Voleibol Bloqueio

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Universidade Paulista – UNIP
Educação Física
Voleibol
Bloqueio
São Paulo
2018
Universidade Paulista – UNIP
Educação Física
Voleibol
Bloqueio
Bruna Lopes de Alvarenga RA: C97EBA-7
Bruno C. A. Massotti RA: T73099-6
Delano W. P. da Silva RA: C9553C-6
Renan Soares RA: C4460E-9 
Romulo C. L. da Silva RA: D04425-7
São Paulo
2018
Introdução
Fases do desenvolvimento motor
 Modelo de Gallahue
As habilidades motoras especializadas são resultados da fase de desenvolvimento fundamentais. O movimento torna-se uma ferramenta aplicada às atividades motoras complexas presentes na vida diária, na recreação e nos objetivos esportivos. Combinações e elaborações refinadas dos movimentos locomotores, estabilizadores e manipulativos para o uso de situações crescentemente exigentes. (Gallahue)
A fase motora especializada possui três estágios:
Estágio Transitório
No período dos 7 ou 8 anos de idade as crianças entram em um estado transitório combinando e aplicando habilidades motoras fundamentais ao desempenho de habilidades especializadas nos esportes e em ambientes recreacionais. As habilidades transitórias são padrões de movimentos fundamentais em formas mais específicas e mais complexas. O objetivo dos pais e professores deve ser o de ajudar as crianças a aumentar o controle motor e a competência em inúmeras atividades. (Gallahue)
Estágio de Aplicação
Aproximadamente dos 11 aos 13 anos, mudanças na sofisticação cognitiva crescente e certa base ampliada de experiências de fatores (individuais, da tarefa e ambientais) tornam o indivíduo capaz de tomar numerosas decisões a favor ou contra sua participação em certas atividades que aumentam a probabilidade de obter satisfação e sucesso. (Gallahue)
Estágio de Utilização Permanente
Começa por volta dos 14 anos e continua por toda a vida adulta, representa o auge do processo de desenvolvimento motor de todos os estágios e fases precedentes.
Caracterizadas pelo uso de movimentos adquiridos pelo indivíduo por toda a vida e aplicados nas atividades cotidianas e esportivas. (Gallahue)
Modelo de Piaget
Estágio das operações formais
Estágio das Operações Formais, que acontece por volta dos 12 anos em diante. Quando a criança ingressa nesse estágio, ao final das operações concretas, já é quase um adolescente em nossa cultura. Nessa fase, a relação corpo, a mente e a sociedade passam por modificações. Essas modificações exigem dela que se mostre a capacidade de estabelecer relações mais complexas entre os objetos físicos e sociais, também que tome decisões a respeito de si mesmo, dos outros e do mundo. 
A busca por assimilar e acomodar novas experiências às que já possuía, pensava e fazia no estágio anterior, conduzi-lo-á na construção de novos saberes para agir no mundo. 
De acordo com a tese Piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, alcança o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Não quer isso dizer que há uma estagnação das funções cognitivas. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de funcionamento mental. (Piaget)
Bloqueio
O bloqueio é um dos fundamentos mais fáceis de serem aprendidos, entretanto é talvez o mais difícil de ser aplicado numa partida de voleibol. Como sua dinâmica de execução é reduzida praticamente a um salto e à espera da bola, não pode ser considerada uma habilidade de aprendizado difícil. Mas dentro de um jogo, o bloqueador é aquele que dispõe de menos tempo para analisar, menos espaço para se posicionar e menos comodidade para se deslocar. (Prof. Cacá Bizzocchi)
O bloqueio pode ser executado por um, dois ou três jogadores.
Anteriormente, era utilizado apenas para amortecer a cortada e orientar a cobertura para defesa, porém, em 1961 houve a emissão da invasão do bloqueio à quadra adversária. Nos anos 70 diminuiu-se o espaço entre as antenas passando para os atuais 9m. Em 1976 o bloqueio passa a não ser contado como um dos três toques permitidos à equipe.
Com a mudança da regra e o aumento da média de altura dos jogadores, fez com que contribui-se para melhorar o desempenho desse fundamento.
