. As buchas do tipo RIP são projetadas para operar com campo radial de aproximadamente 36 kV/cm.
 BUCHA DE ALTA TESAO (AT)
O tipo de bucha de maior interesse para aplicação em alta tensão é o tipo capacitivo e, por isso, seu projeto e aplicações são abordadas a seguir, particularmente o caso de buchas utilizadas em transformadores de potênciae reatores. É essencial que uma bucha de AT seja projetada para suportar as solicitações que são impostas tanto em regime permanente quanto em regime transitório. As solicitações mais prováveis para buchas de AT são mostradas na tabela .Um parâmetro determinante das dimensões de uma bucha de AT é o campo elétrico. A ação do campo elétrico se dá tanto radialmente, através da isolação, quanto axialmente, ao longo de sua superfície. A determinação do máximo campo permissível para cada material utilizado na isolação de buchas de AT tem sido feita por experiência e por meio de ensaios laboratoriais, considerando uma expectativa de vida útil de aproximadamente 40 anos.
BUCHA DE ALTA TESAO (AT)
A capacitiva da bucha tem o objetivo de controlar as solicitações de campos elétricos internos, mantendo-os abaixo de níveis considerados seguros. Um desenho de uma bucha OIP típica, com uma extremidade operando no ar e outra operando no óleo :
Dimensão do lado da bucha no ar
Para uso em recintos fechados, com poluição e umidade moderados, buchas que utilizam materiais isolantes que têm como composição fundamental resina não precisam de proteções externas adicionais. Buchas que utilizam óleo, gás ou papel,empregnado em óleo como isolante sempre exigem que a isolação seja protegida do meio externo. Esta proteção é geralmente feita por porcelana, mas invólucros de isoladores poliméricos vêm sendo também utilizados. O comprimento do isolador é determinado considerando-se as solicitações relacionadas a impulsos atmosféricos e de manobra. O projeto da bucha deve ser tal que o campo axial ao longo da superfície do isolador seja o mais uniforme possível. O comprimento é também afetado pelo ambiente no qual a bucha é exposta. Em ambientes poluídos, a ocorrência de descargas superficiais em condições de alta umidade e tensão normal de operação é dependente da distância da superfície isoladora, como por exemplo, o comprimento da superfície isoladora entre a alta tensão e a terra
BUCHA DE ALTA TESAO (AT)
Dimensão do lado da bucha no óleo 
O lado da bucha com isolador no óleo é normalmente uma porcelana cônica ou uma armação de resina fundida. A graduação axial interna das camadas capacitivas é dependente da tensão de ensaio a freqüência nominal que resulta em um campo de aproximadamente 12 kV/cm.
BUCHA DE ALTA TESAO (AT)
Os transformadores para alta tensão necessitam de buchas terminais para todos os enrolamentos de AT, e os reatores shunt precisam de buchas para a entrada dos terminais de alta tensão. Dependendo da configuração do sistema, a parte exterior pode operar no ar, óleo ou gás.
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
Fonte: Transformador, 13,8/500 kV, 186 MVA, CHESF, UHE Luiz Gonzaga, uma fase da geradora.
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
Fonte: Transformador 13,8/500 kV, GERASUL, UHE Salto Santiago, uma fase da geradora em GIS
Fonte : Maior transformador da América Latina, 16/500 kV, 416,5 MVA, TRACTBEL, UHE de Machadinho, em laboratório para ensaios de localização de descargas parciais pelo método de emissão acústica.
Para tensões de até 50 kV, buchas do tipo não-capacitivas geralmente são usadas. No caso dos transformadores do tipo “secos” (os que não utilizam nenhum liquido para auxiliar no isolamento), elas são normalmente de resina moldada. Já com transformadores que utilizam meios isolantes líquidos, buchas com isoladores de porcelana são normalmente utilizadas para aplicações ao ar livre e com resina moldada para conexões abrigadas. 
