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Origem e De�nição de Erros �Erros são relativos...� 1 Prin ipais fontes de erros • Dados de entrada: equipamentos de medição possuem pre isão �nita, a arretando erros nas medidas físi as. • Erros de trun amento: o orrem quando aproximamos um pro edimento formado por uma sequên ia in�nita de passos por um outro pro edimento �nito. ex = ∞∑ n=0 xn n! ≈ M∑ n=0 xn n! • Erros de arredondamento: são aqueles rela ionados om as limitações que editem na forma de representar os números. π =3, 14159265358979323846264338327950288419716939937510 . . . π ≈3, 14159 De�nição 1 Seja x um numero real e x¯ sua aproximação, então |x− x¯| é o erro absoluto e |x−x¯||x| é o erro relativo. Observe que o erro relativo é adimensional e pode ser es rito omo por entagem. Exemplo 1 Considere x = 1 3 e x¯ = 0, 333. O erro absoluto é |x− x¯| = ∣∣∣∣13 − 0, 333 ∣∣∣∣ = |0, 3¯− 0, 333| = 0, 0003¯ = 0, 3¯ · 10−3. O erro relativo é |x− x¯| |x| = ∣∣ 1 3 − 0, 333 ∣∣∣∣ 1 3 ∣∣ = |0, 3¯− 0, 333||0, 3¯| = 0, 3¯ · 10−3 0, 3¯ = 10−3 = 0, 1% 2 Problemas ausados pelos erros 2.1 Operações aritméti as de ponto-�utuante Na soma e subtração, os expoentes dos dois operandos devem ser iguais. Para tal, sele iona-se o maior dos dois expoentes, e a mantissa e o expoente do outro operando são ajustados de tal forma a oin idir os expoentes. Uma vez feito o ajuste dos expoentes, basta al ular (a× rp)± (b× rp) = (a± b)× rp A multipli ação e a divisão são al uladas omo (a× rp)× (b× rq) = (ab)× rp+q (a× rp)/(b× rq) = (a/b)× rp−q Portanto deve-se realizar as seguintes etapas: • A operação é feita de forma � orreta�, i.e., om o dobro do número de dígitos usados para armazenar ada operando; • O resultado é normalizado; • É feito o arredondamento, de forma que o resultado normalizado possa ser armazenado na palavra. Exer í io 1 Considere x = 0, 44523× 10−2 e y = 0, 22547× 10−3, em um sistema de ponto-�utuante de imal om in o dígitos signi� ativos. Qual o resultado de x+ y, x− y,x× y e x/y? 1 2.2 Can elamento Catastró� o Operações aritméti as entre números om representação �nita podem fazer om que o resultado seja dominado pelos erros de arredondamento. Em geral, esse efeito, denominado an elamento atastró� o, a onte e quando fazemos a diferença entre números muito próximos entre si. 2.2.1 Exemplos Exemplo 2 Obtenha o resultado analíti o da operação 0, 987624687925− 0, 987624 = 0, 687926 · 10−6 e ompare om o resultado obtido utilizando arredondamento om seis dígitos signi� ativos. Resultado analíti o: 0, 987624687925− 0, 987624 = 0, 687926 · 10−6 Arredondamento por soma: 0, 987625− 0, 987624 = 0, 100000 · 10−5 Arredondamento por orte: 0, 987624− 0, 987624 = 0 Observe que os resultados são bem distintos. Exemplo 3 En ontre as raízes da equação de segundo grau x2 + 300x− 0, 014 = 0. Solução x1 = 0.4666665940740967 · 10−4 x2 = −0.3000000466666594 · 103 Exemplo 4 En ontre as raízes da equação de segundo grau x2 + 300x− 0, 014 = 0. utilizando arredondamento om seis dígitos signi� ativos em todas as operações. Cal ule o erro relativo desta solução om a solução analíti a. Solução Usando a fórmula de Báskara om a = 0, 100000 · 101, b = 0, 300000 · 103, c = −0, 140000 · 10−1, temos ∆ = 0, 300000 · 103 × 0, 300000 · 103 + 0, 400000 · 101 × 0, 100000 · 101 × 0, 140000 · 10−1 = 0, 900000 · 105 + 0, 560000 · 10−1 = 90000, 056 Arredondando om seis dígitos signi� ativos temos que ∆ = 0, 900001 · 105. Agora, x¯ = −b±√∆ 2a = −0, 300000 · 103 ± √ 0, 900001 · 105 2× 0, 100000 · 101 Arredondando novamente om seis dígitos signi� ativos temos que x1 = 0, 000000 · 100 x2 = −0, 300000 · 103 Vamos al ular o erro relativo x1 − x1 x1 = 1 = 100% x2 − x2 x2 = 1, 555555 · 10−7 = 1, 555555 · 10−5% Observe que o erro relativo entre a solução analíti a e a solução que utiliza arredondamento é bastante grande. Isto o orre pois existe uma subtração entre números muito próximos entre si na fórmula de Báskara quando |b| ≫ |ac|. 2 2.3 Instabilidade numéri a Ao desenvolver algoritmos numéri os é muito importante observar omo os erros serão propagados, para prever a pre isão do resultado. Exemplo 5 O número 1 3 = 0, 3¯ possui uma representação in�nita tanto na base de imal quanto na base binária. Logo, quando representamos ele no omputador é gerado um erro de arredondamento que denotaremos ǫ. Considere agora a seguinte sequên ia: { x0 = 1 3 xn+1 = 4xn − 1, n ∈ N Observe que x0 = 1 3 x1 = 4 1 3 − 1 = 1 3 x2 = 4 1 3 − 1 = 1 3 x3 = 4 1 3 − 1 = 1 3 , ou seja, temos uma sequên ia onstante igual a 1 3 . Se al ulamos no omputador essa sequên ia, temos que in luir os erros de arredondamento, ou seja, x0 = 1 3 + ǫ x1 = 4 ( 1 3 + ǫ ) − 1 = 1 3 + 4ǫ x2 = 4 ( 1 3 + 4ǫ ) − 1 = 1 3 + 42ǫ x3 = 4 ( 1 3 + 42ǫ ) − 1 = 1 3 + 43ǫ xn = 1 3 + 4nǫ Portanto, o limite da sequên ia diverge! 3
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