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Esta obra tem os direitos de reprodução, distribuição e exploração cedidos ao 
Complexo de Ensino Andreucci Proordem. É proibida a reprodução total ou parcial 
de qualquer forma, ou por qualquer meio, ficando os infratores sujeitos às penas da lei. 
Coordenação: Dr.Ricardo Antonio Andreucci 
 
SÃO PAULO 
Nov/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
EXERCÍCIO 01 
 
Exame 115 – Ponto 03 
 
A empresa ABC LTDA. ajuizou ação de rito ordinário contra a União Federal, visando ao 
reconhecimento da ilegitimidade da cobrança da contribuição previdenciária incidente sobre 
remuneração de autônomos e administradores, instituída pela Lei n. R 8.212/91, que recolheu 
durante o exercício de 1999. O objeto da ação consiste ainda na repetição dos valores 
indevidamente recolhidos naquele período. Analisando a questão, o Juiz da 1a Vara Federal 
de São Bernardo do Campo – SP, embora tenha reconhecido a inconstitucionalidade da 
exação, negou o direito à repetição do indébito sob o fundamento de que a Autora deixou de 
comprovar que não repassou para o preço de seus produtos o custo da contribuição 
previdenciária recolhida indevidamente, como seria de rigor nos termos do art. 89, parágrafo 
único, da Lei nº 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº 9.032/95, que lhe impõe semelhante 
mister. 
QUESTÃO: Como advogado da Autora, acione o instrumento processual conveniente à tutela 
dos interesses de seu constituinte. Tenha, para tanto, que o ato judicial foi publicado na 
imprensa oficial há sete dias. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Recurso de Apelação 
 
Endereçamento: Juízo da 1ª vara federal da subseção judiciária em São Bernardo do 
Campo/SP (encaminhamento ao TRF da 3ª Região) 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional 
 
Tese(s): a contribuição em questão não é tributo que por sua natureza comporta repasse do 
encargo a terceiro, logo não se exige a comprovação que alude o art. 166 do CTN, prevista 
apenas para os impostos indiretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
EXERCÍCIO 02 
 
Exame 116 – Ponto 01 
 
No mês de abril de 2005, a sociedade Trás-os-Montes Participações Ltda. recolheu, com 
atraso, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS, do mês de 
competência março, do mesmo ano. O recolhimento extemporâneo foi efetuado com o 
acréscimo de multa e juros moratórios e a quantia devida foi corretamente informada à 
Secretaria da Receita Federal, por meio da declaração apropriada (DCTF). Contudo, em 
dezembro de 2006, a Receita Federal, revendo suas bases de dados, lavrou auto de infração 
contra a "Trás-os-Montes Participações Ltda.", no qual reconhecia a exatidão do crédito 
tributário declarado, bem como a regularidade do pagamento efetuado, porém impôs à 
contribuinte a multa de 75% prevista na Lei nº 9.430/96, relativa ao lançamento de ofício. 
Como a sociedade não apresentou impugnação administrativa, o crédito foi inscrito na dívida 
ativa e a União Federal moveu execução fiscal para cobrá-lo. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Trás-os-Montes Participações Ltda., aja em favor 
dos interesses da cliente. Considere que a empresa foi intimada da penhora realizada sobre 
bens de sua propriedade há 20 (vinte) dias e que o processo tramita perante a 15ª Vara de 
Execuções Fiscais Federais da Subseção Judiciária de São Paulo. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Embargos à Execução Fiscal 
 
Endereçamento: Juízo da 15ª Vara de Execuções Fiscais Federais da Subseção Judiciária de 
São Paulo 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional 
 
Tese(s): Multa pelo lançamento de ofício só cabe quando este é efetivamente realizado. No 
caso de concordar com o autolançamento efetuado, incabível a multa prevista na lei 
9.4330/96. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
EXERCÍCIO 03 
 
Exame 116 – Ponto 02 
 
A sociedade Mirassol Agroindustrial S.A. vendeu, em março de 2008, um imóvel integrante 
de seu ativo imobilizado, pelo valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Esse imóvel estava 
registrado na contabilidade da sociedade pelo mesmo valor de R$ 100.000,00, que 
correspondia ao preço de sua aquisição pela sociedade. No mesmo ano-base de 2008, a 
empresa contabilizou um prejuízo fiscal de R$ 70.000,00 e, portanto, não pagou Imposto de 
Renda (IRPJ). Contudo, a fiscalização federal, revendo os livros contábeis, verificou que o 
valor da venda não foi lançado como receita e autuou a sociedade pelo valor correspondente, 
adicionando este ao resultado e cobrando o IRPJ no montante de R$ 4.500,00 (quatro mil e 
quinhentos reais), equivalente ao lucro líquido de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). A sociedade 
não se defendeu do auto de infração e o crédito foi inscrito na dívida ativa, com a subseqüente 
propositura de execução fiscal. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, atue em seu benefício. Considere que a 
constituinte tem sede na cidade de São José do Rio Pardo e que foi intimada da penhora de 
seus bens há 10 (dez) dias. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Embargos à Execução Fiscal 
 
Endereçamento: Juízo da Vara de Execuções Fiscais Federais da Subseção Judiciária de São 
José do Rio Pardo (considere que o examinando não terá em mãos a lei de organização 
judiciária, nem o provimento da Justiça Federal que desloca a competência de São José do 
Rio Pardo à justiça federal mais próxima). 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do IRPJ, pois a substituição de um capital por outro, sem 
acréscimo patrimonial não consubstancia receita tributável pelo imposto em questão (art. 43 e 
segts. do CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
EXERCÍCIO 04 
 
Exame 118 – Ponto 03 
 
A empresa Dragster Motors Ltda., dedicada ao comércio de veículos novos e usados, venda 
de peças e serviços, pretende a emissão de Certidão Positiva de Débitos com efeitos 
negativos, a fim de habilitar-se e participar de licitações públicas, pedido negado pela 
Delegacia da Receita Federal do Brasil em São Paulo/SP. Relata a empresa que a certidão foi 
negada sob alegação de que existem débitos pendentes. Entende a empresa que a recusa é 
injustificada, uma vez que as pendências existentes em relação à contribuição ao PIS dos 
períodos de 07/03 a 11/03 e 03/04 a 07/04, referem-se ao processo nº 000.00.12345-6, 
distribuído e processado na 14ª Vara Federal em São Paulo, cuja sentença transitada em 
julgado há mais de um mês, aguarda conversão em renda da União de depósitos existentes, 
procedimento não realizado em razão da omissão da União Federal, não podendo, assim, ser 
exigida a referida exação. A empresa o procura, fornecendo a certidão de objeto e pé da 14ª 
Vara Cível Federal, comprovando a existência dos autos da ação ordinária nº 000.00.12345-6, 
bem como cópia de todos os depósitos realizados naqueles autos, solicitando as medidas 
judiciais cabíveis, cujo prazo para habilitar-se e participar da licitação pública encerrar-se-á 
amanhã. 
QUESTÃO: Como advogado da empresa Dragster, opere no sentido de afastar o óbice à 
licitação cujo prazo de vencimento é iminente. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Mandado de Segurança 
 
Endereçamento: Juízo de uma das Varas Federais da Subseção Judiciária de São Paulo 
 
Pólo passivo: Delegado da Receita Federal do Brasil em São Paulo 
 
Tese(s): Direito de obter certidão: art. 5º, XXXIV da CF; art. 206 CTN possibilitando a 
expedição de certidão positiva com efeito de negativa (no caso de crédito suspenso – art.151, 
II, CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
EXERCÍCIO 05 
 
Exame 119 – Ponto 02 
 
A sociedade Magnólia Comercial Ltda. atuava no ramo de comércio varejista de roupas 
infantis, mantendo loja na cidade de São Paulo, denominada "O Bebê Feliz". Findo o prazo de 
locação, o estabelecimento comercial foi fechado eali se instalou estabelecimento de venda 
de lustres e abajures, denominado "Lustres do Manolo", mantido por Manolo e Irmãos Ltda. 
Porém, corria contra a Magnólia Comercial Ltda., execução fiscal para cobrança do ICMS 
relativo aos meses de junho a setembro de 2004, no valor total de R$ 100.000,00 (cem mil 
reais). O Exeqüente, constatando o fato, requereu a inclusão, no pólo passivo da execução 
fiscal, da Manolo e Irmãos Ltda., na qualidade de responsável tributário em virtude da 
aquisição de estabelecimento comercial, o que foi deferido pelo Juízo. Há 15 (quinze) dias, a 
Manolo e Irmãos Ltda. foi intimada da penhora de bens de sua propriedade. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Manolo e Irmãos Ltda., atue na defesa de seus 
interesses. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Embargos à Execução Fiscal 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Execuções Fiscais da comarca de São Paulo/SP 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo 
 
Tese(s): Inexistência de responsabilidade por sucessão, pois a Manolo e Irmaos Ltda. Não 
prosseguiu no mesmo remo empresarial (art133, CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
EXERCÍCIO 06 
 
Exame 119 – Ponto 03 
 
O Estado de São Paulo, por meio da Lei n o 4455/09, instituiu a cobrança do Imposto sobre 
Transmissão Causa Mortis e Doação, sobre quaisquer bens e direitos (ITCMD), aplicando 
sobre os respectivos fatos geradores alíquotas progressivas que variam de 1,0 % (um por 
cento) para bens no valor de até R$ 10.000,00, a 5% (cinco por cento) para outros cujo valor 
supere o montante de R$ 150.000,00. Ricardo Altruísta deseja doar ao filho Tércio imóvel de 
sua propriedade no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). O doador, inconformado com 
a disparidade de alíquotas sobre o fato gerador, o procurou para saber da legitimidade ou não 
de tal cobrança. 
QUESTÃO: Como advogado(a) de Ricardo Altruísta, ingressar com a medida ou medidas 
pertinentes a proteção dos interesses do cliente. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (preventivo) ou Ação declaratória de inexistência de relação jurídica 
tributária com pedido de tutela antecipada. 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de.../SP 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo (para MS: Delegado regional tributário 
em... ou Chefe do posto fiscal em... ou Secretário de Fazenda do Estado de São Paulo). 
 
