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ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE REFERENCIA AO IMIGRANTE NA CIDADE DE CHAPECÓ

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ 
ÁREA EXATAS E AMBIENTAIS 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
COMPONENTE CURRICULAR: SEMINÁRIO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
DOCENTES: ANA LAURA VIANNA VILLELA, KATIANE LAURA BALZAN, LALINE CENCI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM 
CENTRO DE REFERÊNCIA AOS IMIGRANTES 
NA CIDADE DE CHAPECÓ – SC 
 
 
 
ACADÊMICA: MARIA ANGÉLICA 
GONÇALVES DA LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHAPECÓ, MAIO DE 2016
RESUMO 
Trabalho desenvolvido na componente curricular 
Seminário em Arquitetura e Urbanismo, o qual 
apresenta a análise para a implantação de um Centro 
de Referencia ao Imigrante na cidade de Chapecó – 
SC. Para desenvolvê-lo, deu-se inicio ao estudo acerca 
da temática e o local de inserção, bem como analise de 
estudos de caso, legislações vigentes e as 
necessidades do público alvo. Foram feitos estudos 
como levantamento fotográfico, visitas e questionários 
aplicados a profissionais da área. Por meio desse 
estudo os dados e informações necessários para a 
Implantação de um Centro de Referencia ao Imigrante. 
PALAVRAS-CHAVE: Imigrantes; Centro de 
Referencia; necessidades. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO _ 5 
2 PROBLEMÁTICA/JUSTIFICATIVA _ 5 
2.1 EQUIPAMENTOS PARA A POPULAÇÃO IMIGRANTE EM 
CHAPECÓ _ _ _ _ _ _ 6 
 
3 ESTUDO DA TEMÁTICA _ 7 
3.1 POPULAÇÃO IMIGRANTE __________ 7 
3.1.1 Motivos que levam os imigrantes a virem para o Brasil _8 
3.1.2 População dos Imigrantes no Brasil_________________8 
3.1.3 Chegada dos imigrantes até o Brasil. _______________ 8 
3.2 A CHEGADA DOS IMIGRANTES EM CHAPECÓ _______9 
3.2.1 Características dos Imigrantes_____________________9 
3.3 POLITICAS PARA IMIGRANTES NO BRASIL_________10 
3.4 CENTRO DE REFERÊNCIA AO IMIGRANTE 
ARQUITETURA E ACOLHIMENTO. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 12 
 
4 CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO 13 
 
5 LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ÁREA 13 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ 13 
5.2 LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DA ÁREA 
PROPOSTA 15 
5.3 LEGISLAÇÃO_________________ 15 
5.4 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 17 
5.5 ASPECTOS BIOCLIMÁTICOS 18 
5.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 19 
5.6 TOPOGRAFIA 23 
5.7 VIAS DE ACESSOS _ _ _ _ _ _ _ _ 24 
5.8 MOBILIDADE URBANA 25 
 
5.9 CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS 
POTENCIALIDADES E MAPA SÍNTESE___ 26 
 
6 ESTUDOS DE CASO_______________________________28 
6.1 C E N T R O COMUNITÁRIO SÃO CIRILO ____________28 
6.2 CENTRO DE CAPACITAÇÃO INDIGENA _____________35 
6.3 SOMOS TODOS IMIGRANTES ______________________41 
6.4 CAR (CENTRO DE ACOLHIMENTO PARA REFUGIADOS_47 
 
7. DADOS PARA A PROPOSTA________________________54 
7.1 DEMANDA______________________________________54 
7.2 ESPAÇO FÍSICO E PERÍODO DE FUNCIONAMENTO DO 
CENTRO DE REFERENCIA AO IMIGRANTE _____________54 
7.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES___________________54 
7.4 PRÉ-DIMENSIONAMENTO_________________________57 
7.5 FUNCIONOGRAMA______________________________ _67 
 
8 PROPOSTA __________ 68 
8.1 CONCEITO _____68 
8.2 DIRETRIZES PROJETUAIS _ 69 
8.3 VOLUMETRIA __________________________________72 
8.4 IMPLANTAÇÃO_________________________________73 
8.5. SETORIZAÇÃO_________________________________74 
8.6 LOGOMARCA ___75 
10 LISTA DE IMAGENS __ 76 
 
11 LISTA DE TABELAS __ 79 
 
12 REFERÊNCIAS __________________________________79 
 
 
 
 
5 5 
 
 
 
Estudo para a implantação de um Centro de Referência ao Imigrante na 
cidade de Chapecó - SC 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho, realizado na componente 
curricular Seminário em Arquitetura e 
Urbanismo (SAU), tem como temática um 
Centro de Referencia ao Imigrante na cidade 
de Chapecó. 
Este estudo tem como principal objetivo 
proporcionar através da arquitetura um meio 
para que traga acolhimento e bem-estar aos 
imigrantes, além de integrá-los a sociedade 
através dos serviços para acolhida e 
capacitação adequada. 
Segundo os dados da ONU–ACNUR (2005)1, 
no Brasil a imigração foi sempre presente, 
maioria dos casos ocasionados pela oferta de 
trabalho e de melhoria de vida, porém, com o 
processo de migração de haitianos para o 
Brasil é que fluxo se mostra com uma 
expressão distinta de outros períodos. 
Para Milesi (2012), as políticas migratórias no 
país sofreram mudanças ao longo dos anos, 
porém elas não foram seguidas de soluções 
 
 
1
 ACNUR. O ACNUR no Brasil. Disponível em: 
<http://www.acnur.org/t3/portugues/informacao-geral/o-acnur-
no-brasil/> Acesso em: 21/03/2016. 
 
coerentes, o Brasil recebe um fluxo imigratório 
muito maior do que planejava e não apresenta 
uma política de imigração coerente. 
De acordo com esses aspectos, é clara a 
necessidade da implantação de Centro de 
Referencia ao imigrante. Esse espaço poderá 
contribuir positivamente para o melhoramento 
dos aspectos sociais e de integração dos 
imigrantes na região, visto que terá um papel 
importante para toda a localidade em questão e 
não apenas para os indivíduos acolhidos. 
2 PROBLEMÁTICA/JUSTIFICATIVA 
De acordo com Télémaque (2012) o brasileiro 
não está preparado para falar um segundo 
idioma, dificultando a comunicação com os 
imigrantes, também política pública adequada 
que respondam às demandas do acolhimento 
de imigrantes, e que, prioritariamente, 
amenizem as barreiras culturais. 
Os resultados são que essa população hoje vê 
no Brasil uma melhoria de vida, mas que sem 
as medidas apropriadas podem acabar 
passando por inúmeras dificuldades e 
xenofobia. 
Considerada a capital do oeste catarinense, 
Chapecó recebe muitos imigrantes, em busca 
de melhores condições de vida. Atualmente são 
6 
 
entre 2 mil e 2,5 mil imigrantes na região, 
segundo dados da Associação dos Haitianos 
de Chapecó, somente a Aurora Alimentos 
conta com 800 haitianos. Segundo Monfiston, 
cerca de 70 haitianos que chegaram 
recentemente na cidade ainda não 
conseguiram emprego.2 
Considerando-se o contexto percebe- se a 
carência de locais que garantam o bem-estar 
social para estes indivíduos que dependem de 
acolhida imediata e acompanhamento e 
capacitação para evitar situações de 
marginalização pela falta de trabalho. 
Nesse sentido, é imprescindível proporcionar 
aos imigrantes um espaço com características 
mais integradoras, as quais ultrapassam o 
conceito de “abrigo imediato”, oferecendo 
programas de inclusão social, centro de apoio 
oferecendo orientação jurídica, apoio 
psicológico e qualificação profissional para 
estrangeiros. 
2.1 EQUIPAMENTOS PARA A 
POPULAÇÃO IMIGRANTE EM CHAPECÓ 
Chapecó não conta com equipamentos para a 
população de imigrantes. Entretanto existem 
duas entidades, a Associação dos Senegaleses 
Chapecoenses (ASC), que não possui uma 
sede própria e a Associação dos Haitianos de 
 
2
 IMIGRANTES NA REGIÃO. No Oeste de SC, indústrias 
foram atrás dos imigrantes haitianos. 2015: Disponivelem: 
<http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2015/05/no-oeste-
de-sc-industrias-foram-atras-dos-imigrantes-haitianos-
4768503.html>. Acesso em: 21/03/2016. 
Chapecó, localizada na Rua Quilombo, Bairro 
Efapi, referente às imagens 01 e 02, que surgiu 
aproximadamente no ano de 2014. As reuniões 
da associação,acontecem na sala da casa de 
Jean Innocent Monfiston, o atual presidente. 
Além dele, outros três haitianos se dividem na 
diretoria com as funções de tesoureiro, vice-
presidente e secretário. Nessas reuniões, a 
diretoria e os demais participantes debatem 
sobre como reivindicar melhores condições de 
trabalho, tratam de eventuais pendências 
envolvendo os membros, combinam novos 
eventos, entre outros assuntos.3 
Figura 01 – Localização Associação dos Haitianos de Chapecó. 
 
Fonte: MUB, 2015. Edição da autora 
 
3
 IMIGRANTES NA REGIÃO. No Oeste de SC, indústrias 
foram atrás dos imigrantes haitianos. 2015: Disponivel em: 
<http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2015/05/no-oeste-
de-sc-industrias-foram-atras-dos-imigrantes-haitianos-
4768503.html>. Acesso em: 21/03/2016. 
7 7 
 
 
 
Figura 02 –Associação dos Haitianos de Chapecó 
 
Fonte: http://imigrantes.webflow.io. Acesso:21/03/ 2016. 
É visível que o local não é o mais adequado. 
Apesar de ser um espaço muito importante 
para os imigrantes. 
Figura 03 – Reunião Associação dos Haitianos de Chapecó 
 
Fonte: http://migramundo.com/2015/03/26/haitianos-ja-contam-
com-pelo-menos-seis-associacoes-em-sc/20150131_163005 
Acesso:21/03/ 2016. 
3 ESTUDO DA TEMÁTICA 
3.1 POPULAÇÃO DO IMIGRANTE 
A imigração é o fenômeno protagonizado pelo 
indivíduo, mas visto pela perspectiva do país 
que o acolhe, ou seja, é a entrada de quem 
vem do exterior para fins de trabalho e/ou 
residência, passando a ser denominado por 
imigrante. Cita-se como exemplo um brasileiro 
que se ausenta do Brasil por um longo período 
para trabalhar nos Estados Unidos. No Brasil, 
ele é denominado por “emigrante” e nos 
Estados Unidos ele é considerado um 
“imigrante”. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E 
EMPREGO. 2009.p.17.). 
No caso dos haitianos, senegaleses e ganeses, 
no Brasil convive-se com regimes de acolhida e 
de autorização para trabalho acentuadamente 
diversos, que depende das características dos 
migrantes em questão, pondo em xeque 
princípios fundamentais como o da igualdade. 
Assim, todo avanço da legislação sobre 
migrações internacionais se vê comprometido, 
no plano da efetividade, pela inadaptação dos 
serviços públicos à nova realidade da 
mobilidade humana. (CAVALCANTI; OLIVEIRA; 
TONHATI. 2014. p.19.) 
 
