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Orientacao ao TCC Unidades 3 e 4

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Luci Carlos de Andrade
Orientação ao TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) | Luci Carlos de A
ndradeEditora
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTAÇÃO 
AO TCC
Unidade 3.
TCC: A PESQUISA MONOGRÁFICA 
53
Nesta unidade, estudaremos os conceitos e as espe-
cificidades de uma monografia. Os objetivos e fina-
lidades dos TCCs, complementando com considera-
ções sobre a pesquisa bibliográfica, base teórica de 
uma monografia.
Bom estudo!
Caro(a) aluno(a),
55
3.01.
O TRABALHO MONOGRÁFICO
Iniciando nossa conversa e estudos, nesta unidade, jul-
gamos interessante compreender primeiramente a ex-
pressão Monografia. Situando-a historicamente. A pala-
vra monografia surgiu no final do século XVIII através 
do autor Frederico Le Play. Etimologicamente mónos 
quer dizer um só e graphein, escrever (SALOMON, 
2004, p. 254).
Trata-se de um trabalho científico em que se apre-
sentam os resultados da pesquisa desenvolvida. Um 
documento, cujo estudo minucioso discorre sobre um 
determinado assunto. Existem vários tipos de mono-
grafias. São trabalhos acadêmicos em geral que englo-
bam o Trabalho de Graduação Interdisciplinar - TGI e 
o TCC contendo então a “monografia”. Isto é, a descri-
ção de um determinado assunto, que não exige um es-
tudo completo e exaustivo, pois se trata de um requisito 
para complementação de cursos em graduação e pós-
-graduação. Diferenciam-se quanto ao nível de inves-
tigação do assunto proposto. No caso das dissertações 
científicas de mestrados e teses de doutorados, que são 
estudos mais aprofundados. (HABERMANN, 2009)
O estudo ou pesquisa monográfica é exigida tanto 
no nível da graduação, como no da pós-graduação. “Re-
56
fere- se, geralmente, ao trabalho de término de curso 
ou de unidade de programa de uma disciplina, como 
atividade de desempenho escolar a ser avaliada”. (SA-
LOMON, 2004, p. 261)
MONOGRAFIA: CONCEITOS
Na conceituação da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), os trabalhos acadêmicos ou similia-
res são: documentos que representam o resultado de es-
tudo, e que devem expressar, conhecimento do assunto 
escolhido: “deve ser obrigatoriamente emanado da dis-
ciplina, módulo, estudo independente, curso, programa 
e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação 
de um orientador”. (NBR 14724,2005, p.3)
A dissertação exigida em mestrados, para se obter 
o grau de mestre, é um outro exemplo de monografia. 
No entanto, é um documento que representa o resul-
tado de um trabalho experimental ou exposição de um 
estudo científico retrospectivo, mais aprofundado, de 
tema único e bem delimitado em sua extensão, com o 
objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. 
O referido estudo deve necessariamente evidenciar o 
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e 
a capacidade de sistemação do aluno. É feito sob a co-
3.02.
57
ordenação de um orientador (doutor), e visa à obtenção 
do título de mestre. (NBR 14724,2005)
Com base nestas considerações, compreende-
se que: as monografias são estudos investigativos que 
cumprem importante papel didático-pedagógico. Pois, 
oferecem ao estudante universitário a oportunidade de 
descobrir, iniciar na produção da ciência e conhecer 
gradativamente os métodos para desenvolvê-la. 
Compreendemos, então, que não há diferença 
específica quanto ao termo monografia e TCC, e sim 
quanto ao estilo de pesquisa, profundidade, nível de in-
vestigação e originalidade do tema abordado, os quais 
classificam o grupo dos trabalhos científicos desenvol-
vidos. (SALOMON, 2004)
A monografia é um trabalho, que reúne a síntese de 
leituras, observações, reflexões e críticas, desenvolvidas 
de forma metódica e sistemática. Os relatos são feitos 
por um pesquisador sobre um determinado escrito, re-
sultado de suas investigações. O que se investiga em uma 
monografia, inicia-se com as inquietações acadêmicas.
