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Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Recursos Naturais I Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms Carla Caprara Parizi Revisão Textual: Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio 5 • Introdução • Água • Solo · A disciplina de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social está sendo oferecida na Modalidade a distância (EAD) e como já é do conhecimento de vocês as atividades acontecerão por meio do ambiente virtual Blackboard. · Nesta Unidade abordaremos o tema “Recursos Naturais I”. · Leia a “Orientação de Estudos”, para melhor compreender a rotina de estudos, os trabalhos práticos e as avaliações a serem realizadas ao longo do semestre. Recursos Naturais I Atenção Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. • Atmosfera • Definições • Conclusão 6 Unidade: Recursos Naturais I Contextualização A Terra já tem estocado todos os recursos para a manutenção e o desenvolvimento de seus habitantes, salvo alguns recursos que se renovam, porém podem não ser suficientes ou inadequados para uso. Entretanto com o crescimento acelerado da população, o grau de poluição gerado, os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados, nos leva a crer que este estoque acabará! Portanto algumas ações são inevitáveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver este problema, é preciso conhecer os recursos naturais, seus problemas e suas limitações, para melhor gerenciá-lo. Nesta segunda unidade, abordaremos o tema Recursos Naturais I. O material foi organizado em: 1 - Aviso – É o primeiro contato com o aluno 2 - Mapa Mental Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os conteúdos e suas relações 3 - Contextualização e Problematização - Texto Introdutório lembrando a importância dos conteúdos abordados. 4 - Material teórico contemplando Recursos Naturais I. 5 - Apresentação narrada no formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico; 6 - Atividade de Sistematização: Atividade avaliativa do tipo teste de múltipla escolha, baseada nos conteúdos estudados no “Material teórico”, no livro sugerido, e leituras complementares, com autocorreção pelo Blackboard. 7 - Atividade de Aprofundamento: Atividade Avaliativa – Unidades I, III – Atividade de Aprofundamento: Fórum de discussão Unidades II, IV e V Reflexiva ou Aplicação 8 - Material complementar sobre o tema; 9 - Referências bibliográficas. Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência as atividades de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização), e as atividades de interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação). Utilize os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas. 7 Introdução Foi somente nas últimas décadas do século passado, e por conta da disseminação de ideias de sociedades mais evoluídas e, consequentemente, da conscientização progressiva dada às crianças e aos jovens, que a preocupação com a preservação da natureza veio à tona e vem se fortalecendo a cada dia. Se a história da Humanidade começou há cerca de 7 milhões de anos, porque a preocupação é tão recente? Bem, analisando que a população tem crescido muito rapidamente, e que em 2012 passou de 7 bilhões de habitantes, e há um século atrás a população mundial era 1,5 bilhão de pessoas, pode-se concluir que em séculos anteriores esta preocupação não existia, ou, se existisse, era só isoladamente, sem contar que, com a oferta atual de produtos, equipamentos, aparelhos cada vez mais sofisticados, a sociedade por ter desejos ininterruptos e ilimitados gera uma extração de recursos e/ou geração de dejetos maior que a capacidade do ecossistema de reproduzi-los ou reciclá-los. É com este cenário de crescimento da população, que gera poluição e consumo de recursos naturais que daremos início ao nosso tema. 1.1 - População Apesar de uma das principais causas do desequilíbrio ambiental do século XX ter sido o crescimento excessivo da população, esse não pode ser considerado o único motivo do dilema ambiental, outros eventos contribuíram, como as transições: tecnológica, industrial, cultural, demográfica e a globalização. O século XX foi considerado pelo historiador Eric Hobsbawn “A era dos Extremos”, ou seja os desafios e conflitos se tornaram mais evidentes nesse século (HOBSBAWN, 1994, apud HOGAN; MARANDOLA JR; OJIMA, 2010). 1.2 - Recursos Naturais Recurso Natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção (ISAIA, 2010). Podem ser divididos em dois grupos: a) Recursos Renováveis: Aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente devido aos ciclos naturais. Exemplos: água, ar, biomassa, energia eólica; Obs. Lembrando que mesmo sendo renováveis podem não ser suficientes e/ou estarem inadequados para uso. 8 Unidade: Recursos Naturais I b) Recursos Não-Renováveis: Aqueles que uma vez utilizados, não se renovam por meios naturais, e que podem ser subdivididos em: b1) Minerais Energéticos: Combustíveis Fósseis (carvão mineral, petróleo e urânio) b2) Minerais Não-Energéticos: Ferro, Calcário, Argilas em geral. Grande parte pode ser reutilizada ou reciclada, mas não pode ser reconstituída conforme suas condições originais. 1.3 - Poluição É uma alteração prejudicial à saúde, e ao bem-estar do ser humano e de outras espécies que ocorre com as propriedades do meio ambiente, resultado da utilização dos recursos naturais pela população. Os efeitos da poluição podem ser globais, regionais ou localizados. Um exemplo de efeito global é o Efeito Estufa e a Redução da Camada de ozônio, efeitos que trazem um desequilíbrio para o Planeta, ou quem sabe consequências muito piores ao longo dos anos. É importante ressaltar que existem fenômenos naturais, e que portanto, não podem ser evitados que também tem efeito poluidor, como é o caso da erupção vulcânica. (BRAGA et al., 2005). Nos capítulos que se seguem abordaremos os elementos do Meio Físico que são: Água, Solo e o Ar. 9 Base de sustentação da vida. A água cobre 70% da superfície da Terra, considerando oceanos, mares, rios e lagos. É um recurso natural renovável por meio de seu Ciclo Hidrológico, conforme figura 2.1. Água Quantidade de água Do total de água da Terra cerca de 97,5% correspondem aos oceanos e mares e 2,5%, à água doce. A água doce encontra-se assim distribuída: 68,9% sob a forma de gelo e neves; 30,8% no solo e subsolo, sendo 29,9% em reservatórios subterrâneos e 0,9% em situações diversas, como umidade dos solos e pântanos; e 0,3% em rios, lagos e lagoas (TUNDISE, 2003 apud SILVESTRE, 2003). A divisão da água doce é desigual, por exemplo, os desertos têm baixa umidade enquanto as florestas tropicais têm umidade alta. Segundo Mano; Pacheco e Bonelli (2010), o Brasil possui a maior reserva de água potável do mundo, cerca de 20% do volume disponível da Terra. Vale destacar que o Aquífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea do mundo, localiza-se na região centro-leste da América do Sul, sendo que 2/3 da área total pertence ao Brasil, abrangendo Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil abrange o Estado de São Paulo, e se estende aos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, conforme mostra a figura 2.2. O Aquífero Guarani ocupa uma área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados. Figura 2.1 – Ciclo Hidrológico Fonte: Tundise, 2003 10 Unidade: Recursos Naturais I Destacam-se ainda as bacias Hidrográficas do Brasil, como mostra a figura 2.3. Figura2.2 - Localização do Aquífero Freático Guarani. Fonte: Mundo educação (s.d.). Bacia Amazônica Bacia do Araguaia-Tocantins Bacia do rio Paraíba Bacia do rio São Francisco Bacia do rio Paraná Bacia do rio Paraguai Bacia do rio Paraíba do Sul Bacia do rio Uruguai Os problemas que envolvem a quantidade de água são: escassez, estiagem e cheias. Figura 2.3 - Mapa das Bacias Hidrográficas do Brasil Fonte: Ministério dos Transportes - Governo Federal 11 Outro aspecto de igual importância é a qualidade da água. Qualidade da Água Disponibilidade de água significa quantidade e qualidade apropriadas, essas características estão intimamente ligadas, pois a qualidade também depende da quantidade, para dissolver, diluir e transportar substâncias, sejam maléficas ou benéficas (BRAGA et al., 2005). 2.1 - Usos da Água A água é fundamental para existência e manutenção dos seres vivos, portanto é um dos recursos naturais mais utilizados, e são várias as formas de utilização da água. 2.1.1 - Abastecimento Humano Sem dúvida a água para o abastecimento humano, dentre as possibilidades e necessidades de seu uso é o mais importante deles, pois a existência e continuidade da vida depende dela, para tanto é necessário que a água oferecida seja potável, ou seja não cause danos à saúde. A água contaminada pode conter; bactérias, vírus, parasitas, protozoários, que podem causar doenças como disenteria, febre tifóide, cólera, hepatite e muitas outras, desta forma a água de abastecimento deve apresentar características sanitárias e toxicológicas adequadas (BRAGA et al., 2005). A Portaria no 518/GM de 25/04/2004, do Ministério da Saúde, define entre outras coisas o Padrão de Potabilidade, que compõe as exigências e valores permitidos para consumo humano, estabelecendo o limite máximo de cada substância ou elemento químico, esses parâmetros são bastante dinâmicos, pois com o avanço do cenário tecnológico impõem que revisões dos limites, e detecção de novos tóxicos devam ser considerados. (BRAGA et al., 2005). 