Buscar

Deveres e Responsabilidades

Prévia do material em texto

Giovana Zuolo
Jaqueline Almeida
Matheus Duarte
Tainá Alencar
Tailan Natãn Gomes
Vitor Medeiros
RESENHA DIREITO EMPRESARIAL
Deveres e Responsabilidades dos Administradores das Sociedades Anônimas
São Paulo
2018
Giovana Zuolo
Jaqueline Almeida
Matheus Duarte
Tainá Alencar
Tailan Natãn Gomes
Vitor Medeiros
RESENHA DIREITO EMPRESARIAL
Deveres e Responsabilidades dos Administradores das Sociedades Anônimas
Trabalho apresentado à disciplina de Direito Empresarial da Universidade Anhembi Morumbi, para obtenção da nota Semestral.
Profª
 Orientadora: Fabíola 
Otelac
São Paulo
2018
GERBER, Phillipa. Deveres e Responsabilidades dos Administradores das Sociedades Anônimas. Jus Brasil 10/04/2017
DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS ADMINISTRADORES DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Resenhado por: Giovana Zuolo; Jaqueline Almeida; Matheus Duarte; Tainá Alencar; Thailan Natãn Gomes; Vitor Medeiros.
	No presente artigo, nos é apresentado quais são os deveres e as responsabilidades dos administradores das Sociedades Anônimas. De inicio, é importante ressaltar que, mesmo que os administradores sejam eleitos por um grupo de acionistas, estes possuem obrigações para coma sociedade, devendo sempre tomar suas decisões baseado nos interesses desta. Para isso, a Leidas S.A.s explicitou três deveres de grande importância. 
	O primeiro é o dever da Diligência, que se baseia na obrigação do administrador de controlar o negócio com a competência e o cuidado que seriam usualmente empregados por qualquer homem que possua umcaráter ético e de boa-fé na condução de seus próprios negócios. Deve ainda o administrador lembrar-se que atua para o bem da empresa, no cumprimento dos seus interesses, nem que para isso tenha que divergir dos objetivos traçados pelos acionistas majoritários.
	O segundo dever é o da lealdade, quedeclara ser garantido ao administrador utilizar em proveito próprio ou de terceiros, informações referentes aos planos e interesses da companhia, sobre os quais só teve acesso em razão do cargo que ocupa. Neste mesmo sentido, deve o administrador recusar intervir em qualquer operação social em que tiver interesse pessoal e que vá de conflito com o da sociedade que administre. O descumprimento do dever de lealdade pode gerar diversas medidas a serem adotadas em favor da sociedade, inclusive pode resultar na exclusão do sócio que o descumpre, e, muitas vezes configurar condutas que são consideradas crime, como o crime de concorrência desleal.
	Por fim, temos o terceiro dever, que é o de informar, que está relacionado à necessária transparência dos negócios da sociedade anônima, com o intuito de reduzir orisco de atuações desonestas por parte dos administradores ou a utilização de informações privilegiadas pelos mesmos. Para evitar tal fato, o administrador, deve sempre de forma imediata, informar o mercado sobre qualquer deliberação do órgão gestor que possa influir significativamente o comportamento dos investidores, especialmente na comercialização das ações emitidas pela sociedade. Cumpre ainda ao administrador informar sobre eventuais interesses que possua nos negócios sociais da companhia.
	Porém, não só de deveres vivem os administradores, existem também as diversas responsabilidades que os mesmos devem assumir na prática da gestão. A responsabilidade civil é uma obrigação que surge a partir de uma omissão que vai contra o dever, que causa a reparação de outra pessoa por um prejuízo causado. A mesma é dividida em duas modalidades perante a legislação brasileira, a primeira é a responsabilidade civil subjetiva, que é aquela que depende da existência de dolo ou culpa por parte do agente causador do dano. Desta forma, a obrigação de indenizar e o direito de ser indenizado surgem apenas se comprovado o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Para que fique claro, a vítima deverá comprovar a existência destes elementos, o dolo ou a culpa, caso contrário não receberá nenhum tipo de indenização.
