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Beatriz Pires – 118981 Brenda Alves - 120565 O que é um aborto: O aborto é a interrupção de uma gravidez. É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas. O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução. O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso a um agente farmacológico, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e curetagem. Tipos de aborto: Aborto Espontâneo Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique. O aborto espontâneo é a complicação mais comum da gravidez precoce. A frequência diminui com o aumento da idade gestacional. De 8 a 20% das gestações clinicamente reconhecidas com menos de 20 semanas de gestação sofrerão aborto, sendo 80% destes nas primeiras 12 semanas de gestação. Há ainda a perda do bebê sem que a mãe perceba, que totalizam entre 13 e 26% de todas as gestações. Tipos de aborto: Aborto Induzido O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez. Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher. É feito utilizando de métodos cirúrgicos ou químicos: Químicos: ocorre pela ingestão de medicamentos provocando a expulsão do embrião, tais medicamentos são adquiridos de maneira ilegal. Aspiração: é feita uma aspiração no útero da mulher para retirar o embrião. Tipos de aborto: CURETAGEM: É FEITO ATRAVES DA INTRODUÇÃO DE UM APARELHO CIRURGICO NO UTERO CORTANDO O FETO EM PEDAÇOS E RETIRANDO UM A UM. Aborto Ilegal O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o efeito. O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade maternas. O aborto clandestino é um problema a nível de saúde pública. Panorama geral do aborto no Brasil: O aborto representa um grave problema na saúde pública, pois mesmo sendo ilegal é praticado através de meios inadequados que podem causar danos e provocar a morte da mulher. Cerca de 1 milhão de abortos são realizados ilegalmente por ano. Os estados das regiões sudeste, sul e centro-oeste apresentam uma taxa de menos de 20 abortos a cada 1000 mulheres de 10 a 49 anos. Já nas regiões norte e nordeste a taxa é de 60 abortos a cada 1000 mulheres de 10 a 49 anos. A maior incidência do aborto nas adolescentes entre 15 e 19 anos também aponta para as regiões norte e nordeste. Legalização do aborto: A descriminalização da interrupção voluntária da gravidez no Sistema Único de Saúde dentro das doze primeiras semanas de gestação foi assunto de uma audiência pública promovida pelo Senado. Por que ser a favor da legalização do aborto: o aborto clandestino é a 5ª causa de morte materna no Brasil, um país onde ele é crime e a maioria das mulheres que sofrem com a criminalização são negras. As mulheres que recorrem à esse aborto, mesmo sabendo dos riscos de vida ou prisão, continuam o realizando por desespero e falta de condições objetivas de seguir adiante com a gravidez. O direito à decisão de prosseguir ou não com uma gravidez em nada tem a ver com o sujeito e sua moral ou religião, tampouco se é favorável à legalização ou não. Segundo a OMS são cerca de 1 milhão de abortos feitos no Brasil ao ano, onde cerca de 150 mil mulheres recorreram ao SUS por complicações (dados do SUS). A cada dois dias uma mulher morre de aborto mal sucedido. Legalização do aborto: Nenhuma mulher quer abortar, dizer que será um método contraceptivo é propagar a ignorância. É um método doloroso psicologicamente para as mulheres, uma decisão muito difícil que requer acolhimento e acompanhamento. Isso é lutar pela vida, pela vida de todas as mulheres, pela manutenção dos seus direitos sexuais e reprodutivos, pelo decréscimo das taxas de abortamento.
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