2.1.2 - Abastecimento Industrial Há uma variação em relação ao grau de adequação no que diz respeito ao abastecimento industrial, pois as indústrias que processam produtos farmacêuticos, alimentícios e de bebidas, a água deve estar adequada para consumo, porém indústrias que utilizam a água como solvente, por exemplo ou para resfriamento, já não precisam atender ao mesmo padrão de qualidade do que as anteriormente citadas. Desta forma, em relação a utilização na indústria, não existe um único requisito para sua utilização, devido a variedade de usos. (BRAGA et al., 2005). 12 Unidade: Recursos Naturais I 2.1.3 - Irrigação A qualidade exigida para este uso depende também do tipo de irrigação, as verduras que são consumidas cruas, por exemplo, devem estar livres de organismos patogênicos, outro fator que deve ser levado em conta é que 70% do consumo de água doce do mundo é para irrigação, portanto é o uso mais intenso deste recurso. Outra consideração importante é que a água utilizada para irrigação pode carrear, fertilizantes e substâncias defensivas agrícolas, para cursos de água superficiais ou subterrâneos, podendo contaminar esses cursos, dependendo da quantidade. (BRAGA et al., 2005). 2.1.4 - Geração de Energia Elétrica Em usinas termoelétricas a água é utilizada na forma de geração de vapor d’água, podendo despejar calor nos cursos d’água desequilibrando o ecossistema. Já em Usinas Hidrelétricas que é aquela em que se utiliza a energia potencial ou cinética da água, o impacto ambiental causado é bastante significativo, pois a área necessária é bem extensa. Em ambos os casos a qualidade da água utilizada é pouco restritiva, não deve conter substâncias que afetem a durabilidade e manutenção dos equipamentos utilizados (BRAGA et al., 2005) A Energia será um item estudado à parte. 2.1.5 - Navegação É um outro tipo de utilização, que embora seja interessante sob o ponto de vista econômico, pode vir a desequilibrar o meio, nas formas de despejo de substâncias poluidoras, quer seja proposital ou acidental, ou ainda pelas modificações dos cursos d´ água para adaptação à navegação. Em relação à qualidade da água, a mesma não deve conter substâncias que danifiquem o casco das embarcações, ou que propiciem a proliferação excessiva de vegetais, prejudiciais à navegação (BRAGA et al., 2005). 2.1.6 - Assimilação e Transporte de Poluentes Pode ser utilizado para modificação e/ou transporte de dejetos neles lançados, a eficiência das modificações ou do transporte de dejetos, pode ocorrer, mas depende das concentrações do poluente, ou seja depende da relação entre a vazão do rio e a vazão do despejo. Vale lembrar que a diluição não deve substituir o tratamento (BRAGA et al., 2005). 13 2.1.7 - Preservação da Flora e da Fauna Os corpos d’água não devem conter substâncias tóxicas acima das concentrações recomendadas, devem conter concentrações mínimas de oxigênio dissolvido e de sais nutrientes, para garantir a sobrevivência da vida aquática. Essas considerações devem ser feitas independentemente do uso dos corpos d’água. (BRAGA et al., 2005). 2.1.8 - Aquicultura É a arte de criar e multiplicar animais aquáticos, para tanto é necessária que os padrões de qualidade sejam os mesmos exigidos para preservação das espécies, salvo alguns casos específicos que devam favorecer alguma espécie em especial (BRAGA et al., 2005). 2.1.9 - Recreação Neste caso a água é utilizada para natação, pesca, esportes aquáticos, portanto não pode haver substâncias tóxicas ou patogênicas que causem dano ao homem, pelo contato com a pele ou por ingestão, acidental (BRAGA et al., 2005). 2.2 - Tratamento da água A água nos mananciais pode não atender aos padrões de qualidade exigidos para abastecimento, em seu estado bruto, porém pode receber tratamento, que por sua vez são ilimitados tecnicamente, porém por questões econômicas nem sempre são a melhor opção. (BRAGA et al., 2005) Conforme descreve em sua publicação Braga et al. (2005), os tipos de tratamento são os seguintes: a) Sedimentação ou Decantação - remove matéria em suspensão b) Coagulação/Floculação – os produtos utilizados aglomeram as partículas difíceis, formando-se flocos que são retirados por sedimentação e/ou filtração. c) Filtração – Remove partículas por meio da filtragem, utilizando-se, por exemplo a areia. d) Desinfecção – é feita com a aplicação de cloro ou compostos de cloro. e) Remoção de Dureza – remove, principalmente, cálcio e magnésio, elementos que conferem dureza à água. 14 Unidade: Recursos Naturais I f) Aeração – remove substâncias voláteis, dióxido de carbono também pode ser removido desta forma. g) Remoção de ferro e manganês – somente quando há concentrações excessivas. h) Remoção de sabor e odor – pode ser usado a aeração, adsorção (um exemplo é a utilização do carvão ativado que adsorve as substâncias tóxicas) ou oxidação (transforma moléculas indesejáveis, sob o ponto de vista ambiental, em partículas menos tóxicas). i) Controle de Corrosão – pode ser utilizado a aeração para retirada do excesso de dióxido de carbono, ou aumentar a alcalinidade, pela aplicação de produtos específicos j) Fluoretação – Concede uma concentração de flúor que permita maior resistência às cáries dentárias. Os processos na grande maioria das vezes são associados. A ciência define o solo como resultado das mudanças que ocorrem nas rochas, as quais são lentas. As principais responsáveis são as mudanças climáticas, e a presença de seres vivos. Outros conceitos são utilizados, no entanto, variam em função da área de utilização, conforme mostra o quadro 3.1. Solo Área Conceito de Solo Engenharia Civil Suporte de carga Material de construção Engenharia de MinasCobre e dificulta a exploração da jazida Arqueologia Encontram-se registros de civilizações e organismos fósseis Agronomia Camada superficial Arável Economia Fator de Produção Quadro 3.1 – Conceito de Solo segundo sua área de utilização 15 O solo, segundo Braga et al. (2005), é composto de: 45% de elementos minerais; 25% de ar; 25% de água; 5% de matéria orgânica. 3.1 - Características importantes do Solo Características vistas a olho nu ou pelo tato são a cor, textura, estrutura, consistência e espessura. Outras características importantes sob o ponto de vista ecológico são o grau de acidez, a composição e a capacidade de troca de íons (BRAGA et al., 2005). 3.2 - Erosão Remoção das camadas superficiais do solo pelas ações do vento e da água, e em alguns países pelo gelo, portanto podem ocorrer naturalmente ou em consequência da ação do homem, podendo ocorrer de forma lenta ou acelerada. Segundo Braga et al. (2005), a monocultura pode esgotar o solo quando não se repõem nutrientes, reduzindo com isto a produtividade, e a proteção vegetal, deixando o solo mais vulnerável aos processos erosivos. Em processos erosivos em zonas rurais há uma perda de fertilidade do solo, podendo trazer consequências graves como a desertificação, caso haja descaso para a situação, nas zonas urbanas, quando ocorrem, em geral é preciso investimento em restauro dos cursos d’água, pois recebem o material erodido, e em encostas pode ser altamente destrutivo, devido aos desmoronamentos que podem causar. 3.3 - Poluição do solo A poluição do solo em zonas rurais ocorre fundamentalmente pela utilização de fertilizantes e defensivos agrícolas, mesmo que sejam aplicados utilizando-se da melhor técnica, há sempre um excedente que passa para o solo (BRAGA et al., 2005). A poluição do solo urbano é proveniente dos resíduos gerados pela dinâmica das cidades, ou seja, são gerados pela indústria, comércio, pelas residências etc. Dentre tantas consequências está, fundamentalmente, a poluição e o empobrecimento do solo (BRAGA et al., 2005). 16 Unidade: Recursos Naturais I A atmosfera terrestre é formada por 78,11% de Nitrogênio, 20,95% de Oxigênio, 0,934% de Argônio e 0,033% de Gás Carbônico e em porcentagens menores ainda encontram-se: neônio, hélio, criptônio, xenônio, hidrogênio, metano, ozônio e dióxido de nitrogênio, apresenta, ainda, vapor d’água, pólen e micro-organismos, além de areia e fuligem (BRAGA et al., 2005). As camadas da atmosfera são ilustradas de forma bastante simplificada na figura 4.1 Atmosfera Para o nosso estudo, destacam-se a Troposfera e a Estratosfera, pois a Troposfera é responsável pelas condições climáticas da Terra, e na Estratosfera localiza-se a camada mais espessa de Ozônio, responsável pela proteção das radiações ultravioleta, advindas do Sol (BRAGA et al., 2005). 