Como todo trabalho de investigação ou trabalho 
científico, a monografia inicia-se por uma dúvida ou 
problema. Ao buscar os meios para resolver essa proble-
mática, o pesquisador levanta dados em fontes específi-
cas do conhecimento. Ou seja, busca fontes teóricas que 
dizem respeito ao assunto em questão. A revisão crítica 
de todos os achados serão somados, ou não, a uma pes-
quisa empírica (de campo). Da busca, da reflexão crítica 
58
resulta a monografla, que deverá colher mais fatos que 
opiniões. Esta é uma caracterização de monografia:
“Localizamos, na origem histórica da monografia, 
aquilo que até hoje caracteriza essencialmente esse 
tipo de trabalho científico: a especificação, ou seja, 
a redução da abordagem a um só assunto, a um só 
problema. Mantém-se o sentido etimológico: mónos 
(um só) e graphein (escrever): dissertação a respeito 
de um assunto único...” 
“É preciso atentar (...) para o uso escolar da palavra 
monografia. Embora, tenha de comum com o em-
prego científico o caráter de tratamento de um tema 
bem delimitado, difere na qualidade da tarefa: o ní-
vel de investigação que a precede. As “monografias” 
de término de seminários ou atividades semelhantes 
não merecem a rigor a classificação que se lhes atri-
bui, pois não são, em geral, autênticos trabalhos de 
investigação científica, mas apenas de iniciação na 
investigação.” (SALOMON, 2004, p. 219) 
A estruturação ou a preparação sistematizada de 
um trabalho científico, no caso a monografia, pressu-
põem as seguintes etapas: 1) determinação do tema-
-problema do trabalho (dúvida, questão, problema); 
2) levantamento da bibliografia referente a esse tema 
(fontes); 3) leitura e documentação (tratamento com a 
bibliografia); 4) reflexão crítica; 5) construção lógica do 
trabalho e 6) redação do texto (monografia).
59
O trabalho monográfico é muito comum nas uni-
versidades, fazendo parte da rotina das referidas insti-
tuições. É uma forma de associar concretamente o en-
sino e a pesquisa. Muitos cursos exigem monografias 
como trabalhos de conclusão de curso. Martins (2002) 
complementa: “A monografia é um documento que 
descreve um estudo minucioso sobre um tema relativa-
mente restrito. Frequentemente é solicitada como “Tra-
balho de Formatura” ou “Trabalho de Final de Curso” 
(p. 19)”. As dissertações de mestrado e teses de douto-
ramento também são trabalhos monográficos.
3.03.
A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: 
BASE dA MONOGRAFIA
Ao caracterizar um trabalho monográfico fica evidente a 
estruturação sistematizada desse documento, tendo como 
base a pesquisa bibliográfica, como parte fundamental da 
monografia. Pois, o levantamento ou revisão bibliográfi-
ca é parte fundamental e inicial em uma monografia. 
A pesquisa bibliográfica é sempre realizada para 
fundamentar teoricamente o objeto de estudo de uma 
monografia. Apresenta elementos que subsidiam a aná-
lise dos dados e imprime o aspecto teórico, com base na 
comprensão crítica do pesquisador. (MINAYO, 2001)
60
Através do pensamento de Lakatos (2010), com-
preendemos a pesquisa bibliográfica como aquela que 
se realiza a partir do registro disponível, decorrente de 
pesquisas anteriores, em documentos impressos, como 
livros, artigos, teses etc. É uma pesquisa que busca os 
dados ou as categorias teóricas, já trabalhadas por ou-
tros pesquisadores e devidamente registradas. Assim, as 
contribuições dos autores tornam-se fontes para novos 
temas a serem pesquisados. 
Ao considerar que a pesquisa bibliográfica é utili-
zada basicamente em todos os trabalhos científicos, é 
importante evidenciar que essa pesquisa tem como fi-
nalidade colocar o pesquisador em contato direto com 
tudo que foi escrito sobre determinado assunto, com o 
objetivo de permitir aocientista uma sustentação para a 
análise de sua investigação ou na manipulação das suas 
informações. Contribui com informações e pesquisas 
baseadas em acervos de diversos autores, que já estuda-
ram sobre o tema em questão. 
Existem pesquisas produzidas somente a partir de 
fontes bibliográficas. Pois, é uma pesquisa que cobre 
uma imensa gama de fenômenos, oferecendo grande 
vantagem ao pesquisador. Isso é fundamental no caso 
de uma grande demanda de dados ou da complexidade 
do tema, para solucionar o seu problema de pesquisa.