Tese(s): impossibilidade de progressividade do ITCMD (art. 145 §1º c/c 155 §1º da CF que 
não permitem tal progressividade in casu ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
EXERCÍCIO 07 
 
Exame 120 – Ponto 03 
 
Empresa do ramo automotivo denominada Concessionária Bassan Distribuidora de Veículos 
S/A, sediada no Município de São Paulo, recebe veículos da montadora Lopes do Brasil 
LTDA., atualmente com isenção de IPI, para portadores de deficiência física. A legislação do 
IPI (Lei n.º 3333/08 - fictícia) define como "portador de deficiência física" toda pessoa que 
possuir deficiência motora nos membros inferiores e superiores, afastando desta definição as 
pessoas que possuem deficiência visual (cegueira e outras doenças de visão). José Maria, 
portador de cegueira congênita, quer adquirir veículo da Concessionária Bassan para uso 
pessoal, contratando motorista particular para dirigi-lo e, mesmo assim, soube que sofreria 
incidência do IPI. 
QUESTÃO: Como advogado de José Maria, manipule o meio judicial à garantia de seus 
direitos. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (preventivo) ou Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica 
tributária com pedido de tutela antecipada 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas federais da subseção judiciária em São Paulo/SP 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional (MS: Delegado da Receita Federal do Brasil em São Paulo) 
 
Tese(s): Violação ao princípio da isonomia (igualdade tributária) – art. 5º e 150 II, CF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
EXERCÍCIO 08 
 
Exame 122 – Ponto 01 
 
Alfredo foi eleito para exercer o cargo de Diretor Administrativo da Transportes Seabra S.A. 
na assembléia geral ordinária de 29.04.2004 e desempenhou essa função até abril de 2008. 
Pouco depois de assumir o cargo, a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços devido por seus clientes, em operação pela qual 
era responsável tributária nos anos de 2000 a 2003. O auto de infração fora lavrado em maio 
de 2003 e foi definitivamente julgado na esfera administrativa em novembro de 2006, após a 
apresentação de defesa da autuada. Em seguida, a Fazenda do Estado moveu execução fiscal 
contra a sociedade e vários de seus diretores, para cobrança do mencionado débito, dentre os 
quais Alfredo. Alfredo recebeu, há 10 (dez) dias, a visita de um oficial de justiça, que o 
intimou da penhora de bens de sua propriedade para pagamento da dívida. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Alfredo, tome a medida necessária para defender 
seus interesses. Considere que a execução fiscal foi proposta em São Paulo, sede da 
sociedade. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Embargos à execução Fiscal. 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Execuções Fiscais da comarca de São Paulo/SP 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo 
 
Tese(s): irresponsabilidade tributária pela não aplicação do disposto no artigo 135 do CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
EXERCÍCIO 09 
 
Exame 122 – Ponto 02 
 
A União Federal, por meio da Lei n.º 9.999 (fictícia), instituiu contribuição previdenciária 
incidente sobre pagamentos efetuados a pessoas jurídicas prestadoras de serviços, à base de 
20% (vinte por cento) do montante efetivamente pago, a cargo do tomador. Com base nesse 
permissivo legal, o Banco Industrial S.A. foi autuado pela Receita Federal do Brasil em 
Curitiba, em razão de não ter recolhido a citada contribuição nos anos de 2007 e 2008, 
incidente sobre os pagamentos efetuados à Bits Informática Ltda., empresa responsável pela 
manutenção de sistemas do banco. A notificação fiscal de lançamento de débito (NFLD) não 
foi impugnada na esfera administrativa e o débito, no valor atual de R$ 200.000,00 (duzentos 
mil reais), está prestes a ser inscrito na dívida ativa. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado do Banco Industrial S.A., tome as medidas judiciais 
necessárias para defesa de seus interesses. Considere que o Banco tem sede em Curitiba/PR, 
ao passo que a Bits Informática Ltda. tem sede em São Paulo/SP. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (repressivo) ou Ação Anulatória de débito fiscal com pedido de tutela 
antecipada (ou depósito suspensivo da exigibilidade do CT). 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas Federais da Subseção Judiciária em Curitiba/PR 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional (para MS: Delegado da receita Federal do Brasil em 
Curitiba). 
 
Tese(s): Inconstitucionalidade da criação de Contribuição social residual por lei ordinária, 
conforme art. 195§4º, CF (demonstrar que é residual por não se enquadrar em nenhuma das 
hipóteses dos incisos do art. 195 da CF). Ainda, inconstitucionalidade da Contribuição social 
residual que tenha mesmo fato gerador ou base de cálculo de imposto (in casu o ISS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
EXERCÍCIO 10 
 
Exame 122 – Ponto 03 
 
O Presidente da República, por intermédio da Lei Complementar n.º 22.222, de 31 de agosto 
de 2008 (lei fictícia), instituiu o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), passando a exigir, a 
partir de 01 de janeiro de 2009, das pessoas jurídicas e físicas, esse tributo, elegendo como 
base de cálculo exclusivamente o valor da aquisição de imóveis urbanos adquiridos que 
supere, mensalmente, o importede R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), mediante a 
incidência da alíquota de 0,3% sobre o montante estimado a esse título. O Partido Político 
ABC, sediado em São Paulo – Capital, não concorda com esta incidência tributária sobre 
imóveis que adquire para o exercício de suas atividades. 
QUESTÃO: Como advogado, ajuíze medida cabível para defesa dos interesses de seu cliente. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (preventivo) ou Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica 
tributária. 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas Federais da Subseção Judiciária em São Paulo/PR 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional (para MS: Delegado da receita Federal do Brasil em São 
Paulo). 
 
Tese(s): Imunidade (art.150 VI c, CF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
EXERCÍCIO 11 
 
Exame 124 – Ponto 01 
 
Determinada Câmara de Direito Público do Eg.Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 
em ação ordinária, negou provimento à apelação interposta pelo Estado de São Paulo ao 
entendimento de que é aplicável a imunidade tributária à importação de filmes de laminação 
para capas de livros (Polímero de Polipropileno, Filme BOPP). O acórdão porta a seguinte 
ementa: 
Tributos – ICMS – Declaratória – Imunidade – Filme de laminação de capas de livros 
(Polímero de Polipropileno, Filme BOPP) – Material que se integra no produto final, 
incorporado ao papel das capas dos livros, tem a mesma natureza deste, gozando de sua 
imunidade. Honorários fixados de acordo com o tempo e trabalho exigidos do advogado. 
Negado provimento aos recursos. 
O Estado de São Paulo interpõe Recurso Extraordinário, tempestivamente, sustentando, em 
síntese, o seguinte: (i) que foi ofendido mandamento constitucional de imunidade, já que o 
polímero de polipropileno (filme de laminação para capa de livro) não é consumido no 
processo de impressão de livros; (ii) que a decisão contraria a jurisprudência, que vem 
excluindo da proteção constitucional máquinas e mercadorias que tecnicamente são 
consideradas da família dos plásticos; (iii) que o insumo “polímero de polipropileno”, da 
família dos plásticos, não é consumido imediatamente no processo produtivo, mas desgasta-se 
paulatinamente na produção; (iv) que as atividades praticadas pela empresa não se restringem 
à edição, comercialização, importação e exportação de livros, jornais e revistas, mas também 
à exploração da indústria gráfica em suas diversas modalidades. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado do contribuinte, elabore a peça adequada para 
apreciação pelo tribunal competente. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Contrarrazões em Recurso Extraordinário. 
 
Endereçamento: Presidente (ou relator) do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São 
Paulo (com remessa ao STF) 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo. 
 
Tese(s): rebater os argumentos fazendários argumentando no sentido da manutenção da 
decisão de segundo grau que confere a imunidade no caso. Colacionar súmula 657 do STF e 
falar da ausência de pré-questionamento do item “iv”. 
 