4.1 - Poluentes Atmosféricos Conforme Braga et al. (2005), os poluentes podem ser àqueles lançados diretamente no ar ou àqueles advindos de reações químicas formadas na atmosfera; são chamados de primários e secundários, respectivamente. E, ainda, conforme Braga et al. (2005), os principais são: a) Monóxido de Carbono (CO) – Gerado por combustões incompletas de combustíveis fósseis (carvão vegetal e mineral, gasolina, querosene e óleo diesel). Em geral, é encontrado em maiores concentrações nas cidades, emitidos principalmente por veículos. As queimadas, que ocorrem em florestas também lançam Monóxido de Carbono. O Monóxido de Carbono é altamente tóxico, inalado pode causar: dores de cabeça, lentidão de raciocínio, entre outros sintomas. Figura 4.1 – Camadas da Atmosfera Fonte: Sua Pesquisa (s.d.) 17 b) Dióxido de Carbono (CO2) – Também conhecido como gás carbônico, é essencial para o processo de fotossíntese realizado pelas plantas. É gerado na respiração (expiração) aeróbia dos seres vivos e também na queima dos combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene, carvão mineral). O dióxido de carbono em grandes quantidades é prejudicial ao Planeta de um modo geral, pois é responsável pelo efeito estufa e consequentemente pelo aquecimento global. Se inalado pode provocar irritações nas vias aéreas, ou morte por asfixia. c) Óxidos de Enxofre (SO2 e SO3) – São produzidos pela queima de combustíveis fósseis que contenham enxofre, são gerados também por processos biogênicos que são o resultado das reações químicas realizadas por bactérias estritamente anaeróbicas durante a decomposição de matéria orgânica. Os óxidos de enxofre reagem com o vapor de água produzindo o ácido sulfídrico, que origina a chuva ácida. d) Óxidos de Nitrogênio – Nos motores de explosão dos automóveis devido à temperatura muito elevada, o nitrogênio e oxigênio do ar se combinam resultando em óxidos do nitrogênio, particularmente NO2, que poluem a atmosfera, sendo liberados pelos escapamentos dos automóveis. Os automóveis modernos têm dispositivos especiais que transformam os óxidos do nitrogênio em substâncias não poluentes. e) Hidrocarbonetos - São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis e de outros produtos orgânicos voláteis. Diversos hidrocarbonetos como o benzeno são cancerígenos e mutagênicos. f) Material Particulado – São partículas de materiais sólidos e líquido que são capazes de permanecer em suspensão, com por exemplo poeira, fuligem, entre outros, alguns relacionados nos próximos subitens de f. f1) Asbestos – Gerado durante a mineração ou beneficiamento do amianto, produz sérios problemas de saúde, quando presentes na atmosfera. f2) Metais – Gerados a partir de processos de mineração, combustão de carvão e processos siderúrgicos. g) Gás Fluorídrico (HF) – São gerados em processos de produção de alumínio e fertilizantes e em refinaria de Petróleo. h) Amônia – Gerados principalmente pelas indústrias química e de fertilizantes, também gerados por processos biogênicos naturais. i) Gás Sulfídrico – Gerado nas refinarias de petróleo, indústria química, de celulose e papel, pela presença de enxofre na matéria prima, também gerados por processos biogênicos naturais. j) Pesticida e Herbicida – Gerados principalmente pelas indústrias de produção destes produtos, e da sua utilização nas plantações. k) Substâncias Radioativas – Gerados, principalmente, a partir de depósitos naturais, usinas nucleares e queima de carvão. l) Calor – Gerado pela emissão na atmosfera de gases em altas temperaturas. m) Som – Gerado pela emissão de energia para o meio, em forma de ondas de som, considerado poluição sonora quando a intensidade for capaz de prejudicar os seres humanos. 18 Unidade: Recursos Naturais I Nos quatro itens anteriores abordamos os elementos do meio físico, e as respectivas formas de poluição, embora o assunto seja extenso, já podemos partir de um suporte para introduzirmos os temas voltados para a Degradação Ambiental, Impacto Ambiental, Aspecto Ambiental e Processos Ambientais. 5.1 - Degradação Ambiental Segundo a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, apud Sánchez (2008), em seu art. 3o, inciso III, define degradação ambiental como sendo “alteração adversa das características do meio ambiente”. Segundo Sánchez (2008), abrange desta forma todos os casos de prejuízos à saúde, ao bem-estar, à segurança, às atividades sociais e econômicas, à biosfera e às condições estéticas ou sanitárias do meio. Degradação Ambiental é um processo que provoca alterações na fauna e flora natural, portanto degenera o meio ambiente, eventualmente provocando perdas à variedade de vida no planeta. Em geral, é associada a Poluição provocada pela ação do homem. Segundo Sánchez (2008), a poluição é percebida a partir de certos níveis, o mesmo acontece com as perturbações provocadas pela degradação ambiental. O Meio ambiente que desempenhafunção depuradora, ou seja, tem a capacidade de tornar- se puro novamente, está sobrecarregado, portanto dependendo do estágio de degradação a recuperação não ocorre mais de forma espontânea, pelo menos, à curto ou médio prazo, sendo necessário intervenções de ordem corretiva. Conhecer os tipos de degradação ambiental e os processos envolvidos que podem ser, de forma sintética, entendidos como degradação do solo, da vegetação, da água, isoladamente ou em conjunto, é de grande importância, para assim, adotar medidas eficientes para recuperação do ambiente. 5.2 - Impacto Ambiental Quando pensamos em Impacto Ambiental, provavelmente, nos vem a mente algo extremamente danoso causado à natureza pelas mãos do homem, como por exemplo vazamento de petróleo no mar, porém existe uma diversidade de interpretações para o conceito de Impacto Ambiental, conforme mostra o quadro 5.1. Definições 19 Conceito Autor “Impacto Ambiental pode ser visto como parte de uma relação de causa e efeito. Do ponto de vista analítico, o impacto ambiental pode ser considerado como a diferença entre as condições ambientais que existiriam com a implantação de um projeto proposto e as condições ambientais que existiriam sem essa ação”. Diefty, 1975 “Mudança (positiva ou negativa) na saúde e bem-estar humanos (inclusive a saúde dos ecossistemas dos quais depende a sobrevivência do homem), que resulta de um efeito ambiental e está ligado à diferença na qualidade do meio ambiente ‘com’ e ‘sem’ a ação humana em questão”. Munn, 1979 “Qualquer alteração de condições ambientais ou criação de um novo conjunto de condições ambientais, adversas ou benéficas, causadas ou induzidas pela ação ou conjunto de ações em consideração”. Raw, 1980 Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: (I) a saúde, a segurança, e o bem-estar da população; (II) as atividades sociais e econômicas;(III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais”(art. 1o) Resolução Conama no 001/86 “Impacto Ambiental é o resultado do efeito de uma ação antrópica sobre algum componente ambiental biótico ou abiótico”. Espíndola, 2000 “Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização. NBR ISO 14.001:2004 Fonte: Adaptado de Santos (2004) 5.1 - Quadro dos conceitos de Impacto Ambiental Muitas empresas têm adotado os seus sistemas de gestão baseados na NBR ISO 14.001:2004 (SÁNCHEZ, 2008). Ainda, segundo Sánchez (2008), a definição da Resolução CONAMA é imprópria, pois se trata na verdade de uma definição de poluição e não de Impacto Ambiental, ou seja toda poluição causa impacto ambiental, mas nem todo impacto ambiental é causado devido a poluição. Lembrando que o impacto ambiental pode ser positivo, enquanto a poluição é exclusivamente negativa. 20 Unidade: Recursos Naturais I Apesar da diversidade de definições de Impacto Ambiental, é importante frisar que as alterações causadas podem ser benéficas ou adversas, um exemplo de impacto positivo é dado por Sánchez (2008) quando cita um projeto de coleta e tratamento de esgotos, essa ação resultará em um benefício para a população, mas o projeto em si, trará diversas alterações, algumas positivas e outras negativas, ambas deverão ser consideradas em um estudo de impacto ambiental. Sánchez (2008) considera que o impacto ambiental pode ser causado por uma ação humana as quais tem suas implicações, conforme mostra o quadro 5.2. Quadro 5.2 - Implicação de ações humanas que causam Impacto Ambiental Supressão de certos elementos do ambiente • Supressão da vegetação • Destruição completa de hábitats, exemplo aterramento de um mangue. • Destruição de componentes físicos da paisagem, por exemplo escavações • Supressão de elementos significativos do ambiente construído. • Supressão de referências físicas à memória, por exemplo locais sagrados, como por exemplo cemitérios. • Supressão de elementos ou componentes valorizados do ambiente, por exemplo cavernas. Inserção de certos elementos ao ambiente • Introdução de uma espécie exótica. • Introdução de componentes construídos, por exemplo, barragens, rodovias, edifícios,etc Sobrecarga – Introdução de fatores de estresse além da capacidade de suporte do meio, gerando desequilíbrio • Qualquer poluente • Introdução de uma espécie exótica ( por exemplo os castores de Ushuaia) • Redução do hábitat ou da disponibilidade de recursos de uma dada espécie • Aumento da demanda por bens e serviços públicos, por exemplo educação, saúde Fonte: Modificado de Sánchez (2008) 21 Exemplo de Impacto causado por introdução de uma espécie exótica (que vieram de outro país ou região), foi a de castores do Canadá (América do Norte) em Ushuaia, cidade da Argentina (América do Sul) mais próxima ao Pólo Sul. Ushuaia é também chamada de Tierra Del Fuego região conhecida como “fim do mundo”. Em 1946, foram introduzidos 25 casais de castores, com o intuito de desenvolver a indústria de peles em Ushuaia, a ideia não deu certo, porém o animal se adaptou perfeitamente ao meio. Existe uma estimativa de que hoje em dia existam de 35.000 a 50.000 castores por lá. Provavelmente, as condições de insalubridade da região, a ausência de predadores e a falta de competidores naturais favoreceram a adaptação e a explosão demográfica dos castores O castor possui características exclusivas em relação ao resto dos herbívoros, uma vez que eles cortam as árvores e constroem diques, canais e acumulam alimentos para o inverno, formando reservatórios de água, ou seja os castores desenvolvem sua obra de engenharia, porém matam as árvores ao seu redor, alterando as condições físicas, químicas e bióticas, trazendo outras consequências desastrosas, hoje em dia são uma praga no local. A foto 5.1 mostra o Parque Nacional da Tierra Del Fuego, visitada pela autora. 