 
8 
 
3.1.1 Motivos que levam os imigrantes 
a virem para o Brasil 
Através da figura 03, feito com base nos dados 
do Ministério do trabalho e emprego (2011), 
observa-se que o principal motivo que leva os 
migrantes a virem para o brasil. 
Figura 04: Motivos que levam os haitianos a virem para o 
Brasil. 
 
Fonte: Ministério do trabalho e emprego, 2011. Elaboração da 
Autora 
3.1.2 População dos Imigrantes no 
Brasil 
De acordo com Godoy (2011) Após o terremoto 
ocorrido no Haiti em 12 de janeiro de 2010, 
cerca de 222.000 pessoas morreram, e cerca 
de 300.000 ficaram feridas, sem contar que 
60% da infraestrutura do país foi destruída. 
Segundo Fernandes (2014) em seguida ao 
terremoto seu fluxo migratório foi crescendo até 
formar o que existe atualmente. Todos os 
dias, entram pelo menos 50 imigrantes de 
forma regular no país (GODOY 2011). 
De acordo com dados da Polícia Federal, mais 
de 39.000 imigrantes entraram no Brasil desde 
2010 até setembro de 2014, distribuídos 
principalmente nos grandes centros, nos 
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio 
Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, 
Paraná. 
3.1.3 Chegada dos imigrantes até o 
Brasil. 
De acordo com a narração feita pelos haitianos: 
Bachelor Louis e Jean Bellou Chery, que 
responderam ao questionário, a entrada no 
Brasil acontece pelos diversos acessos. Um 
destes caminhos é a trajetória da maioria dos 
imigrantes é chegar ao equador de avião, 
percorrer o equador até o peru de ônibus e do 
peru até o estado de Acre de carro (um tipo de 
combi) que leva as pessoas até uma 
cidadezinha na fronteira Brasil-peru, em 
seguida as pessoas entram no Brasil de táxi. 
64% 
15% 
6% 
7% 
2% 6% 
Motivos da 
migração 
Trabalho
Melhor
qualidade de
vida
Estudar
Ajudar a
familia
Crise no Haiti
Outros
9 9 
 
 
 
Figura 05 Rota dos imigrantes até o Brasil 
 
Fonte: Coordenação de politicas para imigrantes, 2015 
3.2 A CHEGADA DOS IMIGRANTES EM 
CHAPECÓ 
A crescente chegada de imigrantes para 
Chapecó está totalmente conectada às 
questões levantadas por Fernandes (2014) a 
demanda por mão-de-obra nos setores da 
agroindústria e da construção civil tem atraído 
não só haitianos, como também, senegaleses e 
ganeses. Assim, os imigrantes que se dizem 
formados, se sentem submetidos, para 
sobreviver e manter os que ficaram no país de 
origem, ao frio das câmaras frigoríficas, a carga 
de trabalho pesada, além do salário reduzido 
que é oferecido pelas agroindústrias. 
3.2.1 Características dos Imigrantes. 
As pesquisas realizadas no Instituto Migrações 
e Direitos Humanos - IMH (2012) mostram que 
o grupo desses imigrantes é formado por 
pessoas predominantemente jovens, com 
idades entre 20 e 39 anos, a maioria do sexo 
masculino, com nível de instrução equivalente 
ao ensino fundamental, médio e superior. 
Somente em grupos mais recentes vieram 
imigrantes de menor escolaridade e mais 
pobres, ligados ao êxodo rural. 
Figura 06– Faixa Etária 
 
Fonte: Conselho Nacional de Imigração, 2012. Elaboração da 
Autora 
 
2% 
50% 
38% 
9% 
1% 
Faixa Etária 
Até 20
anos
21 a 30
anos
31 a 40
anos
41 a 50
anos
51 a 60
anos
10 
 
Figura 07 – Sexo . 
 
Fonte: Conselho Nacional de Imigração, 2012. Elaboração da 
Autora 
Figura 08 – Escolaridade. 
 
Fonte: Conselho Nacional de Imigração, 2012. Elaboração da 
Autora 
3.3 POLITICAS PARA IMIGRANTES NO 
BRASIL 
Segundo Pereira Brito (2015)4 há poucas 
medidas adotadas no sentido de integrar o 
estrangeiro à sociedade brasileira. O serviço de 
atendimento ao migrante é predominantemente 
realizado pela Polícia Federal e por 
organizações não governamentais. 
[...] tarefa de acolhida continua por conta da 
Igreja ,de pastores evangélicos e, ao final, 
também das ONG’s. Pessoas e entidades 
muito ajudaram e não se pode deixar de 
nomear a Associação Allan Kardec. Porém, os 
principais protagonistas de acolhida foram os 
próprios estrangeiros. Eles souberam acolher a 
muitos em seus quartinhos paupérrimos e 
limitados de tudo. Sempre cabe mais um 
nesses momentos. Com competência e 
eficiência atuaram e atuam as equipes de 
alimentação, de saúde, de ensino da língua 
portuguesa, de cursos profissionalizantes e de 
emprego.(COSTA. 2012. p. 91.). 
O país ainda não possui um serviço 
especializado e integrado. Segundo a 
legislação brasileira, estados e municípios não 
possuem competência específica em matéria 
de migração. 
Ainda conforme o mesmo autor no ano de 
2014, alguns estados brasileiros promoveram 
iniciativas de integração das quais são os 
 
4
 Políticas para migrantes no Brasil: avanços locais recentes, 
improvisos e grandes entraves, 2015. Disponivel em:< 
http://migramundo.com/2015/04/28/politicas-para-migrantes-no-
brasil-avancos-locais-recentes-improvisos-e-grandes-
entraves/> Acesso em: 21 março 2016. 
17% 
83% 
Imigrantes - sexo 
Mulheres Homens
32% 
29% 
20% 
10% 
4% 
4% 
1% 
ESCOLARIDADE 
1º Grau
Incompleto
2º Grau
Incompleto
2º Grau
completo
1º Grau
completo
Ensino Superior
incompleto
Ensino Superior
completo
Outros
11 11 
 
 
 
casos do estado e da cidade de São Paulo e do 
estado do Paraná. 
O estado de São Paulo inaugurou o Centro de 
Integração da Cidadania (CIC) do Imigrante, o 
espaço foi idealizado para facilitaro acesso a 
direitos fundamentais e ao acolhimento dos 
estrangeiros, concentrando serviços da 
Defensoria Pública Estadual e Federal, do 
Posto de Atendimento ao Trabalhador e do 
PROCON, além da emissão de segundas vias 
de certidões e serviços de regularização 
migratória. 
Figura 09 – Área do CIC do Imigrante, em São Paulo 
 
Fonte:Migramundo. Acesso: 10/03/2016. 
Inaugurou também a Casa de Passagem Terra 
Nova, um local específico para acolhida e 
atendimento à população vítimas de tráfico de 
pessoas e estrangeiros solicitantes de refúgio. 
Na cidade de São Paulo, foi inaugurado o 
Centro de Referência e Acolhida para 
Imigrantes (CRAI) O equipamento oferece 
serviços de suporte à população imigrante, 
vagas de abrigo temporário. O atendimento 
especializado aos imigrantes é realizado por 
imigrantes de sete nacionalidades que 
oferecem informações em seis línguas (inglês, 
espanhol, português, árabe, francês e 
creole),serviços de atendimento na Polícia 
Federal, intermediação para trabalho e 
informações sobre regularização migratória, 
documentação, cursos de qualificação, acesso 
aos serviços públicos municipais, além de 
orientação jurídica, realizada por profissionais 
especializados na questão migratória, e apoio 
psicológico com atenção especial aos 
solicitantes de refúgio e imigrantes em 
situações de maior vulnerabilidade. 
Figura 10 – Centro de acolhida para imigrantes . 
 
Fonte:Migramundo. Acesso: 10/03/2016. 
12 
 
Já o estado do Paraná, é o único a implantar 
um Comitê Estadual para Refugiados e 
Migrantes (CERM) e possuir um Plano 
Estadual de Políticas Públicas para Migrantes, 
Refugiados e Apátridas, foi escolhido para 
iniciar o projeto-piloto “Mobilidade Regional e 
Inserção Socioeconômica de Refugiados”, 
proposto pelo Ministério da Justiça e pelo 
ACNUR. A ideia do projeto é ampliar as 
perspectivas de integração local como uma 
solução duradoura aos refugiados que, apesar 
de não se encontrarem em situação de 
vulnerabilidade prolongada, ainda buscam 
autossuficiência e estariam aptos a trabalhar 
logo após sua chegada ao Brasil. Assim, será 
formada uma rede no Paraná, composta por 
instituições dos setores públicos, privado, 
universidades e sociedade civil, que trabalhará 
em conjunto para criar condições de integrar 
cerca de 200 refugiados colombianos. 
Figura 11 – Migrantes (a maioria haitianos) fazem fila em 
mutirão na Missão Paz para emissão de carteiras de trabalho. 
 
Fonte:Migramundo. Acesso: 10/03/2016. 
3.4 CENTRO DE REFERÊNCIA AO 
IMIGRANTE – ARQUITETURA E 
ACOLHIMENTO. 
A arquitetura pode ser capaz de transformar a 
história de seus usuários, pois causa 
sensações diferenciadas entre os elementos 
que compõe um espaço e as pessoas que os 
utilizam. Tendo em vista este envolvimento com 
o espaço arquitetônico tem-se o termo 
“humanização” entendida “como valor, na 
medida em que resgata o respeito à vida 
humana. Abrange circunstancias sociais, 
étnicas, educacionais e psíquicas presentes em 
todo o relacionamento humano”. (HOREVICZ, 
CUNTO, 2007, p.17). 
Os aspectos de uma arquitetura de acolhimento 
devem ser aplicados para a melhoria das 
condições de integração físicas e psicológicas 
do usuário. Porém as condições das estruturas 
físicas das casas de acolhimento e centros de 
Referencia funcionam muitas vezes em prédios 
adaptados, improvisados e inadequados. 
Para promover uma acolhida adequada e 
escuta qualificada dos usuários, o 
ambiente físico deve ser acolhedor e 
assegurar espaços para atendimentos 
individuais, familiares e em grupo, em 
condições de sigilo e privacidade. Para 
isso, recomendasse que seja implantado 
em edificação com espaços essenciais em 
desenvolvimento das suas atividades, não 
devendo, portanto, ser improvisado em 
qualquer espaço. (MDS,p.23, 2011) 
Costeira (2004 p.88) afirma que devem-se 
“promover ambientes que remetam sentimentos 
13 13 
 
 
 
de paz, esperança, reflexão, conexão espiritual, 
relaxamento, humor e conforto , livres de 
fatores ambientais estressantes, como ruído e 
falta de privacidade.” 
Para projetar um ambiente humanizado, além 
de promover espaços familiares e confortáveis, 
é preciso ter conhecimento técnico dos 
elementos de composição do espaço, entender 
as diferentes sensações transmitidas para os 
usuários (VASCONCELOS, 2004). 
É necessário avaliar a combinação de três 
fatores importantes para alcançar a melhor 
solução para esses ambientes: a função dos 
ambientes, os materiais que podem ser 
utilizados e o conforto visual proporcionado 
para os usuários através da composição dos 
materiais e mobiliários dos ambientes 
(BJORNGAARD, 2010). 
4 CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO 
ALVO 
O objetivo é receber através da arquitetura com 
dignidade, orientação e encaminhamento à 
autonomia os imigrantes que chegam a 
Chapecó- SC. 
O Centro de Referência ao Imigrante é 
destinado para jovens, adultos, idosos e 
famílias imigrantes que necessitam de moradia 
temporária, orientação jurídica, apoio 
psicológico e qualificação profissional. 
5 LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO 
DA ÁREA 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 
DE CHAPECÓ 
Localizada em estado de Santa Catarina, no 
Brasil, conforme a figura 12, Chapecó possui 
população estimada de 205.795 habitantes, 
conforme o IBGE (2015). 
Conforme o site Chapecó e Região (2016)5 é 
considerada a capital do oeste catarinense, é 
sede das principais empresas processadoras e 
exportadoras de carnes e também na 
fabricação de máquinas e equipamentos para a 
agroindústria. Os índices de geração de 
emprego estão acima do nível federal e 
estadual, o que atrai investidores, gerando 
ainda mais postos de trabalho.
 