Para Severino (2007) e Lakatos (2010) existem na 
pesquisa bibliográfica oito fases distintas:
61
a) escolha do tema; 
b) elaboração do plano de trabalho; 
c) identificação; 
d) localização; 
e) compilação; 
f) fichamento; 
g) análise e interpretação; 
h) redação. 
ESCOLHA dO TEMA 
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvol-
ver. É uma dificuldade ou problema que se deseja solu-
cionar. Escolher um tema significa levar em considera-
ção fatores internos e externos. 
Os internos consistem em: 
a) selecionar um assunto de acordo com as inclinações, 
as aptidões e as tendências de quem se propõe a elabo-
rar um trabalho científico; 
b) optar por um assunto compatível com as qualifica-
ções pessoais;
c) encontrar um objeto que mereça ser investigado cien-
tificamente e tenha condições de ser formulado e deli-
mitado em função da pesquisa. 
3.04.
62
Os externos requerem: 
a) a disponibilidade do tempo para realizar uma pesqui-
sa completa e aprofundada; 
b) a existência de obras pertinentes ao assunto em nú-
mero suficiente para o estudo global do tema; 
c) a possibilidade de consultar especialistas da área, para 
uma orientação, tanto na escolha, quanto na análise e 
interpretação da documentação específica. (LAKA-
TOS, 2010, p. 26-27)
Pode-se ter como fontes para a escolha do assunto, 
a própria experiência pessoal ou profissional, de estudos 
e leituras, da observação. O passo seguinte a escolha do 
assunto é sua delimitação. Nesse sentido, é interessante 
pensar que o sujeito é a realidade, a respeito da qual se 
deseja saber alguma coisa. É o universo de referência. 
Que pode ser constituída de objetos, fatos, fenômenos 
ou pessoas. O objeto de um assunto é o tema propria-
mente dito, está relacionado àquilo que se deseja saber 
ou realizar a respeito do sujeito. 
3.04.1. 
ELABORAçãO dO PLANO dE TRABALHO
É interessante elaborar o Plano de Trabalho antes do 
fichamento. Na elaboração do plano, deve-se observar a 
estrutura de todo o trabalho científico: introdução, de-
63
senvolvimento e conclusão. 
a) Introdução. Formulação clara e simples do tema, sua 
delimitação, importância, caráter, justificativa, metodo-
logia empregada e apresentação sintética da questão. 
b) desenvolvimento. Fundamentação lógica do trabalho, 
cuja finalidade é expor e demonstrar suas principais 
ideias. 
c) Conclusão. Consiste no resumo completo, mas sinteti-
zado, da argumentação desenvolvida na parte anterior. 
Devem constar da conclusão a relação existente en-
tre as diferentes partes da argumentação e a união das 
ideias e, ainda, a síntese de toda a reflexão. (LAKATOS, 
2010, p. 28)
3.04.2. 
IdENTIFICAçãO
É a identificação das obras ou a fase de reconhecimento 
do assunto pertinente ao tema em estudo. Deve-se par-
tir, inicialmente, pela procura de catálogos onde se en-
contram as relações das obras. Essas obras podem ser 
publicados pelas editoras, com a indicação dos livros 
e revistas editados, ou pertencer a bibliotecas públicas, 
com a listagem por título dos trabalhos. Existem, ainda, 
os catálogos específicos de alguns periódicos, com o rol 
dos artigos publicados anteriormente.
64
Em seguida, seria o levantamento, pelo Sumário 
ou Índice, dos assuntos nele abordados. Outra fonte de 
informações refere-se aos resumos das obras que ofere-
cem elementos para identificar o trabalho. 
3.04.3. 
LOCALIZAçãO
Após o levantamento bibliográfico, com a identificação 
das obras que interessam, é preciso partir para a locali-
zação das fichas bibliográficas nos arquivos das bibliote-
cas públicas, nos de faculdades oficiais ou particulares e 
outras instituições. É um trabalho que demanda tempo, 
mas que posteriormente facilita a busca do pesquisador. 
3.04.4. 
COMPILAçãO
É o apanhado geral de todo o material selecionado, ou a 
reunião sistemática do material contido em livros, revis-
tas, publicações avulsas ou trabalhos mimeografados. 