5.3 - Aspecto Ambiental Segundo Sanchéz (2008), a norma ambiental ISO 14.001 é que introduziu o termo “Aspecto Ambiental”, desta forma é importante frisar que embora seja uma palavra de uso corrente, é definido pela norma como “elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente”. As ações são as causas, o aspecto ambiental são os mecanismos ou processos das ações humanas que geram os impactos. Foto 5.1 – Parque Nacional da Tierra del Fuego, 2011 22 Unidade: Recursos Naturais I Sánchez (2008) diferencia aspecto e impacto ambiental e cita como exemplo, que a emissão de poluentes não é um impacto ambiental, impacto é a consequência que resulta dessa emissão. Exemplos são citados por Sánchez (2008), conforme mostra o quadro 5.3. 5.3 - Quadro mostrando as ações, os aspectos e os impactos ambientais Ações Aspectos Impactos Lavagem de roupa Consumo de água Redução da disponibilidade Hídrica Pintura de uma peça metálica Emissão de compostos mecânicos voláteis Deterioração da Qualidade do ar Armazenamento de Combustível Vazamento Contaminação do solo e água subterrânea Fonte: Sánchez (2008) 5.4 - Processos Ambientais A interação do solo, rochas, água e ar com os vários tipos de energia, quer seja gravitacional, solar ou interna da Terra que ocorre em qualquer ecossistema seja natural, alterado ou degradado dão origem aos processos ambientais. Alguns exemplos de Processos Ambientais físicos e ecológicos são apresentados no quadro 5.4 Quadro 5.4 - Processos Ambientais Processos Geológicos de Superfície• Erosão • Movimentação de massa, exemplo: escorregamento • Afundamentos cársticos Processos Hidrológicos • Transporte de Poluentes nas águas • Eutrofização de corpos d´água (fenômeno causado pelo excesso de nutrientes numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas). • Acúmulo de poluentes nos sedimentos • Inundações • Depósito de sedimentos em rios e lagos 23 Processos Hidrogeológicos • Difusão de poluentes na água subterrânea Processos Atmosféricos • Transporte e difusão de poluentes gasosos Processos ecológicos • Biodegradação de matéria orgânica em corpos d`água • Bioacumulação (processo através do qual os seres vivos absorvem e retêm uma substância) de metais pesados. Para exemplificar com mais detalhes os processos, abordaremos os afundamentos cársticos. Carste também é chamado de relevo cárstico e é caracterizado pela dissolução das rochas e intemperismo químico, levando ao aparecimento de características como cavernas e dolinas. Um terreno cárstico possui características de depressões fechadas e drenagens descontínuas. Exemplos de algumas ações humanas que causam impactos no carste são: a) Desflorestamento → Empobrecimento Ecológico b) Agricultura → Degradação do Solo e Erosão e Deterioração da Qualidade da água c) Exploração do Aquífero → Colapso do Solo Os afundamentos ou Colapsos do solo são decorrentes de colapso do teto de cavernas. Esses efeitos de afundamentos são os mais importantes para a engenharia, pois podem comprometer ou destruir por inteiro edificações. Destaque se dá ao fenômeno de colapso ocorrido em Cajamar, em 1986, onde casas foram “sugadas” por uma cratera de 30 metros de diâmetro e 15 metros de profundidade, edificações localizadas até 400 metros de distância também foram atingidas. Fonte: Modificado de Sánchez (2008) Conclusão Explorar os recursos naturais demanda responsabilidade ambiental e social, é preciso conhecer os efeitos causados pelas ações humanas e os respectivos impactos, principalmente os adversos. Lembrando que os recursos naturais não renováveis já estão estocados na natureza, e que não podem ser reconstituídos, apenas reciclados ou reutilizados e eles podem não ser suficientes, portanto é preciso conhecimento suficiente para saber gerenciar estes recursos 24 Unidade: Recursos Naturais I Material Complementar Como texto complementar desta Unidade, indico a leitura do livro. Explore BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentá- vel. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 25 Referências BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. HOGAN D.J.; MARANDOLA JR E.; OJIMA R. População e Ambiente: Desafios e Sustentabilidade. São Paulo: Blucher, 2010. ISAIA, G.C. et al. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010 MANO, E.B.;PACHECO E.B.A.V.;BONELLI, C.M.C. Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem. São Paulo: Blucher, 2010. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES - Governo Federal, disponível em: <http://www.suapesquisa.com/geografia/bacias_hidrograficas.htm.> Acesso em: 14/jan.2012. MUNDO EDUCAÇÃO, disponível em <http:// www.mundoeducacao.com.br/geografia/aquifero-guarani.htm >. Acesso em: 14/jan.2012 SÁNCHEZ, L.E. Avaliação de Impacto Ambiental conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008 SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. SILVESTRE, M.E.D. Água doce no Brasil: razões de uma nova política. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2003. TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: RiMa, IIE, 2003. 26 Unidade: Recursos Naturais I Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 Gestão ambiental e responsabilidade social Recursos naturais II Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms Carla Caprara Parizi Revisão Textual: Profa. Dra. Patrícia Leite 5 • Introdução • Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) · Nesta unidade da disciplina de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social, abordaremos o tema “Recursos Naturais II”. · Leia a “Orientação de Estudos”, para melhor compreender a rotina de estudos, os trabalhos práticos e as avaliações a serem realizadas ao longo do semestre. Recursos naturais II Atenção Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. • Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas • Conclusão 6 Unidade: Recursos naturais II Contextualização Nesta segunda unidade, abordaremos o tema Recursos Naturais I. O material foi organizado em: 1 - Aviso – É o primeiro contato com o aluno 2 - Mapa Mental Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os conteúdos e suas relações 3 - Contextualização e Problematização - Texto Introdutório lembrando a importância dos conteúdos abordados. 4 - Material teórico contemplando Recursos Naturais I. 5 - Apresentação narrada no formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico; 6 - Atividade de Sistematização: Atividade avaliativa do tipo teste de múltipla escolha, baseada nos conteúdos estudados no “Material teórico”, no livro sugerido, e leituras complementares, com autocorreção pelo Blackboard. 7 - Atividade de Aprofundamento: Atividade Avaliativa – Unidades I, III – Atividade de Aprofundamento: Fórum de discussão Unidades II, IV e V Reflexiva ou Aplicação 8 - Material complementar sobre o tema; 9 - Referências bibliográficas. Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência as atividades de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização), e as atividades de interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação). Utilize os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas. A Terra já tem estocado todos os recursos para a manutenção e o desenvolvimento de seus habitantes (salvo alguns recursos que se renovam), e, em alguns casos, eles podem não ser suficientes ou inadequados para uso. Elementos tais como o crescimento acelerado da população, o grau de poluição gerado, os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados, nos levam a crer que este estoque acabará! Portanto, algumas ações são inevitáveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver esse problema, é preciso conhecer os recursos naturais, seus problemas e suas limitações, para melhor gerenciá-los. 7 1. Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) Introdução Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliação de Impacto Ambiental, Diagnóstico Ambiental, Recuperação Ambiental, Atividades e Medidas para Preservação do Solo, bem como Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas. É um instrumento de política ambiental, em que se faz um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, formado por um conjunto de procedimentos, cujos resultados devem ser apresentados de forma adequada a quem interessar e, principalmente, aos responsáveis pela tomada de decisão. O conjunto de procedimentos deve garantir adoção de medidas de proteção ao meio ambiente, em situação específica, como o caso de implantação de um projeto. (MOREIRA, 1992, APUD SÁNCHEZ, 2008). Grosso modo, podemos dizer que avaliação de impacto ambiental é a visão antecipada de possíveis consequências de açõespresentes ou propostas. Segundo Sánchez (2008), apesar da AIA ter um caráter prévio, de avaliação para tomada de decisão, pode-se encontrar referências de avaliações de impactos de ações ou eventos passados, neste caso a preocupação passa a ser com os danos já causados. 