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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG UNIDADE DIVINÓPOLIS O IMPACTO DOS JINGLES DE CAMPANHAS ELEITORAIS NA DECISÃO DE VOTO DOS ELEITORES Divinópolis, outubro de 2017. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG UNIDADE DIVINÓPOLIS Ana Luisa Pereira Santos Douglas Keesen Batista Andrade O IMPACTO DOS JINGLES DE CAMPANHAS ELEITORAIS NA DECISÃO DE VOTO DOS ELEITORES Projeto de pesquisa apresentado na disciplina metodologia cientifica no 2° período do curso de Publicidade e Propaganda da UEMG – unidade Divinópolis. Orientadora: Laura Aguiar Divinópolis, outubro de 2017. SUMÁRIO INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos METODOLOGIA CRONOGRAMA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INTRODUÇÃO Esse trabalho pretende refletir sobre o papel dos jingles na política e sobre a influência destes na decisão do voto. É sabido que as eleições são muito concorridas e um detalhe pode fazer a diferença. Diante disso, os jingles políticos, que nada mais são que músicas de refrões fáceis utilizados, pelos políticos para ganhar a simpatia e o voto da população, entram em campanhas para reforçar a propaganda dos políticos concorrentes ao cargo. Nesse trabalho vamos analisar o impacto causado pelos jingles políticos na campanha do então prefeito de Itaúna, Neider Moreira e tentar estimar a importância do jingle pro sucesso de uma campanha eleitoral sobre o público votante, entre 18 e 70 anos. Utilizaremos de entrevistas e questionário com os votantes dessa região para tentar provar que os jingles políticos de boa qualidade são de extremamente decisivos para a vitória na corrida eleitoral. Tivemos como base autores como o doutor em Ciência Política, Cláudio Lourenço. Ele conceituou jingle políticopolitico-eleitoral e analisou varias campanhas eleitorais de 2006, com o objetivo de mapear e discutir as principais características do próprio, e quais os aspectos mais persuasivos. A partir do trabalho dele fomos capazes de fundamentar e dar sequência à nossa pesquisa. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Podemos definir jingle, de acordo com SIEGEL (1992), como “[...] uma pequena peça musical cuja função é a de facilitar e estimular a retenção da mensagem pelo ouvinte. O jingle é geralmente curto e sua melodia é ao mesmo tempo simples e de fácil compreensão”. Sua duração geralmente gira em torno de 15 segundos a um minuto, mas quando se trata de jingles políticos, esse tempo pode se estender em até 9 minutos. Essa ferramenta de memorização é imprescindível para a política, tanto que as estratégias publicitárias nunca deixaram de usa-la em campanhas eleitorais. Mas antes mesmo do surgimento do jingle, a música já se mostrava importante na publicidade, e na comunicação política. O uso político da música como condutor das emoções do público foi muito eficaz em 1789, durante a Revolução Francesa, quando o canto da Marseillaise serviu como grito de guerra para a tomada da Bastilha. (LOURENÇO, 2009) Essa importância dos jingles políticos se verifica à medida que eles são capazes de criar uma identidade positiva ou negativa à respeitos dos candidatos. O comportamento eleitoral é entendido como um processo eleitoral e se desdobra em três etapas, que sofrem influências da comunicação política através da imprensa ou das próprias interações sociais (MAIA;LIMEIRA 2010): A primeira etapa é o processo de formação de opinião, que se inicia quando o eleitor passa a ficar atento às informações sobre os candidatos, que são transmitidas na mídia ou na propaganda eleitoral ou, ainda, nas conversas entre amigos.[...]Na etapa seguinte, à medida que se aproxima o dia da eleição, os eleitores decidem em que candidato vão votar. Esta decisão, no entanto, nem sempre é mantida, podendo ser alterada até no dia da votação. Ou, em alguns casos, o eleitor se mantém indeciso ao longo da campanha eleitoral e somente se decide quando está na urna de votação. Na última etapa, que é a do exercício do voto, são variados os comportamentos: há eleitores que mantêm sua decisão e votam no candidato previamente escolhido; há aqueles que mudam de decisão e votam em outro candidato; outros se mantêm indecisos e escolhem o candidato na hora da votação; outros decidem anular o voto; e, ainda, há outros que decidem não votar (abstenção). (MAIA;LIMEIRA 2010) CARREIRÃO(2004, p. 191) citado por MAIA;LIMEIRA (2010) diz que a relação do eleitor com os candidatos, ou seja, o modo como os candidatos veem o eleitor, interfere na orientação do voto. Esse modo como os políticos são vistos pode ser influenciado pelo jingle. FIGUEIREDO e ALDÉ (2013) perceberam a forte influência das estratégias de propaganda de candidatos quando analisaram quatro eleições para presidente no país( de 1989 até a de 2002). Políticos importantes, como Lula, fizeram de jingles sua marca registrada, nesse caso o famoso Lula Lá, que esteve em quase todas as campanhas do candidato.De acordo com MAIA;LIMEIRA (2010) ”o seu conteúdo apresentou uma combinação de argumentos racionais pragmáticos com a exploração de valores identitários trabalhados emocionalmente.”