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Etologia: Estudo do Comportamento Animal

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+
Parte 1: O que é Etologia? 
Pensando em termos biológicos 
Profa. Amanda Barroso 
amandabarrosopsi@gmail.com 
Parte 2: Um olhar evolucionista para 
a Psicologia/ Aspectos históricos da 
teoria da Evolução 
+
Por que somos como somos? 
Fonte: YouTube 
+
O que é Etologia? 
n  Etologia é a ciência que estuda o comportamento animal; 
baseia-se na evolução do comportamento através do 
processo de seleção natural. Também pode ser definida 
como a ciência das relações comparadas do comportamento 
animal, incluindo os humanos. 
+
Etologia 
n  Teve origem na Europa, no início do séc. XX; 
n  Fundadores da Etologia como área independente de conhecimento: 
Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen 
n  Em 1930, receberam o prêmio Nobel de Medicina, juntamente com o colega 
Karl Von Frisch. 
n  Proposta metodológica: 
n  Observação do comportamento de indivíduos de uma espécie em seu 
ambiente natural; e 
n  Descrição cuidadosa dos padrões de comportamento específicos da espécie. 
 
(Ades, 2009) 
+
Etologia 
n  E o que significa “comportamento”? 
n  Chamamos de comportamento aquilo que percebemos das 
reações de um animal ao ambiente que o cerca e que são, por sua 
vez, influenciadas por fatores internos e externos que são 
variáveis. 
 
+
Algumas contribuições da Etologia 
n  Aprendizagem = habilidade evoluída; 
n  Desenvolvimento = não é pré-determinado, mas sofre 
limitações, na forma de predisposições biológicas; 
n  Quatro questões no estudo do comportamento (Tinbergen). 
(Ades, 2009) 
+
Disciplinas envolvidas 
Existem várias disciplinas que abordam o comportamento 
humano do ponto de vista da teoria da evolução: 
n  Biologia Evolutiva; 
n  Biologia Molecular; 
n  Bioquimica; 
n  Genética; 
n  Biologia celular; 
n  Fisiologia; 
n  Zoologia; 
+
Na Psicologia 
n  Psicologia evolucionista; 
n  Neuropsicologia; 
n  Psicologia Comportamental; 
n  Psicologia Cognitiva. 
Busca explicar 
comportamentos sociais em 
termos evolucionários. 
Relaciona comportamento e 
funções cerebrais tanto em 
condições normais, quanto 
patológicas. Estuda as interações do 
indivíduo com o ambiente e 
busca compreender como o 
comportamento ocorre 
nesse contexto. 
Estuda formas de resolução 
de problemas através da 
modificação de 
pensamentos e 
comportamentos 
disfuncionais. 
(Goodwin, 2005; Cosenza; Fuentes; Malloy-Diniz, 2008; Beck, 2013) 
+
Etologia - Contexto Histórico 
n  Séculos XVIII e XIX: 
n  Iluminismo trouxe uma grande fé na ciência enquanto produtora 
de conhecimento sobre o mundo; Começou-se a pensar a 
Psicologia enquanto ciência; Os cientistas eram vistos como 
heróis. 
n  Frenologia, desenvolvida por Gall e Spurzheim; 
n  Córtex como um sistema integrado (Flourens); 
 
(Goodwin, 2005) 
+
Etologia - Contexto Histórico 
n  Século XX: 
n  Evolução nos estudos sobre o sistema nervoso e início dos 
estudos sobre o neurônio enquanto unidade básica do SN (Golgi 
e Cajal - 1906); 
n  Descoberta da sinapse (Sherrington - 1904) 
n  Cérebro e aprendizagem (Lashley - 1929) 
(Goodwin, 2005) 
+
Etologia - Contexto Histórico 
n  Diante da dificuldade de explicar o psicológico sem recorrer 
ao biológico, os aspectos biológicos não são negados, mas 
colocado fora do âmbito das explicações relevantes sobre a 
mente ou o comportamento. 
(Ades, 2009) 
+
Dicotomias 
n  Natureza x Criação 
n  Biologia x Cultura 
n  Inato x Aprendido 
 
O problema das 
especialidades 
n  Departamentalizam a ciência; 
n  Conhecimento encapsulado; 
n  Separação entre biológico e 
psicológico. 