5
 SOBRE Chapecó: Economia e região. Chapecó e Região, 
2016. Disponível em: < 
http://www.chapecoeregiaocvb.com.br/sobrechapeco/economia
-e-populacao/>. Acesso em: 21/03/2016. 
14 
 
 
Figura 12 – LOCALIZAÇÃO DE CHAPECÓ 
 
 
 
Fonte: IBGE, 2013,MUB, 2015, Edição da autora
15 15 
 
 
 
5.2 LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA 
DA ÁREA PROPOSTA 
As atividades já existentes no entorno e suas 
características foram itens priorizados durante 
o processo de escolha da área, como em 
Chapecó tem uma grande concentração de 
imigrantes nessa área, devido a proximidade 
com o frigorifico Aurora Alimentos, é um fator 
que foi levado em consideração para a 
escolha do terreno da proposta. 
Dessa forma, a área escolhida para 
implantação do Centro de Referencia ao 
imigrante está localizada no Bairro SAIC, 
conforme a imagem abaixo (figura 13) 
Figura 13 – LOCALIZAÇÃO DE CHAPECÓ
Fonte: MUB, 2015. Edição da autora 
O terreno faz parte da quadra nº 135 conforme 
pode ser observado na figura 14. Sua área é 
de 31.129,25 m². 
Figura 14 - Localização do terreno escolhido. 
 
 
Fonte: MUB, 2015. Edição da autora 
5.3 LEGISLAÇÃO 
O terreno escolhido faz parte da Unidade de 
Moradia (UM),(figura 15). Resultando em uma 
paisagem mais homogênea na composição 
urbana, para um melhor resultado visual e 
formal da inserção desse objeto dentro do 
contexto urbano e constituição da paisagem, 
tanto pelo entorno como pelo objeto . 
16 
 
Figura 15 - Unidade territorial do terreno escolhido 
 
Fonte: MUB, 2013; PDC, 2014. Edição da autora 
Dessa forma, o limite de pavimentos, segundo 
o Plano Diretor de Chapecó (2014), é de 4 
pavimentos, e a taxa de permeabilidade é de 
no mínimo 20%. Como a metragem da área é 
de 31.129,25 m², pelo menos 6.225,85 m² do 
terreno deve ser permeável. 
A taxa de ocupação (TO) e o coeficiente de 
aproveitamento (CA), referentes ao terreno 
podem ser observados nas tabelas 01 e 02. 
Tabela 01 – Taxa de ocupação (TO). 
 
Área do terreno – 31.129,25 m² 
Base – 60% 31.129,25 x 0,6 = 18.677,55m² 
Torre – 60% 31.129,25 x 0,6 = 18.677,55m² 
 
Fonte: PDC, 2014. Elaboração da autora. 
 
17 17 
 
 
 
Tabela 02 – Coeficiente de aproveitamento (CA). 
 
Área do terreno – 31.129,25 m² 
Mínimo – 0,1 31.129,25 x 0,1 = 3112,92 
m²Básico – 1,8 31.129,25 x 1,8 = 56032,65 
Máximo– 2,4 31.129,25 x 2,4 = 74710,20 
 
Fonte: PDC, 2014. Elaboração da autora. 
 
Conforme o artigo 139 do Plano Diretor de 
Chapecó nos lotes de esquina inseridos na 
UM, fica autorizada a redução de um dos 
recuos de ajardinamento para 2,00m (dois 
metros), mantendo-se a dimensão de 4,00m 
(quatro metros) para a outra testada, e 
conforme art.143 do mesmo plano: 
O afastamento mínimo lateral será definido 
em 5% (cinco por cento) da testada do lote 
ou 85,00cm (oitenta e cinco centímetro), o 
que resultar maior e nas demais unidades 
territoriais o afastamento mínimo lateral 
será definido em 8% (oito por cento) da 
testada do lote ou 1,00m (um metro) o que 
resultar maior. (PDC, 2014) 
5.4 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 
Para melhor entendimento dos elementos que 
configuram o entorno da área de estudo, foi 
realizado um levantamento fotográfico. Por 
meio da figura 16 têm-se as marcações e 
direções das visuais observadas. 
 
 
 
Por meio do levantamento fotográfico percebe- 
se que a edificação mais próxima é um 
pavilhão localizado na mesma quadra, como 
pode ser visualizado na figura 17, 
Figura 17 - Visual 01. 
 
 Fonte: Acervo pessoal da autora. 
Figura 16 - Levantamento fotográfico 
Fonte: MUB, 2013. Edição 
da autora. 
18 
 
Observa-se através da figura 18 que o e 
entorno é de área residencial, assim a maioria 
das edificações possuem no máximo quatro 
pavimentos. 
Figura 18 - Visual 02. 
 
 Fonte: Acervo pessoal da autora. 
Através da figura 19 visualiza-se um elemento 
importante próximo a área de estudos, é um 
abrigo para parada de transporte público, 
localizado na esquina da Rua Paul Harris com 
a Rua Barão do Rio Branco. 
Figura 19 - Visual 03. 
 
 Fonte: Acervo pessoal da autora. 
Por meio da figura 20, nota-se que no 
terreno há apenas vegetação rasteira, não 
existe vegetação significativa. 
Figura 20 - Visual 04. 
 
 Fonte: Acervo pessoal da autora. 
Conforme a figura 21 nota-se a Escola Primaria 
Mundo Encantado na divisa do terreno. 
Figura 21 - Visual 05. 
 
 Fonte: Acervo pessoal da autora. 
19 19 
 
 
 
E na figura 22 observa-se a visual da Rua João 
XXIII. 
Figura 22 - Visual 06. 
 
 Fonte: Acervo pessoal da autora. 
Já na figura 23 percebe-se o declive da área 
em estudos próximo a Rua Marechal Floriano 
Peixoto. 
Figura 23 - Visual 07. 
 
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
5.4 ASPECTOS BIOCLIMÁTICOS 
De acordo com a classificação de Koppen, 
disponíveis no site da Epagri1, foi elaborada a 
tabela com aspectos climatológicos de 
Chapecó: 
 
Tabela 03 - Aspectos Climáticos 
ITEM ANALISADO UNIDADE 
DE 
MEDIDA 
VALOR 
REGISTRADO 
Tipo climatológico 
(Koppen) 
Especificação (Cfa) Subtropical 
(mesotérmico 
úmido , com verão 
quente) 
Temperatura média 
anual 
ºC 18-19 
Precipitação média 
anual 
mm 1700 a 1900 
Umidade relativa do ar 
(média) 
% 76 a 78 
 Fonte: EPAGRI, 2016. 
 
Conforme a carta solar, os ventos 
predominantes nos meses de janeiro a março e 
de setembro a dezembro são da orientação 
sudeste. Já, de abril a agosto são do nordeste. 
Algumas estratégias passíveis de adoção na 
proposta localizada em Chapecó, atendendo 
às exigências conforme NBR 15220, já que 
Chapecó está situada na zona bioclimática 3, 
seriam: 
 
1
 EPAGRI, Aspectos Climatológicos, 2016.. Fonte:Disponível 
20 
 
Figura 24- Carta solar e o terreno 
escolhido. 
 
 
 
Fonte: MUB 2015. Elaboração da autora. 
- Aberturas médias para ventilação, as quais 
proporcionem área entre 15% e 25% da área 
do piso do local e permitam a entrada da 
radiação do sol dentro da edificação. 
- Sombreamento de aberturas que permitam 
sol durante o inverno através de brises. 
- A massa térmica para aquecimento pode ser 
conseguida através da orientação solar 
adequada da edificação, além da utilização de 
cores que ajudam no ganho de calor. 
Com essas estratégias, materiais e métodos, 
acredita-se que uma edificação consegue ficar 
próximo da zona de conforto e atender as 
normas exigidas pela NBR 15220.2 
 
5.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 
Através do mapa de uso e ocupação do solo, 
do terreno escolhido pode-se perceber que o 
entorno é marcado por principalmente por 
edificações de uso residencial, também se 
observa a proximidade do terreno com diversos 
estabelecimentos importantes, como a Escola 
de ensino primário Mundo Encantado, CEIM 
Ciranda do Saber, Posto de Saúde SAIC, 
Clinica Odontológico- Unochapecó, EEB 
Antônio Morandini, Fundação Logosófica, 
Hospital da Criança, entre outros. 
Outro fator levado em consideração para a 
escolha da área foi à inserção do projeto em 
um local com presença de atividades em 
comunidade, sendo que assim irá permitir a 
participação da comunidade do entorno nas 
atividades disponíveis e no uso da área de 
vivência, garantindo a integração do Centro de 
Referencia ao imigrante, pois a área de 
estudos está localizada em uma quadra onde 
estão localizados vários equipamentos 
institucionais. 
 
2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 
Desempenho térmico de edificações parte 3: zoneamento 
bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações 
unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 
30 p. 
21 21 
 
 
 
É importante destacar que a área de 
implantação influencia diretamente no sucesso 
do Centro de Referencia, pois dela deriva a 
relação da comunidade do entorno com a 
estrutura do projeto, a aceitação e participação 
das mesmas nas atividades e nos espaços 
propostos e principalmente a inserção dos 
usuários.
Figura 25 – Mapa de uso e ocupação do solo. 
 
 
Fonte: MUB, 2015. Edição da autora
22 
 
Através das imagens abaixo pode-se observar 
algumas ocupações urbanas no entorno da 
área de intervenção. 
Figura 26 – Aurora Alimentos. 
 
Fonte: Google Street View,2016. 
 
Figura 27 – Escola Mundo Encantado. 
 
Fonte: Google Street View,2016 
 
Figura 28 – Clinica de Odontologia/ Posto SAIC. 
 
Fonte: Google Street View,2016. 
 
Figura 29 – CEIM Ciranda do Saber. 
 
Fonte: Google Street View,2016. 
Figura 30 – EEB Antônio Morandini. 
 
Fonte: Google Street View,2016. 
Figura 31 – Hospital da Criança. 
 