1.1. Diagnóstico Ambiental Na avaliação de Impacto Ambiental quer seja para futuras ações, quer seja de ações passadas, é necessário conhecer a situação atual do ambiente. Segundo Sánchez (2008), denomina-se Diagnóstico Ambiental “a descrição das condições ambientais existentes em determinada área no momento presente”. O grau de profundidade e abrangência do diagnóstico ambiental depende dos objetivos do estudo. 1.2. Recuperação Ambiental Um ambiente mesmo afetado por ações humanas pode ser recuperado, desde que sejam propostas e aplicadas ações voltadas com esse objetivo. Isto significa que um ambiente degradado pode ser recuperado. 8 Unidade: Recursos naturais II Sánchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado é “recuperação de áreas degradadas”. A recuperação de áreas degradadas requer uma intervenção planejada, cujo objetivo é tornar a área, produtiva novamente e sustentável. Dentre as variantes da recuperação ambiental estão, segundo Sánchez (2008): a) Restauração – “Retorno de uma área degradada às condições existentes antes da degradação”, ou até melhor desde que o ambiente já esteja alterado. b) Reabilitação – É o tipo de recuperação mais frequente, neste caso as ações de recuperação são voltadas a habilitar a área novamente, para uma nova forma de utilização, ainda que bem diferente da anterior. Em seu artigo 3o, o Decreto Federal no 97.632/89 para o plano de recuperação de áreas degradadas por extração mineral define que “A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização , de acordo com um plano pré-estabelecido para uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente” (SÁNCHEZ, 2008) c) Remediação – é um tipo de recuperação ambiental, porém de casos em que a área degradada está contaminada. Em ambientes urbanos os termos de recuperação utilizados são Requalificação e Revitalização. 1.3. Atividades e Medidas para Preservação do Solo. As principais atividades e Medidas para Preservação do Solo são: a) Ponto de equilíbrio ecológico entre a produtividade agrícola e industrial e a ocupação urbana: • Novas áreas de preservação; • Aumento de Jardins Botânicos e de reservas (nos centros urbanos); • Bancos Genéticos (recomposição das áreas degradadas); • Reflorestamento de mata ciliar (margens dos rios); • Programa de Educação Ambiental; • Instrumentos para prevenção e controle da poluição e contaminação do solo. Como para ambientes terrestres o termo mais usado é “recuperação de áreas degradadas”, e sendo a erosão um dos principais fenômenos tratados no planejamento ambiental, iremos abrir um pouco mais de “espaço” para o tema. 2. Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas. 9 2.1. Prevenção e Controle da Erosão Medidas Preventivas são sempre preferenciais às medidas corretivas, primeiramente, porque são muito mais eficazes para conter e/ ou evitar a degradação ambiental, e segundo porque são economicamente mais viáveis. Já as medidas Corretivas são mais onerosas e de implantação mais difícil (BRAGA, 2005). A erosão é um dos principais fenômenos tratados no planejamento ambiental, tal fenômeno ocorre naturalmente sendo difícil de ser controlado, e facilmente acelerado por ações do homem (SANTOS, 2004). Essa aceleração ocorre, principalmente, com o desmatamento ou remoção da cobertura vegetal original, com o manejo impróprio de solos produtivos, com a exploração inadequada de terras próximas aos cursos d` água, ocupação das terras por usos inadequados, uso de áreas com elevado potencial natural de erosão, e principalmente com a falta de planejamento de ocupação ( SANTOS, 2004). No processo de erosão perde-se a porção mais fértil do solo, e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS, 2004). Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoção do solo, o plantio de vegetação e a correção da drenagem que originou a remoção das camadas, são medidas corretivas para este processo (BRAGA, 2005). Nos casos em que o processo erosivo é mais crítico, como a formação de voçoroca ou boçoroca, que são grandes buracos de erosão, causados pela chuva e intempéries e que ocorre onde a vegetação é escassa, de modo geral, as intervenções corretivas são obras de engenharia hidráulica, de engenharia de solos e de engenharia agronômica (BRAGA, 2005). As Medidas Preventivas em solo rural correspondem à utilização de práticas que permitem a exploração agrícola do solo sem torná-lo significativamente pobre (BRAGA, 2005). As práticas mais utilizadas são o preparo do solo em curvas de nível, desta forma evita-se que as águas das chuvas corram livremente ocasionando o fenômeno da erosão, conforme figura 2.1. O terraceamento também é uma técnica agrícola e geográfica de conservação do solo, com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosão. Figura 2.1 – Plantação com curvas de nível – Ponta Grossa - PR Fonte: Natureza Brasileira 10 Unidade: Recursos naturais II São usadas ainda, segundo Braga (2005), estruturas para desvio que terminem em poços para infiltração das águas; controle das voçorocas; preservação da vegetação nativa em grandes aclives e áreas próximas aos cursos d’água. 2.2 – Controle da Poluição do solo rural A população cresce a taxas elevadas, e para assegurar a produção agrícola, pois afinal é preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo, o emprego de fertilizantes sintéticos e defensivos parece inevitável, apesar dos riscos envolvidos. A utilização de fertilizantes sintéticos podem causar impactos imediatos em áreas agrícolas, já os defensivos, de modo geral manifestam-se após longo anos. Se no momento não podemos ou não temos uma solução para resolver o problema da utilização de fertilizantes e defensivos e, portanto, temos que conviver com eles, nada mais sensato do que utilizá-los na medida certa, cortando os desperdícios que geram resíduos poluidores. Optando também por defensivos mais seguros e utilizando-se de técnicas de aplicação que também reduzam os desperdícios que geram acúmulo e propagação para a cadeia alimentar (BRAGA, 2005). 2.3 - Controle da Poluição do solo urbano Resíduos sólidos, podem advir de residências, comércios etc. e são mais conhecidos como “lixo”, ou ainda classificados em resíduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades médico-hospitalares (BRAGA, 2005). Em função do aspecto prático e técnicas de tratamento e disposição, a norma Brasileira NBR 10.004 considera três classes de resíduos, são elas: • Resíduos Classe I ou Perigosos: podem apresentar riscos a saúde pública ou efeitos adversos ao meio ambiente (toxidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade); • Resíduos Classe III ou Inertes: não se solubilizam na água (concentração superior aos padrões de potabilidade); • Resíduos Classe II ou não Inertes: não se enquadram em nenhuma das classes anteriores. Essa divisão pode e deve ser usada para acondicionamento, manuseio, coleta e transporte dos resíduos pela população. As dificuldades dessa implantação de reconhecimento dos resíduos, segundo essas três classes, provêm do tempo, recursos financeiros, administrativos e educacionais necessários para viabilizar esse sistema, além disso, da mudança de hábitos e costumes (BRAGA, 2005). Em áreas urbanas, o Sistema de Disposição e Tratamento do Lixo é indispensável, em áreas rurais existem algumas alternativas como adubação do solo ou alimentaçãode animais, para alguns tipos de resíduos domésticos. 11 2.3.1 - Sistema de disposição e tratamento do lixo O Sistema de Disposição e Tratamento do Lixo é indispensável e se incumbe da limpeza, da coleta, disposição e tratamento do lixo, com o objetivo de extinção dos riscos à saúde pública e redução ou eliminação dos impactos sobre o ambiente, provocados pelo lixo. Principais atividades do sistema (BRAGA, 2005): a) Varrição de vias, praças, e demais logradouros públicos. b) Coleta domiciliar, do comércio e da indústria, sempre que possível seletiva. c) Transporte até centros de transbordo ou de triagem ou até locais de disposição e tratamento. d) Disposição e/ ou tratamento do lixo. Segundo Braga (2005), a disposição e o tratamento do lixo podem ser feitos de várias maneiras: a forma inadequada é a de lançar e amontoar em algum terreno dando origem aos “lixões”, sem medidas de proteção ao ambiente ou à saúde pública. Esta é uma prática que incentiva a catação propiciando além dos problemas sociais, ambientes altamente poluídos além do próprio solo, pode poluir as águas e a atmosfera. Outras formas são os aterros sanitários ou energéticos, a compostagem e a incineração. Aterro Sanitário, conforme mostra a figura 2.3, é um processo que permite o confinamento seguro dos resíduos relativamente à poluição ambiental e à saúde pública. No aterro, os resíduos são lançados sobre o terreno e recobertos com solo do local, onde são utilizadas máquinas para terraplenagem, que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume. No material aterrado a biodegradação aeróbia é interrompida pela falta de