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
 Fonte : Autotransformadores, 230/500 kV, ELETRONORTE, SE de Vila do Conde. - Exemplos de buchas em transformadores e reatores de AT. 
[Cortesia CEPEL].
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
As buchas capacitivas foram desenvolvidas para aplicações em tensões até 1600 kV. Buchas de transformadores e reatores não são exclusivamente do tipo OIP, sendo as buchas do tipo RIP e algumas do tipo RBP também utilizadas, particularmente para tensões acima de 245 kV. Em alguns casos, os cabos que vêm do enrolamento do transformador são passados através do tubo da bucha e terminam na sua cabeça. Esse tipo de conexão, chamado condutor guiado, é limitado a uma corrente nominal de aproximadamente 1250 A, devido às limitações das dimensões de cabos flexíveis. No caso de correntes mais elevadas, um tipo de conexão diferente pode ser utilizado, fazendo com que o próprio tubo suporte da bucha seja o condutor. Como as buchas que utilizam o sistema isolante do tipo RIP têm suas camadas impregnadas em resina, que forma um conjunto sólido, elas não necessitam de um tubo de suporte. No caso de conexões do tipo condutor guiado utilizar cabos isolados a papel, a blindagem para o campo elétrico no terminal do transformador não é necessária, permitindo assim uma redução de material utilizado no terminal inferior da bucha.
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
 (a) Tipo condutor guiado (b) Tipo conexão terminal
Conexões em buchas de transformadores. 
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
A extremidade a óleo da bucha pode ser de duas formas: convencional e do tipo reentrante. As buchas consideradas até agora nesse texto são do tipo convencional. Através da comparação das duas formas, mostradas na figura , pode ser visto que a parte que fica no óleo da bucha do tipo reentrante é mais curta e, como não existe a necessidade de blindagem de campo, tem-se também uma redução de material utilizado no terminal inferior da bucha. As buchas reentrantes apresentam grande dificuldade em sua instalação, pois os condutores dos transformadores devem ser isolados com papel para aproximadamente 30% da tensão de operação, sendo possível o surgimento de gases em sua superfície interna. Nas figura estão mostrados detalhes de buchas de alta tensão tipo capacitivas utilizadas em transformadores e reatores, incluindo
(a) Tipo Convencional (b) Tipo reentrante
Campo no lado do transformador de conexões de bucha 
APLICAÇAO DE BUCHA (AT)
Parte interna do final do condutor preparado para uma bucha capacitiva tipo reentrante. O isolamento dessa parte final do condutor deve suportar cerca de 30% da tensão.
Fonte :Parte interna de uma bucha tipo capacitiva convencional, 500 kV, 
utilizada na UHE da Itaipu Binacional
Fonte: Bucha completa tipo capacitiva convencional, 550 kV, utilizada em 
transformadores da GERASUL
BUCHA (AT) -FALHAS
Falha por descarga no isolamento papel-óleo,
 Reparo com fitas de papel, 
c) Fase intermediária do reparo 
d) Terminal do cabo pronto para ser inserido na bucha para processo de secagem, vácuo e impregnação.
BUCHA (AT) -FALHAS
Fonte: Bucha de alta tensão após ocorrência de falha.
Fonte: Bucha de alta tensão em chamas após ocorrência de falha.
BUCHA (AT) -FALHAS
Fonte: Bucha de alta tensão e transformador em chamas após ocorrência 
de falha.
Fonte: Bucha de alta tensão e transformador em chamas após ocorrência 
de falha.