(Ades, 2009) 
+
Dicotomias 
n  Século XIX – Ciências do espírito x ciências da natureza 
n  Descartes e o dualismo mente x corpo; 
n  Objeto de estudo fragmentado. 
+
Dicotomias 
n Cultural e psicológico são realmente 
independentes do biológico? 
n Apego mãe-bebe; 
n Relações monogâmicas x casamento e 
traição para a sociedade. 
+
Epistemologia cruzada 
n  Diferenças exigem rupturas epistemológicas? 
n  César Ades e a Epistemologia Cruzada: 
n  Redução da condição de “humano” à estrutura do animal 
 X 
n  Estabelecer princípios gerais, proximidades e explicar as 
diferenças e suas origens; 
n  Ex.: linguagem humana e capacidade de utilizar símbolos em 
macacos. 
+
Psicologia Comparada 
n  Darwin – Existência da continuidade das espécies; 
n  Estuda as diferenças e semelhanças entre as espécies com 
base em traços; 
n  Estudiosos: 
n  George Romanes (Fundador) – descrição de comportamentos das 
espécies - antropomorfismo; 
n  Douglas Spalding – certos comportamentos resultam do instinto; 
n  C. Lloyd Morgan – comportamentos podem ser explicados pela 
aprendizagem por tentativa e erro; 
(Goodwin, 2005; Ades, 2009) 
+
Psicologia Comparada – 
Abordagem comparativa 
n  Foco, ao mesmo tempo, em CAUSA e FUNÇÃO. 
n  O fato de não saber o porquê de um comportamento 
acontecer gera possibilidade de estudo, não invalida a 
descrição de tal comportamento; 
n  Estrutura e funcionamento de um processo comportamental: 
n  Descrição de suas características descritivas e causais 
 X 
n  Implicações evolucionistas (o porquê de estar ali) 
n  Cruzamento entre essas perspectivas: Psicologia 
Evolucionista. 
(Ades, 2009) 
+
Psicologia Evolucionista 
n  O ser humano teria seus comportamentos regidos pelos princípios 
de variação e seleção, conforme propõe Darwin; 
n  Contudo, o ser humano possui aspectos específicos, como questões 
culturais, simbólicas e históricas. 
 
 Essas questões 
impossibilitam a 
aplicação do modelo 
evolucionista ao ser 
humano? 
 
(Yamamoto, 2009) 
+
Psicologia Evolucionista 
n  A abordagem evolucionista não pretende e nem se propõe a 
reduzir a estrutura de um animal a sua estrutura, ou a sua 
fisiologia, ou o seu comportamento ao de outro animal. 
Pretende, ao contrário, a partir de princípios gerais (seleção 
natural, sexual e suas decorrências), explicar como teriam 
sido geradas as suas diferenças essenciais e importantes 
entre os animais. 
n  Contudo, trata-se de uma abordagem comparativa, que parte 
das semelhanças e diferenças entre os seres humanos e os 
outros animais, buscando investigar a viabilidade de se 
aplicar uma lógica evolucionista 
(Ades, 2009) 
+
Psicologia Evolucionista 
n  Paradigma interacionista; 
n  Reconhecimento de predisposições biológicas, presentes em 
todos os indivíduos, e a modulação pelo ambiente, resultado 
de um sistema nervoso plástico. 
(Ades, 2009) 
+
Psicologia Evolucionista 
n  Evitar o pensamento reducionista 
n  “Psicologia se reduz à Biologia”; 
n  O homem seria, portanto, produto de uma coevolução que 
instaura interdependências; 
n  Numa perspectiva evolucionista, o comportamento humano 
seria interpretado como adaptação às condições do 
ambiente físico e social que o ser humano evoluiu enquanto 
espécie. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Psicologia Evolucionista 
n  A linguagem e a culturas surgem como novidades no cenário 
evolutivo; 
n  O esforço comparativo pode nos levar a perceber que a 
novidade é relativa: 
n  Ex.:Chimpanzés são capazes de fazer uso de um sistema de sinais 
para se comunicar, como uma maneira arcaica de linguagem; 
n  Na África, um grupo de chimpanzés possui diferenças 
comportamentais estáveis e supostamente transmitidas de 
geração em geração. 
