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II Resumo de Humanidades

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A Estrutura das Revoluções Científicas
Thomas S. Kuhn
Capítulo 09 - As Revoluções como mudanças de Concepção de Mundo
O capítulo 09 do livro “A estrutura das Revoluções Científicas” de Thomas S.Kuhn trata inicialmente do papel das revoluções científicas na mudança de paradigmas e visões de mundo. Por meio de inúmeras comparações, como por exemplo a imagem de um pato em uma folha de papel transformar-se num coelho por meio de uma nova percepção inserida no contexto, o autor descreve minuciosamente a metamorfização da vista científica anterior, durante e após uma mudança de paradigma. Fato que transfere a ciência anteriormente feita para um novo ambiente com características totalmente novas e que merece certa adaptação. Além de destacar a importância de um aluno transferir sua visão de senso comum, mais simplória para uma mais científica, mais especializada e completa, levando em consideração seu treinamento e sua tradição científica anterior.
Seguindo com suas afirmações, o autor difere o aspecto psicológico resultante das transformações científicas de sua importância na observação empírica. Quanto ao campo psicológico, não há meios suficientementes abrangentes para explicar o efeito da mudança de um paradigma, já que este possui inúmeras variáveis. Acerca da observação científica, o texto traduz e chama a atenção para a necessidade de comprovações e proposições para a total transferência de visões de mundo, não sendo de caráter sensato a simples mudança repentina no fazer científico. 
Outrossim, descobertas como a de Urano por Sir William Herschel e a Revolução Copernicana na Astronomia revelam características importantes das projeções de mudanças de paradigma. Ambos feitos realizados séculos atrás resultaram em transformações relevantes no mundo científico e, principalmente, na forma de visão de cientistas da época. Sendo assim, com a introdução de novas ideias para conteúdos anteriormente já estudados, inúmeras novas descobertas foram suscitadas, isto é, a mudança de um paradigma é de extrema importância para alavancar o potencial científico não só local, como também global. E esse fator não se restringiu ao campo da Astronomia, sendo também observado nas origens da eletricidade e em obras de grandes químicos como Lavoisier que mudaram a forma e o ambiente do fazer científico atrelado a essas áreas.
Complementando esses exemplos, as interpretações de Aristóteles e Galileu acerca do movimento de um corpo pesado oscilando, ou posteriormente um pêndulo, ilustram detalhes especiais das revoluções científicas. Primeiramente, há o questionamento se essa total divergência de visão se limitaria a duas diferentes interpretações ou mais circunstâncias estariam envolvidas. Segundo o autor, nem um nem o outro estão completamente corretos ou errôneos. É necessário validar a interpretação realizada por esses gênios e que diferiram do senso comum de época, e além disso é importante ressaltar a “bagagem” história dos dois autores envolvidos. Aristóteles e seus seguidores, ambientados com a Idade Antiga, acreditavam que um corpo pesado é simplesmente movido por própria natureza, enquanto que Galileu recebeu durante seu aprendizado, em meados do século XVI, diversas bases como a teoria do impetus e os ensinamentos dos escolásticos, permitindo sua análise do movimento pendular, equacionando seu comportamento e estudando suas consequências.
A mudança de um paradigma também afeta o fazer científico em conteúdos de material laborial, fato representado pela modificação na forma de realizar medidas, de utilizar instrumentos e de sua consequência prática em estudos científicos. Acerca desse tema, o autor utiliza de uma analogia extremamente válida para descrever essa “nova” percepção relativa ao processo laboral, comparando o caso a “vendas que caem dos olhos” .
Ainda no quesito das diferentes interpretações sobre um mesma tema, o autor ainda busca fundamentar sua base teórica para seu melhor e mais aprofundado entendimento. Assim, Kuhn revela que a psicologia moderna tem sido pouco eficiente para esclarecer como, por exemplo, duas pessoas podem enxergam diferentes imagens em uma folha de papel por meio de um mesmo desenho. Concluindo na restrição do ambiente científico para observações mais concretas e diretas.
Adentrando no significado crítico de cada exemplo citado acima, o texto destaca a vasta abrangência implicada numa mudança de paradigma. Galileu não simplesmente redefiniu a noção de um corpo pesado oscilando para um pêndulo, ou separou o movimento pendular de uma queda brusca, sua descoberta resultou numa total modificação no movimento de objetos, na cinemática e na física como um todo.
Por fim, o capítulo busca tratar do caráter criador na mudança de paradigmas. Citando a teoria química de Dalton, Kuhn mostra que além de influenciar na intensificação de novos processos de descobertas científicas, novos paradigmas são responsáveis por criar lacunas sem explicações em novos objetos e fenômenos, tal qual a teoria de Dalton. Dessa forma, a simples aceitação das afirmações de Dalton não seria de natureza astuta, visto que a sua demonstração passava por novos “vazios” científicos. Tendo em vista esse ponto, o autor manifesta a necessidade de simples conformação por parte da comunidade científica para a implementação de novos paradigmas que, apesar de não contemplarem todo o entendimento necessário, podem ser empregados de maneira mais confiável e competente. 
Em síntese, o capítulo 09 busca implementar a ideia de que a mudança de paradigmas resulta num mundo totalmente diferente de pesquisas e de fazer científico, sendo as revoluções de extrema importância para o avanço e o desenvolvimento da ciência.

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