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Trabalho politica ambiental

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REDE DE ENSINO DOCTUM
CENTRO DE ENGENHARIAS – CAMPUS ITAMAR FRANCO
ARQUITETURA E URBANISMO
Juiz de Fora - MG
2015
ANDERSON MELO, BRUNA MALATESTA, GUSTAVO ANDRADE, JULIO ROCHA, JOÃO PAULO SAD, JOÃO PAULO MENEZES, PEDRO DAVI
POLÍTICA AMBIENTAL
Trabalho de Pesquisa apresentado à disciplina Arquitetura e Urbanismo do Curso de Engenharia Civil da Doctum como parte das exigências do 5° período do Curso.
Prof. Cecília
Sumário
16
Conclusão	24
Agradecimentos	24
Bibliografia	25
Introdução
Figura 1 – Política ambiental
O trabalho a seguir abrange o tema de política ambiental baseado na história política ambiental do país e nos princípios de direito ambiental com enfoque na lei de número 6.938, a qual inclui a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA). Em discussão, temos como tema a interface da política urbana no Brasil.
Tendo como base o Princípio da dignidade da pessoa humana onde todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
Política ambiental no Brasil
Antecedentes históricos
Figura 2 – Evolução histórica do Direito Ambiental Brasileiro
Na década de trinta o Brasil inicia um período de consolidação de investimentos públicos e privados em grandes obras de infraestrutura. Nessa época não se falava em desenvolvimento sustentável, porém, já havia uma vertente de política ambiental orientada apenas para preservação. Existia um movimento de políticos, jornalistas e cientistas que se organizavam para discutir políticas de proteção ao patrimônio natural. Esses grupos contribuíram para elaboração do primeiro Código Florestal Brasileiro em 1934 – instituído pelo Decreto 23793/1934 – onde eram definidas bases para proteção dos ecossistemas florestais e para regulação da exploração dos recursos madeireiros.
O Código Florestal contribuiu para a criação do primeiro Parque Nacional brasileiro em 1937, o Parque Nacional de Itatiaia, e dois anos depois foram criados os Parques Nacionais de Iguaçu e da Serra dos Órgãos. Porém, nos vinte anos seguintes nenhum outro parque foi criado. A política ambiental preservacionista dos anos 30 foi colocada em segundo plano nas décadas de 40 e 50, quando foram concentrados esforços na industrialização e no desenvolvimento acelerado.
Nessa década de 60, a preocupação com a conservação do meio ambiente foi institucionalizada com a aprovação da Lei Nº 4.771 de 15/09/1965, que instituía o novo Código Florestal Brasileiro, que visava, sobretudo à conservação dos recursos florestais, criando novas tipologias de áreas protegidas com as Áreas de Preservação Permanente, que permaneceriam intocáveis para garantir a integridade dos serviços ambientais; e a Reserva Legal, que transferia compulsoriamente para os proprietários rurais a responsabilidade e o ônus da proteção.
Quase dois anos após a criação do novo código florestal brasileiro foi criado o Instituo Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que tinha a missão de formular a política florestal no país e adotar as medidas necessárias à utilização racional, à proteção e à conservação dos recursos naturais renováveis. A década de 70 se inicia com a realização da Conferência de Estocolmo de 1972, onde o Brasil defendia a idéia de que o melhor instrumento para combater a poluição é o desenvolvimento econômico e social.
Diante das pressões externas e da sociedade que acusavam o governo brasileiro de defender desenvolvimento a qualquer custo, era emergente a necessidade de se criar um projeto ambiental nacional que contribuísse para reduzir os impactos ambientais decorrentes do crescimento causado pela política desenvolvimentista.
Como resposta, foi criada em 1973, a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), vinculada ao Ministério do Interior, “orientada para conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais”, passando a dividir funções com o IBDF.
Nessa década ganhava força a visão de ecodesenvolvimento que já defendia a conciliação dos aspectos econômicos, sociais e ambientais no desenvolvimento. Essa visão começa a ser internalizada na política ambiental brasileira com a promulgação da lei Nº 6938/81, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente. A mesma passa a utilizar como instrumento de planejamento do desenvolvimento dos territórios o Zoneamento Econômico Ecológico e como um dos instrumentos de política ambiental a “avaliação de impactos ambientais”. Além disso, cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que passam a ser os principais instrumentos de uma política ambiental orientada para ações descentralizadas.
Logo, as atividades causadoras de degradação ambiental passaram a depender do prévio licenciamento do órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A Lei cria a obrigação do licenciamento e a resolução Nº 1/1986 do Conselho Nacional do Meio ambiente (CONAMA) cita as atividades que precisam elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Assim, a década de oitenta é marcada com um grande avanço na política ambiental no Brasil e a concepção de compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento foi fortalecida nas esferas nacional e internacional quando a Comissão Brundtland, criada pela Organização das Nações Unidas em 1983, divulgou o conceito “desenvolvimento sustentável”. A emergência de um novo paradigma fez com que essa expressão passasse a ser utilizada por representantes do Estado, da sociedade civil e dos empresários.