 13 
 
EXERCÍCIO 12 
 
Exame 125 – Ponto 02 
 
A empresa Péricles Táxi Aéreo, proprietária de três aeronaves, recebeu a notificação de 
lançamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA relativo ao 
exercício de 2005, emitida pela Secretaria dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo. 
A empresa Péricles vendeu uma das aeronaves em 2004, tendo realizado o devido registro 
junto às autoridades aeroportuárias competentes. Inconformada com a exigência do imposto, a 
empresa ajuizou ação anulatória de débito fiscal em face do Estado de São Paulo, que foi 
julgada procedente pelo juiz de 1 C instância. No julgamento da remessa oficial (art. 475 do 
Código de Processo Civil) e do recurso de apelação interposto pelo Estado de São Paulo, a 
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve 
parcialmente a sentença recorrida, por maioria de votos, pronunciando Acórdão com a 
seguinte ementa: 
“TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE 
VEÍCULOS AUTOMOTORES. AERONAVES. 
1. O lançamento do imposto deve indicar o sujeito passivo previsto em lei. In casu, o Apelante 
vendera uma de suas aeronaves antes da ocorrência do fato gerador. Exigência descabida do 
imposto, no que tange à aeronave vendida. 
2. A Constituição define, de forma genérica, o campo de competência dos impostos. O termo 
“Veículo Automotor” abrange, como a expressão já o indica, qualquer veículo que possua 
motor e se locomova. Inteligência do Art. 155, III da Constituição Federal. 
3. O art. 158, III da Constituição Federal é norma de Direito Financeiro, irrelevante para a 
matéria tributária. 
4. Recurso parcialmente provido. Vencido o Desembargador Fulano de Tal.” 
QUESTÃO: Como advogado da empresa Péricles Táxi Aéreo, interponha o recurso 
competente. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Recurso Extraordinário (não é possível confeccionar embargos infringentes 
por não se ter, in casu, o ter do voto vencido). 
 
Endereçamento: Desembargador presidente (ou relator) do Eg.Tribunal de Justiça do Estado 
de São Paulo (remessa ao STF) 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo 
 
Tese(s): Inconstitucionalidade da exigência do IPVA sobre veículos aeromotores e 
hidromotores. Alteração da hipótese de incidência prevista na divisão de competências 
tributárias pela CF 
 
 14 
 
EXERCÍCIO 13 
 
Exame 126 – Ponto 01 
 
Em sede de Execução Fiscal ajuizada pela Fazenda do Estado de São Paulo perante o Juízo de 
Direito da Vara das Execuções Fiscais da Comarca de São Paulo, a Distribuidora Igreji Ltda. 
foi surpreendida, na última sexta-feira, por o Juiz de Direito haver determinado a expedição 
de ofício ao Banco Central, requisitando informações sobre a existência de ativos financeiros 
em nome da executada, com o bloqueio e transferência, em caso positivo, das quantias ou 
importâncias depositadas até o limite do débito exeqüendo. A referida ordem foi dada não 
obstante a existência de penhora, no próprio processo, de bens imóveis na Capital, acolhendo 
manifestação da Exeqüente. Com efeito, esta informou nos autos que quando aceitara a 
primeira penhora, não havia notícia de que os referidos bens não despertariam o interesse de 
eventuais arrematantes, inexistindo razão para procurar outros bens já que é notório que a 
atividade da Executada implica em grande movimentação financeira, permitindo rápida e 
eficaz garantia do crédito tributário. Ademais, segundo se argumenta na decisão, ao nosso 
ordenamento não arrepia a penhora de faturamento, em tudo semelhante ao bloqueio de 
contas bancárias, exceto pelos entraves burocráticos que a primeira impõe. A referida 
Distribuidora depende de recursos financeiros para a sua atividade, já não dispondo de crédito 
na praça. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Distribuidora Igreji Ltda., tome a medida judicial 
cabível para permitir que ela possa movimentar livremente seus recursos. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Agravo de Instrumento. 
 
Endereçamento: Desembargador presidente (ou relator) do Eg.Tribunal de Justiça do Estado 
de São Paulo. 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo 
 
Tese(s): Ilegitimidade da penhora on line que não respeitou os requisitos formais do art. 185-
A do CTN 
 
 
 
 
 15 
 
EXERCÍCIO 14 
 
Exame 127 – Ponto 02 
 
A Empresa Globalcomunications Ltda, sediada no Município de São Paulo, é autuada em 
decorrência do não pagamento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) em 
relação aos valores recebidos pela prestação de serviços de comunicação. O prazo para 
impugnação administrativa expira sem que a empresa autuada tome qualquer iniciativa, tendo 
sido entãoo débito inscrito em Dívida Ativa há cinco meses. 
QUESTÃO: Por julgar indevido o ISS sobre serviços de comunicação e, na iminência de 
sofrer uma execução fiscal, que poderia comprometer os seus negócios, a empresa o constitui 
como advogado para defender os seus interesses. Tomar as providências cabíveis. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação anulatória de débito fiscal. 
 
Endereçamento: Uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de São Paulo 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de São Paulo 
 
Tese(s): Inconstitucionalidade da exigência do ISS sobre serviço de comunicação (fato 
gerador do ICMS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
EXERCÍCIO 15 
 
Exame 128 – Ponto 01 
Recentemente, a legislação do Município de São Paulo referente ao Imposto sobre a Transmissão de 
Bens Imóveis (Lei 11.154/91) foi substancialmente alterada pelo Decreto Municipal nº46.228, bem 
como pela Portaria nº 81, da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo, dispositivos estes que 
promoveram a alteração da base de cálculo do tributo mencionado, que passou a ser fixada pelo 
Município com base na Planta Genérica de Valores. O referido decreto estabelece: 
Artigo 7º : A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Parágrafo 
1º : Considera-se valor venal, para efeitos deste imposto, o valor pelo qual o bem ou direito seria 
negociado à vista, em condições normais de mercado. 
Artigo 8º: A Secretaria Municipal de Finanças tornará públicos os valores venais atualizados dos 
imóveis inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal do Município de São Paulo. 
Parágrafo 1º : Os valores venais dos imóveis serão atualizados periodicamente, de forma a assegurar 
sua compatibilização com os valores praticados no Município, mediante pesquisa e coleta 
permanente, por amostragem, dos preços correntes das transações e das ofertas à venda no mercado 
imobiliário, inclusive com a participação da sociedade representada no Conselho de Valores 
Imobiliários. 
Parágrafo 3º: O valor venal divulgado, em nenhuma hipótese, será inferior à base de cálculo do 
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) utilizada no exercício da 
transação. 
O Sr. Guimarães acabou de negociar a venda, mediante contrato formal e regular, com valor fixado em 
R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), de um imóvel seu para o Sr. Machado, e cujo valor venal no 
carnê de IPTU é de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Todavia, segundo a Planta Genérica de 
Valores, este imóvel valeria R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). As partes têm interesse em fazer o 
registro da transmissão da propriedade no cartório de registro de imóveis o mais rápido possível, mas 
sabem que este ato não será consumado na hipótese de o ITBI não ser recolhido consoante o Decreto 
Municipal no 46.228/05. 
QUESTÃO: Como advogado, tome as medidas judiciais cabíveis visando assegurar o pagamento do 
tributo da forma menos onerosa possível. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (preventivo) ou ação declaratória de inexistência de relação jurídica 
tributária. 
Endereçamento: Juízo de uma das varas da Fazenda Pública da comarca de São Paulo 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de São Paulo (em caso de MS:Secretário de 
Finanças do Município de São Paulo) 
Tese(s): Inconstitucionalidade pela violação ao princípio da legalidade tributária (art.150, I 
CF e 97 do CTN) 
 
 17 
 
EXERCÍCIO 16 
 
Exame 128 – Ponto 03 
 
O Sr. Ubaldo, executivo consagrado no mercado, foi contratado para o cargo de diretor da 
Tokiofly Ltda., empresa do segmento de helicópteros e que passa por graves dificuldades 
financeiras, para promover o seu saneamento e torná-la novamente lucrativa. Para o exercício 
da sua delicada função, iniciada em janeiro de 2003, o Sr. Ubaldo recebeu amplos poderes dos 
sócios. Em vista do delicado quadro financeiro da empresa e para que fossem adimplidos os 
compromissos com empregados e fornecedores, acabou-se por não pagar a contribuição 
previdenciária, parte patronal, nos exercícios de 2003 e 2004. A empresa sofreu autuação 
fiscal em setembro de 2008, sem ter, contudo, ingressado com recurso administrativo que 
pudesse suspender a exigibilidade do débito envolvido. Seguiu-se a execução fiscal com a 
penhora dos bens pessoais do Sr. Ubaldo, há 25 dias, uma vez que ele figurava no pólo 
passivo da execução fiscal. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado do Sr. Ubaldo, tome as medidas cabíveis. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Embargos à Execução Fiscal 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das execuções fiscais federais da Subseção Judiciária 
em... 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional. 
 
Tese(s): Irresponsabilidade do diretor por não se enquadrar nas hipóteses do art. 135 a 137 do 
CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
EXERCÍCIO 17 
 
Exame 129 - Ponto 01 
 
O município em que está estabelecida a empresa X editou lei instituindo taxa de limpeza 
pública para o custeio do serviço público municipal de limpeza de logradouros públicos. Sua 
base de cálculo é o faturamento das empresas estabelecidas no município e sua alíquota é de 
0,5%. Referida taxa passará a ser exigida no dia 1.º de janeiro do próximo ano. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa X, tome as medidas judiciais cabíveis 
para questionar a exigência dessa taxa. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária (ou MS 
preventivo) 
 
Endereçamento: Uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de.... 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de... (no caso de MS: Ilmo. Sr. Secretário de 
finanças do município de... ou diretor do departamento de rendas do município de...) 
 
