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Tarefa 2

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Universidade de Brasília
Política e Sociologia – 185124
Professor Terrie Groth
Aluna Bianca Bianchi do Nascimento – 16/0151171
Tarefa 2 – Esquema preliminar do paper
Conteúdo do paper
Título: Retrato e Moldura da Representação Política das Mulheres no Brasil
	A escolha do título revela dois âmbitos do trabalho: o primeiro, o retrato sugere uma imagem do sistema político brasileiro, embasada por números de mulheres nos principais órgãos, porcentagens comparativas com o número de homens nestes mesmos órgãos, além de uma regressão histórico-comparativa dessas quantias ao longo das últimas décadas. Já o segundo, a moldura, é uma metáfora para designar aquilo que comporta, sustenta e molda a pintura, ou seja, se o retrato da atual conjuntura política feminina é tal como será apresentado, o que o tornou assim? Por que ele é desta forma? Quais são as consequências da sub-representação?
	Dessa forma, o trabalho será subdividido da seguinte maneira:
Introdução: Em primeiro lugar, visa-se explicar o interesse pelo objeto da pesquisa, justificando a escolha deste tema para a pesquisa. Assim, vai ser reiterada a importância do tema, tanto em âmbito pessoal quanto para a sociedade e comunidade acadêmica em geral. Em seguida, será explicado o título do paper. E então, serão citadas as divisões do trabalho, com uma explicação para cada um de seus títulos e colocação do que se espera responder em cada um, bem como elucidar o motivo da divisão desta forma e o método de pesquisa escolhido para o desenvolvimento de cada parte do trabalho.
Pontos principais:
Justificativa da escolha do tema;
Explicação do título;
Elucidação da divisão do paper; e
Métodos de pesquisa.
Retrato: Esta corresponde à parte dogmática da pesquisa. Assim como um retrato, a tentativa é de mostrar a imagem do assunto a ser retratado. Os dados objetivos, com rigor científico quantitativo serão o ponto de partida, o pilar de sustentação para a segunda parte do paper, que fará questionamentos acerca deste cenário formulado.
 Números, gráficos, porcentagens: nesta seção, pretende-se apresentar os dados objetivos que servirão de base e pressupostos para a pesquisa, sanando as dúvidas básicas – Qual o número total de mulheres nos principais órgãos políticos (Câmara dos Deputados e Senado Federal)? Como é o número de cadeiras ocupadas por mulheres nesses órgãos em relação ao número total de cadeiras? Qual o perfil dos eleitores e esse perfil corresponde aos representantes eleitos?
Objetivo: O objetivo desta seção é embasar concretamente a teoria que será desenvolvida, ou seja, reconstruir um caminho que leve a explicar ao leitor o porquê de partirmos do pressuposto de uma sub-representação política feminina.
Pontos principais:
Número de mulheres na Câmara dos Deputados e no Senado Federal;
Informações quantitativas sobre os eleitores; e
Informações quantitativas comparativas internas aos órgãos políticos; e entre esses órgãos e a sociedade.
 (Re)construção histórica: a intenção é mostrar o percurso histórico dos números apresentados na seção anterior, ou seja, apresentar as mudanças nesse cenário constatadas ao longo dos anos de democracia brasileira. Enfatiza-se a delimitação dessa reconstrução apenas ao período democrático (a partir de 1985, com o fim da ditadura militar), tanto por uma razão metodológica, uma vez que é preciso manter um foco não muito abrangente e também não excessivamente restritivo para a pesquisa, quanto por uma razão conceitual, adotando-se como definição de democracia a ideia de governo da maioria, somada à inclusão dos direitos humanos, numa parceria entre cidadãos e governantes na política, segundo o que explica Ronald Dworkin. Quanto ao título, os parênteses foram intencionalmente posicionados para separar a ideia de uma construção histórica, o que vai ser defendido por alguns autores na parte “Moldura” deste paper, fornecendo os dados base para essa linha de argumentação; da ideia de reconstrução que traz um ar metalinguístico no sentido de que eu, como autora, vá reestabelecer historicamente este fato. A ideia de utilizar-se de títulos diferentes é de chamar a atenção do leitor e trazê-lo à reflexão.
