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ANESTESIOLOGIA 1O BIM

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ANESTESIOLOGIA 1O BIM
DOR: FISIOPATOLOGIA, RECONHECIMENTO E TRATAMENTO
26/02
FISIOPATOLOGIA DA DOR
	
O objetivo é compreender a fisiopatologia da dor, os caminhos que ela passa, identificar e classificar os principais tipo de dor, reconhecer a dor em pequenos e grandes animais e tratar essa dor.
O reconhecimento da dor são instrumentos que vamos utilizar que auxiliam nesse reconhecimento. Por exemplo, os cães quando estão com dor eles não comem, não andam muito, não tomam água, não brinca, fica apático, etc. os gatos não demonstram muito a dor, então é muito difícil diagnosticá-los.
Senciencia é a capacidade dos animais vertebrados em sentir todas as coisas.
Descartes acreditava que os animais eram mecânicos como maquinas, que não sentiam dor.
As evidencias que os animais sentem dor são sua similaridade anátomo-fisiologica com os humanos em relação a órgãos, estudos comportamentais comprovam também, pois quando os animais estão com dor eles procuram escapar do estimulo doloroso e depois do uso de analgésicos esses animais melhoram.
Dentro da mesma espécie há um diferença do processo doloroso. EX: um cão de pequeno porte acaba sentindo mais dor que um de grande porte.
Animais mais ansiosos também sentem mais dor, logo, alem de tratar a dor, precisa tratar a ansiedade.
Eqüino demonstra quando esta com dor, EX: ele rola, fica deitando e levantando, olha pro membro doloroso, ele da coice.
Principio da analogia: se dói em mim, também dói no animal.
Animais com dor tem uma redução na qualidade de vida, eles param de comer, não tomam água...
Veterinárias MULHERES tem tendência a usar mais analgésicos em relação aos HOMENS, pois elas tem uma sensibilidade maior, os homens são mais práticos.
05/03
O que interfere na prescrição de analgésico? O gênero do veterinario, a idade do veterinário e experiência do profissional (recém formados prescrevem mais)
Bovino de leite tem mais proximidade com humanos, com isso, mais analgésico é prescrito para esses animais em relação aos bovinos de corte. 
em pequenos animais o TRAMADOL é o analgésico mais utilizado. Ele serve para dor moderada, porem, estudos recentes demonstram que o efeito analgésico dele nos cães não é tão bom. PORQUE? O tramadol tem duas vias de analgesia, uma via opióide (interage com receptores opiodes no SNC) e uma via noradrenérgica (inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina).
 A via opiode é mais eficiente.
Acontece que o tramadol é um prófármaco, ele precisa passar pelo fígado, sofrer biotransformacao para se tornar ativo. 
Os cães não conseguem biotransformar o tramadol em um fármaco ativo. Ou seja, ele só funciona pela via noradrenérgica. Obs: nos eqüinos também.
Nos gatos o tramadol é eficiente.
o tramadol é muito prescrito pois tem poucos efeitos colaterais. Tem fraca ação opióide (derivado da morfina, são muito mais potentes, aliviam dor intensa).
Quanto mais potente o analgésico, mais efeitos colaterais tem (ex: morfina)
Buprenorfina é um excelente analgésico, causa poucos efeitos colaterais, porem é proibido venda no Brasil.
Quanto aos AINE`s, a maioria dos veterinários prescrevem mais o meloxicam.
A dipirona é classificada como não esteroidal, pois ela tem ação na COX-3, porem ela não exerce função anti inflamatória, ela exerce ação analgésica e antipirética. Por isso ela é tão prescrita junto com outros anti inflamatórios não esteroidais.
Carprofeno é o mais potente, tem maior atividade anti inflamatória, ele inibe mais a COX-2 em relação aos outros. Ele inibe exatamente a enzima responsável pela produção de substancias pro inflamatórias. Ele também é mais seguro, por inibir mais a COX-2, com isso tem menos efeitos colaterais.
Efeitos colaterais dos não esteroidais: diminuiçao formação de muco, diminui a agregacacao plaquetaria (risco de sangramento), diminui a taxa de filtração glomerular podendo levar a uma insuficiência renal aguda. TODOS OS AINE`s tem esses efeitos, o carprofeno em menor escala e o cetoprofeno e flunixin em maior escala.
Cetoprofeno é barato.
Meloxicam tem uma boa atividade anti inflamatória. Ele tem estudo em varias espécies, pode ser usado em todas. Tem um preço acessível.
a dor não é tratada de forma adequada pela falta de conhecimento do veterinário em quantificar e reconhecer a dor, saber que fármaco indicar e não ter medo dos efeitos colaterais
Quando a dor não é tratada de forma adequada, tem algums conseqüências como: estresse, mudança comportamentais (animais tranqüilos se tornam agressivos), retardo na cicatrização (no pós-cirurgico isso não é bom pois aumenta a morbidade) e causa maior imunossupreçao (causada pela diminuição da alimentação e agua)
Por causa da dor, há uma interferência no metabolismo do animal. Tem aumento de aldosterona, que ira fazer retenção de sódio, isso irá gerar hipertensão arterial; Tem aumento do cortisol que ira causar hiperglicemia (se deve a uma resistência insulínica, deixa de reconhecer a glicose e não consegue por ela pra dentro da célula, levando ao aumento da glicemia); Aumento da liberação das catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina) fazendo ativação do SN simpatico, essa ativação vai levar as taquicardias, levando as taquiarritmias. 
Com isso, o coração que bate muito mais rápido, tem um aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio. Esse aumento do consumo de oxigênio é péssimo, isso pode gerar áreas de isquemia.
Animal com dor aumenta a freqüência respiratória, com isso aumenta o CO2 expirado. Como ele esta ofegante, elimina muito CO2, com isso tem uma disfunção no eixo perfusão-ventilacao.
Essa disfunção quer dizer que começa a ter atelectasia pulmonar (colabamento dos alvéolos), se tem colabamento dos alvéolos o sangue continua passando, ele é perfundido, porem não tem troca gasosa, não é ventilado, pois os alvéolos estao fechados. Se ele não consegue fazer troca gasosa, então o sangue que esta sendo levado não tem oxigênio, levando a hipoxia.
Vai fazer troca gasosa com os tecidos, porem não tem oxigênio. PORQUE? Pois o alvéolo esta colabado, fechado, então não consegue fazer troca gasosa.
Atelectasia é péssimo pro pulmão, pois depois pra conseguir abrir os alvéolos é muito difícil.
CLASSIFICAÇAO DA DOR
É classificada quanto a sua duração, em aguda ou crônica.
Dor aguda: precisa ter uma lesão para que haja a dor aguda.
A dor é resolvida conforme acontece a cicatrização dessa lesão. Por exemplo: animal fez um corte, no inicio ele não deixa relar no local, ele se pretege. Conforme ocorre a cicatrização, ele deixa mexer.