(Ades, 2009) 
+
Importante! 
n  Entender o comportamento humano é compreender que o 
homem é um caso especial e complexo; 
n  Não podemosapenas transpor os princípios evolucionistas; 
n  É necessário verificar a validade dos princípios de 
interpretação desenvolvidos para a vida animal. 
+
Em grupo: Atividade 1 
n  Qual a importância de estudar Etologia? 
+
Evolução - Contexto Histórico 
n  Iluminismo: 
n  A origem das plantas e animais 
ocorreu como na versão bíblica? 
n  Por que espécies desapareceram? 
n  Como todos os animais couberam 
na Arca? 
n  Por que os animais apresentam 
semelhanças com fósseis? 
 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Teorias pré-darwinianas 
n  Dando conta da evolução: 
n  O “argumento do desígnio” 
– William Paley (1802): É 
preciso um ser supremo que 
crie e gerencie toda essa 
complexidade. 
 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Teorias pré-darwinianas 
n  Primeiras ideias evolucionárias: 
n  Erasmus Darwin (1731-1802): toda vida orgânica evoluiu de um 
simples filamento vivo; 
n  Jean Lamarck (1744-1829): herança das características adquiridas. 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Darwin e a Teoria da Evolução 
n  Interesses: caçar, cuidar dos cães e pegar ratos, amor pela 
natureza; 
n  “[…] será uma vergonha para você e para a família”; 
n  Escola de Medicina de Edimburgo (Escócia); 
n  Chist’s College na Universidade de Cambridge (1828-1831); 
 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Darwin e a Teoria da Evolução 
n  Reverendo John Henslow – botânica; 
n  Reverendo Adam Sedgewick (1785-1873) – geologia ; 
n  Robert FitzRoy – HSM Beagle (volta ao mundo em 5 anos) – 
1931 a 1936; 
n  “A viagem do Beagle foi de longe o fato mais importante da 
minha vida, rendo determinado toda a minha carreira”. 
 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Darwin e a Teoria da Evolução 
n  Darwin, o Geólogo 
n  Princípios de geologia, de Charles Lyell; 
n  Castastrofismo x uniformitarismo; 
n  Darwin, o Zoólogo 
n  Questionamentos sobre os animais; 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Darwin e a Teoria da Evolução 
(Goodwin, 2005) 
+
O problema das espécies 
Darwin e a Teoria da Evolução 
(Goodwin, 2005) 
+
Teoria da Evolução 
n  “há uma continuidade entre 
todos os seres vivos, o homem 
aí incluído” 
(Yamamoto, 2009, p. 1) 
n  Propõe que as espécies 
e v o l u í r a m a p a r t i r d a 
modificação genética de 
seus ancestrais, através de 
alterações graduais, e pelo 
m e c a n i s m o d a s e l e ç ã o 
natural. 
n  Charles Robert Darwin 
(1809-1882) 
n  A Origem das Espécies 
(1859/1996); 
n  A Expressão das Emoções no 
Homem e nos Animais 
(1873/1998). 
+
Seleção Natural 
+
Seleção Natural 
n  “processo através do qual indivíduos mostram sobrevivência 
e/ou reprodução diferencial” (Yamamoto, 2009, p.1) 
n  3 condições: 
n  População deve mostrar variação genética; 
n  A característica deve ser trasnmitida através da hereditariedade; 
n  Algumas das variações devem prover vantagens ao seu portador. 