Objetivo: os dados expostos aqui servirão como ponto de apoio para uma explicação posterior que envolva a formação deste sistema como é hoje. A história ajuda a explicar as situações presentes.
Pontos principais
Explicação da delimitação temporal utilizada; e
Esboço de uma linha do tempo formada pelas informações correspondentes aos respectivos períodos e anos analisados.
Moldura: Esta corresponde à parte zetética, isto é, serão colocados diversos questionamentos, teses e postulados, com tentativa de responde-los na base do apontamento de diversos autores, com visões diferentes – complementares ou contrárias – que tentem fornecer uma explicação. No entanto, vale reiterar que o objetivo aqui não é esgotar o assunto em si, prover informações inquestionáveis ou indubitáveis, que não possam ser contrariadas e que abrangem e explanam inteiramente o assunto. A intenção é abrir a reflexão, proporcionar a discussão, comparar pontos de vista e possibilidades de resposta.
 Por quê?: busca-se encontrar uma explicação para o cenário atual descrito no Retrato, sanando a dúvida expressa no título – por que a representação política é da forma como foi apresentada? Como ela se estruturou dessa maneira e por que, ao longo da história, ela evoluiu de tal forma e não de jeito diferente, resultando nesse panorama específico? Quais são os atores que influenciaram nesse processo?
Objetivo: reitera-se que não se busca solucionar inquestionavelmente o problema posto; mas levar à reflexão, mostrando opiniões e abordagens diferentes conforme os autores tidos como referência. A principal ponderação a se provocar será a busca do elemento que estrutura, forma ou mantém essa configuração político-representativa.
Pontos principais
Porque a representação é assim
Como é formada
Como evoluiu
Porque se mantém
Quais os influenciadores desse processo
 Consequências: afinal, uma sub-representação é mesmo um problema? O que importa que haja um número menor deste ou daquele tipo social na política? Quais são, então, as consequências geradas nesse processo? Quais os problemas decorrentes da situação dada? Quais os assuntos da vida da parcela feminina da sociedade que uma maioria política masculina não consegue resolver de fato? Quais os problemas que ainda se sobrepõe às soluções atualmente deliberadas?
Objetivo: Aqui entra a razão pela qual este trabalho importa para a sociedade e comunidade acadêmica. Vai-se verificar quais os efeitos práticos do cenário apresentado, como isto influencia na vida pública, nos projetos políticos e legislativos, na solução de conflitos, nos problemas sociais da atualidade.
Pontos principais:
Explicação da sub-representação como um problema;
Consequências geradas pela sub-representação;
Assuntos relacionados às mulheres que não são debatidos ou que tem sua importância relativizada; e
Eficiência ou não na resolução de problemas relacionados à esfera pública feminina.
 Perspectivas: seguindo a linha histórica já explicitada, em junção com os influenciadores, o que se pode esperar para essa questão política em diante? Quais são os principais objetivos e obstáculos tanto para o problema da sub-representação quanto para os outros que decorrem deste?
Objetivo: Em ordem de encaminhar o trabalho para uma finalização, segue-se essa linha que passa pelo passado histórico, demonstra o presente e projeta-se para o futuro. A pretensão é de concluir o assunto sem encerrá-lo em si, considerando que abriram-se perguntas e discussões que não tem intenção de findar-se com uma resposta simplória e excessivamente objetiva. O reconhecimento de que esse assunto permanecerá de importância tanto no âmbito social como no âmbito político.
Pontos principais:
Previsão para o futuro da representação política feminina no Brasil;
Objetivos para a solução destes problemas; e
Obstáculos que ainda se apresentam.Conclusão: reservar-se-á o espaço da conclusão para colocar o que se descobriu em geral ao longo da pesquisa: que informações novas foram aprendidas, quais as impressões deixadas após trabalhar com o tema, se de fato foi possível atender às propostas escolhidas, em que pontos a pesquisa foi surpreendente e construtiva. Para isto, a conclusão contará com uma pequena síntese do que foi abordado ao longo do paper.