Costuma reagir bem a medicação analgésica.
É uma dor fisiológica, o animal ira proteger a lesão.
Também chamada de dor nociceptiva (somática no tecido esquelético e visceral na região abdominal). Tem função de proteger, tem um alto limiar de disparo, é localizada e transitoria (fica um determinado tempo e depois vai embora).
Dor crônica: passa de sinal, para uma doença. 
O animal teve uma lesão, ela cicatrizou, e o animal continua sentindo dor no local.
A duração é maior que 3 meses.
Não tem função fisiológica, protetiva.
Geralmente é tratada e não curada.
Também chamada de dor neuropática. Tem origem nas fibras periféricas ou centrais. Pode ter uma atividade espontânea, ou seja, Não precisa que tenha um estimulo nocivo para desencadear a resposta dolorosa. Com isso, qualquer coisa leva a despolarizar, não precisa de um estimulo como a lesão.
Ex de dor neuropática: paciente com displasia coxofemural. O animal para de fazer as coisas, normalmente o proprietário demora pra levar no veterinário e se torna uma dor crônica. Quando começa o tratamento, é bem mais demorado.
Dor psicogênica: acontece muito mais em humanos, envolvida com o emocional da pessoa.
Para diferenciar nociceptiva e neuropática, a primeira tem que ter uma lesão em algum lugar pra daí ter a dor, a segunda não precisa ter lesão em lugar nenhum.
Um teste para saber se o animal tem dor neuropática: joga álcool perto do local (ex: articulação coxofemural, animal esta claudicando a um ano) e assopro,e o animal chora de dor. Isso acontece pois o animal esta em alodinia (estimulo não nocivo com uma resposta a dor, esse estimulo não causa dor, mas tem uma resposta dolorosa), jogar álcool num animal “normal” não tem dor, mas quando ele tem uma dor neuropática, causa dor.
Hiperalgesia: tem um estimulo nocivo, mas tem uma resposta exarcebada dessa dor. Ex: palpa a articulação coxofemural que esta lesionada, o animal senta, defeca, urina, tenta morder, isso é uma resposta exagerada.
Dor leve: intervenções cirúrgicas de pequeno porte.
Dor moderada: intervenções cirúrgicas de médio porte.
Dor severa: intervenções cirúrgicas de grande porte.
Cistotomia: abertura da vesícula urinaria
Recolocação da glândula lacrimal é uma dor leve, o animal chega tranqüilo pra cirurgia. Diferente da cistotomia que tem que abrir o animal.
Cirurgias de cólica em cavalos são classificadas em dor severa.
Alodinia e hiperalgesia so acontece em dor crônica/neuropática.
Nociceptor é uma fibra responsável por captar sinais de dor. É especializada em receber mensagens de dor e transmitir isso ate o SNC. 
A dor é originada de estímulos nocivos transformados em potencial de ação. Um estimulo termico, químico, físico, mecânico, será trasformado em um potencial de ação, e esse potencial vai ser levado ate o SNC.
Fibras aferentes da dor chegando no córtex sensitivo aonde ocorre a percepção da dor e no sistema límbico responsável pelas emoções.
4 vias aferentes da dor: transdução, transmissão, modulação e a percepção.
Transdução: primeira via da dor. Tem um estimulo nocivo (ex: espetar a patinha do cachorro, é um estimulo mecânico), então as terminações nervosas sensitivas que são os nociceptores vão pegar o estimulo mecânico e transformar em um estimulo elétrico. Ou seja, transforma a energia física em energia elétrica, potencial de ação, através dos nociceptores perifericos. 
Então na transdução tem ativação dos nociceptores por substancias chamadas de albugenicas (que conseguem gerar a dor). Podem vir de processos inflamatórios, traumáticos ou isquêmico. 
Mediadores químicos envolvidos são: substancias inflamatórias principalmente (prostaglandina, prostaciclina, leucotrieno,histamina, bradicimina, fator de necrose tumoral, interleucina) e substancias neurogênica.
Sensibilização periférica: varias substancias químicas ativando/sensibilizando o nociceptor. Ocorre então na transdução, pois é aqui que tem os nociceptores que são responsáveis por transformar energia física em elétrica. Essa energia elétrica pode ser amplificada pelas substancias químicas inflamatórias.
Transmissão: preciso que as informações da transdução cheguem ate o sistema nervoso através das fibras. Ou seja, nada mais é que a propagação dos impulsos no sistema nervoso pelas fibras sensitivas ate a medula espinhal. 
2 tipos de fibras responsáveis pela transmissão: fibra A (são fibras mielimizadas, tem uma condução rápida. Ela que vai identificar estímulos mecânicos e estímulos térmico. Também é ela que é responsável pela dor fisiológica) e fibra C ou polimodais (condução lenta pois não tem a bainha de mielina. Consegue identificar estimulo mecânico, térmico e químico. Esta muito mais envolvida com a dor crônica)
apos a transdução, transmissão, chega na medula espinhal. La na medula é que pode acontecer um ou outro evento. Pode amplificar a informação que chegou ate a medula, ou seja, manda a informação La pro sistema nervoso, ou pode suprimir, em que a medula da conta sozinha e não precisa enviar a informação ate o sistema nervoso.
Modulação: a responsável é a medula, em que ela pode amplificar ou suprimir os sinais dolorosos.
O que vai acontecer em relação à sensibilização central? Então tem um estimulo aferente primário, que vai levar a liberação de várias substancias centrais (substancias P, glutamato e aspartato) que vão se ligar nos seus receptores excitatorios. Isso ira aumentar a concentração do cálcio intracelular, logo, leva a mais despolarizações. Maiores despolarizações significa que tenho maior sensibilidade das fibras nervosas podendo gerar alodinia e hiperalgesia. 
As fibras A levam o estimulo doloroso e acabou. Enquanto a fibra C fica levando estimulo doloroso, demora. Com isso fica liberando substancias químicas centrais (substancias P, glutamato e aspartato). 
Toda essa sensibilização, esse aumento dos mediadores, vai aumentar a sensbilidade dos nociceptores. 
Terá uma redução do limiar de estabilidade.
Quando já tem a sensibilização central, ira desenvolver a dor crônica.
Como posso tratar uma dor aguda (sensibilização periférica) e uma dor cronica (sensibilização central)? Anti inflamatórios não esteroidal (na sensilibizacao periférica). Analgésicos opióides (sensibilização central), também usa-se anticonvulsivantes para tratar a dor crônica, pois ele diminui a estabilidade das fibras. 
Anestesia geral leva a inconsciência e analgesia tira a dor. Nem sempre um paciente inconsciente ele deixa de sentir dor. 
A anestesia vai inibir a percepção. As outras vias não são inibidas, e quando o animal acorda ele vai perceber que não foi feito uma analgesia adequada, levando o animal a ter dor.
Na hora da cirurgia ele esta inconsciente por causa da anestesia, por isso não sente dor, mas quando ele acorda ele sente a dor.