BUCHA (AT)
As buchas de entrada para subestações isoladas a gás (GIS) de AT
Frequentemente utilizam porcelana pressurizada. O gás isolante dentro da bucha é o mesmo dos dutos. O controle do campo é feito através de um arranjo de eletrodos perfilados entre o flange e o condutor. A porcelana é dimensionada para resistir a altas pressões do gás utilizado na GIS e apresenta complicações ao sistema se sofrer algum tipo de dano em operação. Uma melhoria de projeto é feita por meio da chamada bucha de pressão-dupla, onde um tubo reforçado de material polimérico é usado coaxialmente no interior da bucha ao longo da porcelana e suporta a maior parte da pressão exercida pelo gás. O intervalo entre o tubo e a porcelana faz com que a porcelana esteja submetida a uma pressão reduzida. As buchas do tipo RIP de gás para ar são fabricadas para tensões até 525 kV. As camadas capacitivas do tipo RIP lacram a GIS e a porcelana pode ser preenchida com um material composto ou gás em baixa pressão. Isso possibilita a utilização de uma porcelana bem leve para ser usada e operada em qualquer ângulo sem modificação.BUCHA (AT)
Buchas para AT em corrente contínua (ATCC)
 
O projeto de uma bucha para ATCC é fortemente influenciado pela resistividade dos vários materiais que são usados em sua construção, em oposição ao que acontece com a sua permissividade no caso de ATCA. Enquanto as permissividades do papel, óleo, porcelana, entre outros materiais, variam praticamente na mesma ordem de grandeza, suas resistividades variam numa escala maior do que 10000:1. Consequentemente, é importante para o projeto de buchas para ATCC o estudo da distribuição da tensão no corpo e no entorno da bucha. Exemplos dessa distribuição são mostrados na figura na parte superior mostra o efeito do campo em corrente alternada numa bucha de transformador do tipo papel impregnado em óleo. Um campo concêntrico é produzido no óleo entre os isoladores de papel e a parede protetora transformador. 
BUCHA (AT)
Na segunda figura ao centro, a distribuição em corrente contínua para o mesmo arranjo é mostrada, onde a alta resistividade do papel comparada com a do óleo, concentra o campo na parte dos isoladores. Para reduzir essa concentração de campo bem como o campo da superfície de porcelana, cilindros concêntricos são colocados em volta da bucha. O resultado dessa técnica construtiva é ilustrado pela terceira figura na parte inferior da figura . Na prática, um grande número de cilindros e barreiras cônicas pode ser necessário para que se alcance um controle de campo satisfatório. Como a relação entre as resistividades dos diferentes materiais varia com a temperatura, estudos de campo são feitos para valores acima dos valores nominais de operação do transformador, para tornar possível conhecer o seu comportamento e o de suas buchas de AT com respeito à distribuição de campo em condições críticas de solicitações.
Campos em Buchas HVDC
ENSAIOS BUCHA (AT)
Ensaios em buchas de AT
 Ensaios adequados são essenciais para se ter certeza de que os equipamentos vão operar com bom desempenho durante toda a vida útil especificada. Os equipamentos elétricos de AT são ensaiados de acordo com normas técnicas ou com especificações técnicas que levam em consideração condições particulares dos sistemas onde os equipamentos vão operar. Do ponto de vista elétrico, equipamentos tais como buchas de alta tensão são ensaiados para avaliação do desempenho dielétrico: ensaios que envolvem aplicação de alta tensão e do desempenho eletromecânico: ensaios que envolvem aplicação de correntes mais elevadas, por exemplo: ensaios de curto circuito e de arco de potência. Há também os ensaios para determinação ou verificação de parâmetros característicos e projeto, como por exemplo, o ensaio para medição de capacitância e tangente de perdas de uma bucha de alta tensão.
BUCHA (AT)
Em sistemas de ATCC pode provocar descargas superficiais na bucha, que por sua vez em contato com alguma substância inflamável pode provocar incêndios. Como agravante a essa situação, uma exposição à chuva da superfície isolante da bucha poluída não uniformemente pode aumentar ainda mais os riscos de descargas. Quando um isolador poluído é parcialmente protegido da chuva por algum tipo de construção, a diferença na resistividade da superfície seca para a molhada reduz drasticamente a tensão de descarga superficial. Outros métodos para melhoria de desempenho de buchas em ATCC usando saias reforçadas e materiais isolantes que absorvem menos a umidade têm sido desenvolvidos.