Formato do paper
Divisão: como mencionado, o paper será dividido em quatro seções: Introdução; Retrato – com as subseções “Números, gráficos, porcentagens” e “(Re)construção histórica”-; Moldura – que compreende as subseções “Por quê?”, “Consequências” e “Perpectivas”; e Conclusão.
Formatação: segundo as regras da ABNT.
Referências: seguindo o modelo de Harvard.
Lista refinada de referências
	A partir das referências preliminares, selecionou-se aquelas que mais se encaixam nesta proposta de estruturação do paper. No entanto, conforme o desenvolvimento do paper, a intenção é de adicionar mais obras e autores, para preencher os requisitos que não foram inteiramente solucionados pelos autores abaixo relacionados.
ALMEIDA, Carla; LÜCHMANN, Lígia; RIBEIRO, Ednaldo. Associativismo e representação política feminina no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Política, 2012.
ALVAREZ, Sônia E.; DE LIMA COSTA, Claudia. A circulação das teorias feministas e os desafios da tradução.(Secao Especial REF 20 anos). Revista Estudos Feministas, v.21, 2013.
ARAÚJO, Clara. As cotas por sexo para a competição legislativa: o caso brasileiro em comparação com experiências internacionais. Revista de Ciências Sociais, v. 44, 2001.
ARAÚJO, Clara. Mulheres e Representação Política: a experiência das cotas no Brasil. Estudos Feministas, v. 6, 1988.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luís Felipe. Gênero, raça, classe: opressões cruzadas e convergências na reprodução das desigualdades. Dossiê – desigualdades e interseccionalidades, 2015.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luís Felipe. Mídia e representação política feminina: hipóteses de pesquisa. Opinião Pública, c. 15, 2009.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luís Felipe. Práticas de gênero e carreiras políticas: vertentes explicativas. (Report). Revista Estudos Feministas, v. 18, 2010.
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DOS SANTOS, Pedro; WYLIE, KRISTIN. A Law on Paper Only: Electoral Rules, Parties, and the Persistent Underrepresentation of Women in Brazilian Legislatures. Politics & Gender, v. 12, 2016.
FERNANDES, Sabrina. Dilma Rousseff and the challenge of fighting patriarchy trough political representation in Brazil. Journal of International Women’s Study, v. 13, 2012.
GALVÃO, Elaine Ferreira; MARIANO, Silvana Aparecida. Políticas Públicas e perspectiva de gênero: uma abordagem feminista. Revista Feminismos, 2013.
HAHN LÜCHMANN, Lígia Helena; RODRIGUES ALMEIDA, Carla Cecília. A representação política das mulheres nos Conselhos Gestores de Políticas Públicas. Revista Katálysis, v.13, 2010.
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MATOS, Marlise; Paradis, Clarisse. Los feminismos latinoamericanos y su compleja relacion con el Estado: debates actuales.(dossier). Iconos, 2003.
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OKIN, Susan Moller. Gender, the public and the private/Genero, o publico e o privado.(Artigos)(Report). Revista Estudos Feministas, v. 16, 2008.
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PINTO, Céli Regina Jardim. Mulher e política no Brasil: Os impasses do feminismo, enquanto movimento social, face às regras do jogo da democracia representativa. Revista Estudos Feministas, 1994.
RODRIGUES, Almira. Participação Política das Mulheres e Gestão em Política de Gênero, 2004.
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SACCHECT, Teresa. Representacao politica, representacao de grupos e politica de cotas: perspectivas e contendas feministas. Revista Estudos Feministas, v. 12, 2012.
SARDENBERG, Cecília M. B. With a Little Help From our Friends: “Global” Incentives and “Local” Challenges to Feminist Politics in Brazil. Ids Bulletin, v. 35, 2004.
SCAVONE, LUCILA. Gênero e políticas feministas, o lado Sul Gender and feminist politics, the southern side. Estudos de Sociologia, v. 13, 2008.
SOUZA-LOBO, Elisabeth. O gênero da representação: Movimento de mulheres e representação política no Brasil (1980-1990). Revista Brasileira de Ciências Sociais, 1991.

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