A nocicepcao ocorre mesmo com o paciente inconsciente, pois tenho a ativação dos nociceptores periféricos, eles estão indo La pelas fibras A e C ate a medula. Então eles estão sendo ativados. 
A dor não é percebida se o paciente estiver inconsciente, ou seja, anestesiado. So quando ele acorda que sentira dor. 
Analgesia multimodal: significa que faz associação de vários fármacos, com mecanismos de ação diferentes, com objetivo de tratar/bloquear todas as vias da dor.
Quem vai atuar na transdução? Anestésico local, opioide, agonista alfa 2, anti inflamatório esteroidal e não esteroidal.
Quem vai atuar na transmissão? Anestésico local (não deixa que tenha impulso nervoso no local, bloqueia canal de sódio, se esse canal esta fechado e não entra sódio no neurônio, não propaga os sinais) e agonista alfa 2
Anestésico local pode ser infiltrativo ou intravenoso.
Quem vai atuar na modulação? Anestésico local, opioides, agonistas alfa 2, anti inflamatório não esteroidal e antagonistas mnda (receptor é o mnda, o receptor/neurotransmissor que se liga nesse receptor é o glutamato. Para bloquear esse receptor tem dois fármacos: metadona que é um analgésico opioide e a cetamina que pode ser usada em dose analgésica e em dose anestésica)
Percepçao: anestésicos gerais intravenoso e inalatorio, opioides, agonistas alfa 2, antagonista mnda, benzodiazepínico e fenotiazinicos. Esses dois últimos não têm atividade analgésica, mas quando associa eles com os opioides eles aumentam a atividade analgésica dos opioides. 
Pré operatório: uso um opioide (sempre)
Anti inflamatório não esteroidal quando a cirurgia esta acabando. Bloquiei o plexo braquial e uso um anestésico. 
Durante a cirurgia usa-se vários medicamentos com classes diferentes, com atuações diferentes, com o objetivo de bloquear todas as vias da dor (analgesia multimodal)
Analgesia profilática: De acordo com cada tipo de cirurgia, já faz o analgésico antes da cirurgia para evitar uma sensibilização central e periférica, para que o animal não tenha hiperalgesia.
A analgesia profilática também faz com que as doses pós-cirurgicas de medicamentos sejam menores.
RECONHECIMENTO DA DOR 12/03 
Animal com dor ele tem alterações fisiológicas, fica taquipneico (aumenta freqüência respiratória), libera catecolaminas que aumenta a freqüência cardíaca (taquicárdico), aumenta temperatura.
Se faço o analgésico e o animal melhora, é porque realmente estava com dor.
Fatores que influenciam na avaliação da dor: idade do avaliador (veterinários mais velhos prescrevem menos analgésicos), gênero(mulheres prescrevem mais analgésicos), tempo de graduação (recém formados prescrevem mais), experiência na área.
Para reconhecer a dor em pequenos animais deve avaliar principalmente o comportamento deles.
Por exemplo: animal se esconde, foge, ele é dócil e do nada fica agressivo (o contrario também), alteração do apetite, vocalização.
Tem também as posturas anormais, por exemplo: fica com o dorso arqueado (principalmente dor abdominal), auto mutilação (principalmente em dor crônica), gatos mexendo muito a cauda, tensão abdominal, expressão facial.
Eqüinos com dor: podem deitar, sudorese, ficar em posição de cavalete (membros não ficam paralelos), olham pro local de dor, deitar e rolar
Ruminante com dor: membros não ficam paralelos (abrem os membros), deitam e ficam com as pernas esticadas, pescoço rígido e arqueado (provavelmente por dificuldade respiratória)
Cães com dor: não escondem que estao com dor, muda expressão facial, orelhas caídas, ficam curvados (principalmente quando tem dor abdominal), defende a área dolorida (ex: dor em membro, o animal claudica), automutilação (acontece muito com dor neuropática;crônica), ficam taquipneico (ofegante), tem tremores.
Gato com dor: eles param de se lamber, não ficam mais fazendo atividades, dissociação do ambiente (não sabe mais onde esta, quem são seus donos), escondem a área dolorida, postura curvada, agressividade.
Dor leve: alterações dentarias, lacerações, cistite, otite leve, colocação de dreno torácico.
Dor moderada: ruptura diafragmática simple (quando não tem comprometimento sistêmico, não tem os órgãos do abdome comprimindo o pulmão), estabilização de fratura, cirurgias abdome caudal 
Dor intensa: pleurite (inflamação da pleura), discopatias, câncer, glaucoma (aumento da pressao intra ocular, globo ocular aumenta de tamanho e comprime o nervo óptico que esta atrás dele), lesão na córnea (ulcera), mastite.
Dor muito intensa: dor neuropática, meningite, câncer ósseo (amputa a região), politraumatismo, pancreatite.
Para o reconhecimento da dor, temos duas escalas: unidimensional e multidimensional.
Unidimensional: calcula uma única dimensão da dor, 
Multidimensional: mostra varias dimensões da dor, consegue avaliar o componente emocional da dor.
Escalas unidimensionais:
- nominais: é subjetiva, não quantifica o quanto o animal tem dor. 
- ordinais: vai apresentar números para quantificar essa dor, intensidade da dor.
- intervalares: é a mais usada, é menos subjetiva. Não tem marcação em numero. Tem a VAS (escala visual analógica) e DIVAS (escala visual interativa analógica).
A VAS você faz uma linha de 10 cm num papel, onde mais próximo do 0 é nenhuma dor e proximo de 10 é dor intensa. O veterinário marca um X na altura da linha em que ele acha que o animal tem dor, e então mede com a régua onde esta marcado o X. Ex: fez o X e quando mediu deu numero 6. 
Faz resgate analgésico quando esse X estiver localizado maior que 3 cm da régua.
A DIVAS ira interagir com o animal, chamar ele, pegar a coleira para ver se ele se anima, conversa com ele, tudo sem tocar nele. 
Não são espécie-especifico.
Escalas multidimensionais: consegue quantificar a dor (leve, moderada, severa) física e também consegue avaliar o componente emocional do animal. 
São espécie-especifico.
Para os cães tem 3 escalas, a mais utilizada no HV é a escala de Glasgow. Essa escala vai ate 10 pontos. (slide 60)
Para os gatos tem uma única escala que é a multidimensional UNESP- Botucatu.
Alteração fisiológica vista em gatos é a pressão arterial
Em eqüinos observamos uma grande alteração comportamental, o animal fica mais apático, diminui a locomoção espontânea.
Tem muitas alterações fisiológicas, como: freqüência cardíaca em repouso (o normal é de 36-40 bpm), alteração do padrão respiratório (respirações curtas), arritmias, diminui quantidade de urina produzida por hora, alteração do TPC (menor que 1 segundo), hipertensão, midriase (pois tem adrenalina sendo liberada).