oxigênio, dando espaço para biodegradação anaeróbia, com liberação de gás e de líquido escuro chamado de chorume, que pode se infiltrar no solo e contaminar o lençol freático, caso não haja uma camada que impermeabilize o solo. O gás é chamado de metano e deve ser drenado. Segundo Braga (2005), o aterro sanitário energético é uma evolução do aterro sanitário, onde o chorume drenado é reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produção de gás. O gás drenado pode ser usado como combustível. A desvantagem da utilização de aterros é que exige áreas extensas para sua instalação. Figura 2.3 – Aterro Sanitário em várias fases Fonte: IPT – Instituto de pesquisas Tecnológicas (2000) 12 Unidade: Recursos naturais II Outra forma de dispor e tratar o “lixo” é a compostagem que é um processo biológico de decomposição da matéria orgânica de origem animal ou vegetal. A figura 2.4 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades até 60 mil habitantes. Vantagens da compostagem, segundo o IPT (2000): a) Redução de cerca de 50% do lixo destinado ao aterro; b) Economia de aterro; c) Aproveitamento agrícola de matéria orgânica; d) Reciclagem de nutrientes para o solo; e) Processo ambientalmente seguro; f) Eliminação de patógenos; g) Economia de tratamento de efluentes. Geralmente, ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo, onde primeiramente são separados os materiais que podem ser reciclados e, depois, feita a compostagem com matéria orgânica. O processo de compostagem ocorre pela decomposição de matéria orgânica, em condições aeróbias de maneira controlada, de forma a obter um material estabilizado, livre de reações de putrefação. Figura 2.4 – Usina de Compostagem de lixo para cidades até 60 mil habitantes Fonte: IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2000) Quanto à incineração, ela é feita em usinas próprias, onde o lixo é reduzido a cinzas e gases. As emissões gasosas podem ser lançadas na atmosfera sem maiores problemas, desde que se utilize equipamentos de combate à poluição. A figura 2.5 mostra um incinerador de lixo. As principais vantagens da incineração, segundo Braga (2005), são a minimização de áreas para aterro e para as instalações e ainda a possibilidade de sua utilização para alguns tipos de resíduos perigosos, como os hospitalares. 13 E como desvantagem os altos custos de investimento, operação e manutenção e pessoal qualificado para operação (BRAGA, 2005). Figura 2.5 - Incinerador de lixo Fonte: Cetesb (1990, apud IPT, 2000) A escolha da alternativa mais viável de levar em conta os custos, as características socioeconômicas da região e, principalmente, o custo ambiental. Para grandes populações, geralmente, são adotados mais de um tipo de solução. 2.4 – Resíduos Perigosos Resíduos Perigosos são resíduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente. Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resíduos perigosos são dados no quadro 2.4. Quadro 2.4 - Fontes geradoras com seus respectivos resíduos perigosos Setor Fonte Resíduos Perigosos Serviços, Comércio e Agricultura • Veículos • Aeroportos • Lavagem a seco • Transformadores • Hospitais • Fazendas, parques municipais • Resíduos Oleosos • Óleos, fluidos • Solventes halogenados • Bifenilas policloradas • Resíduos Patogênicos • Resíduos de pesticidas, embalagens contaminadas 14 Unidade: Recursos naturais II Indústrias de pequeno e médio porte • Tratamento de Metais (galvanização,etc) • Fabricação de tintas • Curtumes • Lodos contendo metais pesados • Solventes, borras, tintas • Lodos contendo cromo Indústrias de Grande Porte • Processo de extração de bauxita: fabricação de alumínio • Refinaria de petróleo • Produção de cloro • Química • Resíduos de desmonte de cubas de redução • Catalisadores, resíduos oleosos. • Lodos com mercúrio • Resíduos de fundo de coluna de destilação Fonte: Modificado de Braga (2005) O Gráfico 2.4 mostra os percentuais correspondentes à destinação final dos resíduos industriais. 2.4 – Gráfico da destinação final dos resíduos industriais no Estado de São Paulo Fonte: Modificado Cetesb (1997, apud Braga, 2005) O percentual de disposição é bastante significativo e explorado no gráfico 2.5 que se refere aos 61,32% da disposição, mostrada no gráfico 2.4. Vale a pena destacar a preocupação referente à destinação final dos resíduos industriais, pois grande parte deles são dispostos diretamente no meio ambiente, como mostrado no gráfico 2.5. 15 2.5 – Gráfico dos percentuais de distribuição (61,32%) relativos à disposição. Fonte: Modificado Cetesb (1997, apud Braga, 2005) Quanto à classificação dos resíduos perigosos Braga (2005) os divide em: resíduos biomédicos e resíduos químicos. 2.4.1 – Resíduos Biomédicos São os resíduos gerados por hospitais, clínicas, laboratórios, etc. São resíduos que apresentam características patológicas e infecciosas, conforme cita Braga (2005): a) Resíduos cirúrgicos e patológicos; b) Animais usados para experiências; c) Embalagens e resíduos químicos; d) Bandagens, panos e tecidos empregados em práticas médicas; e) Agulhas, seringas; f) Equipamentos, resíduos contaminados. Em práticas médicas, é comum a utilização de resíduos radioativos, porém estes não são enquadrados como resíduos biomédicos, eles possuem legislação específica. Os resíduos biomédicos devem ser incinerados, no local, e as cinzas são dispostas em aterro sanitário, caso não haja incineração devem ser dispostas em aterros sanitários, depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA, 2005). 16 Unidade: Recursos naturais II 2.4.2 – Resíduos Químicos Resíduos químicos são na maioria advindos de atividades industriais. Segundo Braga (2005), a preocupação com esses resíduos é relativamente recente, desta forma a diminuição dos impactos ainda não é feita. O tratamento para estes resíduos varia, ou seja depende do caso, existe tentativas de amenizar o problema, mas devido aos altos custos são abandonados. Não existe efetivamente nenhum modo seguro deavaliar o impacto causado por estes tipos de resíduos, embora sua rota de poluição possa atingir o ar, a água e o solo (BRAGA, 2005). Ações propostas pelo Comitê Preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, relativa a Gestão de Resíduos Perigosos, citadas por Braga (2005) são: • Promover a prevenção ou minimização da produção de resíduos por meio de métodos de produção mais “limpos”, evitando o emprego de substâncias perigosas; sempre que for possível substituí-las por outras ou pela reciclagem, reutilização, recuperação ou usos alternativos dessas substâncias; • Aprimorar o conhecimento e a informação sobre os aspectos econômicos envolvidos na gestão desses resíduos e sobre os efeitos produzidos por essas substâncias sobre a saúde dos organismos e sobre o meio ambiente; • Promover e fortalecer a capacitação institucional para prevenir e/ou minimizar danos para gerir o problema; e • Promover e fortalecer a cooperação internacional relativa à gestão de deslocamentos transfronteiriços de resíduos perigosos, incluindo monitoramento e controle, de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais. 2.4.2.1 – Disposição de resíduos químicos perigosos Os métodos mais empregados para disposição e tratamento dos resíduos químicos perigosos citados por Miller (1985, apud Braga, 2005) são: os aterros de armazenamento, as lagoas superficiais, o armazenamento em formações geológicas subterrâneas e as injeções em poços. Podem ser utilizados também tambores de armazenamento, que por sua vez também são aterrados, porém os tambores sofrem deterioração com o tempo, incorrendo no risco de liberar os resíduos. O armazenamento tem a função de evitar que resíduos perigosos circulem no meio ambiente, mas nem sempre isto é possível, pois é preciso que o projeto, a construção e a manutenção, não falhem no que diz respeito à impermeabilização adequada do meio. Na disposição dos resíduos na forma de injeções em poços não há como evitar a poluição do aquífero freático (BRAGA, 2005). 17 2.4.2.2 – Tratamento dos resíduos perigosos Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como físico, químicos ou biológicos, tendo como objetivo principal a transformação desses resíduos em menos perigosos. 2.5 – Resíduos Radioativos A geração de resíduos radioativos é proveniente na maior parte das vezes pela produção de armas nucleares, produção de combustíveis para usinas nucleares e sistemas de propulsão, operação em usinas nucleares, pesquisa e atividades médicas (BRAGA, 2005). Os resíduos radioativos podem se apresentar na forma sólida, líquida e gasosa, e não é possível destruir a radioatividade em nenhuma das formas, a única alternativa é confinar os resíduos de forma segura. Conclusão É preciso conhecer os efeitos causados pelas ações humanas e os respectivos impactos, principalmente os adversos, para melhor gerenciá-los. 18 Unidade: Recursos naturais II Material Complementar Como texto complementar desta Unidade, indico a leitura do livro. BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 19 Referências BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Lixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000. NATUREZA Brasileira, disponível em http:// www.naturezabrasileira.com.br. Acesso em 25/fev.2012 SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008 SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. 