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03/09/2014 1 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS apobarbosa@gmail.com UNIP – UNIVERSIDADES PAULISTA Disciplina de Fisiologia Prof. Ana Paula Barbosa Nunes Taxa de transferência de energia dentro dos músculos ativos modifica de acordo coma solicitação ↑ 4 vezes ↑ 120 vezes Energia contidas nos alimentos não pode ser transferida diretamente para os processos biológicos Armazenamos este potencial energético contido nos alimentos em locais e compartilhamentos acionamento ↓ Necessidade de síntese Transferência de energia no corpo Dinâmica de energia humana → envolve transferência de energia por intermédio de ligações químicas A energia potencial contida nas ligações de carboidratos, das gorduras e das proteínas é liberada por etapas em pequenas quantidades quando as ligações são desfeitas Transferência de energia no corpo O organismo mantém o seu fornecimento contínuo de energia com o ATP Molécula carreadora de energia livre A energia proveniente dos macro nutrientes é recolhida e conduzida através do ATP (Trifosfato de Adenosina) → acionar todos os processos biológicos Papel receptor- doador de energia do ATP 2 principais atividades transformadoras de energia de célula 1. Extrair a energia potencial do alimento e conservá-la dentro das ligações do ATP 2. Extrair e transferir a energia química contida no ATP para acionar o trabalho biológico 03/09/2014 2 ATP + H2O → ADP + Pi - ΔG 7,3 Kcal/mol ( 90g) Átomos de fósforo e oxigênio ATPase A reação cliva a ligação fosfato mais extrema para liberar um íon fosfato (fosfato inorgânico) + energia livre → energia disponível para o trabalho ATP + H2O ADP + Pi - ∆G 7,3 Kcal/mol A energia liberada na hidrólise do ATP →aciona todas as formas de trabalho biológico ATP → “moeda corrente de energia” ex: estimula locais específicos sobre os elementos contráteis para ativarem os motores moleculares que vão acionar o encurtamento das fibras musculares ATPase ATP + H2O ADP + Pi - ∆G 7,3 Kcal/mol ATPase Hidrólise da molécula de ATP ocorre sem a presença de O 2 Gera energia rapidamente (fontes anaeróbias intramuscular) Qualquer movimento corporal pode acontecer imediatamente sem consumir oxigênio • corrida rápida para pegar um ônibus • bloqueio de voleibol • realização de flexão e extensão • prender a respiração num pique de natação O corpo mantém um fornecimento contínuo de ATP através de diferentes vias metabólicas 03/09/2014 3 VIAS METABÓLICAS UTILIZADAS DURANTE O EXERCÍCIO Vias Metabólicas de síntese de ATP Citosólicas Anaeróbias Lática Alática Glicólise ATP Anaeróbia Pcr Mitocondrial Aeróbia ATP ( 90g) -Quantidade armazenada pequena = 20,2 mmol/Kg →Poucos segundos de contração -Salto em altura -Arremesso de dardo -Tacada de Golfe -REVERSÍVEL Anaeróbio Alático ATP + H2O ADP + Pi - ∆G 7,3 Kcal/mol ATPase FOSFOCREATINA - Fosfato de Creatina → PCr •para superar a limitação de ATP → continua uma síntese ininterrupta – parte dessa energia vem da cisão anaeróbia PCr (fosfocreatina) • Armazenamento →4 a 5x maior de ATP Produção máxima de energia em cerca de 10 seg Cr + ADP Cr + ATP Anaeróbio Alático Como tem mais energia livre da sua hidrólise → aciona a fosforilação de ADP para ATP Creatina cinase FOSFOCREATINA - PCr Transferência de energia anaeróbia Glicólise anaeróbia Glicogênio muscular O esforço máximo passar de 10 segundos A energia para ressíntese contínua de ATP terá que provir do catabolismo menos rápido dos macronutrientes armazenados CARBOIDRATOS Os carboidratos são as fontes universais de energia para as células animais e vegetais. A glicose é o carboidrato mais importante 03/09/2014 4 polissacarídios animal: glicogênio • pessoa bem nutrida / 80 kg/ armazena 500 g de carboidrato Cada grama de glicose = 4 Kcal 500 g = 1.500 a 2.000 Kcal de energia (corrida de 20 milhas em alta intensidade) Sintetizado a partir da glicose – glicogênese (enzima glicogênio sintase) CARBOIDRATOS GLUT-4 Citoplasma Receptor de insulina Glicose Insulina GLUT-4 Metabolismo de Carboidratos durante o Repouso Estoques de glicogênio muscular são preservados para o uso durante a atividade muscular esquelética Os estoques de glicogênio hepático são responsáveis de manter a glicemia entre as refeições Cérebro SNC células sanguíneas e rins Metabolismo dos Carboidratos Vias catabólicas: 1. Glicólise aeróbica (piruvato) 2. Glicólise anaeróbica (ácido lático) Vias anabólicas: 1. Glicogênese (glicose → Glicogênio) 2. Ciclo das pentoses (Glicose → Ribose-5-fosfato) 3. Cadeia respiratórias (NADH2 e FADH2 → ATP) 4. Gliconeogênese (não carboidratos → Glicose) 03/09/2014 5 ADP: Adenosina difosfato Função: Aceptor de fosfato inorgânico (Pi) NAD: Nicotinamida-adenina dinucleotídeo Função: transportador de hidrogênio FAD: Flavina adenina dinucleotídeo Função: transportador de hidrogênio Moléculas Transportadoras Glicólise oxidação da molécula de glicose, formando duas moléculas de ATP e liberando duas moléculas de ácido pirúvico. Fase de