Um bloqueador precisa analisar vários aspectos: tipo de levantamento, posicionamento do atacante, características do atacante, altura de alcance do atacante, força empreendida no ataque, condições próprias do bloqueio ao seu lado: equilíbrio, postura, posicionamento, viabilidade de sucesso. (Prof. Cacá Bizzocchi)
Aprendizagem do bloqueio para adolescentes
No grupo de adolescentes, o ensino do bloqueio deve receber uma atenção muito séria. Juntamente com os exercícios preparatórios e educativos, os exercícios destinados a técnica ocupam um lugar cada vez maior. (Y.P Suvorov e O.N Grishin)
Com adolescentes, na idade de 13 a 14 anos, é preciso que eles tenham conhecimento do bloqueio de grupo (de dois) e ensinar-lhes a saltar em bloco e colocar corretamente as palmas das mãos junto à rede. (Y.P Suvorov e O.N Grishin)
Se proporcionar uma preparação minuciosa e sistemática dos 11 aos 14 anos, os jogadores poderão executar os bloqueios com bastante segurança quando chegarem na idade de 15 a 16 anos.
Se o ensino do bloqueio somente iniciar aos 15 a 16 anos, o nível de execução do bloqueio estará atrasado em relação ao nível do jogo ofensivo.
 
Fases do bloqueio
Segundo João Crisóstomo o bloqueio é dividido em três fases:
Fase preparatória (Posição de expectativa)
Em pé, junto à rede, o bloqueador se posiciona em semiflexão dos joelhos, pés paralelos em afastamento lateral a uma distância semelhante a largura dos ombros. Os braços estarão semiflexionados com as mãos ao lado dos ombros e as palmas voltadas para frente. O tronco deve estar reto e o bloqueador olhando para a bola e para o atacante (Figura 1).
Figura 1
Execução
No momento adequado o bloqueador salta, estendendo as pernas e contando com o auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção à bola. Nos bloqueios ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam abertas, estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem da bola, o bloqueador espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do atacante, para flexionar os punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e, também, para impedir que ela espirre (desvie) para fora da quadra. Nos bloqueios defensivos, as mãos não invadem o campo adversário, e são colocados junto à rede, na frente da bola, com a extensão dos punhos para montar um anteparo a ela. Nesse tipo de bloqueio, a preocupação é amortecer a bola para que os demais membros da equipe possam recupera-la (Figura 2, Figura 3, Figura 4).
 Figura 2
 
A Queda
Realizado o bloqueio, acontece a queda que deve ser feita com equilíbrio de forma amortecida e se dirigindo para o lado em que a bola se dirigiu quando ela não se foi totalmente retida.
Sequência Pedagógica
De frente para uma parede, bem próximo, o aluno deverá flexionar os braços, posicionando as mãos junto aos ombros com as palmas paralelas à parede, quase a tocando, os pés deverão estar num afastamento lateral na largura aproximada à dos ombros; 
Mesmo exercício anterior com a extensão dos braços, fazendo com que as palmas das mãos toquem por inteiro a parede no mesmo distanciamento com o qual teriam que realizar o bloqueio simples. O tronco se mantém ereto;
Partindo do posicionamento do item a, o aluno deverá realizar uma semiflexão dos joelhos (ângulo aproximado de 90º) mantendo o tronco ereto e as palmas das mãos paralelas e próximas à parede, evoltar para posição inicial como no item a.
Ao termino da flexão, caso a sustentação do corpo se faça nas pontas dos pés, com um ligeiro afastamento lateral dos joelhos, o aluno se sentirá mais equilibrado e confortável. Ele deverá estar olhando sempre para cima (bola);
O mesmo exercício anterior combinado com a extensão completa dos braços e das pernas (sem saltar), terminando com a palma das mãos tocando na parede, como no item b;
O mesmo exercício anterior realizado com salto;
Idem ao anterior, com salto e bloqueando bolas desenhadas na parede;
O professor ou os alunos sobem na cadeira (ou banco) e seguram as bolas para os colegas bloquearam (Figura 5).
 Figura 5
Colunas frente a frente, os alunos, um de cada lado da rede, saltam simultaneamente e tocam as palmas das mãos sobre a borda da rede (Figura 6).
Figura 6
Sobre um banco (ou plinto), o professor (ou colegas) corta para os alunos bloquearem (Figura 7).