(a) Buchas Externas (b) Buchas de parede
Arranjos alternativos para transformadores 
ENSAIOS BUCHA (AT)
Para possibilitar o ensaio de buchas em laboratório de alta tensão nas condições representativas da instalação real no tanque do transformador ou reator, um tanque de ensaio com dimensões adequadas ao nível de tensão da bucha e com óleo isolante é utilizado. mostra um desenho desse tipo de tanque e uma bucha de transformador sendo preparada para ensaio.
 Bucha de papel impregnado sendo prepara no tanque de ensaios em laboratório de alta tensão 
ENSAIOS BUCHA (AT)
Medida de capacitância e tangente de delta:
Este ensaio é o mais aplicado mundialmente, quando se pensa em ensaios em buchas de alta tensão e sistemas de isolação como um todo. O instrumento mais comumente utilizado para essa medição é principalmente o valor do fator de dissipação, também chamado de fator de perdas ou tangente de delta, dá uma indicação da qualidade do projeto, processo de fabricação e dos materiais utilizados na bucha. Fator de dissipação ou tangente de delta é uma grandeza associada às perdas no isolamento e relaciona a componente resistiva com a componente capacitiva da corrente total que circula pela bucha.
Ensaios de Suportabilidade e de descargas parciais: Embora classificados como ensaios separados, o ensaio de portabilidade em ATCA e a medição de descargas parciais são frequentemente realizados em um ensaio só. A forma mais simples de se quantificar descargas parciais é por meio da medição de uma grandeza chamada carga aparente, medida em pC.
ENSAIOS BUCHA (AT)
Desenvolvidos para monitoramento a partir de medidas de corrente no tap capacitivo de buchas, podem mostrar os sinais associados às descargas parciais em terminais de vídeo, na forma de uma elipse ou distribuídos de forma sincronizada ao longo da senóide do sinal de tensão em corrente alternada do sistema. Descargas parciais aparecem como pequenos pulsos, que podem ser medidos através de sua comparação com outros pulsos já calibrados. Pela posição do pulso de descarga na elipse ou ao longo da senóide, é possível identificar alguns tipos de falta que já são catalogados.
ENSAIOS BUCHA (AT)
Ensaios de impulso de tensão:
Sobretensões geradas por descargas atmosféricas e por manobras de circuitos, representam transitórios que podem ocorrer em qualquer sistema de alta tensão. Ensaios com tensões de impulso são realizados para se conhecer o desempenho de equipamentos aos transitórios de alta freqüência. 
Ensaios de estabilidade térmica
Este ensaio é aplicado a buchas de transformadores de tensão nominal superior a 300 kV. Com ele pretende-se demonstrar que perdas dielétricas não levam a um aquecimento contínuo que indique possibilidade de instabilidade térmica da bucha em operação. O ensaio é realizado com a bucha imersa em óleo aquecido a 90ºC. Uma tensão igual à máxima sobretensão temporária projetada para a bucha é então aplicada e por meio de medições periódicas de capacitância e tangente de delta, o desempenho térmico da bucha é analisado. A bucha, em condições normais de estabilidade térmica, deve ser capaz de dissipar o calor gerado pelas suas perdas, o que é indicado por uma estabilização ou crescimento muito lento do valor da tangente de delta ao longo do tempo. Caso contrário, a tangente de delta aumenta continuamente até que um sobreaquecimento fora de controle ocorre, resultando em um colapso da isolação.