Suínos e ruminantes não sabemos como avaliar a dor. São os que mais sofrem com a dor, pois são submetidos a procedimentos que causam dor, e não são tratados com analgésicos.
Cirurgias feitas em animais de produção: castrações, descorna, mastite, debicagem de aves, corte de dente de suínos.
Foi feito um estudo em suínos, em que aplicaram lidocaína (anestésico) em alguns, e em outros não. Com isso, viram que os animais que receberam anestesia tiveram um maior ganho de peso em relação aos que não receberam anestesia. Isso foi positivo para o produtor, pois os animais engordaram mais, e ele superou os gastos com a anestesia.
Concluindo, um animal com dor fica incapacitado, não consegue exercer suas funções, atividades.
TRATAMENTO
Sensacao: é quando um estimulo interno ou externo vai provocar uma reação especifica, e a partir dessa reação especifica, vou ter a percepção da dor. É so um estimulo mecânico que vai causar uma reação especifica, não precisa estar consciente.
Percepcao: é quando o sistema nervoso consegue interpretar a sensação. O animal precisa estar consciente para conseguir perceber e interpretar o estimulo doloroso.
O objetivo é o alivio rápido, eficiente, intenso e dure por bastante tempo, e promova conforto pro paciente. Que seja simples, tenha poucos efeitos colaterais e seja seguro.
Analgesia preemptiva: vai fazer um analgésico antes do estimulo cirúrgico acontecer. Que é o que se faz no MPA, a vantagem é previnir a hiperexcitabilidade neuronal, previni a sensiblizacao central, evita a memória da dor.
Analgesia multimodal: faz associação de diversos fármacos, com ações diferentes, com o intuito de bloquear todas as vias da dor.
Antagonistas NMDA e antidepressivo tricíclico são usados em dor neuropática.
OPIÓIDES
São os mais utilizados, podem ser naturais ou sintéticos. 
Agem em receptores específicos no SNC, interagem com seus receptores opioides. Dentre esses três receptores, tem três tipos: (μ, δ, Κ) 
Cada um desses receptores vai ter um tipo de analgesia que pode ser mais ou menos potentes.
Podem ser classificados em agonistas puros, antagonista, agonista parcial, agonista-antagonista.
Tem ação periférica e central. A central é quando eles vão se conectar em receptores que estão localizados no SNC (medula espinhal e encéfalo). O periferico é quando eles se conectam em receptores nas terminações livres.
Alguns conceitos:
Afinidade: é a capacidade do fármaco de se ligar no seu sitio de receptor. 
Atividade: é a capacidade de causar ação na célula que esta no seu receptor
Tem fármacos que tem uma alta afinidade mas uma baixa atividade,
Potencia: quando o fármaco tem uma alta afinidade
Eficácia: quando o fármaco tem uma alta atividade
Para ter um fármaco extremamente potente, tem que ter alta atividade e afinidade.
Classificação:
Agonistas puros: são aqueles que tem alta afinidade pelo seu receptor e depois que se liga tem uma alta atividade. São os fármacos que tem maior potencia e eficácia analgésica. Se ligam em receptores do tipo μ. EX: MORFINA, METADONA
Agonista parcial: o encaixe com o receptor não é perfeito, a atividade e afinidade são menores. Tem efeito teto (chega em um determinado momento, que não conseguimos mais aumentar o efeito analgésico do fármaco. Se a dose for 2 ml por exemplo, quando chego nessa dose, não tem o que fazer, só se trocar se analgésico). EX: TRAMADOL, BUPRENORFINA
Agonista-antagonista: tem afinidade e atividade por um certo tipo de receptor e antagonismo por outro tipo de receptor. Se ligam em receptores Κ de forma agonista e antagonizam receptores do tipo μ. Usa em cirurgias que não vão doer muito, são ótimos analgésicos, EX: BUTORFANOL, NALBUFINA
Antagonistas: usa para reverter a ação dos agonistas. Por exemplo, deu muito opioide pro cachorro, ele esta bradicardico, bradipneico, e eu sei que ele esta assim pelo excesso de opioide. Então usa um antagonista, que ira deslocar o fármaco opioide, se liga no receptor, e bloqueia esse receptor. Então tem uma afinidade, pois ele se ligou no receptor, mas nãotem atividade, pois não deixa que ocorra ação dentro da célula, ele bloqueia. EX: NAXOLONA
Tabela sobre afinidade:
Agonistas puros ou plenos -> se ligam muito em receptores μ (esse tipo de receptor é muito forte, analgesia supra-máxima é sempre este receptor mi.)
Agonista misto ou parcial -> Metadona se liga muito em receptor μ e causa antagonismo em receptor NMDA, ela é mais potente que morfina. Ela tem duas vias de analgesia que é a opioide e a antagonismo NMDA. Tramadol é parcial, mas tem dupla ação analgésica que são via serotoninérgica e noradrenergica, e a via opioide. 
Serotoninérgica e noradrenergica: inibe recaptacao de serotonina e noradrenalina.
Agonista-antagonista -> o butorfanol vai bloquear o receptor μ, se ligando em receptor Κ. Ele é 3-5 vezes mais potente que a morfina (avaliou apenas o quanto o butorfanol consegue se ligar no receptor, e não sua ação)
Antagonista ->naloxona bloqueia todos os receptores.
Mecanimos de ação:
Em farmacologia falamos sobre neurônios pré e pos sináptico. Para o neurônio pré se comunicar com o pós, é através da liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica. Para ter essa liberação, é necessário que tenha o influxo de cálcio no botão terminal. Então tem a abertura dos canais de cálcio, ele entra no neurônio, e as vesículas contendo neurotransmissor se fundem com a parede do neurônio pré sináptico, e são liberadas na fenda. Os neurotransmissores vão se ligar com os receptores pos-sinapticos, e continuar a propagação do potencial de ação.
Imaginando que esse neurônio descrito, fosse responsável por propagar a dor, então para que essa dor NÃO fosse propagada, os opiodes terão a ação de:
1) bloquear/fechar canais de calcio pré sináptico. (não tem liberação do neurotransmissor na fenda)
2) abrir canais de potássio pós-sinaptico. (supondo que alguns neurotransmissores conseguiram passar na fenda, e se ligaram no receptor. Nesse caso, abre esses canais de potássio no neurônio pós-sinaptico, tendo efluxo de potássio de dentro da célula. Se esta perdendo carga positiva pra fora da célula, a membrana pós-sinaptica fica mais HIPERPOLARIZADA 
-> cada vez mais negativa, previnindo a despolarização. Quando fica mais positiva é HIPOPOLARIZADA, tendo a despolarização).
Receptores opiodes: μ, δ, Κ
Estão espalhados no SNC, e tambem tem atuação periférica. Esses receptores se ligam em ligantes endógenos, que são opiodes que nosso corpo já produz. São chamados de peptídeos opioides endógenos.
Esses peptídeos opioides endógenos são: dinorfina, encefalinas. Produzidos quando corpo precisa de uma analgesia imediata. 