Com a Constituição de 1988 as políticas ambientais evoluem e estados e municípios passam a ter competência para formularem suas próprias políticas, ao mesmo tempo em que determina ser direito de todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado e que é dever do poder público e da coletividade defendê-lo e preservá-lo.
No plano institucional, a área ambiental do Estado, influenciada pela Constituição de 88, transformava-se com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 1989, que passa a ter a missão de formular, coordenar e executar a Política Nacional de Meio Ambiente. Logo após, em 1992, foi criado o Ministério do Meio Ambiente, órgão de hierarquia superior que passa a ter a missão de formular a Política de Meio Ambiente no Brasil e o IBAMA passa a ter uma atuação mais voltada para fiscalização. A década de 90 se inicia com avanço na estrutura dos órgãos ambientais de Estado e também nas discussões sobre a necessidade de implementação de um modelo de desenvolvimento ambiental e socialmente sustentável em escala planetária.
Essas discussões culminaram com a realização da II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO’92), repercutindo profundamente na política ambiental brasileira. A Conferência reuniu 179 Chefes de Estado e de Governo, empresários e contou com uma inédita participação da sociedade civil por meio do Fórum das ONGs. Diversos documentos foram assinados como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a Convenção da Diversidade Biológica, a Carta da Terra, o Protocolo de Florestas, a Agenda 21 Global, entre outros. A RIO’92 foi um divisor de águas na política ambiental, pois além de contribuir para maior participação das ONGs, trouxe também o universo empresarial para as questões ambientais, e os investimentos das empresas em meio ambiente passaram a ser crescentes nos anos subseqüentes. Alémdisso, a Conferência lançou novas políticas fomentadas por doações de cooperação internacional como o Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil- PPG7.
A RIO’92, de uma forma geral, não produziu mecanismos efetivos de alcance global para assegurar a aplicação de suas resoluções - a responsabilidade pelo cumprimento das decisões foi transferida aos Estados, que prioriza seus interesses nacionais. Após a RIO’92, a política ambiental no Brasil dá um salto qualitativo com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais ou Lei da Natureza, Nº 9.605/98. A sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a contar com um instrumento que lhes garante agilidade e eficácia na punição aos infratores do meio ambiente. Com o surgimento da Lei, as pessoas jurídicas passaram a ser responsabilizadas criminalmente, permitindo a responsabilização da pessoa física autora ou coautora da infração.
O ano de 2000 se inicia com a aprovação da Lei Nº 9985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC), dividindo as unidades de conservação em Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso sustentável. O SNUC reflete um avanço na política ambiental brasileira considerando que veio fortalecer a perspectiva de uso sustentável dos recursos naturais, das medidas compensatórias e de uma descentralização mais controlada da política ambiental no Brasil.
Dois anos após a criação do SNUC, foi lançada a Agenda 21 Brasileira em 2002, com vasta consulta à população brasileira, universidades, organizações não-governamentais, órgãos públicos dos diversos entes federativos. A criação da Agenda 21 Brasileira foi um avanço na medida em que sensibiliza os governos locais e estaduais a encararem suas responsabilidades para um desenvolvimento sustentável, e a tomarem iniciativas para elaboração de suas Agendas 21 locais, por meio de planejamento estratégico e participativo.
O Século 21 se inicia assim com a política ambiental mais participativa tendo em vista o crescente aumento dos conselhos deliberativos e consultivos. Em Agosto de 2001 foi criado o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), que hoje possibilita a participação dos povos indígenas, das comunidades locais, das empresas e de organizações ambientalistas como convidados permanentes com direito a voz. Em 2003, foram estabelecidas a Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO) e a Comissão Nacional de Florestas (CONAFLOR), com representantes do governo e da sociedade civil. Além disso, houve o aumento de representatividade do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) de 29 para 57 membros. Os anos seguintes contaram com o aumento da Comissão de Política de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 (CPDS) de 10 para 34 membros e com a ampliação do conselho do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) – esses são indicadores que refletem a maior participação da sociedade na Política Ambiental.
Com a mudança de gestão no Ministério do Meio ambiente, surgem novas diretrizes para a política ambiental no Brasil, dentre as quais se destacam o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) com objetivo de promover a gestão ambiental compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal; a efetivação do chamado princípio da transversalidade, no qual a política ambiental deixa de ser setorial para entrar na agenda dos diversos ministérios e órgãos públicos, e o maior controle e participação social nas políticas ambientais.
A participação social passa a ser ampliada com a realização da Conferência Nacional do Meio Ambiente, uma iniciativa que conta com a crescente participação de milhares de pessoas a cada evento, representantes dos mais diversos segmentos do governo e sociedade, onde grandes propostas foram transformadas em ações, tais como o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, o Plano BR-163 Sustentável, as operações de combate à corrupção do IBAMA e órgãos estaduais e a sanção da Lei de Gestão de Florestas Públicas.
A política florestal passa a ser reorientada com a criação do Serviço Florestal Brasileiro e a Comissão de Gestão de Florestas Públicas (CGFLOP), com representantes de diversas áreas do poder público, de empresários, de trabalhadores, da comunidade científica, dos movimentos sociais e das ONGs, procurando atender às reivindicações da sociedade referentes ao assessoramento, à avaliação e à proposição de diretrizes para a gestão sustentável das florestas públicas da União.