Esse material pode ser obtido por meio de fotocópias, 
xerox ou vídeos, microfilmes etc.
65
3.04.5. 
FICHAMENTO
São as anotações e registros em forma de resumos das 
leituras realizadas com base no material selecionado. O 
pesquisador após minuciosa leitura transcrever resumi-
damente o pensamento dos autores lidos.
De posse das fontes de referência, o pesquisador deve 
transcrever os dados em fichas ou não, com o máximo 
de exatidão e cuidado. Pode-se utilizar fichas que levam 
o indivíduo a pôr em ordem no seu material. Possibilita, 
ainda, uma seleção constante da documentação e de seu 
ordenamento.
3.04.6. 
ANÁLISE E INTERPRETAçãO 
Essa fase é importante, pois o pesquisador terá condi-
ções de verificar criticamente o material coletado para 
utilizá-lo ou não na elaboração do seu trabalho. A pri-
meira fase da análise e da interpretação é a crítica do 
material bibliográfico, sendo considerado um juízo de 
valor sobre determinado material científico. De acordo 
com Salomon (2004, p. 115), é preciso analisar: 
66
a) crítica do texto: averiguar se o texto sofreu ou não alte-
rações, interpolações e falsificações ao longo do tempo. 
Investigar, principalmente, se o texto é autógrafo (escri-
to pela mão do autor) ou não; em caso negativo, se foi 
ou não revisto pelo autor; se foi publicado pelo autor 
ou outra pessoa o fez; que modificações ocorreram de 
edição para edição; 
b) crítica da autenticidade: determina o autor, o tempo, o 
lugar e as circunstâncias da composição;
c) crítica da proveniência: investiga a proveniência do tex-
to. Varia conforme a ciência que a utiliza. Em História, 
tem particular importância o estudo de onde provie-
ram os documentos; em Filosofia, interessa muito mais 
discernir até que ponto uma obra foi mais ou menos 
decalcada sobre outra. 
3.04.7. 
REdAçãO
A redação da pesquisa bibliográfica varia de acordo 
com o tipo de trabalho científico que se deseja apresen-
tar. Pode ser uma monografia, uma dissertação ou uma 
tese. No caso da monografia, é interessante que o autor 
tenha certo conhecimento sobre o que irá escrever e 
uma leitura apurada do material a ser pesquisado.
A redação, na monografia exige cuidados necessários a 
todo trabalho científico: 
67
a) Clareza - não deixa margem a interpretações 
diversas; não utiliza linguagem rebuscada, ter-
mos desnecessários ou ambíguos; evita falta de 
ordem na apresentação das ideias;
b) Precisão - cada palavra traduz exatamente o 
que o autor transmite;
c) Comunicabilidade - abordagem direta e simples 
dos assuntos; lógica e continuidade no desenvol-
vimento das ideias; uso criterioso da pontuação;
d) Consistência - de expressão gramatical; de ca-
tegoria, equilíbrio existente nas seções de um 
capítulo ou subseções de uma seção; de sequên-
cia, ordem na apresentação de capítulos, seções e 
subseções do trabalho. 
(SALOMON, 2004 E MARTINS, 2002)
No texto devem constar citações e suas respec-
tivas referências bibliográficas, indicando as leituras 
existentes e devidamente fundamentadas em um texto 
apresentável. A coerência e articulação entre as partes 
são fundamentais, a introdução, o desenvolvimento e 
a conclusão devem estar correlacionadas para melhorcompreensão do trabalho como um todo.
69
Exercícios Propostos
1. Na sua compreensão, o que é um estudo monográfico? 
2. Para Severino (2007) e Lakatos (2010) existem na 
pesquisa bibliográfica, oito fases distintas. Aponte-as e 
comente cada uma delas. 
3. Esclareça a função da pesquisa bibliográfica em um 
trabalho científico.
4. De acordo com Salomon (2004), é preciso ter cuida-
do ao elaborar a redação em um trabalho monográfico. 
Aponte-os.
5. Esclareça aspectos importantes a serem considerados 
na escolha do tema de uma monografia. 
Unidade 4.
TCC: O TRABALHO MONOGRÁFICO
73
Nesta unidade, estudaremos itens relevantes para a ela-
boração de uma monografia. Complementando com 
considerações sobre as normas da ABNT e informa-
ções sobre a formatação do trabalho monográfico. 
