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Aula 6 – HD – anotações Direito e Sociedade na Antiguidade Clássica: A experiência Grega II A invenção da pólis. Atenas: o caminho para a democracia Mudança: desnaturação da monarquia Cidade-estado = cidade autônoma Pólis = política é uma atividade da cidade. Discussão e deliberação discussão sobre a origem do Direito Solo pouco propício para agricultura extensiva. Proliferação de pólis e discussão política. Grécia Antiga: do Sul da Itália até a Turquia. Magna Grécia: Sul da Itália. Não há civilização romana sem a Grécia continuidade/recepção/diálogo com Roma. Atenas Século VI a.C.: governo da Aristocracia Arcante = governante máximo da Cidade. Drácon e Sólon: editam medidas administrativas para evitar a escravidão por dívidas. 561 a.C. – governo de um Tirano Pisístato Centraliza o poder Não é originário das classes aristocráticas Apoio direto da população Weber: dominação carismática Elemento pessoal, não tradicional (não hereditário) Clístenes: promove uma radical redivisão da cidade em 10 demos. Governo exercido diretamente pelos cidadãos. Conceito de democracia na Antiguidade. Esclarecimento. Relação público/privado. Democracia Hoje Grécia Antiga Voto e representação – democracia representativa Não é universalizante. É pensada e praticada para excluir. Isonomia – artigo 5º CF/88 Pressupõe uma desigualdade radical: classes de pessoas. Público X Privado Privacidade – invenção do século XVIII, ideia de esfera íntima. Público = vida política, cultural, cívica da pólis. Ágora = espaço de convencimento, persuasão, discussão, representa a importância do discurso e do argumento na pólis. Filósofo = alguém que pratica a razão, baseada na palavra e no argumento. Para espaço de discutir, alguém precisa trabalhar. Privado = onde o homem cuida da prole da família, escassez é um problema Privação – homem se assemelha a outros animais, pois precisa da sobrevivência: comércio, colheita, plantio, artesanato, trabalho escravo, lei da casa. Democracia ateniense. Fundamento. Desenho institucional. Divisão em dez partes Órgão máximo: assembleia, Eclésia = comunidade de cidadãos. Conselho da Bulé – 500 membros: 50 integrantes de cada um dos 10 demos. Escolhidos por sorteio. Sistema de rodízio em cada um dos demos por ano. Docimasia = exame da capacidade do membro sorteado a ser conselheiro. Principal teste: de cidadania. Mistofonia = pagamento pelo comparecimento às sessões, para aqueles que necessitavam. Mecanismo para evitar que os mais ricos fossem influentes. Cargos de Magistratura Estrategos = 10 eleitos para assembleias. Podem ser reeleitos. São casados, cidadãos, com renda. Comandavam o exército e a política de Guerras. Péricles Maior virtude de um cidadão = defender a pólis. Elogio fúnebre no sepultamento dos soldados caídos em batalha = morte gloriosa. Cultura da pertinência do cidadão à pólis. Ostracismo = procedimento preventivo para retirar da pólis o cidadão que não participava. Teatro Hoje Grécia Antiga Lazer. Relação com o belo. Arte ≠ política, religião e economia. Arte associada à vida pública. Culto ao Deus Dionísio (deus das tragédias). *corego – financiava a produção teatral Democracia se faz concretamente e diretamente com a população. A vigência do Direito: fontes, instituições, processos Direito = nomos = lei no sentido mais amplo, todo o Direito aplicado na cidade: regras escritas + regras não escritas (=phisis – natureza em sentido amplo. Só é nomos o que está incluído na phisis), costume. Antígona: guerra civil, divisão do povo na política em Tebas. Dois irmãos lutando em lados opostos na guerra. Polinices não tem direito ao sepultamento, segundo Creontes. Antígona desobedece. Creontes = vontade do governante. Antígonas = valores maiores da phisis. Trata Creontes como mau governante. Ambos pertencem ao nomos. Duas interpretações sobre o que é o Direito da cidade. Lei escrita é uma parte do nomos. Não tem pretensão de regular tudo. Duas fontes do Direito: Literatura; e Epigráficas = escritos em estátuas, argilas, portais da cidade, metais, objetos religiosos. Haviam muitos tribunais em Atenas Areópago Polemarco – julgava os estrangeiros e questões marítimas Helieia – principal tribunal da democracia ateniense, julgava a maior parte dos processos. Haviam árbitros e juízes. Condenação de Sócrates. Motivos: Não venerar os deuses. Corromper os jovens. Não era apoiador da democracia. Arcontes = magistrados que preparavam os processos. Todo o processo era oral. Não há lei anterior. Tudo é discutido no tribunal.
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