Tese(s): Inconstitucionalidade e ilegalidade de taxa instituída sobre serviço indivisível e com 
mesma base de cálculo de imposto (art. 145, II, CF e art.77 do CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
EXERCÍCIO 18 
 
Exame 129 – Ponto 03 
 
Ex-procurador de empresa estrangeira foi citado por edital para pagar dívida fiscal de empresa 
sediada no Brasil, controlada pela empresa estrangeira da qual foi procurador, decorrente de 
falta de recolhimento de ICMS. Ao apreciar os autos da execução fiscal, constata-se a revelia 
da empresa brasileira que, citada, teve seus bens penhorados e silenciou. A sentença nos autos 
da execução transitou em julgado. Diante da insuficiência de bens da executada, porém, o juiz 
acatou petição da Procuradoria do Estado e determinou fosse citado, também, o ex-procurador 
de empresa estrangeira. 
QUESTÃO: Como advogado, adote as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar o 
patrimônio do ex-procurador da empresa. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Exceção de pré-executividade 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das execuções fiscais da comarca de... 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de... 
 
Tese(s): Irresponsabilidade tributária do ex-procurador por não se enquadrar nas hipóteses do 
art. 135 a 137 do CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
EXERCÍCIO 19 
 
Exame 130 – Ponto 02 
 
Sua cliente, Fabbrica Automobili Ltda., é uma subsidiária de um grupo italiano do setor 
automotivo recém constituída no Brasil. Um dos primeiros contratos celebrados entre a 
Fabbrica Automobili Ltda. e sua controladora refere-se à licença para uso da marca da 
empresa. Ao analisar as incidências tributárias aplicáveis sobre esse contrato, o departamento 
jurídico da Fabbrica Automobili Ltda. deparou-se com a previsão da Lei Complementar n.º 
116, de 2003, de que o Imposto sobre Serviços – ISS tem como fato gerador a prestação de 
serviços constantes de sua listaanexa, sendo que este imposto incide também sobre o serviço 
proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. Entre 
os serviços constantes na lista anexa à Lei Complementar n.º 116, de 2003, encontra-se o 
seguinte item “3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda”. 
Por não concordar com a exigência do ISS sobre a cessão de direito de uso da marca em 
questão, sua cliente o contrata para propor uma medida judicial que impeça tal exigência. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, elabore a medida judicial solicitada por 
seu cliente. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária (ou MS 
Preventivo) 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de... 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de.. (em caso de MS: Secretário de finanças do 
Município de...) 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do ISS, pois a cessão de uso de marcas constitui-se numa 
obrigação de dar e não de fazer o que descaracteriza a prestação de serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
EXERCÍCIO 20 
 
Exame 130 – Ponto 03 
 
A empresa de engenharia de informação Procomputer S.A., sucessora de outra empresa do 
mesmo grupo, porém atuante no ramo tecnológico em mecânica de máquinas, Protecmaq 
Ltda., vem sofrendo problemas financeiros, agravada sua situação em virtude da falta de 
investimento por parte dos sócios estrangeiros. Como resultado dessa circunstância, a 
Procomputer se viu obrigada a atrasar o pagamento de tributos federais de modo deliberado, 
com o intuito de poupar caixa para fazer frente às despesas com empregados e fornecedores. 
Não obstante impontual no cumprimento das obrigações principais, a empresa manteve as 
obrigações acessórias em dia, efetuando os lançamentos fiscais e prestando as informações 
sobre os tributos impagos. Os débitos fiscais da Procomputer foram inscritos na Dívida Ativa 
da União, dando-se início às execuções fiscais correspondentes. A Procomputer foi citada nas 
mencionadas execuções fiscais. Inerte no prazo legal, teve bens penhorados para garantia do 
débito e intimado o representante legal da penhora realizada, na qualidade de depositário 
legal. Seu departamento contábil, porém, verificou que determinados tributos federais 
lançados há mais de seis anos foram inscritos na dívida ativa extemporaneamente. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, elabore a medida judicial solicitada por 
seu cliente. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Embargos à Execução Fiscal 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das execuções fiscais federais da Subseção Judiciária 
em... 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional. 
 
Tese(s): Prescrição (art. 174, CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
EXERCÍCIO 21 
 
Exame 131 – Ponto 01 
 
A empresa estatal “A”, criada por Lei e prestadora de serviços públicos mediante delegação 
da União, recebeu, no mês próximo passado, vários lançamentos do IPVA (“carnês”), 
relativos à sua frota de veículos. Os referidos lançamentos referem-se aos fatos geradores 
ocorridos de janeiro de 2000 a janeiro último. Cabe ressaltar que a empresa “A” nunca havia 
recebido qualquer cobrança de IPVA sobre a propriedade de seus veículos. Caso seja obrigada 
a pagar a mencionada exação, terá um forte impacto no seu caixa. QUESTÃO: Por não 
concordar com a exigência do IPVA acima mencionado, a aludida empresa contrata- o, após 
processo licitatório, para propor uma medida judicial que afaste a cobrança do IPVA de 
imediato. Pede o cliente que a referida medida judicial seja a mais célere possível e que não 
acarrete maiores ônus em caso de perda da ação. Como advogado, redija a peça adequada. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (repressivo) 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas públicas da comarca de... 
 
Pólo passivo: Delegado regional tributário em... ou chefe do posto fiscal em... 
 
Tese(s): Imunidade recíproca que se estende aqueles que prestam serviço de caráter 
estritamente público em nome da pessoa política por delegação. Ainda há decadência do 
período anterior ao último qüinqüênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
EXERCÍCIO 22 
 
Exame 131 – Ponto 02 
 
Sua cliente, Aluguel de Móveis e Decoração de Interiores S.A, sediada na cidade de São 
Paulo, é empresa dedicada à: a) locação de móveis para residências; b) decoração de 
interiores. Desde sua fundação, em 1990, por orientação de seu contador, a referida empresa 
sempre pagou o ISS devido sobre a locação dos móveis para residências e sobre o serviço de 
assessoria na área de decoração. Basicamente, seu faturamento está dividido entre as duas 
atividades antes mencionadas. Contudo, ciente do posicionamento adotado pelo Supremo 
Tribunal Federal no sentido da não incidência do ISS sobre a operação de locação de bens 
móveis, sua cliente pretende recuperar todo o imposto pago nos anos antecedentes, bem como 
pretende deixar de pagar o tributo a partir dos meses subseqüentes. No tocante aos valores 
pagos indevidamente, sua cliente requererá, por intermédio de seu contador, a restituição 
administrativa. 
QUESTÃO: Como advogado contratado pela empresa, ingresse com a medida judicial 
tendente a evitar o pagamento futuro de ISS sobre o valor das locações de móveis 
residenciais. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária (ou MS 
Preventivo) 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de... 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de São Paulo (no caso de MS: Secretário de 
Finanças do município de São Paulo ou diretor do departamento de rendas mobiliárias em São 
Paulo) 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do ISS (Locação de bens móveis não está mais na lista 
anexa à LC 116/03 e não constitui uma obrigação de fazer, não enquadrando-se no conceito 
de “serviço”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
EXERCÍCIO 23 
 
Exame 131 - Ponto 03 
 
A empresa Comex Exportadora S.A. tem por objeto social a exportação de produtos na área 
de tecnologia avançada e a comercialização de produtos de informática no mercado 
doméstico. O diretor financeiro da referida empresa consulta-o a respeito da 
constitucionalidade da incidência da CSLL sobre o lucro obtido com as operações de 
exportação. Segundo informação do aludido diretor financeiro, inúmeros concorrentes da 
Comex Exportadora S.A. deixaram de tributar os lucros auferidos com a exportação de 
produtos, tendo em vista a edição da Emenda Constitucional n.º 33/01. Ele, porém, tem 
receio de deixar de recolher tal tributo e sofrer sanções do Fisco Federal, uma vez que 
participa de várias concorrências para venda de seus produtos no mercado nacional, inclusive 
para empresas públicas. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da empresa, ingresse com a medida judicial mais 
apropriada para afastar a exigência da CSLL. O cliente, contudo, não pretende deixar de 
recolher a referida exação tributária, desde já, pois teme pelo insucesso da tese tributária que 
envolve o caso. Assim, solicita-lhe que ingresse com medida judicial apenas para resguardar 
os seus direitos. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária (sem pedido de 
tutela antecipada) 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas federais da subseção judiciária em... 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional 
 
Tese(s): Imunidade (art. 149 §2º, I, CF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
EXERCÍCIO 24 
 
Exame 132 – Ponto 01 
 
A instituição de educação Colégio dos Mares S/C ingressou com consulta perante 
determinada municipalidade, com o intuito de ver confirmadoo seu entendimento no sentido 
de que está imune do IPTU sobre imóveis de sua propriedade, locados para terceiros (um 
imóvel está locado para uma padaria e outro, para um hotel). A resposta do referido município 
foi negativa. Entendeu a ilustre consultoria do município que somente estariam albergados 
pela imunidade aludida os imóveis utilizados na consecução dos fins essenciais da 
mencionada entidade de educação. Portanto, no entender da municipalidade, a locação de 
bens a terceiros não constituiria uma atividade essencial da aludida instituição. 
QUESTÃO: Como advogado do Colégio dos Mares S/C, formule a medida judicial mais 
célere e menos custosa possível, com o objetivo de não se ver constrangido, de imediato, ao 
pagamento do referido tributo. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de... 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de... 
 