Fonte: Google Street View,2016. 
23 23 
 
 
 
5.6TOPOGRAFIA 
Na figura 32 têm-se o mapa de topografia do 
terreno escolhido. Nele é possível perceber 
que a parte mais baixa do terreno é em suas 
extremidades referentes à Rua Marechal 
Floriano Peixoto e a Rua João XXIII, pois 
possui uma grande declividade. 
Já próximo a Rua Paul Harris e Rua Barão do 
Rio Branco o terreno tem uma topografia 
levemente acentuada. Nessa mesma figura, 
há as marcações dos cortes que foram feitos 
para melhor compreensão do terreno. 
 
 
Figura 32 – Mapa de topografia Fonte: MUB, 2013. Elaboração da autora 
 
 
Figura 33 – Corte AA. 
 
Fonte: MUB, 2013. Elaboração da autora. 
Figura 34 – Corte BB. 
Fonte: MUB, 2013. Elaboração da autora.
24 
 
5.7 VIAS DE ACESSOS 
As vias do entorno do terreno que mais 
possuem trafego são: 
- Rua Antônio Morandini, sendo ela uma 
via coletora principal, que liga a área da 
proposta ao Bairro Jardim América, onde 
muitos imigrantes tem suas residências 
devido a localização desse Bairro ser entre 
a BRF e a Aurora Alimentos; 
- Rua Barão do Rio Branco, também uma 
via coletora principal, onde está localizada 
a Aurora Alimentos e a Área proposta para 
o projeto; 
-Rua João XXIII, uma via coletora 
secundária, que conecta o Bairro ao 
acesso ao Contorno Viário e também é 
onde estão localizados diversos 
estabelecimento importantes para a 
integração da proposta com o entorno. 
-Rua Clevelândia, via coletora principal, 
que liga o Bairro ao Terminal Urbano deChapecó. 
- Rua Uruguai, sendo uma via arterial que é 
muito importante devido ao Hospital da 
Criança estar localizado na mesma. 
Rua Floriano Peixoto, também uma via 
coletora principal que liga a área de 
estudos direto a praça central da Cidade. 
Figura 35 – Mapa de vias de acesso. 
. 
Fonte – MUB, 2013. Edição da autora 
25 25 
 
 
 
5.8 MOBILIDADE URBANA 
No entorno tem-se a linha de transporte público 
coletivo da Autoviação Chapecó que percorre 
por alguns pontos no entorno do terreno, sendo 
que um desses pontos se localiza na frente da 
área de estudos, referente à Rua Barão do Rio 
Branco. 
O terreno está localizado entre a Rua Barão do 
Rio Branco e a Rua Paul Harris. Portanto, a 
mobilidade urbana é facilitada devido a 
proximidade com o frigorifico, há paradas de 
transporte coletivo presentes no entorno. 
Essa característica pode ser observada na 
figura 36. 
Esta é uma maneira de facilitar a locomoção 
dos imigrantes que receberão apoio e 
capacitação no Centro de Referencia ao 
Imigrante. 
 
Figura 36 – Mapa de mobilidade urbana 
Fonte – MUB, 2013. Edição da autora. 
26 
 
5.9 CDP E MAPA SÍNTESE 
Através do tabela do CDP (tabela 04), e do 
mapa síntese (visualizado por meio da figura 
37), percebe-se que a área em estudo e seu 
 
entorno possuem várias condicionantes e 
potencialidades viabilizando um projeto 
arquitetônico no terreno
Tabela 04: Condicionantes, deficiências e potencialidades. 
 
CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES 
1 Rua Barão do 
Rio Branco 
Via de acesso estruturada 
ao terreno da proposta Vários acidentes 
- É uma das vias que liga a proposta a 
Aurora Alimentos, será de fácil 
localização, atingindo o público alvo. 
 -Via com boa infraestrutura. 
 
2 UM (Unidade 
de Moradia) 
Zoneamento à qual o 
terreno pertence 
Permite a implantação de 
apenas 4 pavimentos 
Norteia a elaboração de um partido 
arquitetônico. 
3 Localização/ 
Entorno 
Pensar na divisa de lotes, 
podendo causar falta de 
segurança 
Falta de locais para lazer 
e farmácia e banco, 
exigindo deslocamento 
da área 
- Equipamentos de serviço que podem 
auxiliar os imigrantes, servindo de apoio 
ao atendimento. 
- Integração com o entorno. 
- Entorno com potencial de crescimento 
4 Topografia 
Topografia irregular e em 
declive próximo a Rua 
Floriano Peixoto. --- 
- Aproveitamento da visual, pois o terreno 
está localizado em uma parte mais alta 
do bairro. 
5 
Linha de 
transporte 
público 
Presença de uma parada 
de transporte público na 
frente do terreno 
Horários limitados---- Permite que os usuários possam se 
locomover com maior facilidade 
 
Figura 32 – Mapa síntese. 
Fonte: Elaboração da autora 
27 
 
 
Fonte: Elaboração da autora 
Figura 37 – Mapa Síntese 
28 
 
6 ESTUDOS DE CASO 
6.1CENTRO COMUNITÁRIO SÃO CIRILO. 
Ficha técnica 
 Arquiteto: Nuno Valentim 
 Localização: Rua Barão de Forrester, 
Porto, Portugal. 
 Área: 2215 m² 
 Ano: 2002 
O Centro Comunitário São Cirilo, visualizado na 
figura 38, foi escolhido para ser analisado 
devido seus aspectos formais, funcionais, 
estruturais e programa de necessidades. 
Figura 38 - Centro Comunitário São Cirilo. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
O projeto está localizado em uma área próxima 
de uma escola, Capela, da Secretaria Geral do 
Tribunal de família e Menores do Porto e SEF 
(Serviço de Estrangeiros e Fronteiras). (Figura 
34) O espaço comunitário desenvolve-se a 
partir da rua de modo permeável e acessível. 
Conforme pode ser observado na figura 40. 
Figura 39 - Localização do Centro Comunitário. 
 
Fonte: Google Earth, 2016. Edição da autora. 
Segundo o site Open House Porto3, o Centro 
Comunitário São Cirilo tem como finalidade 
acolher pessoas e famílias (nacionais ou 
estrangeiras) requerentes de asilo ou refugio, 
através do acolhimento temporário e garantir as 
 
3
 CENTRO COMUNITÁRIO SÃO CIRILO Fonte: 
http://2015.openhouseporto.com/places/centro-comunitario-
sao-cirilo-e-edificio-de-escritorios/ 
29 
 
condições de necessidades básicas de 
sobrevivência, segurança e bem-estar, 
proporcionando alojamento aos imigrantes em 
situação de emergência humanitária. 
Segundo o site Archdaily4 não existia nenhum 
edifício construído com esta especificidade, 
apenas centros adaptados, muitas dúvidas 
foram se resolvendo com o próprio 
desenvolvimento do projeto. A área da 
volumetria de quatro pisos de frente para a 
rua,teve finalidade de financiar parcialmente a 
construção, sendo comercialmente mais 
interessante. (Figura 40) 
Figura 40- Terreno do Centro Comunitário 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
 
4
1 CENTRO COMUNITÁRIO SÃO CIRILO Fonte: 
http://www.archdaily.com.br/br/01-50452/centro-comunitario-
sao-cirilo-e-edificio-de-escritorios-nuno-valentim-e-frederico-
eca-arquitectos. Acesso em: 04/04/2016. 
O terreno disponível totalizava cerca de 2000 
m², 20m de frente, 100m de profundidade, 
perímetro totalmente irregular (dimensão e 
forma pouco comuns na cidade do Porto). 
O Centro apresenta dois serviços diferentes, a 
existência de vários quartos permite dar 
resposta a um acolhimento temporário para 
casais e pessoas individuais, num total de 
cerca de 20 pessoas com 8 camas em 
alojamento masculino, 6 camas em alojamento 
feminino; 1 quarto familiar com capacidade 
para 4 pessoas. 
Estes têm então, à disposição durante o 
período transitório, entre a chegada e a 
integração no país, espaços para o alojamento, 
e em comum com o público externo espaços de 
convívio e lazer, cozinha, refeitório, banco de 
roupa usada, lavandaria, uma pequena 
biblioteca e midiateca, salas de formação, 
auditório e um espaço espiritual. 
O previsto é que o acolhido fique cerca de 
quatro meses, tempo aceito como suficiente 
para que os usuários possam se reorganizar e 
acompanharem um determinado projeto de 
integração. 
Outra gama atendimento regular é tanto para 
os residentes, como para externos em situação 
de risco, que necessitem de aconselhamento, 
desde médico, jurídico, social, ao nível da 
procura de emprego ou psicológico. 
Na área central do edifício existem espaços 
verdes, para que o usuário possa usufruir de 
atividades ao ar livre. 
30 
 
Figura 41 - Planta piso 1. 
 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
 
Como pode ser observado na figura 41, para 
facilitar a iluminação e ventilação natural há 
quatro pátios distribuídos ao longo da 
edificação do Centro de Acolhida. Devido a isso 
o projeto é compreendido de maneira fácil, 
facilitando o fluxo de pessoas no seu interior. 
Todos os ambientes do projeto encontram-se 
com ventilação e iluminação natural. 
31 
 
- O primeiro recorte, define a separação dos 
setores de comercio e do Centro de Apoio e 
marca o acesso principal da Edificação; 
- O segundo pátio foi criado para iluminar o 
setor de gabinetes (médico, jurídico, emprego, 
religioso, direção) e os alojamentos 
temporários. 
- O recorte mais significativo é pátio ajardinado 
central, assume uma função integradora onde 
conecta o programa social, lúdico e pedagógico 
do Centro: salão que servirá no dia-a-dia para 
zona de refeições/zona de estar/pequeno 
auditório, ateliers, salas de aula/espaço infantil 
e capela. 
 - E por fim o pátio de serviço que serve a 
lavandaria, rouparia, estendal, funcionários e 
instalações sanitárias de maior dimensão. 
 
Figura 42 - Pátios 
 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
Conforme o Site Archdaily (2016) 5Apesar de 
todas as condicionantes, o projeto buscou 
 
5
 CENTRO COMUNITÁRIO SÃO CIRILO Fonte: 
http://www.archdaily.com.br/br/01-50452/centro-comunitario-
sao-cirilo-e-edificio-de-escritorios-nuno-valentim-e-frederico-
eca-arquitectos. Acesso em: 04/04/2016. 
 
trazer um ambiente luminoso e humano, capaz 
de transmitir esperança aos imigrantesque a 
irão habitar. 
Segundo Pause & Clark (1997) “a estrutura 
serve para delimitar o espaço, elaborar 
unidades, unindo as circulações”, que nesse 
32 
 
caso seriam os diversos pátios que tem 
também a função de separar os setores do 
edifício. Nota-se que o sistema estrutural é 
formado por blocos de concreto, devido ao 
menor emprego de materiais, fácil mão de 
obra, maior isolamento térmico, acústico e 
resistência ao fogo. As esquadrias são de 
alumínio gerando economia, durabilidade e por 
resistirem à corrosão. As aberturas recebem 
vidro, sendo um material de grande isolamento 
térmico. Outra importante característica que 
justifica a utilização do vidro é a relação com o 
entorno, sendo possível, em casos de famílias 
com crianças, a observação das mesmas 
quando estão nas áreas abertas. 
 