A política ambiental brasileira hoje deve ser pautada como prioridade na agenda internacional uma vez que os maiores problemas globais, como o das mudanças climáticas, têm forte relação de dependência com a política ambiental brasileira. O Brasil é um dos maiores emissores de Gás de Efeito Estufa do mundo e a maior parte dessas emissões é proveniente do desmatamento da Amazônia, o que reflete a importância da política florestal brasileira. O meio ambiente precisa, assim, ser prioridade na agenda do Governo.
No plano institucional, a área ambiental do Governo Federal sofreu uma grande transformação com a aprovação da Medida Provisória que dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, fruto do desmembramento do IBAMA, que passa a ser responsável apenas pelo licenciamento ambiental, o controle da qualidade ambiental, a autorização do uso dos recursos naturais e a fiscalização.
Já o Instituto Chico Mendes fica responsável pela gestão e proteção de Unidades de Conservação, orientando-se para políticas de uso sustentável. Essa divisão gerou resistência por partes dos servidores e alguns representantes da área ambiental – criou-se, assim, a visão equivocada de que essa mudança está prejudicando a política ambiental do País.
Na verdade, o maior problema da política ambiental hoje é a dificuldade em promover a transversalidade, considerando os múltiplos interesses que permeiam os diversos setores do Governo, sejam eles econômicos, políticos, sociais. Os interesses econômicos em geral consideram o ambiental um entrave ao desenvolvimento de suas atividades e ao crescimento do Brasil. Tais interesses pressionaram fortemente o Governo em diversos casos, como os transgênicos, a usina nuclear de Angra 3, as hidroelétricas do Rio Madeira e a transposição do Rio São Francisco.
A política ambiental hoje no Brasil traz muitos avanços no que diz respeito à participação dos governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil organizada. Essa dinâmica contribui para a melhoria da qualidade da governança ambiental, porém não garante que na definição das políticas sejam priorizados os interesses sócio-ambientais. A perspectiva do desenvolvimento sustentável enfrenta oposição em diversos segmentos do mercado e até mesmo em certos setores do Governo, ao enxergarem equivocadamente o meio ambiente como um entrave ao desenvolvimento, quando, na verdade, é um elemento propulsor do desenvolvimento. No caso do Brasil, a biodiversidade é responsável por aproximadamente 50% do PIB.
Assim, é fundamental que empresas, sociedade e Governo estejam em sintonia, visando conciliar também os interesses sociais e ambientais Os interesses econômicos que procuram inviabilizar a transversalidade constituem o grande obstáculo para a promoção de uma política ambiental integrada para o desenvolvimento sustentável.
Direito ambiental no Brasil
Fundamento constitucional dos princípios do direito ambiental:
Princípio da dignidade da pessoa humana: Art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
Princípio do direito à sadia qualidade de vida: Tal princípio foi previsto na Declaração de Estocolmo de 1972: “o homem tem direito fundamental a adequadas condições de vida em um ambiente saudável”, e reafirmado na Declaração do Rio/1992: “osseres humanos têm direito a uma vida saudável.”
Princípio da solidariedade intergeracional: responsabilidade da atual geração pela existência das futuras gerações.
Princípio do acesso equitativo dos recursos naturais: possibilidade concreta de esgotamento dos recursos ambientais, formulou-se o conceito de meio ambiente em bem de uso comum do povo. Foi previsto no princípio 5, da Declaração de Estocolmo: ``os recursos não renováveis do globo devem ser explorados de tal forma que não haja risco de serem exauridos e que as vantagens extraídas de sua utilização sejam partilhadas a toda a humanidade``.
Princípio da reparação: dispõe sobre a responsabilidade e indenização por efeitos adversos decorrentes de danos ambientais. Está previsto no princípio 13 da Declaração do Rio/92. Atua em repreensão às condutas ilícitas (dever de reparação do dano ambiental).Princípio da informação: qualquer indivíduo deve ter acesso adequado a informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas (princípio 10 da Declaração do Rio/92).
Princípio da participação: assegurar a participação de todos os cidadãos interessados nas questões ambientais.
O direito Ambiental no Brasil é regido por cinco princípios gerais que irão reger a sua estrutura geral: da ubiqüidade, da globalidade, da precaução-prevenção, do poluidor-pagador e da cooperação.
Figura 3 – Princípios do Direito Ambiental no Brasil.
Princípio do usuário-pagador: valorização econômica dos recursos ambientais, e também à imposição ao usuário de uma retribuição pela utilização dos mesmos com fins econômicos.
Princípio do poluidor-pagador: Impõe um dever ao poluidor de indenizar pela poluição causada ou que possa vir a causar ao meio ambiente em razão de sua atividade econômica.
Princípio da precaução: ameaça de danos sérios ou irreversíveis ao meio ambiente. Está previsto no princípio 15 da Declaração do Rio/92. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”.