Ex: quando ocorre um trauma num acidente de carro, na hora não sente dor pois tem uma grande liberação de OPIOIDES ENDÓGENOS, que vão se ligar em receptores opioides espalhados no SNC e promover a analgesia. 
Receptor μ (mi) é um receptor de analgesia supra-maxima, maior potencia analgésica.
Receptores δ, Κ tem uma analgesia menor que a supra-maxima. Muitas vezes estão relacionado a excitação.
Local de ação dos opioides:
Central-> medula espinhal (tem receptores na substancia gelatinosa e corno dorsal do H medular)
 ->supraespinhais (tem receptores na formação reticular)
Periférico -> nas articulações e no sistema nervoso entérico.
Efeitos nos organismos:
Analgesia pela ligação com receptores opioides; (EFEITO CENTRAL)
Sedação; (EFEITO CENTRAL)
Hipnose (sono); (EFEITO CENTRAL)
Euforia (acontece mais em humanos. É uma sensação de bem estar, acontece pq tem a ligação do fármaco opioide em regiões do sistema límbico (tálamo, giro cíngulo, amígdalas); (EFEITO CENTRAL)
Disforia (mais comum nos animais. É uma sensação ruim); (EFEITO CENTRAL)
Depressão respiratória (diminuição da sensibilidade ao CO2); sempre que tem uma diminuição da freqüência respiratória, temos um aumento da pressão arterial de CO2 e diminuição de pressão arterial de O2. Na corrente sanguinea tem vários quimiorreceptores que fazem a detecção de PaCO2 e PaO2, quando faz um opioide esses receptores perdem a capacidade de detectar o aumento do CO2, não consegue compensar essa depressão respiratória, fazendo uma taquipneia para compensar; (EFEITO CENTRAL)
Náusea (ativação dos quimiorreceptores da área postrema do bulbo, e consequentemente reflexo de vomito); (EFEITO CENTRAL)
Constipacao (tem ação no SN entérico, diminuindo motilidade do TGI, e aumentando o tônus do esfíncter anal); (EFEITO PERIFÉRICO)
Miose (ação no 3o par de nervo craniano que é o oculo motor); (EFEITO CENTRAL)
Vias biliares (faz contração no esfíncter de Oddi. Esse esfíncter ele é responsável por bloquear a bile pro duodeno. Os opioides faz a contração desse esfíncter, vai contrair a vesícula biliar) não indicado o uso de opioide em pacientes com lama biliar, pancreatite; (EFEITO PERIFÉRICO)
Mastocito (vai ter liberação de histamina. Isso vai levar algumas ações na pele como rubor, calor e prurido; tem ação no sistema cardiovascular, que é responsável por fazer vaso e venodilatacao, consequentemente tem hipotensão; e no sistema respiratório fazendo broncoconstricao) não é indicado o uso de opioide em pacientes com asma, mastocitoma; (EFEITO PERIFÉRICO)
Entao, quando uso um fármaco opioide eu espero que ocorra analgesia, sedação e hipnose. Porem tem outros efeitos também, que são efeitos colaterais indesejáveis.
AGONISTAS μ PUROS: são aqueles que tem uma alta atividade e afinidade pelos receptores. Analgesia extremamente potente. Dores moderadas a severas, escolho agonista μ puro. Não tem efeito teto, ou seja, posso aumentar a dose do fármaco que vai ter mais analgesia (consequentemente mais efeito colateral) Ex: MORFINA, metadona, meperidina, fentanila
AGONISTA μ PARCIAIS: atividade e afinidade por determinados receptores,e tem eficácia menor, ou seja, a atividade é menor. Possuem efeito teto, ou seja, quando chego na dose máxima, não adianta aumentar a dose, pois não terá mais efeito analgésico. Por ter menor analgesia, tem menos efeito colateral. Ex: BUPRENORFINA (tambem faz sedação), tramadol
AGONISTAS K-ANTAGONISTAS μ: afinidade e atividade em um certo receptor, e antagonismo em outro receptor. Baixa eficácia analgésica em pequenos animais. Porem, em cavalos com cólica tem como usar, pois ele é excelente para analgesia visceral em cavalos. Em pequenos animais vai usar em um procedimento de raio-x, retirar uma sutura de pálpebra, cães idosos, esses todos em caso do animal ser muito agitado por exemplo. Também usado em aves e repteis, pois eles tem mais receptores K. Então quando vai anestesiar uma ave ou um réptil, usa butorfanol. Ex: BUTORFANOL, nalbufina
ANTAGONISTAS: afinidade sem atividade, então so usa quando quer reverter a ação de um fármaco agonista. Normalmente faz quando faz muito agonista μ puro Ex: NALOXONA
Indicação do uso de opioides:
Analgesia (pode usar para dor aguda pré, durante, e pós cirúrgico; e dor crônica, faz associação com outros fármacos como anti inflamatório não esteroidal)
Neuroleptoanalgesia (é um tranqüilizante, sedativo associado ao analgésico, para potencializar esse o efeito analgésico e tranquilizante)
Redução da CAM (é a concentração alveolar mínima -> vai indicar a potencia dos anestésicos inalatorios. É a concentração necessária para induzir o sono em 50% dos indivíduos. Ex 1: vamos supor que tem 10 caes, e vamos usar o isoflurano (anestésico geral inalatorio), quando chega na CAMiso de 1,34, metade desses cães dormem e metade fica acordada. Então a concentração necessária para manter metade dos animais dormindo, é 1,34 de isoflurano.
Ex 2: a CAM do halotano é 0,8. Então quanto atinge a CAMhalo em 0,8 tem metade dos animais dormindo. 
Entre isoflurano e halotano, o halotano é mais potente pois preciso de uma concentracao menor para induzir sono em metade dos animais.
Então quando falamos REDUÇÃO da CAM queremos dizer que esta deixando mais potente esse anestésico inalatorio. Em eqüinos e felino não temos redução da CAM, temos o aumento dela, pois nele podemos ter excitação.
Em analgesias espinhais.Quando faz uma anestesia peridural, raquidiana, tem a ligação do fármaco opioide com os receptores localizados na medula. Então posso por morfina, fentanil, tramadol nessa anestesia, para causar analgesia.
SNC:
Tem sedação com o uso dos opioides;
Pode ter excitação (principalmente em eqüinos e felinos. A distribuição dos receptores opioides nessas espécies são diferentes, estão localizados em áreas que são responsáveis pela excitação do SNC);
Excitação pode acontecer em um animal sem dor e que recebeu um opioide.
Analgesia:
Se for supraespinhal, é na formação reticular.
Se for espinhal, é na substancia gelatinosa e medula do H medular.
Se for periférica, tem receptor opioide na articulação, então pode fazer uma infiltração de opioide nessa articulação. E alem disse, diferente do anestésico local, os opioides conseguem entrar em tecidos inflamados. 