Tese(s): Imunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
EXERCÍCIO 25 
 
Exame 132 – Ponto 02 
 
O Estado de São Paulo decidiu realizar a desapropriação de grande área urbana e, para tanto, 
obedeceu a todos os trâmites e requisitos exigidos pela legislação pertinente. Alguns 
contribuintes que tiveram seus imóveis desapropriados, após receber todos os valores 
indenizatórios, incluíram-nos em suas declarações de rendimentos como ganhos não 
tributáveis. Ocorre que o Fisco Federal intimou os referidos contribuintes para o pagamento 
do IRPF dos valores recebidos a título de indenização por desapropriação e realizou o 
respectivo lançamento do tributo. Alegou que os valores recebidos pelos referidos 
contribuintes a título de desapropriação são superiores ao custo de aquisição original dos 
respectivos imóveis. Os contribuintes consultam-no a respeito da legalidade dessa cobrança e 
solicitam medidas urgentes que impeçam a cobrança do mencionado crédito tributário. 
QUESTÃO: Como advogado de todos os contribuintes, ou qualquer deles, redija a medida 
judicial adequada. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (repressivo) ou Ação anulatória de débito fiscal com pedido de tutela 
antecipada. 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas Federais da subseção judiciária em... 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional (em caso de MS: Delegado da Receita Federal d Brasil em... 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do IR (Art. 43 CTN) a verba paga pela desapropriação não 
representa acréscimo patrimonial, mas mera indenização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
EXERCÍCIO 26 
 
Exame 133 – Ponto 02: 
 
A empresa “B”, sediada na cidade de São Paulo, com filiais em várias cidades do referido 
Estado, pretende realizar, daqui a dois meses, transferências de mercadorias de seu 
estabelecimento situado na cidade de Sorocaba para o estabelecimento situado na cidade de 
Ourinhos. A aludida transferência tem por intuito concentrar parte do estoque hoje existente 
em área vizinha ao Estado do Paraná, tendo em vista estratégia comercial da empresa. 
Contudo, a empresa “B” tem conhecimento de que a legislação do ICMS do Estado de São 
Paulo exige o referido tributo nas transferências de mercadorias entre estabelecimentos 
comerciais dentro do próprio Estado. A empresa “B”, entendendo incorreta tal situação 
jurídica, contrata-o com o intuito de se ver desobrigada de fazer incidir o ICMS sobre as 
futuras operações de transferência de mercadorias. Para tanto, solicita que a medida judicial 
referida seja a mais célere possível e não acarrete risco de pagamento de honorários de 
sucumbência. 
QUESTÃO: Como Advogado de “B”, tome as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar o 
não pagamento de ICMS nas operações de transferências de mercadorias entre 
estabelecimentos comerciais situados no Estado de São Paulo. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (preventivo). 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas públicas da comarca de Sorocaba 
 
Pólo passivo: Delegado regional tributário em Sorocaba ou chefe do posto fiscal em Sorocaba 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do ICMS (LC 87/96) a circulação da mercadoria pressupoe 
circulação econômico jurídica (venda) o que não ocorreu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
EXERCÍCIO 27 
 
Exame 134 - Ponto 01 
 
A Instituição Financeira A.A., sediada no município de São Paulo, foi surpreendida como 
aumento – de 9% para 15% - da alíquota da contribuição social sobre o lucro (CSLL), 
previsto no artigo 17 da Medida Provisória nº 413, publicada na semana passada, a qual, por 
determinação de seu artigo 18, entraria em vigor na data de sua publicação, produzindo 
efeitos, com relação ao aumento da referida alíquota, a partir do primeiro dia do quarto mês 
subseqüente ao da respectiva publicação. Inconformados com o referido aumento, por 
entendê-lo inconstitucional, os diretores da A.A. resolveram contratar advogado para ajuizar 
medida judicial competente para evitar o pagamento da mencionada majoração de CSLL e 
para, desde o primeiro momento, discutir toda a questão de mérito. Por cautela, a diretoria 
achou por bem solicitar que seja oferecido ao juízo competente o depósito do montante 
integral, com fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do disposto no 
artigo 151 do CTN. 
QUESTÃO: Considerado a situação hipotética descrita, redija, na condição de advogado 
contratado pela instituição financeira A.A., a medida judicial que entender cabível com 
fundamentação na matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a 
peça exigir. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica tributária 
 
Endereçamento: uma das varas federais da subseção judiciária em São Paulo. 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional 
 
Tese(s): violação do princípio da legalidade (art. 150, I CF; art.62 par.2º CF, art. 246 CF, 
art.97 CTN) na majoração das alíquotas da CSLL por MP. 
Obs.: não cabe argumento de violação ao princípio da anterioridade por ser a CSLL 
nonagesimal – art.196 par. 6º CF). 
Obs.: gabarito fornecido pela OAB fala em violação ao princípio da isonomia, não tendo 
porém como ser fundamentado diante da falta de informações no problema (o fato verídico 
que deu origem ao problema discutia o aumento ocorrido apenas para as instituições 
financeiras e não para as demais pessoa jurídicas do mesmo segmento). 
 
 
 
 
 29 
 
EXERCÍCIO 28 
 
Exame 134 - Ponto 02 
 
A sociedade de advogados “A”, estabelecida na capital de São Paulo há mais de 20 anos, 
resolveu adquirir um imóvel para onde pretende transferir suas atividades. A referida 
sociedade, durante todos os anos de sua existência, auferiu, tão somente, receita decorrente do 
exercício da advocacia. Ao pretender realizar a operação de compra e venda do referido 
imóvel com a lavratura da competente escritura pública, “A” surpreendeu-se com a notícia de 
que teria de pagar imposto previsto no artigo 156, inciso II, da CF. Não se conformando com 
tal exigência, os sócios de “A” por não atuarem na área tributária, resolveram contratar 
advogado especializado nessa área, para ingressar com medida judicial que vise a inibir essa 
exigência da municipalidade de São Paulo. Segundo solicitação dos sócios de “A”, a medida 
judicial não deve causar qualquer contingência pecuniária futura, no que se refere aos 
honorários da parte contrária. 
QUESTÃO: considerando a situação hipotética acima, redija, na condição de advogado 
contratado pelos sócios de “A”, a medida judicial que entender cabível, com fundamentação 
na matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a peça exigir. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das FazendasPúblicas da comarca de São Paulo 
 
Pólo passivo: Secretário de Finanças do Município de São Paulo 
 
Tese(s): Imunidade (art. 156 §2º CF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
EXERCÍCIO 29 
 
Exame 134 - Ponto 03 
 
A empresa “B” tem por objeto social atividade de arrendamento mercantil equiparada à 
atividade das instituições financeiras, para fins de tributação de vários tributos (IR, CSLL, 
PIS, COFINS, etc.). Contudo, enquanto vigia a legislação da CPMF, as empresas de 
arrendamento mercantil estavam obrigadas a pagar CPMF sobre as operações previstas no seu 
objeto social (operações próprias de arrendamento), o que já não ocorria com as instituições 
financeiras, que estavam desobrigadas do pagamento da referida exação tributária. A empresa 
“B”, durante todos os anos de vigência da CPMF, pagou o referido tributo, que incidia sobre 
as operações de arrendamento mercantil. Alertada da eventual inconstitucionalidade da 
cobrança, “B” pretende reaver os valores pagos indevidamente. 
QUETÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição de advogado 
contratado pela empresa “B”, a medida judicial que entender cabível, com fundamentação na 
matéria de direito pertinente, apresentando todos os requisitos legais que a peça exigir. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação de repetição do indébito tributário. 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas Federais da subseção judiciária em... 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional. 
 