Princípio da prevenção: obrigação de evitar a consumação de danos ao meio ambiente. Está previsto na Convenção de Basiléia sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito, assinada em 1989, bem como na Convenção da Diversidade Biológica, negociada noRio de Janeiro em 1992, desta forma: “É vital prever, prevenir e combater na origem as causas da sensível redução ou perda da diversidade biológica”.
A estrutura do direito ambiental brasileiro, por sua vez, está baseada em cinco princípios estruturais: o princípio da globalidade, o princípio da horizontalidade, o princípio da sustentabilidade e o princípio da solidariedade.
Princípios Estruturais
Princípio da globalidade: Os danos ao meio ambiente afetam a todos
Princípio da horizontalidade: O meio ambiente pode afetar uma série de políticas
Princípio da sustentabilidade: Interação entre o desenvolvimento econômico e preservação ambiental Princípio da solidariedade: Proteção às espécies vivas e aos recursos finitos
Princípios Estruturais do Direito Ambiental no Brasil.
De uma maneira geral, o Brasil possui leis ambientais de grande alcance; bem elaboradas e que estão em consonância com os organismos internacionais tais como a FAO, UNESCO e UNICEF. Alguns são exemplos:
· Agrotóxicos - Lei 7.802 de 11/07/1989;
Área de Proteção Ambiental - Lei 6.902, de 27/04/1981;
Atividades Nucleares - Lei 6.453 de 17/10/1977;
Crimes Ambientais - Lei 9.605, de 12/02/1998;
Engenharia Genética - Lei 8.974 de 05/01/1995;
Exploração Mineral - Lei 7.805 de 18/07/1989;
Fauna Silvestre - Lei 5.197 de 03/01/1967;
· Florestas - Lei 4771 de 15/09/1965;
Gerenciamento Costeiro - Lei 7661, de 16/05/1988;
· IBAMA - Lei 7.735, de 22/02/1989;
Patrimônio Cultural - Decreto Lei 25, de 30/11/1937;
Política Agrícola - Lei 8.171 de 17/01/1991;
Política Nacional do Meio Ambiente - Lei 6.938, de 17/01/1981;
Recursos Hídricos - Lei 9.433 de 08/01/1997;
Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama;
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC – Lei 9.985, de 18/07/2002;
Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição - Lei 6.803, de 02/07/1980.
Lei da política nacional do Meio Ambiente – Número 6.938 de 17/01/1981
Conceito
É a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. O Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA).
Objetivos
A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
- à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
- à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
- ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
- ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientais para o uso racional de recursos ambientais;
- à difusão de tecnologias de manejo ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
- à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, correndo para manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
- à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Princípios
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio- econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar e largura;
- planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
- proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
- controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; (duzentos) metros; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - recuperação de áreas degradadas;
- proteção de áreas ameaçadas de degradação;
- educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Diretrizes
As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formulados em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governo da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no artigo 2° desta Lei.
Parágrafo Único - As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.
Poluição
Figura 4 – Evolução dos indicadores de sustentabilidade
Conceito
A degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou indiretamente:
prejudiquema saúde, a segurança e o bem estar da população;
criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
afetem desfavoravelmente a biota;
afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
Poluidor
A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental.
Principais problemas ambientais no Brasil
Figura 5 – A charge critica o desmatamento e retrata um dos problemas sócio ambientais
O principal fato, que contribuiu para o quadro atual de degradação ambiental no País, foi o movimento de industrialização e urbanização, que ocorreu de forma acelerada no período que compreende as décadas de 1930 a 1970, especialmente em 1974, com a implantação do II Plano Nacional de Desenvolvimento, em que o objetivo da política econômica não se compatibilizou com a proteção ao meio ambiente. Embora existam várias medidas de controle implantadas ou em pauta na agenda estatal, diversos exemplos de uso não sustentável de recursos estão presentes no País. São exemplos:
- Poluição atmosférica - caracterizada principalmente pela queima incompleta de combustíveis fósseis, para fins de transporte, aquecimento e produção industrial, por meio de fontes fixas e fontes móveis, com foco nos grandes centros urbanos. Os níveis de ozônio na atmosfera são freqüentemente ultrapassados. Entretanto, nos últimos anos, houve redução nos níveis de fumaça, monóxido de carbono e dióxido de enxofre, que também se reduziu a ponto de atender os padrões impostos pela legislação (CETESB, 2003).
Resíduos sólidos - caracterizado basicamente pelo lixo não coletado e indevidamente disposto, que atinge as águas pluviais urbanas e rurais, gerando contaminação hídrica e, também,
poluição atmosférica. Em 1989 o Brasil produzia 96 mil toneladas/ dia de lixo, dos quais 29% tinham destino adequado, enquanto que os 71% restantes eram depositados inadequadamente. Em 2000, 59% ainda possuíam destino inadequado (IBGE, 2000).