Figura 43 - Corte Centro Comunitário. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora
Nas áreas de convívio, sala ecumênica e sala 
de oficinas e áreas de circulação, são 
encontrado círculos de presença (UNWIN, 
2013)6, onde os moradores estabelecem 
vínculos sociais, são oferecidas atividades 
como aulas de língua portuguesa, aulas de 
Ginástica, informática, workshops e apoio 
social (ilustrada na figura 44) 
 
6
 As análises dos estudos de caso foram baseadas nas 
metodologias de CHING (1999), SIMON UNWIN (2013) e 
PAUSE&CLARK (1997). 
Figura 44 - Sala de ecumenica. 
 
Fonte: Paulo Pinto, 2016. 
33 
 
A forma da fachada pode ser considerada 
simples, composta basicamente por um 
retângulo percebe-se que a transformação 
subtrativa (CHING, 1999)³, foi utilizada para 
proteger o acesso principal da edificação. 
Figura 45 - Fachada do Centro Comunitário. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
Figura 46 - Centro Comunitário. 
 
Fonte: Ferrand e Themudo, 2016. Edição da autora. 
Por meio da figura 46 percebe-se que nas 
fachadas foram adotados brises, para controlar 
a incidência dos raios solares e aumentando o 
conforto térmico. 
Figura 47 – Aberturas Centro Comunitário . 
 
 
 
Fonte: Archdaily
7
, 2016. Edição da autora. 
Por possuir grandes aberturas de vidro, a luz 
natural entra nos cômodos, sendo que a 
sombra dentro da edificação e a luz artificial 
são elementos modificadores da arquitetura 
importantes no projeto. Conforme figura 47. 
O Centro Comunitário pode ser classificado 
como cabana, segundo as ideias de Unwin 
 
7
 CENTRO COMUNITÁRIO SÃO CIRILO Fonte: 
http://www.archdaily.com.br/br/01-50452/centro-comunitario-
sao-cirilo-e-edificio-de-escritorios-nuno-valentim-e-frederico-
eca-arquitectos. Acesso em: 04/04/2016. 
34 
 
(2013)8, pois se relaciona com a escala 
humana, e por oferecer o necessário para a 
vida de seus usuários e lidar com mudanças ao 
passar do tempo. 
Figura 48 –Centro Comunitário . 
 
Fonte: Habitar Portugal, 2016. Acesso: 04/04/2016. 
O Edifício possibilita a vista do entorno (de 
dentro para fora) através de janelas de vidro e 
com a ajuda da forma e tipologia adotadas na 
edificação, assim a edificação acaba 
emoldurando a paisagem, através das janelas 
de vidro é possível, conforme figura 49 
enquadrando a vista, a qual é rica em 
edificações - Arquitetura como Arte de 
Emoldurar ou Estruturar- (UNWIN, p. 97, 2013). 
 
 
8
 As análises dos estudos de caso foram baseadas nas 
metodologias de CHING (1999), SIMON UNWIN (2013) e 
PAUSE&CLARK (1997). 
 
Figura 49 – Arquitetura Emoldurando a Paisagem . 
 
Fonte: Habitar Portugal, 2016 Acesso: 04/04/2016. 
6.1.1 Síntese do Centro Comunitário 
São Cirilo 
 Programa de necessidades amplo: 
Alojamentos e Capacitação / apoio 
 Utilização de brises para barrar o sol 
indesejável. 
 Transformações subtrativas na forma 
simples, para proteger o acesso. 
 Pátios distribuídos nos setores para 
iluminação natural. 
 Círculos de presença nos espaços 
abertos 
 A área da volumetria com finalidade de 
financiar parcialmente a construção. 
35 
 
6.2 CENTRO DE CAPACITAÇÃO 
INDÍGENA KÄPÄCLÄJUI 
Ficha técnica 
 Arquitetos: Entre Nos Atelier 
 Localização: Grano de Oro, Costa Rica 
 Área: 470.0 m²; 
 Ano: 2014. 
O Centro de Capacitação Indígena Käpäcläjui, 
visualizado na figura 50, foi escolhido devido 
seus aspectos formais, funcionais, estruturais e 
programa de necessidades. 
Imagem 50 - Centro de Capacitação Indígena Käpäcläjui. 
Fonte: 
Archdaily, 2016. Edição da autora. 
Está localizado na reserva Indígena de Tayutic 
de Grano de Oro, na província de Cartago, 
Costa Rica. Compreende um centro de 
capacitação com alojamento e que age como 
facilitador de interação entre os locais e os 
visitantes. O Centro tem uma estratégia de 
integração para o fortalecimento comunitário 
que inclui caminhos, grutas e trilhas. Além de 
uma rede de pontes que ampliam a 
acessibilidade de certas partes que se tornam 
críticas em certas épocas do ano devido às 
chuvas. 
Imagem 51 - Centro de Capacitação Indígena Käpäcläjui. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
Imagem 52 - Pontes. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora.
 
36 
 
Figura 53: Entorno do centro de capacitação. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
O Centro de Capacitação conta com 470 m² 
que são distribuídos ao longo de um eixo 
longitudinal. Dentre o programa, estão áreas 
administrativas, salas multiusos, refeitório, 
cozinha, banheiros, sala de informática e 
biblioteca. No pé-direito duplo da parte frontal é 
incorporado um mezanino que serve como 
albergue para um refúgio temporário, com 
acesso próprio por uma rampa lateral. 
 
37 
 
Figura 54 - Planta piso 1 e 2. 
 
 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora
38 
 
A proposta desse projeto surge a partir de uma 
série de oficinas participativas, que foram a 
chave para promover um sentimento de 
apropriação da comunidade. 
Foram compreendidas as necessidades dos 
usuários e projetados espaços coerentes, 
também levando em consideração a integração 
com o entorno. 
A comunidade foi questionada quanto sua 
percepção de um espaço ideal e da relação 
com determinantes funcionais. Assim foram 
estabelecidas as diretrizes e o programa de 
necessidades de partida. 
Figura 55 - Materiais ultilizados. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
As diretrizes de projeto definem as intenções 
arquitetônicas que mostram leveza, transições 
sutis entre os espaços interligados através de 
relação direta com o exterior, conforto, 
permeabilidade, ventilação, incorporando áreas 
verdes e hortas. A materialidade e o mobiliário 
também foram discutidos amplamente, quanto 
ao conceito do abrigo leve e aberto, foram 
sobrepostas coberturas de grandes inclinações, 
espaços com pé direito amplo tendo um local 
funcional. 
Figura 56 - Iluminação. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
Em relação à perspectiva sensorial, o projeto 
representa desde efeitos visuais conforme se 
percorre os espaços até a influência dos 
materiais e da iluminação, as cores escolhidas 
também dão sensações de acolhimento e 
39 
 
conforto. Destaca-se a sensação visual de 
movimento através de aberturas sutis, de 
painéis instalados sobrepostos em madeiras de 
mais de uma tonalidade, permite que seu 
interior seja observado,.dando um grau de 
intimidade e sensação de abrigo parcial. 
Essa característica, juntamente com os 
elementos de vegetação dispostos na frente do 
edifício, convidam os pedestres à conhecer o 
Centro de Capacitação. 
Figura 57 - Iluminação. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
A forma do edifício é composta basicamente 
por vários painéis retangulares, gerando 
movimento para forma. (Figura 58) 
Figura 58 - Fachada. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
O projeto pode ser classificado, segundo ideias 
de Uwin (2013) 9, como “templo” e como 
“cabana”. 
Templo quando observado o seu exterior e ohall de entrada, por possuir pé direito duplo 
(conforme figura 59), o que ocasiona, muitas 
vezes, sensação de vulnerabilidade. 
Figura 59 - Hall de entrada Centro de Capacitação . 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
 
9
 As análises dos estudos de caso foram baseadas nas 
metodologias de CHING (1999), SIMON UNWIN (2013) e 
PAUSE&CLARK (1997). 
 
40 
 
Já dentro as características são de cabana por 
serem áreas mais aconchegantes e por se 
relacionarem diretamente com a escala 
humana. (Figura 60). 
Figura 60 – Interior Centro de Capacitação 
. 
 
Fonte: Archdaily, 2016. Edição da autora. 
6.2.1 Síntese do CENTRO DE 
CAPACITAÇÃO INDÍGENA 
KÄPÄCLÄJUI10 
 Desenho Inclusivo: desenvolvimento do 
projeto e participação comunitária, 
 
 
10
 CENTRO DE CAPACITAÇÃO INDÍGENA 
KÄPÄCLÄJUI .Fonte: 
http://www.archdaily.com.br/br/759601/centro-de-
capacitacao-indigena-kapaclajui-entre-nos-atelier. 
Acesso: 04/04/2016. 
 Arquitetura como experiência sensorial; 
 Luz artificial e luz natural como elemento 
modificador da arquitetura; 
 Utilização de madeiras variadas, visando 
o conforto e durabilidade; 
 Repetição de painéis para dar 
movimento à forma; 
 Apresenta dois serviços: U m Refugio e 
centro de capacitação., os dois serviços 
tem acessos separados. 
41 
 
6.3 SOMOS TODOS IMIGRANTES11 
Ficha técnica 
 Arquiteto: David Ito 
 Localização: Potim - SP; 
 Área: 8.000m²; 
 Ano: 2015. 
O estudo de caso Somos Todos Imigrantes 12, 
visualizado na figura 61, foi escolhido para 
análise devido seus aspectos estéticos, 
funcionais e formais e estruturais. 
Figura 61 – SOMOS TODOS IMIGRANTES. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
 
11
 As análises dos estudos de caso foram baseadas nas 
metodologias de CHING (1999), SIMON UNWIN (2013) e 
PAUSE&CLARK (1997). 
 
12
 SOMOS TODOS IMIGRANTES: Fonte: 
http://www.davidito.com.br/196942/7876570/p-r-o-j-e-t-o-
s/somos-todos-imigrantes. Acesso: 04/04 2016. 
 
O projeto está localizado na Rua José Teodoro 
Correa, Chácara Tropical, Potim. Está 
localizado em uma área com bastante comércio 
(Figura 62), o espaço comunitário desenvolve-
se a partir da rua de modo permeável criando 
um espaço acessível para socialização. 
Conforme pode ser observado na figura 56. 
 
Figura 62 – SOMOS TODOS IMIGRANTES. 
 