Bom estudo!
Caro(a) aluno(a),
75
4.01.
O TRABALHO MONOGRÁFICO
Um trabalho científico requer disponibilidade do pes-
quisador em buscar todo aparato para que torne pos-
sível a realização da pesquisa. Demanda tempo, dedi-
cação e organização, para que na medida do possível 
e mediante a clareza e objetividade da investigação, o 
pesquisador obtenha êxito na sua produção científica, 
seja ela qual for. 
Em princípio, realizar leituras de revistas especiali-
zadas da área a ser estudada e a participação em cursos de 
especialização, extensão e aperfeiçoamento, em seminá-
rios e congressos científicos muito contribuem, no mo-
mento, em que se busca investigar um determinado tema.
Outra questão importante em um projeto de pes-
quisa é o interesse por algo , por uma questão que se 
queira investigar. Certamente, que só se conhece, só se 
é levado a investigar à medida que se precisa encontrar 
solução ou respostas a questionamentos ou dificuldades 
na área específica da temática.
76
4.02.
CRITéRIOS PARA ELABORAçãO dE UMA 
MONOGRAFIA
Além disso, alguns outros pontos merecem atenção, 
quando se propõe uma investigação. São critérios que 
servem para reflexão do pesquisador. Pensar na pesqui-
sa a ser realizada nos seguintes aspectos: originalidade, 
importância, viabilidade e conhecimento do assunto.
É necessário pensar na originalidade do trabalho 
para evitar que se pesquise sobre um assunto já conhe-
cido e, portanto, não se acrescente nada com o traba-
lho de investigação. Mesmo uma pesquisa bibliográfica, 
quando se utiliza de outros autores, dispensando a pes-
quisa de campo, é possível somar grande contribuição 
para a ciência no preenchimento de lacunas deixadas 
pelas pesquisas publicadas sobre o assunto. (INÁCIO 
FILHO, 1995)
Um tema deve levar em conta também a sua im-
portância. Refletir sober a relevância do trabalho para 
a comunidade científica e mesmo para a sociedade. A 
viabilidade é outro item que não se pode desconsiderar, 
pois o pesquisador pode correr o risco de perder tempo 
e recurso. O pesquisador deve atentar para realizar uma 
pesquisa sobre um determinado assunto, que ainda não 
foi objeto de estudos e publicações. Essa reflexão com 
77
base em estudos requer também muita observação so-
bre as produções já realizadas.
Essa observação feita com base em leituras irá 
auxiliar o pesquisador para que tenha o conhecimento do 
assunto a ser estudado. Desse modo, terá condições de 
propor problemas relevantes no seu projeto de pesquisa.
A Fundamentação teórica é outra questão impor-
tante em qualquer elaboração científica, pois consiste 
em explicitar e embasar os conceitos fundamentais 
na utilização de procedimentos para as análises, assim 
como as categorias e os pressupostos teóricos, que sus-
tentarão todo o desenvolvimento da pesquisa.
Para Inácio Filho (1995), todo esse conjunto de 
categorias, conceitos e pressupostos deve constituir-se 
num todo articulado dentro do trabalho científico. O 
conhecimento sobre a estrutura da pesquisa também 
deve fazer parte do interesse do pesquisador, no senti-
do de estruturar o trabalho dentro dos padrões exigidos 
para elaboração de um trabalho científico. 
Além de buscar um conhecimento sobre o assunto 
a ser pesquisado, fazendo um levantamento das obras 
já apresentadas sobre a temática, é necessário também 
que o pesquisador tenha acesso à estrutura do trabalho 
e à questão da normatização das elaborações científicas. 
Toda pesquisa deve atender as exigências da normas, 
para que seja aceito pela comunidade científica.
Logo abaixo, seguem algumas considerações sobre 
as normas da ABNT, para que você pesquisador, possa 
78
inteirar-se de forma breve de normas que regulam a ela-
boração científica, sem contudo deixar de pesquisá-las 
e estudá-las de maneira mais criteriosa, para o êxito do 
seu trabalho, no caso a monografia.
AS NORMAS dA ABNT
Todo trabalho científico exige uma formatação com 
base nas normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. É um padrão nacional de normas, que vale 
para todos as produções científicas. É interessante ter 
acesso a estas normas para formatar de forma prática 
e objetiva seus próprios trabalhos e, principalmente, a 
monografia.