Poluição hídrica - de modo geral, são caracterizados como: a poluição por esgotos domésticos, industrial, disposição dos resíduos de origem agrícola e outros. Também há problemas de poluição dos oceanos, devido ao aumento da população em zonas costeiras, além dos vazamentos oriundos de atividades como extração de petróleo. A importância do sistema de saneamento é evidente. Entretanto, em 2000, somente 52,2% do número total de domicílios brasileiros eram atendidos por rede geral de esgoto (IBGE, 2002). Nesse quadro há disparidades regionais. A Região Norte tem a maior parte de sua população não atendida por rede geral (92,9%), em contraste com a Região Sudeste, onde apenas 7% da população não possui acesso aos serviços.
Desflorestamento - a discussão do desflorestamento é central no Brasil. A questão envolve um dilema entre aspectos ambientais e econômicos, pois a biodiversidade representa um grande potencial econômico, a produção de madeira é a terceira maior do mundo e as relações com o mercado externo vêm aumentando. Em contraste à importância econômica, o uso insustentável das florestas gerou diversos impactos de grande relevância sobre os biomas existentes no País5. Na Amazônia a área total desflorestada é de 15% em relação ao total. A situação é crítica e tem aumentado ao longo dos anos,
principalmente no Estado do Pará. Na mata Atlântica a situação é ainda mais crítica, pois restam menos de 10% de sua área original (IBGE, 2000).
Figura 6 – Dados sobre o desflorestamento da Amazônia
Institucionalidade ambiental e política externa
Os problemas de meio ambiente estão largamente associados a falhas do sistema de mercado. A maioria dos economistas tende a enxergar os problemas ambientais como meros defeitos na alocação de recursos, que poderiam ser corrigidos através de taxações específicas. Argumentam que as externalidades negativas6 devem ser incorporadas ao sistema de preços, restabelecendo a coincidência entre o ótimo individual e o ótimo coletivo (VEIGA, 1991). Na realidade, entretanto, a incorporação das externalidades negativas ao sistema de preços não é um processo trivial e não raro está associado a um papel ativo do Estado na execução de um papel de alocador de recursos que, se deixado à mercê das forças do mercado livre, produz depleção de recursos naturais ou ambientais a taxas que não
se sustentam intertemporalmente. Nesse contexto, a política ambiental pode ser considerada como um conjunto de instrumentos à disposição do Estado para alterar a alocação de recursos, de forma a reduzir o consumo de bens e serviços escassos sujeitos a externalidades negativas, tais como: o ar, que age como veículo de descarga de resíduos de processos de combustão e de diversos processos industriais; os recursos hídricos que são receptores de efluentes derivados de processos industriais e da própria vida humana; e vários outros. A utilização mais ativa de instrumentos de política ambiental pelo Estado brasileiro começou a se fortalecer, no Brasil, ao longo dos anos 70s, principalmente devido ao impacto político da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em junho de 1972, em Estocolmo, Suécia (BAER, 1996).
A criação da estrutura pública de regulação iniciou-se com a criação da Secretaria Especial
do Meio Ambiente (SEMA), em 1973. Em 1981, foi criado o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)7, pela Lei 6.938, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), que utiliza como principal instrumento de planejamento o Zoneamento Ecológico Econômico para planejar o desenvolvimento do território. A promulgação da Constituição Federal de 1988 trouxe um capítulo sobre o Meio Ambiente e inseriu mudanças significativas na área ambiental. No mesmo ano foi instituída a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605), contribuindo para o fortalecimento dos instrumentos de direito ambiental. Em 1989, a SEMA foi extinta, com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), pela Lei 7.735. Em 1992, foi criado o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (MMA), pela Lei 8.490, que assumiu a coordenação da PNMA, sendo responsável pela definição de objetivos, metas e políticas ambientais para o País.
Em sua configuração atual, o SISNAMA compõe-se basicamente de duas esferas: de formulação de políticas, do qual fazem parte o CONAMA, órgão superior do sistema, e o MMA, órgão central; e a esfera de execução de políticas, que destinam-se ao IBAMA, executor da política federal de meio ambiente e de todos os órgãos setoriais, estaduais e municipais. A Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente das Nações Unidas lançou a idéia de desenvolvimento sustentável, ou seja, que o desenvolvimento econômico de hoje deve se realizar sem comprometer o desenvolvimento econômico das gerações futuras (COMISSÃO, 1994). Este aspecto foi tema central da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Brasil em 1992, denominada Rio-92. O documento mais importante gerado pela Rio-92 foi a Agenda 218, que dispõe sobre consações sociais e econômicas; conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento; fortalecimento dos principais grupos sociais e meios de implementação. No Brasil, ela foi lançada em julho de 2002 e as Agendas Locais estão aos poucos sendo elaboradas. A questão das mudanças climáticas, vista como um sério problema mundial, também foi resultado da ECO-92, que gerou
a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinada por mais de 150 países, que deu origem ao Protocolo de Quioto9, em 1997. Em setembro de 2002, as Nações Unidas
patrocinaram uma nova conferência, a Rio+10, em Johanesburgo, África do Sul. O objetivo foi buscar consenso na avaliação das condições ambientais e sociais atuais e nas prioridades para ações futuras, mas os resultados não estiveram de acordo com o que se esperava e aindaforam sujeitos a diversas críticas.