Fonte: https://www.facebook.com/Somos-Todos-Imigrantes-
520473991442134/?fref=ts Acesso: 04/04 2016. Edição Autora 
O projeto Somos Todos Imigrantes foi 
idealizado pela ONG Orientavida, para receber 
os refugiados no Brasil, propiciando abrigo e 
condições para ressocialização das famílias. 
Prevê a construção de condomínio residencial 
composto por 32 casas de 52m² e um Centro 
Comunitário. 
42 
 
O Centro de Convivência adota um conceito 
flexível, sendo que as plantas baixas foram 
projetadas através de um módulo (PAUSE & 
CLARK, 1997), como pode ser observado na 
figura 58, possibilitando a adaptação dos 
espaços para usos futuros, tendo uma 
distribuição em forma em malha (CHING, 1999) 
 
Figura 63 - Implantação. 
 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016..
43 
 
Será o local onde os refugiados receberão todo 
o apoio visando sua reinserção social, com 
aulas de português, assessoria burocrática, 
jurídica e médica. 
Observa-se, por meio da figura 64, que os 
setores estão bem divididos no projeto e o 
acesso principal se dá por meio do Centro 
Comunitário. 
Figura 64 –Implantação. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
Os pedestres são direcionados por calçadas 
em todo seu entorno. A topografia do terreno é 
plana, os edifícios se completam, possuem 
áreas comuns de lazer e convívio. 
O projeto como um todo possui um 
organização espacial aglomerada 
(CHING,1999), o que possibilita círculos de 
presença que são encontrados principalmente 
nas áreas de convívio abertas ilustradas na 
Figura 59. 
O fechamento do terreno é dado por paredes 
vazadas do centro comunitário e vegetação 
que ora se intercalam, assim não criando uma 
barreira solida e pesada, Conforme Figura 65. 
 
Figura 65 - Área de convívio interna. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
44 
 
É possível perceber a organização aglomerada 
das residências em torno de um ponto de 
entrada que é a centro de convívio, sendo um 
local de circulação. É visível também a 
utilização da simetria para fortalecer e unificar 
porções de uma organização aglomerada e 
ajudar a articular a importância do espaço de 
vivência no projeto (Figura 66) 
As áreas de convívio abertas exercem um 
papel fundamental nesse projeto. Como a 
população de imigrantes se encontra em 
exclusão social, principalmente por ser 
permitido o acesso de outras pessoas da 
cidade no centro de convivência. (Figura 67). 
Figura 66 - Área de convívio externa. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
 
Com toda a problemática que cerca o tema, o 
projeto possui um lado simbólico muito forte, 
onde as "caixas" brancas iluminadas remetem 
a paz e esperança. 
 
Figura 67 - Área de convívio externa. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
As paredes de vidro foram projetadas para 
trazer permeabilidade à edificação e permite 
além da entrada de luz, a integração com a 
área verde. 
Figura 68 - Área interna. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
45 
 
O ambiente recebe toda uma iluminação vinda 
da cobertura, que trabalha peças vazadas e 
sólidas. 
Figura 69 - Área de convívio interna. 
 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
 
De acordo com o Site David Ito Arquitetura 
(2016)13 O sistema construtivo adotado será o 
EPS estruturado. Além de diminuir as cargas 
nas fundações, melhora o desempenho térmico 
e gera uma construção mais limpa e rápida. 
Todo o esgoto gerado será tratado, e a água 
reutilizada para irrigação, limpeza e sanitários. 
 
 
13
 SOMOS TODOS IMIGRANTES: Fonte: 
http://www.davidito.com.br/196942/7876570/p-r-o-j-e-t-o-
s/somos-todos-imigrantes. Acesso: 04/04 2016. 
 
Figura 70 – Lage Jardim. 
Fonte: Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
A adoção da laje jardim em todas as casas 
possibilita a redução da carga térmica, além de 
ser uma das etapas no tratamento da água. As 
disposições das janelas qualificam a ventilação 
natural, e permitem melhor distribuição da 
iluminação natural. Focado em reduzir os 
custos de operação e manutenção. Esse fator 
acaba gerando movimento à fachada. 
Figura 71 – Iluminação Natural. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
46 
 
Figura 72 –Residência. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
As residencias são agrupadas possuem formas 
de superfícies planas correspondentes e são 
paralelas entre si, conforme Figura 72. A 
disposição das plantas é feita da seguinte 
maneira: são agrupadas de duas em duas, 
dando à fachada uma maior escala de 
desfragmentação. 
As residencias possuem dois quartos, 
banheiro, cozinha, lavanderia e sala de estar, 
todos com áreas minímas adotadas. (figura 
74). 
Figura 73 –Vista Residência. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
Figura 74 –Planta Residência. 
 
Fonte: Site David Ito. Acesso: 04/04 2016. 
 
6.3.1 Síntese Todos Somos Imigrantes. 
 Abriga famílias em pequenas 
residências, dando mais privacidade aos 
usuários 
 Círculos de presença em espaços 
abertos; 
 Espaços para treinamento e 
qualificação, para encaminhamento ao 
mercado de trabalho, 
 A adoção da laje jardim, 
 As disposições das janelas qualificam a 
ventilação natural. 
 
 
47 
 
6.4 CAR- CENTRO DE ACOLHIMENTO 
PARA REFUGIADOS. 
Ficha técnica 
 Arquiteto: José Carlos Ferreira de 
Almeida e Cláudia 
 Localização: Área Metropolitana de 
Lisboa – Rua: Nossa Senhora da 
Conceição Bobadela, Loures 
 Área: 13.450m²; 
 Ano:2006. 
O Centro de Refugiados, visualizado na figura 
75, foi escolhido para ser analisado devido 
seus aspectos formais estéticos, funcionais e 
programa de necessidades. 
Figura 75 – Centro de Refugiados. 
 
Fonte: Habitar Portugal, 2016 Acesso: 04/04/2016. 
O projeto está situado junto a Rua Aristides de 
Souza Mendes, localizado em uma área 
próxima do Parque das Nações e do Instituto 
Tecnológico Nuclear. Conforme pode ser 
observado na figura 76. 
Figura 76 – Localização Centro de Refugiados. 
 
Fonte:http://refugiados.net/_novosite/dossier_reinstalacao/Prog
ramaNacionalParaAReinstalacao.pdf Acesso: 04/04 2016. 
Editado pela autora. 
 
Segundo o site ordem dos arquitetos (2016)14 
O objetivo era construir, em um terreno cedido 
pela Câmara Municipal de Loures, com uma 
área total de 13.450 m², um centro de 
acolhimento para refugiados, uma creche, 
centro de atividades para tempo livre, um 
campo de jogos e um jardim público. 
Além de visar melhorar as condições de 
acolhimento e de integração de todos aqueles 
que escolhem Portugal como destino. Visa 
 
14
 HABITAR PORTUGAL: Fonte: 
http://0608.habitarportugal.org/ficha.htm?id=368: 04/04 2016. 
 
48 
 
congregar uma série de atividades que 
permitam informação, formação e organização 
de tempo livre dos requerentes de asilo e 
refugio. O terreno apresenta uma plataforma de 
nível, na qual foram implantadas as 
construções, acompanhando os arruamentos 
envolventes. Nesse sentido o conceito do 
projeto é FLEXIBILIDADE. Já que o edifício se 
adapta as condicionantes locais. 
Figura 77 – Implantação Centro de Refugiados. 
 
Fonte: Habitar Portugal, 2016 Acesso: 04/04/2016. 
 
Os edifícios foram desenhados em pequenos 
volumes, distinguindo os vários setores e 
funções, permitindo a existência de pátios 
interiores, criando também círculos de 
presença e ajudando na iluminação e 
ventilação natural do edifício como um todo, 
ilustradas na figura 78, onde os usuários 
interagem entre si. 
 
 
 
Figura 78 – Pátio. 
 
Fonte: Habitar Portugal, 2016 Acesso: 04/04/2016. 
49 
 
A Norte, na zona mais acidentada, criou-se 
uma estrutura verde em plataformas 
suportadas por muros de gabiões e um 
percurso pedonal elevado, que liga as duas 
extremidades do terreno e permite usufruir das 
vistas sobre o rio Tejo. (Figura 79) 
Figura 79 – Plataformas. 
 
Fonte:http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. 
acesso: 04/04 2016. Editado pela autora 
As águas que cercam a edificação funcionam 
também aproveitamento das pré-existências , 
para reavivar ainda mais a conexão através do 
rio. No projeto o rio é um dos elementos que 
contribuem para identificação do lugar, 
oferecendo aos usuários liberdade e 
sentimento de apropriação do espaço, abrindo 
para a vizinhança o contato com o rio, 
possibilitando o uso externo do edifício. 
A plataforma, além de ser piso, também serve 
como ponto de encontro e área de vivência. 
Sendo assim um elemento que cumpre mais do 
que uma função. 
Figura 80 – Ambiente interno. 
 
Fonte:http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. 
acesso: 04/04 2016. 
Através da figura 81, percebe-se que o 
pavimento térreo é composto por diversos 
espaços, separado em setores. Dentre esses 
espaços, podem-se destacar os ambientes de 
formação, escritórios e serviços, os quais são 
muito importantes para que os usuários 
desenvolvam algumas habilidades, que 
possibilitem a geração de renda. Além disso, 
destacam-se os ambientes da área de saúde 
física, mental e cultural. 
Observa-se também a presença de uma área 
destinada a refeições para os usuários e uma 
área para visitantes
50 
 
 
Figura 81 – Primeiro pavimento Centro de Refugiados. 
 
Fonte:http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. acesso: 04/04 2016.
O segundo pavimento, conforme figura 82, é 
composto pelas salas de serviços necessários 
51 
 
para o funcionamento do Centro de 
Assistência, além do setor de alojamento que 
possuem 5 plantas tipo. . 
 
Figura 82 –Segundo pavimento Centro de Refugiados. 
 
Fonte:http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. acesso: 04/04 2016.
52 
 
Figura 83 –Terreno . 
 
Fonte:http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. 
acesso: 04/04 2016. 
O terreno e seu entorno são considerados um 
elemento primário da arquitetura que 
condicionou o desenvolvimento do partido. 
O projeto possui todos os elementos 
fundamentais, alguns exemplos são os 
caminhos, os materiais básicos escolhidos – 
concreto, metal, vidro, todos esses elementos 
foram aliados de forma que definem bem como 
um projeto moderno. 
Figura 84 –Corte Longitudinal / Transversal. 
Fonte: http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. acesso: 04/04 2016.
 
53 
 
 
A edificação possui a forma, basicamente, de 
um paralelepípedo que sofreu transformações 
subtrativas (CHING, 2013; PAUSE&CLARK, 
1997)15, como pode ser observado na figura 85. 
Figura 85 – Fachada. 
 
 Fonte:http://refugiados.net/fotos/09mar07/09mar07.swf. 
acesso: 04/04 2016. 
O projeto é considerado como “cabana” por 
promover o necessário para a vida humana. 
Além disso, sua proporção se relaciona 
diretamente com a escala humana e suas 
edificações são passivas dos processos do 
tempo. 
Nas áreas como ateliês, plataforma, sala de 
descanso (ilustrada na figura 86) e áreas de 
circulação, são encontrado círculos de 
presença (UNWIN, 2013), onde os moradores 
estabelecem laços sociais, sendo que as áreas 
abertas também podem ser acessadas pelos 
não moradores . 
 
15
 As análises dos estudos de caso foram baseadas nas 
metodologias de CHING (1999), SIMON UNWIN (2013) e 
PAUSE&CLARK (1997). 
 
Figura 86 – Sala de descanso. 
 