	A segunda é a responsabilidade civil objetiva, que não depende da comprovação do dolo ou da culpa do agente que causou o dano, apenas da coerência de causalidade entre a sua conduta e o dano causado à vítima, ou seja, mesmo que o agente causador não tenha agido com dolo ou culpa, deverá indenizar a vítima.
	A administração de uma sociedade anônima ocorre através do conselho de administração e da diretoria. Sendo assim, tais órgãos atuam como um colegiado, sendo atribuídas a todos seus participantes as mesmas responsabilidades, de uma maneira solidária, não importando qual dos administradores tenha praticado a ação. Desta forma, prevalece o princípio da responsabilidade aplicada aos administradores, no qual, todos os administradores responderão solidariamente apenas pelo fato de pertencerem ao mesmo órgão colegiado, mesmo que não tenham exercido o ato.
	Entretanto, essas determinações não atingem as práticas de atos ilícitos, mas apenas os prejuízos originados do não cumprimento dos deveres impostos pela lei. Sendo assim, cada administrador responderá isoladamente pelas ações ilícitas praticadas, ou seja, um administrador não será culpado pelos atos de outros administradores. Ainda neste ponto, a lei das S.A.s traz algumas teorias em que poderá haver concurso entre os administradores na responsabilidade. Isso ocorrerá quando algum ou alguns deles forem cumplices com a prática ilícita de outro ou quando se negligenciarem em descobri-los ou se, tendo conhecimento, deixarem de agir para impedir a prática do ato ilegal.
	Todavia, estarão livres da obrigação os administradores dissidentes que fizerem constar sua divergência em ata da reunião do órgão administrativo ou, caso não seja possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao órgão da administração, no conselho fiscal, se estiver em funcionamento, ou à assembleia geral. 
	De acordo com o capitulo do artigo 159 de Lei 6.404/76, fica a cargo de a sociedade ingressar em juízo com ação de responsabilidade civil contra o administrador pelos prejuízos causados ao seu patrimônio, antes, porém, tal decisão deve ser tomada em assembléia geral. A assembléia que deliberará a respeito da solicitação de ação poderá ser a ordinária ou extraordinária, se a matéria estiver prevista na ordem do dia ou se for consequência de assunto nela incluído. Além disso, o acionista também tem o direito de ingressar com a ação judicial, entretanto, em apenas duas hipóteses, a primeira é que qualquer acionista, quando a ação não for proposta no prazo de três meses da deliberação da assembleia geral; e a segunda hipótese é, por acionistas representantes de pelo menos 5% do valor do capital social, quando a assembleia deliberar e não promover a ação. Segundo o §5º, em se falando de ação promovida por iniciativa do acionista, os resultados deste serão concedidos à companhia, mas esta ficará com o encargo de indenizar o acionista de todas as despesas que tiver efetuado, no limite dos resultados.
	Com isso, entende-se que, inquestionável é a importância da responsabilização dos administradores das sociedades anônimas por seus atos ilegais e que ultrapassam suas atribuições gestoras. Sociedades desse porte têm grande influência sobre uma enorme quantidade de pessoas e valores, não podendo, portanto, ficar à mercê de gestores que desrespeitam e não realizam uma gerência dentro dos limites legais e estatutários. A responsabilização dos administradores vem para garantir o bom funcionamento de uma companhia, permitindo que aqueles que se mostrem incapazes para a realização da gestão respondam pelos seus atos ilegais e sejam substituídos por pessoas de maior capacidade para a ocupação desses cargos de tão grande importância. Essa atribuição garante a todos os acionistas, empregados e sociedade, uma gerência de qualidade, que respeite a legislação vigente e traga bons resultados para a companhia, possibilitando assim o aumento dos ganhos e o crescimento da sociedade.

Continue navegando