Políticas públicas ambientais no Brasil
Os problemas ambientais se avolumaram ao longo dos séculos, precisamente em função da falha do sistema de mercado em alocar eficientemente os recursos naturais. Assim, a reversão desses problemas requer intervenção decisiva do Estado. O papel regulador do Estado é estratégico por favorecer a emergência do compromisso entre interesses múltiplos da sociedade, investidores, empresas, entre outros. Um aspecto fundamental relacionado à escolha das políticas públicas ambientais diz respeito à disposição da sociedade em internalizar o custo ambiental, necessidade que decorre do impacto das políticas ambientais sobre os preços e custos. As principais formas de intervenção pública na área ambiental caracterizam-se por medidas diversas como: a utilização de instrumentos econômicos (taxação, subsídios, mercados de direitos de uso); normas e regulamentos; fiscalização, dentre outros. Também se caracterizam por meio das políticas setoriais adotadas, sendo algumas, consideradas de maior relevância, relacionadas a seguir:10
Políticas de proteção à atmosfera: é de competência dos estados a execução de programas de monitoramento da qualidade do ar, mas o cumprimento dessa diretriz não é uniforme entre eles. Existem medidas de controle, como o Programa de Particulados na Região Metropolitana
de São Paulo (RMSP), que atua desde 1979, com o objetivo de melhorias tecnológicas em fontes fixas; o Controle para Dióxido de Enxofre e a Operação Rodízio, realizada entre 1995 e 1998. Em 1989, foi instituído o Programa Nacional da Qualidade do Ar (PRONAR), para gerenciar as fontes de poluição do ar, e a resolução do CONAMA 08/90, que estabeleceu limites máximos de poluentes de fontes fixas. O Brasil tem contribuído por meio dos programas implementados (CÂMARA e SANTOS, 2002), no combate ao agravamento dos riscos globais de mudanças climáticas, participando com compromissos para a implementação do Protocolo de Quioto.
Políticas de resíduos sólidos: a gestão de resíduos é de responsabilidade dos estados sendo que alguns deles já possuem legislação nesse sentido. As ações de gestão de resíduos são regionalizadas, de forma que cada estado e município se organize financiando suas ações por meio de entidades competentes, no intuito de estimular o consumo sustentável, promovendo o destino adequado do lixo e a principal ação: a educação ambiental. O processo de coleta seletiva e reciclagem tem sido promovido pelo Poder Público municipal em algumas cidades, pelo setor privado e catadores individuais, que caracterizam a operacionalização de um sistema informal de coleta (DEMAJOROVIC, 1996).
Algumas ações em âmbito federal também foram desenvolvidas, enquanto não se procede à aprovação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, necessária para regulação do setor.
Políticas de saneamento e recursos hídricos: o Sistema de Gerenciamento dos Recursos Hídricos é integrado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), Agência Nacional das Águas (ANA), Comitês de Bacias Hidrográficas, órgãos do poder público federal, estadual e municipal. É de competência da União legislar sobre as águas e de competência comum dos Estados e Municípios além da União promover a melhoria das condições desses recursos e o combate à poluição (MINISTÉRIO, 1998). A Lei n. 9.433, de 1997, instituiu o plano de uma nova Política Nacional de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos e organizou as instituições em um sistema integrado de gerenciamento. Esta lei foi modificada pela Lei n. 9.984, de 2000, que criou a Agência Nacional das Águas. No caso do saneamento básico, a demanda pelos serviços sofreu forte pressão durante o processo de industrialização. A resposta em termos de políticas públicas foi dada principalmente com a criação do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA) na década 1970, que possibilitou melhorias no sistema, apesar de suas deficiências.
Políticas de proteção às florestas: os principais instrumentos que regulamentam a questão florestal no País são: o Código Florestal (Lei 4.771/95), a Lei de Proteção à Fauna (Lei 5.197/67) e a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81). De importância relevante, cita-se a criação da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) em 1999, com a competência de propor, definir e implementar políticas que estimulem o uso sustentável da biodiversidade; e a implantação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que caracteriza áreas protegidas, aplicando garantias na manutenção da diversidade biológica. Houve nos últimos anos, medidas em prol da redução do desmatamento (MINISTÉRIO, 1997), sendo exemplos, a extinção dos incentivos fiscais à agropecuária em áreas florestais e a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) de áreas de propriedade com cobertura florestal, reduzindo alíquotas para áreas com planos de manejo florestal.
Crimes ambientais
Figura 7 – A maior Bacia Hidrográfica do litoral paulista continua sendo ameaçada pelo atual modelo de desenvolvimento da região metropolitana da Baixada Santista
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, eles são classificados em seis tipos diferentes:
Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória. Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.
Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque ou possa provocar danos a saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora.
Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: construção em áreas de preservação ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida. Crimes contra a administração ambiental: afirmação falsa ou enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental.
Infrações administrativas: ações ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
Penalidades
Criminais
-O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR;
-A pena é aumentada até o dobro se resultar : dano irreparável à fauna, à flora e ao meio ambiente; ou lesão corporal grave;
-Art. 15 da Lei 6.938/81. Com a promulgação da Lei 9.605/98, de Crimes Ambientais, as penalidades constantes na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente passaram a constar desta nova lei, permanecendo inalterada a responsabilidade civil.