Fonte: http://acolheintegra.refugiados.net/ncentro.html. Acesso 
em: 04/04/2016. Editado pela autora. 
6.4.1 Síntese CAR- Centro de 
Acolhimento para Refugiado. 
 
 Aproveitamento das pré-existências; 
 Espaços para treinamento e 
qualificação, para encaminhamento ao 
mercado de trabalho; 
 Utilização de materiais variados, visando 
o conforto e durabilidade; 
 Elementos que exercem mais de uma 
função; 
 Programa de necessidades amplo: 
Alojamentos e Capacitação/ apoio; 
 Pátios para iluminação e ventilação 
natural; 
 Círculos de presença nos espaços 
abertos. 
 
 
 
54 
 
7 DADOS PARA A PROPOSTA 
7.1 DEMANDA 
Segundo informações da Associação dos 
Haitianos de Chapecó (2016), o município de 
Chapecó possui, aproximadamente, 2,5 mil 
pessoas imigrantes. Não há como saber o 
número exato desse grupo populacional, visto 
que está em constantes modificações. 
O projeto do Centro de Referência ao Imigrante 
na Cidade de Chapecó terá os setores de 
recreação, comercial, esportivo e todas as 
praças e áreas abertas acessíveis a 
comunidade do entorno. 
A capacidade total será de 210 pessoas + 40 
funcionários, totalizando 250. 
7.2 ESPAÇO FÍSICO E PERÍODO DE 
FUNCIONAMENTO DO CENTRO DE 
REFERENCIA AO IMIGRANTE. 
Segundo informações analisadas nos estudos 
de caso, levantamento de dados a campo, e 
entrevistas, deve apresentar espaços para, 
pelo menos: 
 Galeria de acesso/ Recepção/ 
Atendimento 
 Escritório/ coordenação, administração. 
 Salas de aula 
 Sala para Associação Haitiana de 
Chapecó 
 Sala para Associação de Senegaleses 
de Chapecó (ASC) 
 Gabinete médico 
 Gabinete Social 
 Gabinete emprego 
 Gabinete Jurídico 
 Defensoria Pública 
 Sala de reuniões / Direção 
 Espaço para acolhida 
 Despensa 
 Biblioteca/ Videoteca 
 Laboratório de Informática 
 Ateliers 
 Lavanderia/ Rouparia 
 Atividades coletivas, convívio e 
socialização; 
 Copa/cozinha e refeitório; 
 Banheiros masculinos e femininos 
adaptados, com espaço para higiene 
pessoal/ Vestiários. 
 Espaço Religioso 
O Centro de Referência irá oferecer 
atendimento ao público, no mínimo em 5 dias 
por semana, em horários integral, nos períodos 
matutino,vespertino e noturno, com exceção 
apenas do setor comercial que irá funcionar 
apenas em horário diurno. 
Sendo que os horários de tempo livre dos 
imigrantes é bem variado, pois trabalham em 
frigoríficos e na área de construção civil grande 
maioria, assim o horário de funcionamento irá 
se adaptar conforme a demanda de imigrantes. 
 
 
 
55 
 
7.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES 
A construção do programa de necessidades foi 
desenvolvida junto com a ideia central do 
projeto: acolher, integrar e incluir o imigrante 
a comunidade local. 
Neste sentido priorizou-se as áreas de ensino e 
socialização. Pensou-se também em construir 
locais que os trouxessem sentimento de 
pertencimento. Além de espaços de convívio e 
lazer a proposta é de concentrar a grande 
maioria dos equipamentos que prestam 
serviços aos imigrantes no projeto. 
Sendo que a grande parte dos imigrantes 
chegam em Chapecó através de empresas e a 
maioria dessa empresas oferece moradia e 
alimentação nos três primeiros meses. 
Porém, de acordo com levantamento de dados 
feitos e entrevistas, aproximadamente um 
número de 50 imigrantes acabam procurando a 
casa de passagem João Piltz como abrigo 
temporário, sendo esses que vem por conta 
própria e sem uma estrutura de apoio nos 
primeiros meses de adaptação ao novo lugar. 
Nessa mesma linha de pensamento o Centro 
de Referencia ao imigrante irá oferecer um 
espaço de acolhida, que trará um programa 
onde estará selecionando famílias interessadas 
em hospedar em casa voluntariamente o 
imigrante, durante o período de três meses. 
Onde durante esse período o Centro de 
Referencia estará acompanhando a interação 
do imigrante e controle de tempo desse 
intercambio cultural, para que não ultrapasse 
os 3 meses. 
Funcionando como ponte canalizadora entre a 
família que vai receber e as que estão 
chegando. 
O setor comercial será uma forma de geração 
de renda do projeto, terá finalidade de ajudar 
financeiramente, tanto com o aluguel desses 
espaços, como também podem ser utilizados 
para a venda dos artesanatos e outros 
produtos feitos pelos próprios imigrantes. 
Deste modo, o programa de necessidades 
procura atender à demanda ao mesmo tempo 
em que exerce um papel fundamental na 
construção social. Com base nos estudos de 
caso, organizou-se o programa de 
necessidades em setores que podem ser 
observados nas tabelas 05, 06, 07, 08, 09,10, 
11. 
Tabela 05: Programa de necessidades setor 
recepção/atendimento. 
SETOR DE RECEPÇÃO E ATENDIMENTO 
 Galeria de acesso/ Recepção/ espera; 
 Sanitários adaptados; 
 Sanitários Funcionários; 
 Recepção e acolhida inicial; 
 Sala de atendimento psicológico; 
 Sala de atendimento médico 
 Gabinete de empregos 
 Gabinete jurídico 
 Defensoria Pública 
 Sala para Associação de Senegaleses de 
Chapecó (ASC) 
 Sala para Associação Haitiana de Chapecó 
 Sala de atendimento de grupo; 
Fonte: Elaboração da autora. 
 
 
 
56 
 
Tabela 06: Programa de necessidades setor recreação. 
SETOR DE CAPACITAÇÃO/ RECREAÇÃO 
 Hall acesso; 
 Biblioteca/ videoteca; 
 Sala de artesanato e costura; 
 Sala de aulas de português; 
 Sanitário masculino/ vestiário; 
 Laboratório de informática; 
 Sala de aula; 
 Sala de construção civil; 
 Sala de Ensino dos direitos trabalhistas aos 
imigrantes 
 Sala multiuso; 
 Sanitário feminino/ vestiário; 
 Depósito de equipamentos; 
 Auditório 
 Sanitários funcionários; 
 Copa; 
 Salão de jogos; 
 Sala de pintura; 
 Sala de música; 
 Sala ecumênica; 
 Áreas de convívio externas. 
Fonte: Elaboração da autora. 
Tabela 07: Programa de necessidades setor administrativo. 
Fonte: Elaboração da autora. 
Tabela 08: Programa de necessidades setor de nutrição. 
SETOR NUTRIÇÃO 
 Hall; 
 Sanitários adaptados; 
 Refeitório; 
 Copa de Distribuição 
 Recepção e pré-higienização de alimentos; 
 Depósito de caixotes; 
 Câmaras frigorificas; 
 Depósito; 
 COZINHA (Cocção/preparo e finalização) 
 DML; 
 Sala nutricionista; 
 Despensa; 
 Lavagem utensílios de cozinha e do salão; 
 Depósito de lixo; 
 Lavanderia 
 Vestiários/sanitários funcionários. 
 Hall Acesso Funcionários 
Fonte: Elaboração da autora. 
Tabela 09 : Programa de necessidades setor de comercial . 
SETOR DE COMERCIAL 
 Hall Comercial 
 Salas comerciais 
 Sanitários 
Fonte: Elaboração da autora. 
Tabela 10: Programa de necessidades setor de serviços. 
SETOR DE SERVIÇOS 
 Hall/ponto funcionários; 
 Almoxarifado geral; 
 Deposito de equipamentos de jardim; 
 Lavanderia usuários; 
 DML Geral; 
 Manutenção; 
 Copa/conforto de funcionários; 
 Doca; 
 Pátio de serviço; 
 Distribuição de uniformes; 
 Segurança e monitoramento; 
 Estacionamento. 
SETOR ADMINISTRATIVO 
 Recepção/ espera 
 Sala de administração geral/ compras 
 Almoxarifado; 
 Arquivo Morto (contabilidade) 
 Tesouraria 
 Sala de assistência social; 
 Secretaria/Acervo 
 Sala direção; 
 DML; 
 Sala de reuniões 
 Enfermaria 
 Copa; 
 Sanitários Funcionários 
 Sala de Funcionários 
Fonte: Elaboração da autora. 
57 
 
Tabela 11: Programa de necessidades setor rouparia. 
SETOR DE ROUPARIA 
 Recebimento e separação de roupas; 
 Lavanderia; 
 Roupa limpa; 
 Roupa suja; 
 Centrifugação; 
 Distribuição; 
 Sala de costura; 
 Secagem/passagem. 
Fonte: Elaboração da autora. 
7.4 PRÉ-DIMENSIONAMENTO 
A concepção do pré-dimensionamento 
fundamentou-se nos estudos de caso, normas, 
entrevistas e bibliografia „‟Neufert - Arte de 
Projetar em Arquitetura‟‟. 
A tabela 12 mostra a definição da mobília e 
capacidade que vão compor a área dos 
ambientes do Centro Referência ao Imigrante. 
 
Tabela 12 – Pré-dimensionamento
SETOR RECEPÇÃO E ATENDIMENTO 
Ambiente Descrição Mobília N° pessoas Qua
nt. 
Área 
(m²) 
Área 
total 
(m²) 
Galeria de acesso/ 
Recepção/ espera; 
Recepção e espera do 
público para 
encaminhamentos e 
distribuição para outros 
setores. 
Bancos, quadro de avisos, 
televisor, cesto de lixo, 
bebedouro, mesa recepção, 
cadeiras 
10 01 50 50 
Sanitários 
adaptados 
Local de uso do público 
externo. 
1 bacia sanitária e 1 lavatório 
adaptado para cada sexo. 
02 02 12 24 
Sala de recepção/ 
Acolhida inicial 
Sala de atendimento dos 
imigrantes para 
encaminhamentos do Centro 
de Referência . 
Mesa para computador, 
cadeiras, computador, mesa 
para telefone, armário, cesta de 
lixo. 
02 01 15 15 
Sala de 
atendimento 
Médico 
Local destinado a 
atendimento aos imigrantes 
Mesa para computador, 
cadeiras, armário, cesta de lixo, 
maca, lavatório de mão. 
02 01 15 15 
Sala Assistência Local de trabalho do 
psicólogo e atendimento aos 
Mesa para computador, 
cadeiras, armário, cesta de 
02 01 12 12 
58 
 
psicológica imigrantes. lixo,poltrona. 
Sala assistente 
social 
Local de trabalho do 
assistente social e 
atendimento aos imigrantes. 
Mesa para computador, 
cadeiras, poltronas. 
02 0 12 12 
Gabinete de 
empregos 
Local para encaminhamento 
para o mercado de trabalho. 
Mesa para computador, 
cadeiras, impressora, armário, 
cesta de lixo, poltronas, quadro 
com vagas de emprego 
disponíveis. 
02 01 15 15 
Gabinete Jurídico Local para suporte jurídico. Mesa para computador, 
cadeiras, impressora, armário, 
cesta de lixo, poltronas. 
02 01 12 12 
Defensoria Pública Amparo legal Mesa para computador, 
cadeiras, armário, cesta de lixo, 
poltronas. 
02 01 12 12 
Sala para a 
Associação dos 
Senegaleses de 
Chapecó (ASC) 
Sala para encontros e 
Reuniões 
Mesa, cadeiras, estante, 
projetor. 
25 01 50 50 
Sala para 
Associação de 
Haitianos de 
Chapecó 
Sala para encontros e 
Reuniões 
Mesa, cadeiras, estante, 
projetor. 
25 01 50 50 
Sala de 
atendimento em 
Grupo 
Local de atendimento de 
pequenos grupos de 
usuários, visando a 
integração comunitária. 
Mesa, cadeiras, estante, 
projetor. 
20 01 40 40 
ÁREA TOTAL = 307,00 m² 
SETOR ADMINISTRATIVO 
Ambiente DescriçãoMobília N° pessoas Qua
nt. 
Área 
(m²) 
Área 
total 
(m²) 
59 
 