Tratamento:
Alfa 2 – agonista: temos um efeito analgésico pela ligação com os receptores alfa-2 que estão lá na medula espinhal e supraespinhal (cérebro). 
Os principais representantes é a Xilazina, Detomidina e Dexdetomidina. A diferença entre eles é a taxa de ligação entre o receptor (alfa-1 e alfa-2).
Uso: IV, IM, via peridural, infusão IV continua.
É usado em todas as espécies.
Mecanismo de ação: tem interação com receptores alfa-2 adrenergico no SNC (no corno dorsal da medula espinhal e no lócus ceruleus no tronco cerebral); vai ter interação com alfa-2 pré-sinaptico na medula, que vai inibir substancia P (é um neurotransmissor excitatorio do SNC); e vai ter interação com alfa-2 pós-sináptico que é hiperpolarizacao de neurônios responsaveis pela modulação do estimulo nociceptivo 
Então assim como os opioides, os alfa-2 agonistas também agem em pré e pós sináptico. 
No sistema nervoso autônomo, tem uma concentração maior de alfa-2 adrenergico em pré-sinaptico. 
Ocorre então: hiperpolarizacao dos neurônios no SNC, inibição da liberação de dopamina e norepinefrina e diminui a descarga de neurônios centrais e periféricos.
O receptor esta acoplado a proteína Gi (inibe AMPc). 
Ex: usei a xilazina, La no SNC ela vai inibir a substancia P (é excitatoria), no SN periférico ela se liga no receptor alfa-2 agonista (esta pré-sinaptico e também acoplado a proteína Gi), essa proteína Gi vai inibir o AMPc que não deixa que tenha a abertura dos canais de cálcio. Se não tenho essa abertura, não tenho liberação dos neurotransmissores (noradrenalina e dopamina).
Noradrenalina se liga em alfa e beta, ela tem efeito simpático (aumento de freqüência cardíaca, aumneto da forca de contração do miocárdio). Então se não tem liberação de noradrenalina pois usei um alfa-2 agonista (xilazina), significa que esse animal vai ter hipotensao. 
Não tem a liberação de noradrenalina, consequentemente, não tem ligação com o receptor alfa-1 agonista pós-sinaptico.
Em um estudo com humanos, fizeram uma associação do alfa-2 agonista com anestésico local e opioide (fizeram essa associação aplicando pela via peridural). Essa mistura melhorou a analgesia pós-operatoria em mulheres que fizeram cesariana. 
A xilazina associada a lidocaína (anestésico local) epidural, prolonga o efeito analgésico, e promove analgesia (bloqueia) mais cranial. (IMPORTANTE NOS GRANDES ANIMAIS)
Em grandes animais, faz a anestesia peridural sacrococcígea ou em coccígea 1 e 2. Fica bem próximo a base do rabo. Quando mexe o rabo, palpa a coluna, o local que tem mobilidade é onde faz a anestesia (coccígea). 
Se a anestesia peridural em grandes for fazer mais cranial, vai ter a perda de mobilidade das pernas. É chamado de epidural baixa
Em pequenos a anestesia peridural é lombosacra (entre L7 e S1). É chamado de epidural alta.
Efeitos agonista alfa-2 adrenergicos: sedação, analgesia, miorrelaxamento.
Entre xilazina, detomidina e dexdetomidina, a mais potente é a dexdetomidina, pois ela se liga mais ao receptor alfa-2, tem maior afinidade. (VER CADERNO)
Xilazina (usa em cães, gatos, ruminantes e eqüinos), detomidina (equinos e ruminante ->com restrição no ultimo, usa dose bem baixa) e dexdetomidina (caes e gatos).
A grande vantagem em usar alfa-2 agonista, é que eles possuem reversores. Tomar cuidado pois quando reverte, perde todas as ações, ate a analgésica. Como:
Reversor da xilazina -> yombina
Reversor da dexdetomidina -> atipamezole (muito usado em pequenos animais. Por exemplo, animal é agitado e precisa fazer um exame de sangue, raio-x, então faz a dexdetomidina para realizar isso tudo, e depois faz o reversor para o gato ir embora)
Detomidina não reverte pois usa muito em eqüino, como eles são difíceis de sedar, mesmo que faca uma dose alta o animal não deita, e o efeito também dura 1 hora no maximo, então não reverte. 
CONTINUACAO DE TRATAMENTOS:
ANTINFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDAL: 26/03
Mecanismo de ação: inibem a cicloxigenase. É a cicloxigenase que quebra o acido aracdonico, que vai produzir as prostaglandinas (são substancias pró-inflamatorias, vão causar inflamação, dor, aumento da temperatura local). 
COX-1: relacionada a efeitos biológicos, fisiológicos
COX-2: relacionada a efeitos inflamatórios
O uso de COX-2 seletivo é melhor pois ele vai inibir apenas a COX-2, ou seja, vai causar menos efeitos colaterais no organismo. 
Quando não tem seletividade (inibe as duas COX), o animal tem: gastrite/ulcera gástrica, inibição da agregação plaquetaria (tem sangramento), diminui filtração glomerular (artéria renal esta sempre dilatada, chegando muito sangue pro rim filtrar, conseqüentemente não tem uma boa atividade).
Usa desde dor leve ate dor mais grave. Em dores leves usa apenas o AINE, não precisa associar com outros analgésicos. 
Possuem efeito teto (tem uma dose máxima, que quando chega nela, não adianta querer dar mais AINE, so vai causar mais efeito colateral)
Também tem efeito antipirético, analgésico e antiinflamatório.
Cascata da inflamação: precisa de um trauma inicial, esse trauma vai fazer a lesão da membrana celular. Essa membrana é formada por uma bicamada fosfolipidica, e sobre a ação da enzima fosfolipase A2, ocorre quebra dessa bicamada. Há formação do acido araquidônico, que terá influencia da COX-1 e COX-2, tendo a formação das prostaglandinas e leucotrienos (AIE).
COX-1: constitutiva. É responsável pela produção de muco no estomago e intestino, fazendi proteção deles, mantém a filtração glomerular do rim, faz agregação plaquetaria.
COX-2: inflamatória/induzivel. Envolvida com a inflamação, como artrites, processoes dolorosos.
AINE usados: dipirona (classificada como AINE, mas não tem atividade antiinflamatória, tem ação analgésica e antipirética. Por isso pode associar ela com outros antiinflamatórios), cetoprofeno, carprofeno, meloxicam, flunixim-meglumin, firocoxib
Em gatos usa meloxicam, pois é o único que tem estudo em gatos. 
Carprofeno, meloxicam e firocoxib são seletivos COX-2. Dos três, firocoxib tem maior atividade para COX-2.
Meloxicam pode usar mais tempo, em relação ao flunixin e cetoprofeno.
ANESTÉSICO LOCAL:
Usa tanto na prevenção quanto no tratamento da dor.
Sempre faz avaliação anestésica do paciente antes, para ver se ele é apto a receber uma anestesia local/regional.