investimento energético 2 ATP + C6H12O6 → 2 gliceraldeido – 3 –fosfato Fase de geração de energia 2 gliceraldeido – 3 – fosfato → 2 NADH2 ; 4 ATP ; 2 piruvatos • Saldo energético = 2 ATPs Catabolismo de Carboidratos Catabolismo de Carboidratos Ciclo de Krebs Sinônimos: Ciclo de ácidos tricarboxílicos Ciclo de ácido cítrico Ciclo de Krebs Conceito: via catabólica de oxidação total da glicose a CO2 e H2O, com liberação de energia Só ocorre em condições aeróbicas Ocorre na matriz mitocondrial Ciclo de Krebs Etapas enzimáticas enzimas 1. Síntese de citrato 1. Citrato sintase 2. Conversão de citrato a isocitrato 2. Aconitase 3. Oxidação descarboxilativa do Isocitrato a ἀ- Cetoglutarado 3- isocitrato descarboxilase 4. Oxidação descarboxilativa do ἀ- Cetoglutarado a SuccinilCoA 4. ἀ cetoglutamato desidrogenase 5. Hidrólise do SuccinilCoA a Succinato 5. Succinil CoA sintetase 6. Oxidação do Succinato a Fumarato 6. Succinato desidrogenase 7. Hidratação do Fumarato a Malato 7. Fumarase 8. Oxidação do Malato a Oxaloacetato, que inicia um novo ciclo 8. Malato desidrogenase Cadeia de transporte de elétrons Ocorre nas cristas mitocondriais Também chamado de fosforilação oxidativa Sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH e FADH2 O2 serve como aceptor da H+ que são carreados pelas moléculas de NADH e FADH2 Catabolismo de Carboidratos Cadeia de transporte de elétrons Os elétrons são passados de molécula para molécula nas cristas mitocondriais chamados CITOCROMOS O elétron ¨pula” de um convertida em ATPcitocromo para outro até chegar no O2, ocorrendo liberação de energia • Saldo energético total = 38 ATPs Catabolismo de Carboidratos 03/09/2014 6 Resumo do Saldo em ATP Etapa Saldo em ATP Glicólise 2 Ciclo de Krebs 2 Cadeia respiratória 32 ou 34 Total 36 ou 38 ATPs Vias metabólicas Glicólise– oxidação da glicose para obter ATP Oxidação→ transferência de átomos de oxigênio, de hidrogênio ou elétron. Ciclo de Krebs – oxidação do acetil-CoA para obter energia Fosfolilação oxidativa –síntese de ATP à partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória Gl Ciclo de Krebs Sinônimos – ciclo dos ácidos tricarboxílicos, ciclo do ácido cítricoou cliclo de Krebs Conceito– via catabólica cíclica de oxidação total da glicose a Co2 e H2O, com liberação de energia Só ocorre em condições aeróbicas Ocorre na matriz mitocondrial Glicogênese fígado armazena glicogênio para enviar glicose pelo sangue aos outros tecidos, quando necessário; Ocorre em todos os tecidos, de forma mais proeminente no fígado e músculo; O fígado armazena para consumo próprio, só utiliza durante o exercício quando há necessidade de energia rápida Vias metabólicas Gliconeogênese- síntese de glicose à partir de moléculas menores Glicogenólise – conversão de glicogênio em glicose 03/09/2014 7 Via das Pentoses Via alternativa de oxidação de glicose-6-fosfato, leva a produção de: Ribose – fosfato, CO2 e NADPH Produção de pentose para produção de nucleotídeos (DNA e RNA) Via citoplasmática, anaeróbia e ocorre no fígado, glândulas mamárias, tecido adiposo e hemácias Glicólise anaeróbia Degradação da glicose sem O2, tendo como produto final o ácido lático; via mais rápida que a glicólise anaeróbia sendo utilizada quando exercícios vigorosos são realizados; Quando uma molécula de glicose é degradada anaerobiamente o piruvato se transforma em lactato. Manipulação Dietética Reservas de Glicogênio e Endurance – Biópsia por agulha 6 indivíduos – conteúdo de glicogênio no quadríceps femural 1. 0,63 g/ 100g (músculo úmido) 2. 1,75 g/ 100g (músculo úmido) 3. 3, 75 g/ 100g (músculo úmido) 1 - 5% carboidrato 2. 50% carboidrato 3. 82% carboidrato Equilíbrio energético Otimiza o desempenho físico Ajuda a manter a massa corporal magra Responsividade ao treinamento Função imune Função reprodutiva INGESTÃO ADEQUADA Antes do exercício Ingestão de açúcares simples → acelera depleção de glicogênio Frutose → absorvida mais lentamente → menor resposta insulínica INGESTÃO ADEQUADA Durante o exercício – melhora desempenho físico e mental Retarda a fadiga e reduz dano muscular (4:1 de carboidrato para proteína) Poupa o glicogênio muscular (principalmente nas fibras tipo I de contração lenta) Mantém um nível sanguíneo de glicose mais apropriado nutriente energético prontamente disponível para os músculos ativos durante o exercício intenso Pouco benefício → durante exercício de baixa intensidade 03/09/2014 8 Reabastecimento das reservas de glicogênio Alimento com taxação de índice glicêmico de moderado a alto após exercício prolongado Dieta com 75% de carboidratos (21 kcal por kg de massa corporal) durante as próximas 5 horas → recupera o desempenho anaeróbio até quase os valores basais Dieta com 45% de carboidrato → não ocorria qualquer melhora Estratégia – consumir cerca de 50 a 75 g de carboidrato com índice glicêmico de alto a moderado a cada 2 horas até alcançar 500 a 700 g (7 a 10 g pror Kg de massa corporal)
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