Nesse sentido, Habermann (2009) traz colabora-
ções, que esclarecem questões importante relacionadas 
às normas, e que são na maioria das vezes, motivo de 
dificuldades na elaboração de trabalhos, por parte de 
pesquisadores. 
A ABNT foi fundada no ano de 1940. Trata-se de 
uma entidade privada de políticas públicas, sem fins lu-
crativos, reconhecida por Lei, como órgão de utilidade 
pública dirigida por membros de um conselho delibe-
rativo, conselho fiscal, conselho técnico e a diretoria 
executiva. 
4.03.
79
Pode-se dizer que é o único órgão responsável de 
normalização técnica no Brasil, e é a única e exclusi-
va representante no país de entidades internacionais, 
como: a ISO - International Oganization For Standar-
dization, da qual é membro fundadora, bem como da 
COPANT - Comissão Pan-Americana de Normas Téc-
nicas e da AMN - Associação MERCOSUL de Norma-
lização. Também é representante da IEC - International 
Eletrotechnical Commission.
Quando se refere aos trabalhos acadêmicos o co-
mitê responsável pela elaboração e alteração é o da in-
formação e documentação - ABNT/CB-14. A ABNT 
tem como finalidade promover o desenvolvimento tec-
nológico nacional e, neste caso, padronizar a forma de 
apresentação dos trabalhos acadêmicos, para que todos 
os trabalhos apresentados pelos alunos sigam o mesmo 
padrão. (HABERMANN, 2009)
A ABNT apresenta várias normas que são referen-
dadas com números chamados de NBR, que significa 
Normas Brasileiras, as quais estão sujeitas a revisões pe-
riodicamente. O acadêmico precisa estar atento às mu-
danças das normas por ocasião da elaboração do seu 
trabalho, considerando as constantes adequações que a 
ABNT processa. 
Abaixo, apresentamos as normas mais utilizadas 
em trabalhos acadêmicos: 
- ABNT NBR 6023:2002, que referencia sobre a elaboração 
das referências; 
80
- ABNT NBR 6024:2003, que referencia sobre a numera-
ção progressiva das seções de um documento escrito; 
- ABNT NBR 6027:2003, que referencia sobre o sumário; 
- ABNT NBR 6028:2003, que referencia sofre o resumo de 
trabalho; 
- ABNT NBR 6034:1989, que referencia sobre o índice de 
publicações;
- ABNT NBR 10520:2002, que referencia sobre as citações 
em documentos; 
- ABNT NBR 12225:2004, que referencia sofre a lombada e; 
- ABNT NBR 14724:2005, que referencia sobre a forma-
tação dos trabalhos acadêmicos como: a capa, página 
de rosto, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, dentre 
outros itens. A formatação básica paraelaborar um tra-
balho acadêmico deve ser baseada nos princípios gerais 
da NBR 14724:2005.
4.04.
SOBRE A FORMATAçãO dA MONOGRAFIA
Ainda, em Habermann (2009), apresentamos basica-
mente os padrões a serem seguidos na formatação de 
uma monografia, devendo-se considerar que a forma-
tação básica para elaborar um trabalho acadêmico deve 
ser baseada nos princípios gerais da NBR 14724:2005:
81
• PAPEL: deve ser branco, formato A4 e o texto deve ser 
digitado no anverso da folha, ou seja, na frente, exceto 
para a folha de rosto que deverá conter a ficha catalo-
gráfica, impressos na cor preta, podendo utilizar outras 
cores apenas para ilustrações; 
• MARGENS: a margem deverá obedecer 3 cm de borda 
superior e esquerda e 2 cm de borda inferior e direita; 
• ESPACEjAMENTO ENTRELINHAS: deve ser de 1,5 cm em 
todo o trabalho, exceto para as citações com mais de 
três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das 
ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do 
trabalho, nome da instituição e área de formação, que 
devem ser redigidos em espaçamento simples; 
• PARÁGRAFO: 1,25 cm em todo o trabalho, exceto para 
as citações; 
• TExTO: deve ser justificado em todo o trabalho, exceto 
para as referências no final do trabalho e notas de ro-
dapé, as quais deverão estar alinhadas à esquerda. Se no 