Quando faz pela via infiltrativa, regional ou intravenosa, tem sedação.
O anestésico local tem que durar o mesmo tempo que a cirurgia demora. 
Não usa de forma isolada. Junto com ele faz uma MPA, ou um sedativo, ou uma anestesia geral.
Vias: infiltrativa (subcutâneo), perineural (próximo de nervos), epidural, intratecal (raque) -> todas essas tem efeito anestésico; intravenosa -> tem efeito analgésico.
Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de Na+ no axônio. (para ter propagação de um impulso nervoso, precisa de um potencial de ação. Para isso, começa a ter influxo de Na para dentro do axônio, e esse influxo vai levando o potencial de ação ate o botão terminal. Chegando no botão, tem as vesículas com neurotransmissor, que será jogadas para fora do botão, ficando livres na fenda. Com isso continua o potencialde ação).
O anestesico local fecha os canais de sódio, com isso, o impulso nervoso não é propagado. Há um bloqueio da fibra nervosa.
Agem na via da dor TRANSMISSÃO, pois não deixa que o estimulo chegue ate a medula espinhal.
Efeito colateral: 
Hipotensão (acontece muito pela via intravenosa e peridural);
Arritmia (depende do tipo de anestésico usado. Tem dois tipos: com vasoconstritor e sem vasoconstritor. O vasoconstritor é quando adiciona adrenalina ao anestésico local, com o objetivo de fazer vaconstricao local, para que ela seja absorvida mais lentamente nesse local. Por conseqüência, tem maior tempo de ação desse anestésico. Ex: lidocaína s/ vaso e lidocaína c/ vaso) OBS: as catecolaminas tem efeito simpático, então nunca vai usar um anestésico local com vasoconstritor pela VIA INTRAVENOSA. Se por acaso usar, vai ter as taquiarritmias; se usar o anestésico local sem vasoconstritor pela via intravenosa, também fecha os canais de Na, logo, faz isso também no coração. No coração então, o uso da lidocaína por exemplo s/ vaso, ela causa bradiarritmia.
Ou seja, lidocaína c/ vaso -> taquiarritmias
Lidocaína s/ vaso -> bradiarritmias
SNC: dependendo da dose pode ter uma depressão do SNC ou excitação do SNC (convulsão)
Sequencia do bloqueio anestésico: todos os fármacos tem uma parte ionizada (possui uma carga elétrica) e uma não ionizada (neutra). Todo fármaco ionizado não consegue ultrapassar a membrana, pois ele tem carga elétrica, causando uma repulsa pela membrana celular, mesmo se for positivo ou negativo, porque tem a area externa da membrana positiva e a area interna negativa. A parte não ionizada (lipossolúvel) consegue ultrapassar a membrana, pois ela é neutra, não tem carga. 
Então quando injeta o anestésico local, o pH da pele tem um pH um pouco mais alto que o pKa do anestésico. Isso vai fazer com que tenha um aumento da parte não ionizada do fármaco, fazendo com que ele consiga entrar na membrana celular. Depois que ele conseguiu entrar, ele encontra um pH um pouco mais acido, aumentando sua parte ionizada. Então tem a ação farmacológica.
Ou seja, o anestésico esta na sua forma ionizada, quando entra em contato com o pH da pele (basico), sua forma não ionizada aumenta para que ele consiga entrar na membrana. Depois que entrou na célula, o pH La dentro é um pouco mais acido, aumentando novamente sua forma ionizada, com isso o anestésico fica dentro da célula, não consegue mais sair. Tem fechamento dos canais de sódio. Isso é chamado de Aprisionamento iônico.
O que mantem o fármaco dentro da célula são as diferenças de pH dentro e fora da célula.
Em áreas inflamadas, o anestésico local não consegue agir. O pH desse tecido diminui, fica mais acido. Se ele se torna mais acido, vai ter uma maior parte fração ionizada, e ela não é capaz de atravessar a membrana celular. Então em áreas inflamadas, os anestésico local é ineficaz, pois o pH é mais acido, e tem uma maior parte na sua forma ionizada, que tem carga elétrica, e não é capaz de atravessar a membrana celular. Conseqüentemente não chega as fibras nervosas, não bloqueando os canais de sódio.
Se tenho uma área inflamada, faz um bloqueio um pouco mais pra cima.
Anestésicos: (tem que injetar no tecido para que seja absorvido)
Lidocaína/ nome comercial: xylestesin (contra indicacao -> não usa perineural c/ vaso em pacientes com problema cardiovascular e s/ vaso intravenosa em pacientes com problema cardiovascular. Em pontas de membro não usa c/ vaso)
Creme EMLA (consegue ser absorvido pela pele. Passa na pele e coloca um plastro por cima. Fica em media 40 minutos e retira esse plastro e a área estará anestesiada)
Bupivacaína; Levobupivacaína; Ropivacaína (so existe sem vasoconstritor) -> (as três duram mais tempo que a lidocaína)
Mepivacaina (usada em dentista)
Procaina (usada em dentista)
ANTAGONISTAS NMDA:
É um receptor excitatorio do SNC, esta acoplado a um canal de Ca2+ voltagem dependente.
O neurotransmissor que se liga nesse receptor é o glutamato e substancia P. 
A interação entre o receptor e o neurotransmissor vai causar uma excitação neuronal.
Faz o bloqueio nesse receptor em pacientes com dor neuropática.
Dor neuropática: tem uma hiperexcitabilidade neuronal espontânea. Não precisa de muito estimulo para ter despolarização. 
Ocorre diminuição do limiar doloroso. Ou seja, um animal que antes precisava de bastante despolarização no neurônio para sentir dor, agora ele precisa de bem menos despolarizações, diminuindo o limiar doloroso.
Usa um antagonista NMDA, pois vai bloquear o canal da Ca, com isso não tem extrusão de neurotransmissor pra fenda sináptica. Logo, diminui a hiperexcitabilidade neuronal.
Não precisa mais de um estimulo cirúrgico, traumático para o neurônio disparar, ele dispara sozinho. Qualquer estimulo causa dor (alodinia e hiperalgesia)
Fármacos: CETAMINA (analgésico/anestésico intravenoso e dissociativo), METADONA (tem via opioide e via NMDA), ANTIDEPRESSIVO TRICÍCLICO 
Antidepressivos tricíclicos (ADT):
Mecanismo de ação: inibe recaptacao de noradrenalina e serotonina. Aumenta concentração de NOR e 5HT na fenda sináptica.
Será usado para tratamento de humor (humanos) e dor crônica e neuropática.
Essas monoaminas (NOR e 5HT) atuam em vias inibitórias da dor. Elas vão se ligar em neurônios inibitórios e aumentar a quantidade de sinapses inibitórias que chegam na medula espinhal. Como diminui a hiperexcitabilidade neuronal, aumenta o limiar doloroso, o animal demora mais pra sentir dor.