Tese(s): Violação ao princípio da igualdade tributária (Isonomia) – art.150, II CF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
EXERCÍCIO 30 
 
Exame 135 – Ponto 02 
 
Durante o exercício de 2006, 30% do total das vendas de papel efetuadas pela Fábrica de 
Papel Paulista S.A. foram destinados à impressão de livros e jornais, com saídas cobertas pela 
imunidade tributária do ICMS, nos termos do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal. Em 
fiscalização, o agente fiscal estadual de São Paulo autuou a empresa, exigindo valores de 
imposto, multa e juros, por considerar que ela deveria ter feito o estorno proporcional de 30% 
dos créditos de ICMS pelas compras de matérias-primas e componentes, utilizados na 
fabricação dos papéis vendidos. Entendeu o agente fiscal tratar-se de hipótese de não-
incidência ou isenção do tributo, que, nesse caso, se confundiria com a imunidade. O processo 
administrativo teve trânsito em julgado, tendo o órgão administrativo de julgamento de 
segunda instância — Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo (TIT) —, em 
decisão não-unânime, mantido a cobrança do ICMS e acréscimos. O débito foi inscrito em 
dívida ativa, mas ainda não foi ajuizada a execução fiscal. Em face da situação hipotética 
apresentada, na qualidade de advogado da Fábrica de Papel Paulista S.A., considerando que a 
empresa necessita, com urgência, de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa 
para a participação em licitações públicas, e considerando, ainda, que a empresa possui 
recursos financeiros para efetuar o depósito judicial do débito, redija a medida judicial 
cabível, com a devida fundamentação legal, para fins de se pleitearem, em juízo, a certidão 
citada e o cancelamento da cobrança fiscal. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação Anulatória de débito fiscal com depósito (admite-se também a 
impetração de MS) 
 
Endereçamento: Uma das varas das Fazendas Públicas (ou cível) da comarca de.../SP 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo (ou no caso de MS – ato do Ilmo. 
Senhor Secretário de Fazenda do Estado de SP ou ato do presidente do TIT) 
 
Tese(s): Art. 155, par.2º, II, b da CF que só determina a anulação dos créditos de ICMS nas 
hipóteses de isenção ou não incidência, não cabendo tal anulação em caso de imunidade 
(diferenciar tais institutos). 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
EXERCÍCIO 31 
 
Exame 135 – Ponto 03 
 
Considere a publicação de portaria ministerial determinando a incidência do imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguros ou relativas a títulos e valores mobiliários (IOF) sobre 
as operações de crédito das instituições de assistência social sem fins lucrativos. Considere, 
ainda, que os dirigentes da Associação Criança Feliz, por entenderem indevido o referido 
imposto, alegando que as operações financeiras da associação são direcionadas ao 
atendimento de suas finalidades, requeiram o ajuizamento de ação que obste imediatamente a 
cobrança do tributo. Em face dessa hipótese, na qualidade de procurador da Associação 
Criança Feliz, proponha a medida judicial que entender cabível, com fundamento na matéria 
de direito aplicável ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica tributária ou MS 
preventivo 
 
Endereçamento: uma das varas federais da subseção judiciária em... 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional ou Delegado da Receita Federal do Brasil em... (no caso de 
MS) 
 
Tese(s): Imunidade (art.150, VI, c, da CF) – mostrar pelo entendimento jurisprudencial que 
esta imunidade também se aplica ao IOF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
EXERCÍCIO 32 
 
Exame 136 – Ponto 02 
 
A Fazenda Pública Municipal da cidade de São Paulo promoveu o lançamento do imposto 
sobre serviços de qualquer natureza (ISS) em razão dos serviços prestados pelos sócios-
gerentes de Amina Farmacêutica S.A. a esta pessoa jurídica. Foi aplicada a alíquota de 5% 
sobre o valor dos serviços, o que resultou no débito de R$ 4.500,00. Os dirigentes de Amina 
Farmacêutica S.A. entendem indevido o lançamento tributário e anseiam por medida que 
suspenda a exigibilidade do crédito tributário. 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de 
procurador(a) dos dirigentes de Amina Farmacêutica S.A., elabore a medida judicial cabível 
em defesa de seus clientes, com fundamento na matéria de direito aplicável ao caso, 
apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (repressivo) ou Ação anulatória de débito fiscal com pedido de tutela 
antecipada(ou com depósito). 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da Comarca de São Paulo. 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de São Paulo (em caso de MS: Secretário de 
Finanças do Município de São Paulo ou diretor do departamento de rendas mobiliárias de São 
Paulo). 
 
Tese(s): Isenção (art. 2º da LC 116/03) na prestação de serviços em relação de emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
EXERCÍCIO 33 
 
Exame 137 – Ponto 01 
 
Sônia, domiciliada em Limeira – SP adquiriu, em meados de 2007, um veículo automotor 
importado. No início de 2008, foi notificada a efetuar o pagamento do imposto sobre a 
propriedade de veículos automotores (IPVA) à alíquota de 6% sobre o valor venal do bem. 
Entretanto, ao consultar a legislação aplicável, Sônia constatou que as alíquotas do imposto 
variavam da seguinte forma: 
I – 1% para veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores, micro-
ônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos; II – 2% para ciclomotores, 
motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos; III – 3% para automóveis, caminhonetes, 
caminhonetas e utilitários; e IV – 6% para os veículos relacionados no inciso anterior, de 
fabricação estrangeira. 
Assim, por considerar indevida a cobrança, Sônia requereu à autoridade fazendária — 
delegado tributário da receita estadual — a aplicação da alíquota de 3%. Em setembro 
próximo passado, foi proferida decisão que indeferiu o pedido de Sônia, sob o argumento de 
que a aplicação da alíquota de 6% está em consonância com o princípio da capacidade 
contributiva. 
Em face dasituação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por 
Sônia, que entende ter direito líquido e certo de pagar o IPVA à alíquota de 3%, proponha a 
medida judicial que entender cabível, de caráter mais urgente e eficaz, para a defesa dos 
interesses de sua cliente. Aborde, em seu texto, todos os aspectos de direito material e 
processual pertinentes, com fulcro na doutrina e na jurisprudência. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação anulatória de débito fiscal com pedido de tutela antecipada (prazo MS já 
expirou, mas OAB aponta MS com adequado...). 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de Limeira. 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo 
 
Tese(s): Violação ao princípio da isonomia tributária (discriminou origem do bem e a CF 
proíbe). Vd. Arts. 150 II e 152 da CF. quando ao princípio da capacidade contributiva, 
incabível para aplicação de progressividade no IPVA (imposto real) já se perfazendo pelo 
valor do veículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
EXERCÍCIO 34 
 
Exame 137 – Ponto 02 
 
A empresa XZ Indústria Comércio de Confecções Ltda., com sede em São Paulo – SP, deixou 
de pagar as contribuições sociais devidas ao INSS (cota patronal), no período de 1.º/1/1996 
até 31/12/2004, tendo recolhido apenas os valores das contribuições retidas dos empregados. 
A fiscalização do INSS lavrou notificação fiscal (auto de infração) em 1.º/1/2006, exigindo o 
débito relativo ao período supracitado, acrescido de multa, juros e correção monetária. A 
empresa não apresentou defesa administrativa, e o débito foi inscrito na dívida ativa, tendo a 
Receita Federal do Brasil proposto execução fiscal perante a 5.ª Vara da Justiça Federal em 
São Paulo. Em dezembro de 2006, a empresa, que não possuía bens, encerrou suas atividades 
legalmente, ficando pendente apenas o referido débito perante o INSS. Os sócios diretores — 
Paulo e Antônio — foram citados em 1.º/3/2007, para pagar o referido débito e apresentar 
bens à penhora, entretanto eles se recusaram a oferecer bens a penhora para garantir a 
execução, pretendendo ingressar com embargos. 
 
QUESTÃO: Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) 
contratado(a) pelos sócios da mencionada empresa, e com fulcro nos artigos 173 e 174 do 
Código Tributário Nacional (CTN), bem como no artigo 134, combinado com o artigo 135, 
ambos do CTN, proponha a medida judicial que entender cabível com vistas a excluir a 
responsabilidade dos sócios pela solidariedade e a cancelar a cobrança, abordando todos os 
aspectos pertinentes com base na lei, doutrina e jurisprudência. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Exceção de pré-executividade 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Execuções Fiscais Federais da subseção 
judiciária em São Paulo 
 
Pólo passivo: Fazenda Nacional 
 
Tese(s): Irresponsabilidade tributária dos sócios por não se enquadrarem nas hipóteses 
permissivas do art. 134 e 135 do CTN; Decadência parcial dos fatos geradores anteriores ao 
qüinqüênio do lançamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
EXERCÍCIO 35 
 
Exame 137 – Ponto 03 
 
 
O estado de São Paulo editou a Lei n.º 123, de 4 de junho de 2010, estabelecendo o 
pagamento de taxa pela prestação do serviço de segurança pública em estádios de futebol 
(eventos esportivos), entrando a lei em vigor 90 dias após sua publicação. Os dirigentes do 
Sport Club Bola Azul, clube de futebol sediado no estado de São Paulo, consideram ilegal a 
cobrança dessa taxa, cujo valor corresponde a 30% do valor do bilhete de entrada. 
QUESTÃO: Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) 
pelos dirigentes do Sport Club Bola Azul, proponha a medida judicial que entender cabível, 
diversa de mandado de segurança, para a defesa dos interesses do clube, com fundamento na 
matéria de direito aplicável ao caso, apresentando todos os requisitos legais pertinentes. 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária com pedido de 
tutela antecipada 
 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de... 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Estado de São Paulo 
 
Tese(s): Inconstitucionalidade e ilegalidade da taxa por tributar serviço indivisível (art. 145 II 
CF e art. 77 CTN) e por não respeitar a anterioridade no que tange ao exercício financeiro 
seguinte (art. 150 III b CF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
EXERCÍCIO 36 
 
Exame 138 
 
A igreja São Francisco, sediada no município de Natal — RN, possui um extenso imóvel, 
dividido em vários prédios. Um desses prédios é destinado aos cultos e os demais estão 
alugados, sendo o valor dos aluguéis revertido para a manutenção das finalidades essenciais 
da igreja. Por entender que o aluguel do imóvel a afastava da imunidade constitucional, o 
administrador da igreja realizou o pagamento do IPTU referente a todos os imóveis alugados. 
Certo dia, tendo tomado conhecimento de que outro templo não pagava tal imposto, nem 
mesmo com relação aos imóveis alugados, o administrador, entendendo indevido o 
pagamento que vinha efetuando, resolveu consultar profissional da advocacia. 
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela referida 
igreja, proponha a medida judicial que entender cabível para a defesa de seus interesses, 
abordando os aspectos de direito material e processual pertinentes, com fulcro na doutrina 
e(ou) jurisprudência. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária cumulada com 
repetição do indébito 
 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de Natal/RN 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de Natal 
 