Administrativas
O não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação ambiental sujeitará os transgressores:
- À multa simples ou diária (...);
- À perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo poder público;
- À perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; e
- À suspensão de sua atividade.
-Art. 14 da Lei 6.938/81. Com o advento do Decreto No. 3.179, de 21 de setembro de 1.999, que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais, entre outras, as penalidades administrativas passaram a ser as constantes deste Decreto
SISNAMA
Figura 8 – Sistema Nacional de Meio Ambiente
Composição
O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, e tem a seguinte estrutura:
Órgão Superior: O Conselho de Governo
Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
Órgão Central: O Ministériodo Meio Ambiente - MMA
Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
- IBAMA
Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;
Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;
Atuação
A atuação do SISNAMA se dará mediante articulação coordenada dos Órgãos e entidades que o constituem, observado o acesso da opinião pública às informações relativas as agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA.
Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a regionalização das medidas emanadas do SISNAMA, elaborando normas e padrões supletivos e complementares.
Os Órgãos Seccionais prestarão informações sobre os seus planos de ação e programas em execução, consubstanciadas em relatórios anuais, que serão consolidados pelo Ministério do Meio Ambiente, em um relatório anual sobre a situação do meio ambiente no País, a ser publicado e submetido à consideração do CONAMA, em sua segunda reunião do ano subsequente.
CONAMA
Composição
Plenário de 108 membros
(1984 – 36; 1997 – 75; 2001 – 101 e 2005 - 108)
Comitê de Integração de Políticas Ambientais – CIPAM
Câmaras Técnicas Grupos de Trabalho Grupos Assessores
Presidente e Secretário Executivo - 2 Governo Federal – 37*
Governos Estaduais – 27 Sociedade Civil – 22 Governos Municipais – 8
Entidades Empresariais – 8*– (CNI -3; CNC - 2; CNA - 1. CNT - 1, Setor Florestal - 1). Um membro honorário indicado pelo Plenário - 1
E 3 conselheiros convidados sem direito a voto: MPU, MPE e representante da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados.
Competências
Estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; Art. 8o., inciso I, da Lei 6.938/81. • Determinar a realização de estudos (conseqüências ambientais) de projetos públicos ou privados;
Artigo 8o., inciso II, da Lei 6.938/81Decidir, como última instância administrativa em grau de recursos, mediante depósito prévio, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA; Art. 8o., inciso III, da Lei 6.938/81. Homologar acordos, visando a transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental;
Art. 8o., inciso IV, da Lei 6.938/81. Determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo poder público, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
Art. 8o., inciso V, da Lei 6.938/81. Estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
Art. 8o., inciso VI, da Lei 6.938/81. Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais,
principalmente os hídricos.
3.9	Responsabilidade
O poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a todos afetados.
Código Florestal Brasileiro – Lei n° 12.651/2012
Figura 9 – Área de proteção permanente
Áreas de proteção permanente:
São áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, cuja largura mínima varia de acordo com a largura do curso d’água; II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com
até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
- no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
- as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;
Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; ... III - proteger várzeas; IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; VII - assegurar condições de bem-estar público; VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente:
 Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água.
 Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água.
 Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.
Reserva legal
. Conceito (artigo 3°, III, do Código Florestal): área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos
ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;
Percentuais mínimos de Reserva Legal:
80% do imóvel quando localizado na região de florestas da Amazônia Legal
35% do imóvel quando localizado na região de cerrado da Amazônia Legal
20% do imóvel quando localizado nas demais regiões do país (florestas, outras formas de vegetação e campos gerais).
Interfaceda política urbana
O ecossistema urbano deixou de ser visto isoladamente e tratado como fenômeno exclusivamente urbano e passou a demandar uma visão holística e integradora, à medida que é reflexo também de um conjunto de fenômenos sociais e biogeoclimáticos que lá se localizam. A implementação de uma política urbana hoje não pode ignorar a questão ambiental, sobretudo nas cidades de grande porte, onde adquirem maior dimensão os problemas relativos ao meio ambiente, como, por exemplo: poluição do ar, da água, sonora, visual, lixo, ausência de áreas verde”.
Contudo, fazer uma interface entre a matéria urbana e a ambiental não é uma tarefa nada fácil. Enquanto a política urbana está inserida na Ordem Econômica e Financeira, visando, sobretudo, à regulação da propriedade privada, a temática ambiental está disposta na Ordem Social, focalizando os bens comuns, que são direitos difusos, tendo titulares indetermináveis. Ademais, enquanto a competência material no campo urbanístico apresenta como lócus mais concreto de atuação o nível municipal, a competência executiva da função ambiental é comum entre os entes federados, sendo que a competência legislativa é concorrente, cabendo à
União estabelecer normas gerais, ao Estado suplementá-las, e aos municípios, observado o que dispõe os demais entes, legislar sobre assuntos de interesse local. Observa-se, pois, a descentralização da regulação urbana e a centralização da regulação ambiental.
