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AD1 de Ética e Turismo; 2018 -1

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
CURSO: LICENCIATURA EM TURISMO
POLO: SAQUAREMA – RJ
DISCIPLINA: ÉTICA – AD1 (1° SEMESTRE/2018)
COORDENADORA: PROFA. ANDREZZA MENEZES COSTA
	O NASCIMENTO DA BENEVOLÊNCIA		
		Felipe Sousa dos Santos
	Em primeiro lugar, o vídeo ora apresentado é denso. Possui espectro amplo e permeia sobre assuntos delicados tais como corrupção, cuidar do corpo, sentido da vida dentre outros. Entretanto, incorre lembrar das questões éticas presentes na dinâmica dos fatos – ensejando-nos a mergulhar nesse pântano. O que é certo ou errado? Existe bem e mal? Qual o sentido da vida? Eutanásia deve ser liberada? E o aborto? 
	Vejamos, são assuntos espinhosos e que demandam um estudo aprofundado. Tudo depende da visão de mundo de diferentes países, em se tratando de costumes, crenças e capacidade de encarar o problema de forma clara e objetiva.
	Além disso, o fenômeno da eutanásia e do aborto até os dias atuais são de difícil aceitação mundo afora. Uns liberam, acham natural. Outras sociedades, entendem que ferem dos preceitos éticos.
	Voltemos ao debate com foco na palestra ministrada pela Monja Coen - intitulada O Propósito da Espiritualidade: Você é a mudança ou finge ser? -, em que evidencia-se muito bem o embate entre ética e religião e nos convida a modificar nossos pensamentos. Segundo ela, cabe a nós, homens e mulheres, deixarmos o orgulho e preconceito de lado com vistas a estabelecer uma visão de mundo totalmente diferente da que vivenciamos hoje. Ou seja, resgatar o sentimento de pertencimento e o altruísmo em busca de um planeta cada vez melhor e harmônico. Como pano de fundo, propugna alimentar a mente com positivismo e vislumbrar o copo meio cheio. Nunca meio vazio.
	A palestrante também ressalta a importância da leitura e, não menos importante, o papel fundamental para o desenvolvimento cognitivo e aumento da inteligência. Tal descoberta está de acordo com a premissa do neurocientista radicado no Brasil, Ivan Izquierdo:
	“A leitura é o melhor exercício para a memória”. Saiba mais em: https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/geral/2013/10/ivan-izquierdo-a-leitura-e-o-melhor-exercicio-para-a-memoria/
	
	Ademais, cabe destacar que os conceitos-chave baseados no filme são inúmeros. Porém, dois em especial chamam a atenção – impermanência e morte e vida.
	Uma diz respeito a transitoriedade da existência terrena. A segunda é assunto tabu, principalmente, no mundo ocidental em que a plenitude se resume a aquisição de bens materiais, meramente insignificantes.
	Para acender o farol alto nessa dialética, destaca-se a importância do pensador Nietzsche a respeito da morte quando em Zaratrusta discursa em Dos pregadores da morte:	
Existem pregadores da morte; e a terra está cheia daqueles a quem se deve pregar o afastamento da vida. A terra está cheia de supérfluos, a vida é estragada pelos demasiados. Que sejam atraídos para fora dessa vida com a ‘vida eterna’! [...] Mas somente eles estão refutados, e seu olhar, que enxerga somente uma face da existência (NIETZSCHE, 2011, “Dos pregadores da morte”, p. 44-45, grifo do autor). 		
	Primordialmente, a estudiosa exorta a sabedoria ancestral em nos conhecermos em plenitude. 
	À luz da narrativa, cumpre refletir a despeito da célebre frase do pensamento socrático à entrada do Templo de Delfos:
	“Conhece-te a ti mesmo”.
	Por conseguinte, é preciso reacender a chama sagrada que nos mantém vivos e interconectados. Simplicidade, compaixão e humildade assim como amor ao próximo serão condições sine qua non. De fato, estamos inseridos num mundo turbulento, cheio de novidades e reviravoltas – guerras, embate entre religiões, consumismo desenfreado, questões de gênero e raça, feminismo – portanto, é nesse turbilhão de emoções, que repensar o diálogo e a cooperação concernentes aos diversos atores envolvidos que se faz necessário para pavimentar o caminho mais acertado a fim de acelerar as mudanças positivas do porvir.
	Dessa forma, a grande mensagem suscita estimular a coragem de modo a despertar na humanidade o sentimento de que fazemos parte do todo. Qual futuro deixaremos para a posteridade? Qual legado para as gerações futuras? Quer dizer, estamos todos no mesmo barco – somos um só corpo, um só espírito -, e atrelados à compreensão, não julgamento e compaixão, inadvertidamente, sem deixar-se levar por preconceitos e olhares estereotipados. Contudo, criar pontes para o futuro sem jamais esquecermo-nos de que somos republicanos, direitos e deveres iguais em prol de uma sociedade fincada em respeito e solidariedade.
	
	
BIBLIOGRAFIA:
NIETZSCHE, F. Assim Falou Zaratustra. Trad. de Mário da Silva. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

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