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Aula 4 História do Direito anotações

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Aula 4 – HD – anotações
Direito e Sociedade na Antiguidade: Egito, Mesopotâmia, povos hebraicos
Passagem para a antiguidade:
3100 – 2900 a.C.
Crescente fértil: Egito e Mesopotâmia
Surgimento das cidades e da escrita
Mudança social e descrição da sociedade. Papéis sociais. Cidades. Escrita.
Cidades: não se caracterizam apenas pelo tamanho, mas também pelas relações em sociedade.
Possuem uma área de agricultura e pecuária no entorno, próxima aos rios Tigre e Eufrates, onde haviam também portos fluviais, que representavam o contato com povos estrangeiros e as trocas comerciais. No centro, havia um palácio, associado ao poder real; e um templo.
Há escravidão.
Papéis sociais: enquanto nas sociedades arcaicas havia baixo número de papéis sociais, dados em relação familiar, na Antiguidade, as cidades passam a ter maior diversidade de papéis e funções, com mais possibilidades de ação e de sentido.
Invenção da escrita: capacidade de produzir e interpretar textos, refletir sobre a própria constituição da sociedade. Domínio da escrita = pensar uma situação para além da situação.
Intertextualidade: capacidade de produzir narrativas sobre a narrativa.
Tira um pouco da concretude da sociedade: construção de possibilidades de expectativa sobre expectativa.
Como surgiu?
Contagem (de bois, plantas, etc)
Pictogramas (desenhos)
Gradativamente, a construção imagética passa a formar um som.
Escrita ideográfica = combinação de símbolos.
Escrita cuneiforme = em forma de cone, em tabletes de argila (Mesopotâmia)
Hieróglifos – Egito
Elementos políticos, econômicos, geográficos
Política
	Egito
	Mesopotâmia
	Forma de monarquia.
	Faraó é o próprio Deus.
Explicação: a natureza é mais previsível, regularidade de estações, solo mais fértil, subsolo mais rico em minérios.
	Rei é representante de Deus.
Explicação: presença de dois rios afetados por tempestades, menos riqueza mineral, solo não tão fértil, natureza não tão previsível e apaziguadora.
	Consequência: no Egito há maior centralidade política do que na Mesopotâmia.
Economia
	Egito
	Mesopotâmia
	Depende menos do comércio.
	Trocas são cruciais para a mesopotâmia.
Elementos culturais utilizados até a atualidade:
Mesopotâmia: sistema sexagesimal (horas e minutos);
Egito: calendário solar
O modelo ptolomaico, por exemplo, teve influência grega, egípcia e romana.
A vigência do Direito
O Direito arcaico já não corresponde às demandas.
Características em comum
Meio termo entre o abstrato e o concreto
Escrita faz parte do Direito
Lei está longe de ser a fonte dominante
Forte influência do costume
Exemplo: Código de Hamurabi – não se trata de um sistema, mas de uma colocação por escrito de costumes e descrição de conflitos que já ocorreram.
Mesopotâmia: fontes, instituições, processos
Atores sociais: podem pautar comportamentos, prever expectativas.
Rei: emite a norma.
Direito: revelado, não decidido pelo homem. Recebe-se a lei de Deus origem divina. Permeia o jurídico, mas de maneira diferente.
Fontes:
Código de Ur-Nammu (Sumérios, 2140 – 2004 a. C.): julgamentos judiciais, costumes ou decisões que foram feitas em situações concretas.
Não há princípio de legalidade estrita.
Homens livres e escravos.
Leis de Esnunna (1430 a.C.): 60 artigos
Elementos ligados à navegação, à união estável...
Código de Hamurabi (1694 a.C.)
Homens livres, subalternos (funcionários do palácio e do templo) e escravos.
Direito de família: mulher tinha muito mais autonomia do que na Grécia e em Roma, era gestora dos próprios bens.
Adoção
Herança
Contratos
Congela os preços dos salários
Penal: centraliza poderes nas mãos do rei; princípio da represália, vingança.
A experiência egípcia e os povos hebraicos
Egito
Deusa da Justiça: Maat balança, entre coração e pena.
Vertente social, ética e cósmica que dá deveres ao faraó de justiça, religiosos, de dominar a resolução de conflitos, com ênfase no equilíbrio.
Equilíbrio = um conflito é considerado bem resolvido quando as duas partes saiam satisfeitas do tribunal.
Disputas sobre remuneração.
Povos hebraicos
Ideia de um povo eleito.
Deus é o legislador distante, tautológico, que manda recomendações e diz que aquele é o povo eleito.
Como aplicar no caso concreto um Direito divino?
Lei oral
Rabinos interpretam essas situações em casos concretos, em algum momento sentem a necessidade de registrá-los por escrito.
Michna (século III a.C.) = coletânea de decisões dos rabinos.

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