Recepção/ espera Local de acesso aos 
espaços do setor 
administrativo 
Poltronas/cadeiras/sofás, 
bebedouro. 
- 01 20 20 
Secretaria Local de atendimento e 
direcionamento do público 
externo. 
Mesa para computador, 
cadeira, mesa para telefone, 
armário. 
01 01 15 15 
Sala de reuniões Ambiente destinado à 
reuniões dos funcionários. 
Mesa, cadeiras, quadro, 
retroprojetor, armário. 
15 01 50 50 
Sala de 
administração 
geral/ comprar/ 
contabilidade. 
 
Local de trabalho destinado 
aos profissionais 
administrativos. 
Mesa para computador, 
cadeira, mesa de apoio , 
armário, cesta de lixo. 
02 01 20 20 
Sala direção Local de trabalho do diretor. Mesa para computador, 
cadeiras, armário, cesta de lixo. 
01 01 15 15 
Sanitários 
funcionários 
Local de uso exclusivo para 
os funcionários. 
1 bacia sanitária e 1 lavatório 
adaptado para cada sexo. 
01 02 6 12 
Copa Local destinado à 
preparação e realização de 
pequenos lanches. 
Geladeira/refrigerador, 
pia/lavadora de louça, 
microondas, filtro de água, 
mesa, cadeira. 
01 01 10 10 
DML Local para guarda de 
materiais de limpeza. 
Armário, tanque, lixeiro. 01 01 5 5 
Almoxarifado Proximidade com a 
Secretaria/ Financeiro. 
Mesa para computador, 
cadeiras, armário, cesta de lixo. 
01- 01 12 12 
Arquivo Morto 
( Contabilidade) 
Proximidade com a 
Secretaria/ Financeiro. 
Mesa para computador, 
cadeiras, armário, cesta de lixo. 
01 01 15 15 
Tesouraria Controles diários dos 
recursos financeiros 
Mesa para computador, 
cadeiras, computador, armário, 
cesta de lixo. 
01 01 15 15 
60 
 
Sala Funcionários Local para descanso Mesa, poltronas, cadeiras, TV 16 01 32 32 
ÁREA TOTAL = 221,00 m² 
SETOR CAPACITAÇÃO/ RECREAÇÃO 
Ambiente Descrição Mobília N° pessoas Qua
nt. 
Área 
(m²) 
Área 
total 
(m²) 
Hall/acesso Local de acesso aos 
espaços do setor de 
capacitação 
Poltronas/cadeiras/sofás, 
bebedouro. 
- 1 20 20 
Biblioteca/ 
videoteca 
Local destinado à pesquisa, 
leitura e escrita. 
Estantes com livros, mesas e 
cadeiras. 
20 1 100 100 
Laboratório 
Informática 
Ambiente destinado à 
acesso à internet, entre 
outros. 
Mesas para computador, 
cadeiras, projetor, quadro 
branco, guarda volumes. 
16 1 50 50 
Sala de aula Ambiente destinado a 
oficinas, entre outros. 
Mesas, cadeiras, quadro 
branco, projetor. 
15 1 50 50 
Sala de Ensino 
dos direitos 
trabalhistas aos 
imigrantes 
Ambiente destinado a ensino 
dos direitos trabalhistas e 
orientações com relação aos 
direitos dos imigrantes no 
Brasil. 
Mesas, cadeiras, quadro 
branco, projetor. 
15 1 50 50 
Sala de artesanato 
e costura 
Local destinado ao 
aprendizado e prática do 
artesanato e costura . 
Armários compartimentados e 
abertos para guarda de 
materiais, mesas, cadeiras, 
lavatório de mão. 
15 1 50 50 
Sala de 
construção civil 
Local destinado ao 
aprendizado e de habilidade 
da construção civil visto que 
é uma das formas de renda 
mais comum dos imigrantes. 
Armários compartimentados e 
abertos para guarda de 
materiais, mesas, cadeiras, 
lavatório de mão, quadro 
branco. 
15 1 60 60 
61 
 
Sala multiuso Espaço dinâmico/ Flexível Projetor, mesa de apoio, 
cadeiras, palco móvel, cadeiras 
20 1 80 80 
Sanitários/Vestiári
o feminino 
Área destinada à 
higienização pessoal para 
mulheres. 1 lavatório, 1 
bacia sanitária e 1 chuveiro 
para cada 20 pessoas. 
Três lavatórios, três bacias 
sanitárias e três 
chuveiros/vestiários 
- 1 21 21 
Sanitário/Vestiário 
masculino 
Área destinada à 
higienização pessoal para 
homens. 1 lavatório, 1 bacia 
sanitária e 1 chuveiro para 
cada 20 pessoas. 
Doze lavatórios, doze bacias 
sanitárias e doze 
chuveiros/vestiários; 
- 1 50 50 
DML Local para guarda de 
materiais de limpeza. 
Armário, tanque, lixeiro. - 1 4 4 
Depósito de 
equipamentos 
Local destinado à guarda de 
equipamentos úteis ao setor. 
Armários/estante e espaço livre 
para guarda de equipamentos 
maiores. 
- 1 10 10 
Sanitários 
funcionários 
Local de uso exclusivo para 
os funcionários. 
Dois lavatórios, duas bacias 
sanitárias e dois vestiários por 
sexo. 
02 02 20 40 
Salão de jogos Local destinado a jogos que 
estimulem a participação 
social e coletividade. 
Mesas para realização de jogos 
diversos, estante para guarda 
de jogos. 
16 01 40 40 
Sala de 
desenho/pintura 
Local destinado à habilidade 
de desenho e pinturas. 
Mesas reguláveis específicas 
para desenho/pintura, quadro 
branco, cadeiras, estante, 
lavatório de mão. 
10 01 30 30 
Sala de música Local destinado à música. Cadeiras e espaço para guarda 
de equipamentos musicais. 
16 01 70 70 
Copa Local destinado à 
preparação de pequenos 
lanches. 
Geladeira/refrigerador, 
pia/lavadora de louça, 
microondas, filtro de água, 
mesa, cadeira. 
 01 10 10 
62 
 
Sala ecumênica Local destinado à 
espiritualidade. 
Cadeiras, mesa 20 01 80 80 
Áreas de convívio 
externa 
Áreas de convívio abertas 
visando a integração dos 
imigrantes com a 
comunidade, e auxiliando na 
reinserção social. 
Bancos, Mesas, pequenas 
praças para socialização, pátios 
internos. 
 
ÁREA TOTAL = 815,00m² 
SETOR DE ROUPARIA 
Ambiente Descrição Mobília Nº pessoas Qua
nt. 
Área 
(m²) 
Área 
total 
(m²) 
Recebimento/ 
separação 
Recebimento e separação 
de roupas e enxovais. 
Mesa , estante, balde e quadro de 
avisos. 
01 01 10 10 
Roupa suja Roupas e enxovais sujos. Carrinho para transporte de roupa. 01 01 5 5 
Sala de costura Costura e reparo de roupas 
e enxovais. 
Mesa com máquina de costura, 
armário para guarda de linhas e 
materiais, cadeira. 
01 01 10 10 
Lavanderia/centrif
ugação e secagem 
Lavagem, centrifugação e 
secagem de roupas e 
enxovais. 
lavadora de roupas, carrinho para 
transporte, centrifuga e secadora 
de roupas, armários e/ou estantes. 
01 01 35 35 
Passadeira Local reservado para 
passagem de tecidos. 
Mesa de passar roupa, carrinho 
para transporte, mesa de passar 
roupa e estante. 
01 01 20 20 
Roupa Limpa Armazenamento de roupas 
limpos. 
Armário, estante e bancada. 01 01 6 6 
Distribuição Distribuição das roupas. Estante, bancada, escada degraus, 
mesa e cadeira, suporte de cestos. 
01 01 10 10 
DML Local para guarda de Armário, tanque, lixeiro. 01 01 5 5 
63 
 
materiais de limpeza. 
ÁREA TOTAL= 101, 00m² 
SETOR DE NUTRIÇÃO 
Ambiente Descrição Mobília Nº pessoas Qua
nt. 
Área 
(m²) 
Á.tot
al 
(m²) 
Hall/ Acesso Local de entrada de usuários 
ao refeitório 
Poltronas/cadeiras/sofás. 08 1 30 30 
Sanitários 
adaptados 
Local de higienização para 
uso exclusivo de usuários. 
Cinco lavatórios, e cinco bacias 
sanitárias por sexo. 
- 2 21 42 
Refeitório Local de realização de 
refeições para usuários e 
funcionários. 
Mesas e cadeiras. 250 (1 m² por 
comensal) 
1 250 250 
Sala nutricionista Local de trabalho da 
nutricionista. 
Mesa para computador, 
cadeira, armário/estante, cesta 
de lixo. 
01 1 12 12 
Recepção e Pré-
higienização de 
alimentos 
Recepção e pré-higienização 
de alimentos antes do 
armazenamento ou 
utilização. 
Armários, bancadas, balança , 
cesto de lixo e cubas. 
01 1 25 25 
Câmaras-
Frigorificas 
Armazenagem de alimentos 
em câmaras-frias. 
Congelamento e Refrigerador - 2 5 10 
Despensa Armazenagem de alimentos. Armários e estante. - 1 10 10 
Lavagem 
utensílios da 
cozinha 
Lavagem e armazenagem 
de utensílios utilizados na 
cozinha. 
Armários, bancadas, cesto de 
lixo e cubas. 
01 1 12 12 
Lavagem 
utensílios do 
refeitório 
Lavagem e armazenagem 
de utensílios utilizados no 
refeitório. 
Armários, bancadas, cesto de 
lixo e cubas. 
01 1 10 10 
64 
 
Cocção/preparo/ 
Finalização 
Área destinada à preparação 
e finalização de refeições. 
Geladeiras/refrigeradores, 
coifas, bancadas, armários 
abertos, fritadeira, fogões a 
gás, chapa para grelhados, 
processador de alimento, 
liquidificador, aquecedor de 
água. 
04 1 125 125 
Lixo Lixo produzido

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