+
Seleção Natural 
+
Seleção Natural 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 1 
n  Tentativa de inserção das ideias evolucionistas na Psicologia; 
n  Contexto marcado por polêmicas; 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 1 
n  Wundt: 
n  “Se tentarmos resolver, a partir da comparação de atributos 
psíquicos, a questao geral da relação genética entre o homem e 
os animais, devemos admitir, dada a semelhança dos elementos 
psíquicos e de suas formas mais simples e mais gerais de 
combinação, que é possível que a consciência humana tenha se 
desenvolvido a partir de uma forma inferior de consciência 
animal. Este pressuposto também é fortemente reforçado pelo 
fato de que se encontra no reino animal uma série completa de 
estágios diferentes de desenvolvimento psíquico e de que cada 
ser humano individual passa por um desenvolvimento análogo” 
 (Wundt, 1897 apud Yamamoto, 2009, p. 13) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 1 
n  Explicações de instintos e reflexos em animais e comparação 
com comportamentos humanos – continuidade entre 
psicologia animal e humana (Morgan); 
n  Influência de Darwin em Freud: pulsão de morte e de vida, a 
origem do desejo e a convergência entre o conceito de 
repressão e memória operacional; 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 1 
n  William James: 
n  “Um certo tanto da psicologia-do-cérebro deve ser pressuposto 
ou incluído na psicologia” ; 
n  Fenômenos psicológicos são produtos de uma longa e lenta 
transformação da espécie; 
n  Princípio da continuidade: concepção do surgimento da 
consciência de modo que não pareça equivalente à irrupção no 
universo de uma nova substância até então não-existente; 
n  “Cada ato instintivo, num animal dotado de memória, deixa de ser 
cego depois da primeira repetição”; 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 1 
n  Evolução dos organismos implica na evolução dos ambientes 
em que sobrevivem; 
n  Estudo dos instintos e a noção de que “mente e mundo evoluíram 
juntos e, em consequência, demonstram um ajustamento mútuo”. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 1 
n  Darwin: 
n  Em vez de estudar o lado “mental” das emoções, dirigiu seu olhar 
à expressão dessas no homem e nos animais; 
n  Existe entre os (outros) animais e o ser humano uma continuidade 
suficiente para que comparações possam ser estabelecidas, 
reveladoras de semelhanças e diferenças, indícios do 
partilhamento de uma história evolutiva; 
n  Ao observar animais, estamos menos propensos a nos deixar 
influenciar pela nossa imaginação; e podemos estar seguros de 
que suas expressões não são convencionadas; 
n  Não reducionista: usava o método comparativo – do animal para o 
homem e do homem para o animal. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 2 
n  Lorenz e Tinbergen: 
n  Recuperar a noção de instinto colocando-a numa perspectiva 
evolucionista; 
n  Duas contribuições principais da etologia: 
n  buscar razões instintivas no comportamento humano por meio do 
método de Darwin; 
n  Metodologia naturalista de pesquisa: observação do 
comportamento animal em ambiente natural. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 2 
n  Lehrman: 
n  Críticas à visão genética de Lorenz: nascimento de uma 
perspectiva interacionista; 
n  Interação genes-ambiente e ontogênese; 
n  Lorenz admite que não há traço comportamental livre de efeitos 
ontogenéticos, porém não abandona a ênfase nos padrões 
instintivos. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 3 
n  Edward Wilson e a Sociobiologia (1975) 
n  Anos 70: Não existe base biológica para a natureza humana; O 
comportamento humano tem origem quase integralmente 
sociocultural, com pouquíssima influencia genética além de seu 
papel em auferir capacidade intelectual ou emocional. 
n  Proposta de Wilson: Papel da biologia em sintonia com a cultura; 
Comportamento humano não pode ser compreendido sem a 
biologia. 
n  Influência da teoria de Hamilton (1964) e Williams (1966): a 
seleção atua não sobre características de uma espécie, mas 
sobre as características do indivíduo. 
n  Gene egoísta (Dawkins, 1999) x abandono da ideia de que os 
atos são selecionados “pelo bem da espécie”; 
 (Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 4 
n  Polêmica sociobiológica: 
n  Marcada pela constituição de uma Psicologia Evolucionista, que 
coloca-se como uma perspectiva autônoma para a análise do 
comportamento humano, contituída em torno de um conjunto de 
pressupostos, com presença institucionalenquanto campo de 
pesquisa e disciplina acadêmica. 
n  Surgimento da Psicologia Evolucionista (William James) a partir 
da junção de campos epistemológicos diversos; 
n  Primeiros estudiosos: John Tooby e Leda Cosmides; 
n  Assimilação do modo de pensar evolucionista; 
n  Retoma a interpretação do comportamento humano como pré-
selecionado e adaptativo (centrado às propostas em Etologia 
clássica e sociobiologia). 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 4 
n  Uma abordagem evolucionista permite reconhecer que 
competências naturais existem, indica que a mente é uma 
coleção heterogênea destas competências e, o que é o mais 
importante, fornece teorias concretas acerca de suas 
estruturas. As competências naturais são adaptações 
p ro d u z i d a s p e l a s e l e ç ã o n a t u ra l e s e x u a l e m 
mecanismospsicológicos que não representam uma pura 
manifestação genética, mas decorrem de uma interação 
genes/fatores ambientais que produz toda uma gama de 
desempenhos comportamentais e cognitivos. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Coevolução Psicobiológica: 
Momento 4 
n  É essencial a distinção entre o ambiente em que a seleção 
atuou sobre uma determinada população de organismos, 
moldando as suas características em função das demandas 
ambientais, e o ambiente em que estas adaptações são 
postas em funcionamento, às vezes em condições que as 
tornam contraproducentes. O ambiente da seleção é o 
ambiente de adaptação evolutiva. 