. Lula foi eleito presidente tanto na eleiçao de 2002 quanto a de 2006. 3. JUSTIFICATIVA Nos dias atuais, com a grande desconfiança da população para/com os políticos, uma forte campanha eleitoral é indispensável para alcançar o posto desejado na política. Essa desconfiança sempre existiu, mas foi intensificada pelos diversos escândalos políticos que vem acontecendo no Brasil como o Mensalão e, mais atualmente, a Operação Lava Jato. Essa última merece destaque por ter cumprido, de acordo com site da Polícia Federal, 1255 mandados divididos entre busca e apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e condução coercitiva. Ela continua ativa atualmente e investiga crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, recebimento de vantagem indevida, entre outros. Estão envolvidos, políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo presidentes da República, presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e governadores de estados. Nesse contexto, torna-se necessário trazer para o centro das discussões o conceito de jingles políticos e mostrar o impacto que eles podem causar em todo o âmbito político, influenciando na decisão de voto. Assim, o jingle pode ser usado na criação de elementos que contribuam na construção de uma concepção mais positiva a respeito de um candidato. Ele, no entanto, por si só, não tem a capacidade de tornar propícia a imagem de um político, mas pode ajudar na reafirmação e na fixação dos valores vistos como favoráveis pelo pelos votantes, garantindo assim, uma certa superioridade perante os adversários visto que eles possuem um apelo ao emotivo e rimas que facilitam a memorização. Essas características tornam o jingle ideal para campanhas eleitorais, ja que facilitam a popularização dos políticos, mantendo-os frescos na memória dos eleitores na hora do voto. Mas também pode ter o efeito contrário: se usado de forma muito apelativa, o candidato poderá não ser levado a serio e, consequentemente, perder pontos na corrida eleitoral. Nesse âmbito, negar a importância do estudo sobre o conceito de jingles traria efeitos negativos aos publicitários e políticos, visto que a falta de conhecimento poderia afetar na eficácia da campanha causando a derrota do político cliente. Esses danos podem se estender até mesmo aos eleitore, que influenciados pela persuasão da publicidade, poderiam votar em candidatos que não serviriam às suas necessidades. 4. OBJETIVOS Analisar o impacto do jingle de Neider Moreira na corrida eleitoral. Específicos: Refletir sobre a visão desconfiada da população perante os políticos; Discutir sobre o poder de persuasão dos políticos nassuas campanhas; Identificar o jingle como fator de reafirmação da posição do candidato na disputa eleitoral. 5. METODOLOGIA Para analisar os efeitos causados pelos jingles, faremos questionarios para buscar entender a visão sobre diferentes candidatos politiocos e seu material de divulgação. Também será apresentado a diferentes individuos propagandas politicas culturalmente conhecidas com humoristicas e propaganda politcas comuns para analisarmos a reação de cada um seguido de perguntas relacionadas ao conteúdo. 6. CRONOGRAMA Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 1a Semana Leitura das referências Fichamento da leitura Divulgação do questionário na internet Análise dos dados Escrever 4° capítulo Revisão 2a Semana Leitura das referências Fichamento da leitura Revisão Escrever 1° capítulo Escrever 5° capítulo Revisão 3a Semana Leitura das referências Aplicação da entrevista de rua Tabulação dos dados Escrever 2° capítulo Escrever 6° capítulo Formatação 4a Semana Fichamento da leitura Aplicação da entrevista de rua e questionário na internet Análise dos dados Escrever 3° capítulo Escrever 7° capítulo Entrega 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEREZ, Clotilde. Signos da marca: expressividade e sensorialidade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. SIEGEL, Bruce H. Creative radio prodution. Boston: Focal Press,1992 LOURENÇO, Luiz C. Jingles Políticos: estratégia, cultura e memória nas eleições brasileiras;2009 Disponivel em: <http://www.pucsp.br/revistaaurora/dez_2008/lourenco.pdf> Acesso em: nov. de 2017 LIMEIRA, Tania; MAIA, Tania. Comunicação política e decisão de voto: o que as pesquisas revelam. Disponível em: <http://gvpesquisa.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/arquivos/tania_mv_limeira_comunicacao_politica_e_decisao_de_voto.pdf> Acesso em: nov. de 2017. FIGUEIREDO, M. e ALDÉ, A. “Intenção de voto e propaganda política: efeitos e gramáticas da propaganda eleitoral”. 12º Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação - COMPÓS, UFPE, Recife, 2003 Polícia Federal. Números da Operação Lava Jato. Disponível em: <http://www.pf.gov.br/imprensa/lava-jato/numeros-da-operacao-lava-jato > Acesso em: nov. de 2017
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