decorrer do texto utilizar termos de origem estrangeira, 
recomenda-se o uso de itálico; 
• FONTE E TAMANHO: é facultado ao acadêmico utilizar- 
se de qualquer tipo de fonte, porém as mais indicadas 
são a Arial ou Times New Roman, até mesmo a Courier 
New, pois o formato da letra contribui para que a leitura 
seja menos cansativa. O tamanho exigido é 12, exceto 
para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, 
paginação e legendas das ilustrações e tabelas, devendo 
ser redigidas em tamanho menor e uniforme. Nestes 
82
casos, o tamanho indicado é 10; 
• PAGINAçãO: deve ser contada a partir da folha de rosto 
continuamente, mas não numeradas, só deve aparecer o 
número de páginas a partir da primeira folha da parte 
textual, ou seja, da introdução, em algarismos arábicos, 
no canto superior direito da folha a 2cm da borda supe-
rior. Se por ventura, o trabalho for em dois volumes, o 
número de páginas continua de onde parou o primeiro 
volume. Se houver apêndices e anexos, estes deverão 
ser numerados sequencialmente após a conclusão;
• TíTULOS dAS SEçõES E SUBSEçõES: trata-se dos elemen-
tos textuais, que devem seguir o indicativo numérico, 
alinhado à esquerda separado por um espaço de carac-
teres, destacados em letras maiúsculas, negrito, itálico 
ou sublinhado, devendo o texto iniciar após dois espa-
ços de 1,5 cm entrelinhas; 
• TíTULOS dAS SUBSEçõES: segue a mesma formatação 
dos títulos das seções, porém é opcional redigir em le-
tras maiúsculas ou minúsculas, desde que seja padrão 
em todo o trabalho. (HABERMANN, 2009, p. 22)
Vale ressaltar que nos elementos pré-textuais e 
pós-textuais, não se utiliza a indicação numérica de-
vendo ser redigidos em letras maiúsculas, centraliza-
das, em negrito, itálico ou sublinhado, com exceção da 
dedicatória e epígrafe, as quais não deverão conter os 
títulos e indicativo numérico conforme dispõe a NBR 
6024:2003. 
83
Além da formatação básica do trabalho acadêmico, 
é necessário compreender a divisão da estrutura desse 
trabalho. Ou seja, os elementos pré- textuais, textuais e 
pós-textuais descritos abaixo.
ELEMENTOS PRé-TExTUAIS
Nos elementos pré-textuais devem constar: 
- Capa;
- Folha de rosto; 
- Folha de aprovação; 
- Dedicatória(s); 
- Agradecimento(s); 
- Epígrafe; 
- Resumo na língua vernácula; 
- Resumo em língua estrangeira; 
- Lista de ilustrações; 
- Lista de tabelas; 
- Lista de abreviaturas e siglas; 
- Lista de símbolos; 
- Sumário.
Nestes elementos, estão os de caráter obrigatório e os 
de caráter opcional, que poderão ser melhor identifica-
dos na unidade 5.
4.05.
84
ELEMENTOS TExTUAIS
Nos elementos textuais, configura-se o corpo do traba-
lho, e deve constar: 
- Introdução; 
- Objetivo Geral;
- Objetivo Específico;
- Método;
- Resultado;
- Discussão;
- Conclusão.
4.06.
ELEMENTOS PóS-TExTUAIS
Esta é a última parte da estrutura do trabalho e deve 
constar:
- Referências (obrigatório); 
- Apêndice (opcional); 
- Anexo (opcional);
- Glossário (opcional).
4.07.
85
Exercícios Propostos
1. Comente os critérios a serem pensados para a elabo-
ração de uma monografia.
2. O que deve constar nos elementos pré-textuais de 
uma monografia? 
3. No corpo da monografia existe o item - Títulos das 
seções e subseções. Esclareça.
4. Todo trabalho científico exige uma formatação com 
base nas normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. Justifique esta afirmação.
5. Comente o pensamento de Inácio Filho (1995): 
“todo esse conjunto de categorias, conceitos e pressu-
postos deve constituir-se num todo articulado dentro 
do trabalho científico. O conhecimento sobre a estrutu-
ra da pesquisa também deve fazer parte do interesse do 
pesquisador, no sentido de estruturar o trabalho dentro 
dos padrões exigidos para elaboração de um trabalho 
científico”.

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