ENSAIOS BUCHA (AT)
Ensaio de aumento de temperatura 
O objetivo desse ensaio é demonstrar a propriedade das buchas em conduzirem correntes nominais sem exceder as limitações térmicas da isolação. As buchas do tipo OIP e RIP são restritas para uma temperatura máxima de 105ºC e 120ºC, respectivamente. A mais alta taxa térmica do material das buchas RIP não significa necessariamente que condutores de bitolas menores podem ser usados. O Material das buchas RIP é um bom isolante térmico e o projeto das buchas OIP permite mais prontamente um resfriamento dos condutores por convecção dentro do óleo da bucha.
Outros Ensaios 
Em conjunto com os principais ensaios elétricos apresentados anteriormente, outros ensaios ou cálculos podem ser requeridos para análise de outras propriedades das buchas. Alguns deles são: 
• Ensaios de vazamento: resistência a vazamento por pressões internas 
e externas de óleo ou gás. 
• Ensaios de esforços mútuos: demonstram a capacidade da bucha em 
suportar forças impostas por conexões, curtos-circuitos, entre outros. 
• Ensaios de curto-circuito: realizados para comprovar uma capacidade 
térmica adequadae prevenir superaquecimentos e danos à isolação 
durante ocorrência de curto-circuito.
Para iniciar qualquer trabalho que exija conexão de instrumentos nos transformadores no campo, como é o caso da medição de capacitância e tangente de delta das suas buchas de AT, deve-se ter certeza que o transformador está desenergizado ou fora de serviço e adequadamente aterrado. Como já foi observado anteriormente, o tap capacitivo das buchas não deve ser deixado em aberto durante a operação do transformador. Os taps capacitivos das buchas de AT já vêm equipados com uma tampa que serve para vedar o tap contra a penetração de umidade, bem como para mantê-lo curto-circuitado. Para conexão de impedâncias de medição ou instrumentos no tap capacitivo da bucha, essa tampa deve ser removida com o transformador desenergizado e aterrado. 
CUIDADOS COM A BUCHA (AT)
CUIDADOS COM A BUCHA (AT)
As impedâncias que são conectadas no tap devem ter componentes de proteção contra sobretensão para o caso de alguma falha que possa colocar os terminais do tap em condições de circuito aberto. No caso de se tratar de substituição da bucha por uma bucha reserva, antes de se colocar a bucha reserva em serviço, a sua capacitância e a tangente de delta devem ser medidas, preferencialmente em laboratório, e comparadas com os valores referenciados em avaliação técnica ou com relatórios de ensaios anteriores. Se os resultados mostrarem que a bucha reserva está em boas condições, após a sua instalação completa no transformador, a conexão elétrica entre o tanque e o flange de montagem deve ser verificada.
Através desse trabalho pode-se perceber a real importância dos estudos para monitoramento e diagnósticos de buchas de alta tensão, especialmente as de transformadores de potência. Tais equipamentos têm grande importância nas instalações dos sistemas elétricos, o que leva a preocupações em aspectos atuais de projeto, utilização e falhas, fazendo com que se tenha um crescente interesse por sistemas de monitoramento desses equipamentos em serviço. 
CONCIDERAÇOES FINAIS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS 
LEVY, ALAIN. F. S, DE CARVALHO, ANDRÉ T, JÚNIOR, HÉLIO DE P. A, CARDOSO, JOSÉ A. D’A. S, FILHO, ORSINO B. DE O. “Implantação de 
sistema de medição de descargas parciais e fator de perdas on-line em 
transformadores de potência”. Relatório 2005. 
M. C. M. Atallah e Orsino Oliveira F., J. I. Lopes, Jorge C. S. e G. M. Gontijo, E. T. Futino, E. C. C. Santos e R. Zirbes, J. C. C. Brandão e Fábio de Abreu P., “Avaliacao de Buchas Capacitivas para Transformadores e Reatores por meio de Ensaios em Alta Tensão”, III ENEAT – Encontro Nacional de Engenharia de Alta Tensão, Paraíba, 2000. 
LNA , Leonardo nunes da Silva acesso em <monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000389.pdf> Disponível em 18 de março de 2018.

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