Exercícios Educativos e ou Formativos 
Erros mais comuns
Tocar na rede, saltar projetando o corpo para frente;
Bater na bola, lançando os braços primeiro para trás e depois para frente;
Posicionamento das mãos (afastadas ou unidas demais);
Flexionar o tronco no lugar de flexionar os joelhos para saltar;
Não saltar no local preciso em levantamentos mais longos ou curtos;
Ter dificuldades quanto ao “tempo de bola “, saltando antes ou depois da passagem sobre a rede, em função da variação da altura dos levantamentos dos adversários;
Ter dificuldade quanto ao “tempo da bola “, saltando antes ou depois, em função da distância da rede em que ela foi cortada;
Não ter potência de pernas para saltar o necessário para invadir o bloqueio.
Educativos
Marcar o chão para que o impulso e a queda sejam realizados no mesmo lugar;
Um elástico deve ser esticado paralelo à rede a uma distância aproximada de 10cm, na mesma altura da sua borda superior no lado do campo dos alunos que vão bloquear. Os alunos realizam bloqueios em bolas seguras por companheiros, procurando fazer as mãos passarem entre a rede e o elástico;
Os alunos deverão realizar bloqueios, tocando as mãos em anteparo, colocando do outro lado e acima da rede. Esse anteparo pode estar pode estar nos lugares certos para colocar as mãos;
O professor sobe num banco e põe suas mãos sobre a rede, em seu próprio lado, como se fosse um bloqueio defensivo. Os alunos em coluna realizam o bloqueio, encaixando suas mãos sobre as do professor.
O aluno realiza dois bloqueios consecutivos em duas bolas, sustentadas por dois companheiros que estão sobre um banco (Figura 7).
 Figura 7
Antes de saltar, os alunos realizam pequenos deslocamentos laterais, com ambas as pernas de forma que saltem sempre na frente da bola.
Sobre bancos, os alunos das colunas A e B cortam bolas para que os colegas bloqueiem. Primeiro, a coluna A corta e abaixa, depois a coluna B corta. Como eles estão em distância diferentes em relação à rede, a bola vai demorar tempos diferentes para ser bloqueada (Figura 8).
 Figura 8
Formativos
Os alunos devem saltar realizando o movimento de bloqueio, segurando junto ao peito uma medicine-ball de 1 ou 2kg, invadir e coloca-la do outro lado, fazendo que ela caia junto à rede. Para os alunos com mais dificuldade, recomenda-se abaixar um pouco a rede;
Os exercícios que venham fortalecer os músculos das mãos, da cintura escapular, do abdômen e a do dorso, são considerados formativos ao movimento do bloqueio.
Automatização
O Aluno lança uma bola com trajetória reta sobre a rede para que o aluno B bloqueie e complete o movimento com flexão dos punhos, direcionando a bola contra o solo da quadra A, bem próximo da rede (Figura 9).
 Figura 9
Idem ao exercício a, atacando sem saltar.
O professor sobre um plinto ou banco, segura a bola para que os alunos realizem três movimentos de bloqueio encostando as mãos na bola. O primeiro posiciona as mãos para interceptar um ataque frontal; o segundo intercepta um ataque diagonal à direita e o último, na diagonal à esquerda. O professor deve orientar passando os “conhecimentos de resultados”.
O mesmo exercício anterior com o professor cortando bolas para frente e para as diagonais.
As bolas são sustentadas por alunos posicionados sobre bancos. Os alunos “bloqueiam” a primeira bola. Caem e se deslocam para bloquear a segunda. Os deslocamentos devem obedecer à mesma técnica recomendada na movimentação estudada no início deste trabalho (Figura 10).
Idem ao exercício anterior, mas com a segunda bola sendo cortada (Figura 11).
Formas de Jogo
 Figura 9
1 - Sacam; 2 - Recepcionam (manchete); 3 - Levantam; 4 - Atacam; 5 – Bloqueiam
Figura 10
Idem ao exercício anterior, porém com o bloqueio duplo.
Conclusão
Referências
CRISSÓSTOMO, João. Ensinando Voleibol: São Paulo: Phorte, 2003
Y.P. Suvorov e O.N. Grishin. Voleibol Iniciação: Vol I: Sprint ltda, 1990
GUILHERME, Adolfo. A beira da quadra: Técnica e Tatica de Voleibol 3º Edição: Brasipal ltda
http://blogdanilletras.blogspot.com.br/2009/03/estagio-das-operacoes-formais-12-anos.html
http://slideplayer.com.br/slide/3264367/