Tese(s): Imunidade (art.150, II, CF) e possibilidade de restituição dos valores pagos 
indevidamente (art. 165 CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
EXERCÍCIO 37 
 
Exame 139: 
 
A sociedade empresária RN Ltda., inscrita no CNPJ com o número 000.000.000-0 e com sede 
na Rua Santo Antônio, n.º 1.001, no Município de Taió – SC, foi notificada, em 1.º/3/2009, 
pelo município de Rio do Sul – SC, para recolher o ISS relativo aos serviços de transporte 
escolar realizados entre os municípios citados, no período de 1.º/1/2004 a 31/12/2008. O 
tributo não foi pago nem foi oferecida impugnação administrativa. Em 10/11/2009, o 
responsável legal da referida empresa procurou escritório de advocacia com o objetivo de 
propor uma única ação judicial visando ao cancelamento da notificação fiscal e à obtenção, 
urgente, de certidão de regularidade fiscal para participar de procedimento licitatório no 
município de Rio do Sul – SC. A execução fiscal foi proposta em 10/8/2009, com base na 
certidão de dívida ativa lavrada em 10/5/2009. 
QUESTÃO: Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) 
pela empresa RN Ltda., proponha a ação judicial cabível, considerando que a sociedade 
empresária não foi citada e não quer pagar o tributo nem sofrer qualquer constrição de bens. 
 
GABARITO 
 
Peça adequada: Ação anulatória de débito fiscal (não cabe MS, pois o prazo já esgotou) 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas das Fazendas Públicas da comarca de Rio do Sul 
(gabarito OAB) 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de Rio do Sul 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do ISS (Transporte intermunicipal é fato gerador do ICMS); 
decadência parcial (jan/fev de 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
 
EXERCÍCIO 38 
 
João adquiriu, em 1980, imóvel então situado na zona rural do Município de Serra Negra. Em 
2009, a Câmara Municipal aprovou lei que alterou o perímetro urbano do Município,passando a incluir o imóvel de João. Porém, a área manteve características típicas de zona 
rural, sem apresentar qualquer espécie de equipamento urbano, tal como a água encanada, 
iluminação pública, saneamento básico ou calçamento. Recentemente, João recebeu 
notificação de lançamento do IPTU relativo ao exercício de 2010, com vencimento para daqui 
a duas semanas, no valor de R$ 1.320,00 reais. 
QUESTÃO: Aja na qualidade de advogado de João. 
GABARITO 
 
Peça adequada: MS (repressivo) ou Ação Anulatória de débito fiscal com pedido de tutela 
antecipada (ou depósito suspensivo da exigibilidade do CT). 
 
Endereçamento: Juízo de uma das varas cíveis da comarca de Serra Negra/SP 
 
Pólo passivo: Fazenda Pública do Município de Serra Negra (para MS: Secretário de finanças 
do município de Serra Negra). 
 
Tese(s): Ausência de fato gerador do IPTU (vd. requisitos do art. 32, §1 R do CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
PROBLEMA 39 
 
A empresa XPTO, sediada na cidade de São Paulo, através de fiscalização realizada pela 
Fazenda Estadual em 15.02.2006, teve contra ele lavrado um auto de infração e imposição de 
multa (AIIM) relativo à falta de pagamento do imposto sobre a propriedade de veículo 
automotor (IPVA) cujo fato gerador ocorreu em 1o. de janeiro de 2002. Pela falta de 
pagamento do IPVA na data aprazada, foi cobrado o valor originário de R$ 3.500,00 (três mil 
e quinhentos reais) mais a multa de 20% (vinte por cento) com base na lei nº 4.589 de 
12.8.2006, que estava em vigor na data da fiscalização. Na data da ocorrência do fato gerador 
estava em vigor a lei nº 6.538 que fixava o valor originário do IPVA em R$ 1.750,00 (um mil, 
setecentos e cinqüenta reais) e a multa em 30% (trinta por cento) sobre o valor do imposto não 
pago. 
QUESTÃO: Como advogado de XPTO promova a medida judicial cabível para resguardar os 
interesses dos seus clientes. 
Gabarito: O lançamento tributário ocorreu após o decurso do prazo para a constituição do 
crédito tributário previsto no artigo 173, I do CTN. A medida judicial mais adequada é a 
propositura de Ação Anulatória de Débito Fiscal também denominada de Ação Anulatória de 
Lançamento Tributário, conforme artigo 38 da Lei 6.830/80, pelo fato de o lançamento ter 
sido efetuado de ofício. Se fosse por homologação, então seria cabível ação declaratória. 
Poderá, ainda, ser impetrado Mandado de Segurança, com base na Lei 1.533/51. A 
competência para tais ações será do Juízo da Vara da Fazenda Pública, onde houver. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
PROBLEMA 40 
 
 
O Poder Executivo Federal, por intermédio do Decreto nº. 82.357, publicado no Diário Oficial 
da União na semana passada, elevou a alíquota de IPI incidente sobre calçados de couro 
fabricados no Estado do Rio Grande do Sul, passando a exigir o referido aumento já a partir 
da publicação do ato normativo. 
A empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., com sede em São Paulo, mas com 
estabelecimento industrial que produz calçados de couro, situado no Município de Caxias – 
RS, entende que tal exigência seja inconstitucional. 
QUESTÃO: Como advogado da empresa WYZ – Produtos de Couro Ltda., ingressar com 
medida judicial apropriada que objetive resguardar os interesse do seu cliente. 
 
Gabarito: O candidato poderá optar entre duas peças, no entanto, com Foro de ajuizamentos 
diferentes: 
Ação Declaratória, com pedido de tutela antecipada, o Foro competente é o da sede da 
empresa, ou seja, São Paulo. 
Ou 
Mandado de Segurança, o forro competente é o do Município do Rio Grande do Sul. 
Obs.: Vale lembrar que nesse caso, a autoridade coatora é o Delegado da Receita Federal 
desta cidade. 
 
- A Principal Argumentação em Ambas as situações: 
É a violação ao princípio da uniformidade geográfica, previsto no art. 151, I da CF. 
Nota: Apontar ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal previsto no artigo 150, inciso 
II, alínea c, combinado com o parágrafo 1º do mesmo artigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
PROBLEMA 41 
 
Exame 126 – Ponto 03 
 
A Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Estado de São Paulo impetrou ação anulatória 
de débito em que contende com a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, na qual buscava o 
cancelamento de crédito tributário decorrente de auto de infração lavrado em seu desfavor, 
por transportar 12.300 kg. de queijo prato, com o acobertamento de nota fiscal de valor aquém 
da pauta mínima estabelecida na região. O Juiz de primeiro grau julgou improcedente o 
pedido. Aviado recurso de apelação, o Tribunal a quo manteve a sentença, em Acórdão 
publicado há dez dias, argumentando que: 
a) “Ocorrendo o fato gerador na saída da mercadoria, a base imponível (base de cálculo), a ser 
considerada, é a existente quando da aludida saída. Se tal base de cálculo for inferior à da 
pauta de valores já vigente, é possível sua aplicação”; 
b) “O art. 148 do CTN, bem como os artigos 2o, II, do Decreto-lei no 406⁄1968 e 8o, I , do 
Convênio ICMS 66⁄88 possibilitam ao Fisco valer-se de arbitramento para estabelecer 
valores”; 
c) “Há previsão legal no Estado de São Paulo para a utilização de pauta de valores, podendo o 
Fisco valer-se dela sempre que o preço declarado pelo contribuinte for consideravelmente 
inferior ao de mercado”; 
d) “Não há qualquer incompatibilidade das pautas com a CF⁄88, pois sua utilização não 
importa em aumento de tributo (art. 97, I, do CTN), mas, como já dito alhures, em adequação 
da base imponível sobre a qual incidirá a alíquota”. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Cooperativa, apresente o recurso cabível, visando 
à reforma do acórdão acima referido. 
 
Gabarito: Medida Judicial Cabível: Recurso Especial, dirigido ao Superior Tribunal de 
Justiça. 
 Mérito: 
(1) violação do art. 97 do CTN, já que somente a lei pode fixar a base de cálculo do tributo. 
(2) Violação do art. 148 do CTN, já que o arbitramento pressupõe processo regular, 
incompatível com o regime de pauta de valores mínimos; ademais, nos termos do mesmo 
dispositivo, a autoridade administrativa pode valer-se do arbitramento somente quando não 
merecer fé ou for omissa a declaração do contribuinte. 
 