20 Unidade: Recursos naturais II Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Fontes de Energia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms. Carla Caprara Parizi Revisão Textual: Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio 5 • Fontes de energia • Evolução do Consumo de Energia • Aproveitamento Energético · Nesta Unidade, abordaremos o tema “ Fontes de Energia”. Leia a “Orientação de Estudos”, para melhor compreender a rotina de estudos, os trabalhos práticos e as avaliações a serem realizadas ao longo do semestre. Fontes de Energia • Lixo Tecnológico Atenção Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 6 Unidade: Fontes de Energia Contextualização Nesta terceira unidade, abordaremos o tema Fontes de Energia O material foi organizado em: 1 - Aviso – É o primeiro contato com o aluno 2 - Mapa Mental Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os conteúdos e suas relações 3 - Contextualização e Problematização - Texto Introdutório lembrando a importância dos conteúdos abordados. 4 - Material teórico contemplando Recursos Naturais I. 5 - Apresentação narrada no formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico; 6 - Atividade de Sistematização: Atividade avaliativa do tipo teste de múltipla escolha, baseada nos conteúdos estudados no “Material teórico”, no livro sugerido, e leituras complementares, com autocorreção pelo Blackboard. 7 - Atividade de Aprofundamento: Atividade Avaliativa – Unidades I, III – Atividade de Aprofundamento: Fórum de discussão Unidades II, IV e V Reflexiva ou Aplicação 8 - Material complementar sobre o tema; 9 - Referências bibliográficas. Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência as atividades de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização), e as atividades de interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação). Utilize os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas. A Terra já tem estocado todos os recursos para a manutenção e o desenvolvimento de seus habitantes, salvo alguns recursos que se renovam, porém podem não ser suficientes ou inadequados para uso. Entretanto, com o crescimento acelerado da população, o grau de poluição gerado, os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados, nos leva a crer que este estoque acabará. Portanto, algumas ações são inevitáveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver este problema, é preciso conhecer os recursos naturais, seus problemas e suas limitações, para melhor gerenciá-lo. 7 1 Fontes de energia Introdução O desenvolvimento da humanidade e, consequentemente, o avanço da tecnologia impulsiona os consumos de materiais e energia. Desta forma, é importante o conhecimento das principais fontes de energia para assim ser capaz de discutir as melhores alternativas, diante do aumento previsto da demanda. A energia é usualmente definida como a capacidade de realizar trabalho mecânico, deslocando, por exemplo, um objeto de uma posição para outra, pela aplicação de uma força. De forma geral, a energia pode ser definida como a capacidade de produzir transformações em um sistema. As transformações podem ser físicas, químicas e biológicas. A seguir, vamos estudar as fontes de energia. Os recursos naturais primários são classificados em renováveis, os quais provém direta ou indiretamente da energia solar e não-renováveis. O aproveitamento direto da energia solar é utilizado, por exemplo, para aquecimento de ambientes e geração de eletricidade, já o aproveitamento indireto se dá por meio do vento,e vazão dos rios (BRAGA, 2005). As principais fontes de energia são, portanto, Renováveis e não- Renováveis. 1.1 Fontes Renováveis As Fontes Renováveis de energia segundo Braga (2005) são: a) Hidroeletricidade – Consiste em aproveitar a energia potencial ou cinética da água, transformando-a em energia mecânica, pela turbina, e finalmente em eletricidade pelo gerador. É responsável por 92% da produção total de energia no Brasil. Tem alto rendimento, porém sua principal desvantagem é que provoca impactos ambientais na construção e operação dos reservatórios. b) Energia das Marés – É obtida dos desníveis criados pelas marés. Os projetos hoje são quase experimentais e se mostraram antieconômicos. c) Energia Geotérmica – Está contida em alguns depósitos (renováveis e não-renováveis). É obtida por meio dos depósitos subterrâneos de materiais radioativos e do magma no interior da Terra. 8 Unidade: Fontes de Energia d) Energia Eólica – Energia obtida dos ventos, por meio de cata-ventos gigantes, com 60 m de altura e hélices com 40 m de comprimento. Cada turbina pode abastecer 1.300 casas, podem ser instaladas na terra e também no mar em cima de plataformas de concreto. Uma usina eólica leva apenas seis meses para ser construída e operada, porém o investimento é muito alto. A grande desvantagem é que em períodos de calmaria é necessária outra fonte geradora de energia, ainda como desvantagem as turbinas eólicas podem interferir na migração de pássaros, na transmissão de sinais de rádio e TV e na paisagem. e) Energia Solar – É a energia radiante do Sol. São sistemas ineficientes e caros, porém com a vantagem de produzir poucos impactos ambientais. f) Biomassa, Biogás e Biolíquido – A Biomassa é a matéria vegetal produzida pelo sol por meio de fotossíntese. Ela pode ser queimada e convertida para outros estados (líquido ou gasoso), que são capazes de se transformar em energia. Esta energia é resultado da decomposição de materiais orgânicos como, por exemplo, esterco, madeira, resíduos agrícolas, restos de alimentos entre outros. É obtida do gás natural resultado da decomposição anaeróbia de compostos orgânicos. As grandes desvantagens para o meio ambiente do emprego da biomassa são os conflitos do uso da terra para a agricultura, o aumento da erosão, a poluição do solo e da água e a destruição do hábitat. g) Gás hidrogênio – É produzido por processos eletroquímicos, obtido principalmente pela eletrólise processo de decomposição da água (H2O) em oxigênio (O) e hidrogênio (H2) por efeito da passagem de uma corrente elétrica pela água. Muitos cientistas sugerem o uso do gás hidrogênio para substituir o petróleo e o gás natural. No futuro, o hidrogênio poderá ser obtido pela decomposição da água doce ou salgada. 1.2 Fontes não-renováveis As Fontes não-renováveis de energia segundo Braga (2005) são: a) Petróleo – Formado basicamente por hidrocarbonetos e poucos compostos contém oxigênio, enxofre e nitrogênio. O petróleo e o gás estão geralmente confinados a grandes profundidades, tanto abaixo dos continentes como dos mares, tanto o petróleo, quanto o gás natural e o carvão, formaram-se há milhões de anos pela decomposição de vegetais e animais submetidos a altas temperaturas e pressões na crosta terrestre. O petróleo é retirado do poço e enviado as refinarias. Na refinaria, ele é aquecido e destilado para separar a gasolina, o óleo combustível, o óleo diesel e outros componentes. b) Xisto Betuminoso: São rochas sedimentares. Sua utilização provoca um grande impacto ambiental, seu processamento utiliza uma grande quantidade de água indisponível nos locais onde há depósitos ricos de xisto. Além disso, os xistos formados pela mistura de compostos orgânicos em estado sólido ou em forma pastosa chamada querogênio, gera grande quantidade de CO2, óxidos de nitrogênio, SO2 e sais cancerígenos, afetando o ar e a água da região. 9 c) Alcatrão: É obtido por meio de depósitos arenosos. Possui baixíssimo rendimento, gera impactos ambientais na água, no ar e no solo. d) Gás Natural não convencional: encontrado em depósitos subterrâneos profundos de camadas arenosas, rochas sedimentares e veios de carvão. Encontra-se, ainda, em depósitos profundos de água salgada. Gera menos poluentes atmosféricos quando comparado com outros combustíveis fósseis. Esse gás pode ser queimado, eficientemente, em fornos, fogões, aquecedores de água, secadores, caldeiras, incineradores, aparelhos de ar condicionado, refrigeradores etc. Podem ser utilizados turbinas a gás operando em turbinas a jato para geração de eletricidade. e) Carvão Mineral ou hulha – É formado basicamente por carbono, com pequenas quantidades de água, nitrogênio e enxofre. É o combustível fóssil mais abundante no mundo. O carvão é a grande fonte de óxidos de enxofre e nitrogênio. Essas emissões são responsáveis pelo “smog industrial” e pela ocorrência das chuvas ácidas. O carvão produz grande quantidade de CO2, comparando com outras fontes. Desta forma, é um dos maiores contribuintes do efeito estufa. f) Energia Geotérmica: Pode ser usada para aquecimento ambiental, produção industrial e geração de eletricidade. A eficiência no seu uso e a não emissão de CO2 são as maiores vantagens. Como desvantagens apresentam poucas fontes de energia, emissão de amônia, gás sulfídrico e materiais radioativos. g) Energia Nuclear: Fonte de energia polêmica, ela ocorre por meio do choque entre as partículas de urânio, gerando muita energia, as bombas atômicas são feitas desta forma, mas a mesma tecnologia desde que controlada pode ser usada a favor da humanidade. As Usinas Nucleares transformam a força dos átomos em eletricidade, mas sem emitir gases de efeito estufa, porém geram o lixo radioativo, que dura 10 mil anos. Em uma Usina nuclear o aquecimento é produzido por reação de fissão nuclear, sendo o combustível mais utilizado o urânio 235. São inúmeras as ações para segurança dos reatores, destacam-se paredes espessas utilizando-se de concreto pesado, sistema de emergência para inundar automaticamente o reator em caso de derretimento do núcleo, e tantas outras ações que tornam a usina segura, com pouca chance de ocorrência de acidente nuclear. h) Fusão Nuclear: é o processo no qual dois átomos leves se unem, dando origem a um elemento mais pesado. 