(Yamamoto, 2009) 
+
Contribuições da psicologia 
evolucionista 
n  Ênfase na observação; 
n  Construção de quadro teórico integrador de observações e 
gerador de hipóteses. 
n  Ao invés de nos apegarmos à ideia do quanto somos 
diferentes de qualquer outro animal, a identidade humana 
deveria ser construída sobre a ideia de que somos animais 
que levaram adiante, num grau significativo, certas 
capacidades. Nós e os outros animais somos iguais e 
diferentes e a igualdade é o unico quadro dentro do qual se 
pode tornar concreta a diferença 
(Waal, 2001 apud Yamamoto, 2009) 
+
Em grupo: Atividade 2 
n  “a identidade humana deveria ser construída sobre a ideia de que somos 
animais que levaram adiante, num grau significativo, certas capacidades. 
Nós e os outros animais somos iguais e diferentes e a igualdade é o único 
quadro dentro do qual se pode tornar concreta a diferença”. 
(Wall, 2001) 
+
Resumindo… 
n  Etologia estuda o comportamento animal a partir da evolução; 
n  Com as discussões entre Psicologia x Biologia, um novo campo 
do conhecimento surgiu: Psicologia comparada, que tenta 
descrever os fenômenos unindo essas duas perspectivas e 
preocupa-se com a Causa e a Função dos comportamentos, 
buscando investigá-los a partir do método descritivo; 
n  Buscando unificar Causa x Função x Porquês, a Psicologia 
Evolucionista surge para estudar, à luz da teoria da evolução, os 
porquês de um dado comportamento ocorrer e de que formas 
biologia, cultura e psicologia estão integradas nesse 
comportamento; 
+
Resumindo… 
n  As teorias evolucionistas se baseiam nos princípios 
desenvolvidos por Charles Darwin, que descreveu como 
ocorre a seleção natural e a sobreviência de espécies; 
n  Com a junção de todos esses saberes, a Psicologia busca 
inserir as ideias evolucionistas em suas teorias e passa por 4 
momentos nesse processo: 
n  1) Darwin e as ideias evolucionistas; 
n  2) Lorenz e a tentativa de reintegrar o instinto às teorias; 
n  3) A cultura faz parte dos processos de selção; 
n  4) O papel do ambiente para a evolução. 
+
Estudo Independente 
n  Divisão de equipes 
n  Escolha de um comportamento animal ou humano 
n  Observação desse comportamento por uma semana 
n  Observar e anotar todas as ocorrências do comportamento 
n  Pesquisar sobre esse comportamento 
n  Desenvolver os quatro porquês desse comportamento 
+
4 questões 
n  Tinbergen estabeleceu as famosas “quatro 
questões sobre o comportamento”: 
n  Quais os mecanismos (fatores exógenos e endógenos) que 
regulam o comportamento? 
n  Como o comportamento se desenvolve em um indivíduo? 
n  Q u a l o v a l o r a d a p t a t i v o / s o b r e v i ê n c i a d o s 
comportamentos? 
n  Como esses comportamentos se originaram e se 
modificaram ao longo da história evolutiva de uma 
linhagem? 
+
Etograma 
+
Etograma 
+
Referências 
n  ADES, C. Um olhar evolucionista para a psicologia. In: OTTA, E.; 
YAMAMOTO, M. E. (org.) Psicologia Evolucionista. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
n  BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e 
prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
n  COSENZA, R. M.; FUENTES, D; MALLOY-DINIZ, L. F. A evolução 
das ideias sobre a relação entre cérebro, comportamento e 
cognição. In: FUENTES, D. et al. Neuropsicologia: teoria e 
prática. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
n  GOODWIN, C. J. História da Psicologia Moderna. São Paulo: 
Cultrix, 2005. 
n  OTTA, E.; YAMAMOTO, M. E. (org.) Psicologia Evolucionista. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

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