Emerge, assim, a necessidade de convergência e integração das políticas públicas setoriais, através da gestão ambiental urbana, isto é, do conjunto de atividades e responsabilidades voltadas para uma série de intervenções sociais com vistas ao manejo adequado do uso do solo e dos recursos naturais e humanos, para construção da qualidade de vida urbana. Em outras palavras, para buscar a sustentabilidade das cidades. Desponta, com isso, a necessidade de se selecionar critérios e estratégias para elaboração dos instrumentos de planejamento local sustentável. E, se se dispõe de uma análise ambiental, pode-se ter uma base para o ordenamento territorial e assim melhorar a formulação e aplicação de tais documentos de planejamento.
Função social da propriedade urbana
A noção de função social da propriedade emerge face à necessidade de se rever o instituto da propriedade, concebido em suas bases sob um prisma individualista. Assim, se antes o direito de propriedade era absoluto e sagrado, a emergência de novos direitos, como os sociais e econômicos, provocam a revisão desses conceitos, levando à funcionalização social desse instituto. Desse modo, a função social da propriedade apresenta-se como o dever do proprietário de atender a finalidades relacionadas com interesses protegidos por lei (GUIMARÃES JÚNIOR, 2003), coibindo, portanto, o uso que possa vir a prejudicar a sociedade. Deve ser vista como o próprio conteúdo social da relação desse instituto, à medida que “é a própria razão de ser da relação, que faz a propriedade existir em conformidade com o direito” (DERANI, 2000, p.266).
Esse princípio não implica a supressão da propriedade privada, mas modifica sua natureza, configurando uma nova relação jurídica, pois os modos de aquisição, gozo e utilização do bem em consonância com o direito, revelando a efetividade do princípio é que determinarão sua tutela jurídica. No ordenamento jurídico brasileiro, a propriedade urbana cumpre sua função social quando se ordena segundo as exigências fixadas pela lei do plano diretor do município (art. 182, §2º da CF). Uma vez não sendo a propriedade edificada, nem utilizada ou simplesmente subutilizada, a Constituição Federal preveu que o Poder Público Municipal pode, através de lei específica, obrigar o proprietário a utilizá- la adequadamente. Caso contrário, ser-lhe-á aplicada sucessivamente a pena de parcelamento ou edificação compulsórios, IPTU progressivo no tempo e desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública (art. 182, §2º da CF). Em outras palavras, o Constituinte, tendo em vista a política urbana, buscou coibir a retenção de terrenos urbanos ociosos, isto é, de artimanhas de especulação imobiliária, que denotam características excludentes e segregadoras. Contudo, em meados da década de 70, quando o meio ambiente deixa de ter o seu valor condicionado à sua utilidade e significação pelo homem, e adquire um valor em si mesmo, o direito de propriedade começou a se esbarrar em mais uma limitação: seu acesso e uso, bem como as técnicas de produção e de apropriação do meio ambiente deveriam ocorrer em harmonia com as leis da natureza, para assegurar a manutenção dos recursos naturais não somente às gerações presentes, mas identicamente às gerações futuras e a toda teia de vida à qual pertence o homem.
A função social da propriedade ganha então uma nova acepção: um conteúdo ambiental. Daí decorre a expressão função socioambiental da propriedade.
No Brasil, a despeito de já existirem normas infraconstitucionais no ordenamento jurídico brasileiro disciplinando as regras ambientais, é com a Constituição de 1988 que essa temática ganha maior vulto, ao assegurar o meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos, um bem de interesse público, impondo-se o dever de conservação desse bem ao Poder Público (Poder Executivo, Legislativo e Judiciário) e a toda sociedade. Demais disso, o Código Civil de 2002, inspirado sob os princípios da sociabilidade, da eticidade e da operabilidade, derruiu as inspirações privatísticas do Código Civil de 1916 e se harmonizou com os termos da atual Carta Política Nacional. Estabelece o § 1° do art 1.228 que: O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
A norma de direito privado encontrando base na norma maior deixou explícita a funcionalização da propriedade, em sua acepção social e ambiental, incorporando o princípio do
desenvolvimento sustentável, à medida que o uso, o gozo ou a fruição da propriedade é parcialmente livre, haja vista que seu uso econômico deve ser equilibrado social, cultural e ecologicamente, garantindo a base dos recursos naturais e do patrimônio histórico e artístico por diversas gerações.
Conclusão
A ocupação desordenada e em áreas de riscos pela população, a falta de todas as infraestruturas sociais aliada à falta de planejamento público, o consumismo exagerado das populações, a poluição da água, do ar e das paisagens, a ausência de áreas verdes nas cidades e outras mazelas, frutos do caráter predatório da expansão econômica capitalista, vêm corroborando para deterioração da qualidade de vida do homem nas cidades do espaço urbano.
Agradecimentos
Aproveitando o desfecho, nós, discentes do quinto período de Engenharia Civil da Instituição de ensino Doctum, gostaríamos de agradecer à professora tutora da matéria de Arquitetura e Urbanismo pela paciência, didática e profissionalismo. Ressaltamos ainda que, embora o assunto seja novo, conseguimos adquirir uma base satisfatória na disciplina ofertada.
Bibliografia
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