2 Evolução do Consumo de Energia Segundo Miller (1985, apud Braga, 2005) os homens primitivos consumiam em média diariamente 2.000 kcal/dia de energia que eram obtidas do alimento consumido. 10 Unidade: Fontes de Energia Os primeiros homens caçadores aumentaram o consumo para 5.000 Kcal/dia. Os primeiros agricultores utilizando-se do fogo para cozimento e aquecimento pela queima de madeira, além da tração animal aumentaram o consumo para 12.000 kcal/dia (MILLER, 1985, apud BRAGA, 2005). Durante a Revolução Industrial, este número cresceu para 60.000 Kcal/dia, em países como Inglaterra e Estados Unidos, a madeira era empregada para movimentar máquinas e locomotivas, para fundir areia em vidro e converter minério em metais. A partir daí começou um processo de destruição das florestas, nesta mesma época descobriu-se que o carvão poderia ser obtido por mineração e substituir a madeira (MILLER, 1985, apud BRAGA, 2005). Em 1869, foi perfurado o primeiro poço de petróleo, juntamente com as descobertas envolvendo destilação refino do petróleo em gasolina, óleo combustível e óleo diesel, a partir daí as mudanças ocorridas foram significativas em termos de consumo de energia. Em 1985, o consumo per capita mundial diário foi de 125.000 Kcal/dia (MILLER, 1985, apud BRAGA, 2005). Existe um desequilíbrio entre países desenvolvidos e países subdesenvolvidos, enquanto os Estados Unidos possuem 4,7% da população mundial e consome 25% da energia comercial mundial, a Índia, com 16% da população mundial,consome somente 1,5% da energia mundial (MILLER, 1985, apud BRAGA, 2005). O quadro 3.1 mostra a oferta Mundial de energia por fonte. Quadro 3.1 Oferta Mundial de energia por fonte Fonte (%) Petróleo 34,9 Carvão Mineral 23,5 Gás Natural 21,1 Energias Renováveis 11,0 Nuclear 6,8 Hidráulica 2,3 Outras 0,5 Fonte: MME, Balanço Energético ( 2003 apud Braga 2005) Observem que as fontes não-renováveis são responsáveis por aproximadamente 86% (34,9 + 23,5 + 21,1+ 6,8) da oferta já os renováveis aproximadamente 14% (11,0 +2,3 + 0,5). 3 Aproveitamento Energético Segundo Braga (2005,) além de gerenciar e controlar o consumo de energia outro grande desafio técnico é a eficiência do aproveitamento das fontes de energia. REL (Razão de Energia Líquida) é o parâmetro que avalia o grau de eficiência do aproveitamento das fontes de energia. A equação 4.1 define a REL (Razão de Energia Líquida) 11 REL = Energia obtida equação 4.1 Energia gasta na produção Quanto maior o REL, maior é a eficiência no uso da fonte empregada, o petróleo, por exemplo, possui uma Razão de Energia Líquida alta, pois as reservas são ricas e muito acessíveis, conforme as fontes forem se esgotando a energia gasta para produção será maior, decrescendo a REL (BRAGA, 2005). A conservação é uma saída para a crise energética, ou seja, desenvolver técnicas e/ou meios para a utilização eficiente das fontes de energia disponíveis, não só permite um prolongamento na utilização das fontes, como minimiza os impactos ambientais. O quadro 4.1 mostra a razão de energia líquida para três atividades diferentes, em função da fonte de energia primária empregada. Quadro 4.1 Razão de Energia Líquida em função da fonte de energia empregada Fonte Razão de energia útil líquida Aquecimento doméstico Sol 5,8 Gás Natural 4,9 Petróleo 4,5 Carvão Gaseificado 1,5 Térmica a carvão 0,4 Térmica a gás natural 0,4 Térmica nuclear 0,3 Processos Industriais Carvão Mineral (superfície) 28,2 Carvão Mineral (subterrâneo) 25,8 Gás Natural 4,9 Petróleo 4,7 Carvão Gaseificado 1,5 Solar direto 0,9 Transporte Gás Natural 4,9 Gasolina 4,1 Biocombustível 1,9 Carvão Liquefeito 1,4 Fonte: Miller ( 2003 apud Braga 2005) 12 Unidade: Fontes de Energia Segundo Braga (2005), duas são as correntes que defendem estratégias para enfrentar a crise energética, porém defendem estratégias opostas. Uma delas segue o “Modelo do mundo em crescimento” e a outra segue o “Modelo de crescimento sustentável”. Segundo Miller (2003 apud Braga 2005), os que seguem o Modelo em crescimento enfatizam a necessidade de incentivo às companhias de energia para que aumentem seus suprimentos de combustíveis não-renováveis. A corrente de crescimento sustentável sugere a combinação de algumas ações, conforme mostra Miller (2003 apud Braga 2005), são elas: 1) aumentar a eficiência no uso da energia ; 2) diminuir o emprego de óleo, carvão e gás natural não-renováveis; 3) eliminar as usinas nucleares, pois essas seriam anti-econômicas, inseguras e desnecessárias; e 4) aumentar o emprego de recursos energéticos solares diretos e indiretos. A corrente sustentável, ainda conforme Miller (2003 apud Braga, 2005), propõe que as casas e os edifícios sejam aquecidos por sistemas que aproveitem a luz direta do sol, para transporte, por exemplo, continuaria sendo utilizado como combustível o etanol, desde que o plantio para obtenção do mesmo fosse feito em terras improdutivas e tantas outras ações. 3.1 Aumento na eficiência do uso da energia Algumas ações sugeridas por Miller (2003 apud Braga 2005) para tornar a utilização da energia mais eficiente, aumentando desta forma a energia disponível são: • Mudança de hábito; andar a pé ou de bicicleta, utilizar transportes públicos, manter luzes apagadas. • Aumentar a eficiência no consumo de energia, por exemplo, manter o motor do carro regulado, aumentar o isolamento térmico de casas, optar por equipamentos que economizem energia, como é o caso de refrigeradores e lâmpadas. Quanto à mudança de hábito, sabemos que é muito difícil em cidades como São Paulo que andemos a pé ou de bicicleta, ou que troquemos o conforto dos carros, por transportes públicos precários e ineficientes. 13 4 Lixo Tecnológico O lixo tecnológico, como bem sabemos, é altamente poluente, portanto não deve ser considerado um lixo comum, para seu descarte existe uma opção adequada que é o descarte em empresas especializadas em logística reversa. A logística reversa pode ser definida, grosso modo, como sendo o caminho de atividades que seguem sentido inverso da produção comum, partem do que normalmente seria o destino final de um produto, ou seja, o consumidor e seguem de volta a origem, ou seja, a indústria, e têm duas metas uma delas é o reaproveitamento das matérias primas contidas nos produtos descartados e a outra é a destinação segura dos resíduos complexos. É muito importante para complementar o assunto sobre lixo tecnológico e imprescindível para responder as questões de sistematização e provas, que vocês assistam aos filmes sobre este tema, com os respectivos endereços expostos seguir: O lixo tecnológico parte 1 e parte 2 ,respectivamente • http://youtu.be/iHwqvf91Cn8 • http://youtu.be/W2t1y5oq96A Conclusão Bem não é nada difícil perceber que os números expostos neste material referentes à evolução no consumo de energia, são preocupantes e que as fontes não-renováveis são responsáveis por 86% desta oferta, é certo, portanto, que a crise energética no futuro deverá se intensificar, ou seja, a discussão continuará recaindo sobre tecnologia versus consumo de energia. Sabemos também que qualquer implementação de novas tecnologias não se faz da noite para o dia, segundo Miller (2003 apud Braga, 2005), seriam necessários pelo menos 50 anos, porém as metas devem ser impostas em períodos a curto, médio e longo prazo. Os projetos sejam a curto, médio ou longo prazo deverão procurar utilizar a energia de forma mais eficiente. 14 Unidade: Fontes de Energia Material Complementar Como texto complementar desta Unidade, indico a leitura do livro BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 15 Referências BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. GLOBO ECOLOGIA. O lixo tecnológico. Parte 1. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=iHwqvf91Cn8&feature=related> Acesso em 22/janeiro/ 2013 GLOBO ECOLOGIA. O lixo tecnológico. Parte 2. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=W2t1y5oq96A> Acesso em 22/janeiro/ 2013 16 Unidade: Fontes de Energia Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Avaliação de Impacto Ambiental Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Carla Caprara Parizi Revisão Textual: Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio 5 • Sustentabilidade • Avaliação de Impactos Ambientais • Síntese de Roteiro para elaboração do EIA/Rima · Nesta Unidade abordaremos o tema “Avaliação de Impacto Ambiental”. · Leia a “Orientação de Estudos” para melhor compreender a rotina de estudos, os trabalhos práticos e as avaliações a serem realizadas ao longo do semestre. Avaliação de Impacto Ambiental Atenção Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 6 Unidade: Avaliação de Impacto Ambiental Contextualização
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