 43 
 
PROBLEMA 42 
 
Exame 129 – Ponto 02 
 
A empresa X aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, em março de 2005. Além 
do recolhimento das parcelas mensais do REFIS, a empresa deveria manter o pagamento 
regular dos demais tributos em dia. Ocorre que a empresa recolheu pontualmente, por 4 
(quatro) meses consecutivos, PIS e COFINS, porém, com os códigos de receita invertidos. Por 
tal motivo, a empresa foi notificada da lavratura de auto de infração relativo à falta de 
recolhimento integral da COFINS. A impugnação ao auto de infração foi protocolada 
extemporaneamente, resultando na inscrição do débito em dívida ativa e intimação da 
empresa para imediato pagamento do débito, sob pena de exclusão do REFIS. 
QUESTÃO: Como advogado, adote as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar a 
reinclusão da empresa no REFIS. 
 
 
Gabarito: Ajuizamento da ação anulatória de débito em divida ativa, com pedido de 
antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, ou mandado de segurança repressivo, com 
pedido de liminar, pleiteando a anulação do ato de inscrição do débito em dívida ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
 
PROBLEMA 43 
 
Exame 126 – Ponto 02 
 
A Telecelular S/A, sediada na Capital do Estado de São Paulo, onde opera serviços de 
telefonia móvel, impetrou Mandado de Segurança preventivo, perante o Tribunal de Justiça 
do Estado de São Paulo, visando a não ser constrangida ao pagamento de ICMSsobre o valor 
cobrado de seus assinantes a título de habilitação do aparelho móvel celular, baseando-se no 
Convênio ICMS no 69/98, que dispõe a esse respeito. O acórdão recentemente proferido pelo 
Tribunal denegou a ordem, alegando que o legislador ordinário pode definir prestação de 
serviços de comunicação, para efeitos tributários, e o Secretário de Estado da Fazenda, 
executor da política tributária e financeira do Estado, pode determinar a imposição tributária 
em relação ao fato gerador estabelecido no Convênio ICMS no 69/98. Além disso, a definição 
de serviços de telecomunicações (art. 60, Lei no 9.472/97) não impede a compreensão da 
habilitação como uma de suas modalidades, se o respectivo serviço é justamente o conjunto 
de atividades que possibilitam a respectiva oferta. Ademais, não há razão para não se dar à 
habilitação o tratamento tributário dos serviços de comunicação a ela relacionados. 
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Telecelular S/A, apresente o recurso cabível 
contra a decisão, com os fundamentos jurídicos para sustentar a não incidência do ICMS 
sobre a taxa de habilitação dos aparelhos móveis celulares. 
 
Gabarito: Medida Judicial Cabível: Recurso Ordinário em Mandado de Segurança, 
endereçado ao Superior Tribunal de Justiça (art. 105, II, b, da Constituição Federal) 
 
Mérito: 
(1) inexistência de prestação de serviço no mero ato de habilitação: o ICMS pressupõe a 
efetiva prestação do serviço de comunicações, o que inocorre quando da mera 
disponibilização do serviço ao usuário 
 (2) proibição de analogia gravosa em matéria tributária (art. 108, § 1º do CTN), que impede a 
extensão do tratamento tributário dado aos serviços de comunicação à habilitação que os 
precede. 
 (3) a definição de prestação de serviços de comunicação não pode ser alterada 
exclusivamente para fins tributários, já que se trata de conceito empregado para a demarcação 
de competências tributárias (art. 110 do CTN). 
 Precedente: STJ, Recurso Ordinário em MS 11.368-MT, Relator Ministro Francisco Falcão 
(DJU 9.2.2005). 
 
 
 
 
 
 45 
 
PROBLEMA 44 
 
Exame 112º 
 
A Virtual Ltda., localizada na cidade de São Paulo-SP, é empresa prestadora de serviços de 
acesso à rede mundial de computadores (provedora de internet) e nessa qualidade foi autuada 
e multada pelo Fisco Municipal, em razão do não recolhimento do Imposto Sobre Serviços – 
ISS relativo aos meses de janeiro a dezembro de 2003. De acordo com o auto de infração 
lavrado no mês de janeiro pp., seria de rigor o recolhimento do imposto sobre as receitas 
decorrentes das mensalidades pagas pelos associados, tendo em vista a previsão específica de 
tributação do serviço de acesso à internet na Lei Municipal nº 9.999 aprovada em 31 de 
dezembro de 2000. A empresa não apresentou defesa administrativa, mas ainda não foi 
executada judicialmente. 
QUESTÃO: Considerando-se que o serviço em questão não consta da lista anexa ao Decreto-
lei nº 406/68, nem da Lei Complementar nº 56/87, adote, em nome da contribuinte, a medida 
judicial cabível para desconstituir o indigitado auto de infração e assegurar o direito do 
contribuinte de obter certidões de regularidade fiscal durante o trâmite da ação. Os objetivos 
deverão ser perseguidos em uma única ação. 
 
Gabarito: 
 
 46 
 
PROBLEMA 45 
 
Exame 112º 
 
De acordo com a Lei nº 11.154/91 do Município de São Paulo, a alienação inter vivos de bem 
imóveis está sujeita à incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, a ser 
pago pelo adquirente. A cobrança do imposto é feita sob o regime de alíquotas progressivas 
de 2, 3, 4 e 6%, incidentes sobre as parcelas do preço divididas em faixas de valor em tabela 
específica. Caio está adquirindo um bem imóvel situado no Município de São Paulo, cuja 
escritura deverá ser outorgada em 10 dias, ocasião em que, necessariamente, deverá 
apresentar a competente guia de recolhimento do imposto deidamente quitada. 
Ciente de que o valor da operação supera o limite da menor faixa de valor, atraindo a 
incidência das alíquotas superiores a 2%, Caio impetrou Mandado de Segurança, com pedido 
de liminar, contra o Diretor do Departamento de Rendas Imobiliárias da Prefeitura do 
Município de São Paulo, para calcular e recolher o tributo à alíquota de 2% sobre o valor total 
da operação. A medida liminar foi negada, sob o argumento de que o Município tem 
competência para definir a alíquota do imposto, inclusive no regime de alíquotas progressivas, 
tendo em vista o princípio constitucional contributiva (art. 145, § 1º da Constituição Federal). 
QUESTÃO: Considerando que a decisão denegatória da medida liminar foi publicada na 
imprensa oficial há 5 (cinco) dias, adote a medida adequada para viabilizar a outorga da 
escritura de compra e venda do imóvel no prazo fixado, mediante o pagamento do ITBI pela 
menor alíquota. 
 
Gabarito: 
 
 
 
 
 
 
 47 
 
PROBLEMA 46 
 
 
Em 25.04.2007 a Fazenda do Estado de São Paulo, lavrou um Auto de Infração e Imposição 
de Multa contra a Empresa Importação e Exportação de Bolachas Nordeste Ltda., exigindo 
pagamento do ICMS e penalidade pecuniária relativa a saídas de mercadorias de seu 
estabelecimento sem emissão de nota fiscal. Ao tomar ciência do Auto de Infração, a empresa 
apresentou imediatamente a sua defesa administrativa, argumentando que o crédito tributário 
era inexigível, porque ficou provado em inquérito policial e em processo penal, que a culpa 
pela irregularidade era de seu empregado Joaquim José, inclusive demitido por justa causa, 
por haver furtado mercadorias. A administração tributária, todavia, manteve a exigibilidade 
que também foi confirmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas, cuja decisão administrativa 
transitou em julgado em 05.07.2008. Pela falta de pagamento, o crédito tributário foi inscrito 
na Dívida Ativa em 16.10.2008, após o que a Fazenda Estadual ingressou com a Execução 
Fiscal, sendo a empresa citada para pagar o referido débito em 23.12.2009. Há 15 dias, o 
Oficial de Justiça levou a efeito a penhora de bens da empresa para garantia da execução. 
QUESTÃO: Como advogado da contribuinte, ingresse com a medida judicial cabível para 
defender os interesses da cliente. 
 
Gabarito: 
 
 
 
 
 
 48 
 
PROBLEMA 47 
 
 
EXAME 108º 
 
O contribuinte “A” foi autuado pelo Fisco Estadual por suposto não pagamento do ICMS 
relativo ao mês de outubro de 2007. Contra referida autuação, o contribuinte promoveu ação 
anulatória de débito fiscal, sem ter, no entanto, efetuado o respectivo depósito judicial do 
montante constante no AIIM em questão. Diante da ausência desse depósito, o MM. Juízo de 
1ª instância extinguiu a ação promovida, sem análise do mérito. 
QUESTÃO: Como advogado do contribuinte, tome a providência judicial cabível. 
 
Gabarito: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
PROBLEMA 48 
 
EXAME 104º 
 
A empresa “Casa de Madeira, Indústria e Comércio Ltda.”, deixou de recolher o ICMS (18%) 
em operação de venda de produto industrializado realizada em 24.05.94. Em 28.03.2000, a 
fiscalização identificou a irregularidade e lavrou Auto de Infração passando a exigir o 
pagamento do imposto, calculado pela aplicação da alíquota de 25%, constante da lei 
9999/99. Irresignada com a exigência, imediatamente ingressou com defesa administrativa, 
mas não teve sucesso, sendo que a decisão que lhe foi desfavorável, transitou em julgado em 
31.12.02. Por falta de pagamento, o crédito tributário foi inscrito na Dívida Ativa e em 
10.12.2004, a Fazenda Pública propôs a Execução Fiscal, sendo deferida a inicial pelo MM 
Juízo, nesta mesma data,

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