Vão agir como moduladores. Quando é assim, demora um certo tempo pra esse medicamento agir, ou seja, pra tratar essa dor, demora no MÍNIMO 15-20 dias. Pode durar meses esse tratamento.
Questão de prova: como consigo tratar a dor crônica/neuropática usando um ADT? R: Tem um aumento de estímulos inibitórios,aumento de sinapses inibitórias no SNC, esse aumento de sinapses faz com que aumente o limiar doloroso, diminuindo a hiperexcitabilidade neuronal espontânea, tratando essa dor neuropática.
Fármaco: amitriptilina (inibe NOR e 5HT)
ANTICONVULSIVANTES:
Tem uma classe que é chamada de ESTABILIZADORES DE MEMBRANA (gabapentina e pregabalina).
Mecanismo de ação: se ligam em unidades de receptores alfa 2 delta que são responsáveis pelos canais de Na e Ca. Esses receptores são responsáveis por fazer o fechamento desses canais de Na e Ca, com isso aumenta o limiar doloroso.
Vao estabilizar a membrana neuronal, não deixa que fique fazendo disparos de sinapses. Diminui a hiperexcitabilidade neuronal.
Usa mais estabilizador de membrana do que ADT (amitriptilina), pois a amitriptilina ela inibe a recaptacao de noradrenalina e serotonina, e geralmente os animais chegam na clinica tomando tramadol. Esse tramadol também é um opioide misto, ele vai ter a via opioide e a via serotoninérgica. O opioide também inibe serotonina e noradrenalina, e com isso vai estar usando dois medicamentos (amitriptilina e tramadol) que estão inibindo a recaptacao de monoaminas. O aumento de NOR e 5HT na fenda, pode causar a SINDROME NORADRENERGICA (tem taquicardia, sudorese, constipação, retenção urinaria, boca seca em humanos).
Se o animal já esta tomando TRAMADOL, então passa pra ele a GABAPENTINA.
Como a gabapentina é um anticonvulsivante, nos primeiros dias o animal pode ficar meio chapado, pois causa uma depressão no SNC.
Dose gabapentina: 10 mg/kg, nos primeiros dias SID, e depois BID. Ela também tem ação moduladora, ou seja, tem que usar no mínimo 15-20 dias igual ao ADT. 
Tem animais (animais velhos, com artrite, artrose) que vai tomar gabapentina a vida toda, pois a dor não tem mais solução. Se o animal tiver vomito, diarréia, tem que tirar o medicamento aos poucos.
Tratamento alternativo:
Acupuntura:
Geralmente são pacientes que já tem um controle analgésico, mas continua com dor.
Animais mais velhos que tem problema em coluna, joelho, que não pode fazer medicação por muito tempo pois ele tem ulcera, sistema renal já não é tão bom.
Então usa outras técnicas para fazer analgesia nesses pacientes.É uma técnica da medicina tradicional chinesa
Ela tem propriedades diagnosticas (pela palpação dos pontos diagnostico, consigo saber qual sistema esta com problema, como sistema endócrino, urinário...), tratamento, analgésico.
A analgesia ocorre pelo aumento do limiar doloroso.
Consegue controlar dor pós-operatoria e náusea.
Em humanos, fizeram o uso de acupuntura, depois coletaram liquor desses pacientes para analisar se tinha um aumento de endorfina, e realmente teve. Ou seja, fazer acupuntura, estimula o próprio organismo a liberar os opioides endógenos. 
Tem mecanismos neurológicos e humoral (libera substancias inflamatórias).
Os meridianos (pontos para por a agulha) localizam-se próximo a nervos periféricos e terminacoes nervosas.
Libera opioides endógenos, serotonina, glicina e acetilcolina
Intensidade dolorosa: 
Ausente:
Um paciente sem dor é aquele que foi fazer um raio-x, retirada de ponto, troca de bandagem 
So vai prescrever ,por exemplo, se foi tirar o ponto e tava um pouco inflamado, então prescreve um antiinflamatório. Mas bem raro ter necessidade.
Usa: AINE ou dipirona 
Dor leve:
Desbridamento de ferida (limpeza), suturas de pele, limpeza ocular, remocao de corpo estranho superficial
Usa: AINE ou opioide
Intervenção cirúrgica de médio porte:
Orquiectomias e OSH (quando não utiliza bloqueio local, pq se fizer daí é tratado como dor leve), cesarianas, cistotomia (abertura da vesícula urinaria,para retirada de calculo vesical), excisão de neoplasias cutâneas (desde que não tenha que fazer reconstrução de pele).
Uso: opioide associado a AINE
Intervenção cirúrgica de grande porte:
Laparotomia exploratória (abre o abdome do animal do esterno ate o pubis, para investigar um problema), cirurgias ortopédicas, laminectomias (cirurgias de coluna, é uma cirurgia neurológica), amputação de membro.
Uso: associa vários fármacos -> opioides potentes (metadona, morfina), AINE, bloqueio regional e dipirona. 
Considerações finais: não tem um protocolo a seguir pra todos os animais, cada um vai reagir de uma forma ao tratamento; avaliação constante e cuidadosa (cada espécie tem sua escala de dor); monitoração adequada; se tiver duvida, não saber se o animal esta com dor, entao sempre trate ele.
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA (MPA)
Conceitos:
Usa sempre antes do estimulo cirúrgico, são fármacos completamente diferentes dos fármacos usados na indução. Ira preparar o paciente para a anestesia, promovendo sedação, analgesia e menores efeitos colaterais.
MPA é antes do procedimento cirúrgico.
Fármacos indutores são aqueles que promovam a anestesia. Pode ser intravenoso ou inalatorio.
Quando faz MPA, diminui a dose do fármaco indutor e do fármaco para manutenção, pois potencializa esses fármacos que vem depois da MPA.
Finalidades gerais: 
Sedação
reduzir estresse, irritabilidade e agressividade
alivio da dor (tratamento ou prevenção da dor no pós-cirurgico)
inibir o estagio 2 da anestesia (é o estagio que se chama excitação e delírio, toda vez que faz MPA o veterinário quer inibir esse estagio, ele não é bom. Vemos esse estagio quando esta induzindo o paciente e quando ele esta se recuperando da anestesia. É nesse estagio que o animal morde, pula da mesa, uiva) 
redução do efeito indesejáveis de outros fármacos durante a anestesia (se reduzo a quantidade de anestésico injetado ou durante a manutenção, consequentemente tem uma segurança maior)
potencializa os fármacos injetáveis e os fármacos anestésicos inalatorios
previne ou diminui a incidência de vomito (não queremos durante a inducao ou recuperação anestésica, pois pode ter regurgitação ou vomito e esse paciente aspirar esse conteúdo, e inclusive pode vir a óbito)
redução das secreções (pode ter asfixia se tiver um aumento de secreção)
adjuvante de técnica de anestesia local (muito usado em grandes animais, por exemplo a associação de MPA com uma epidural)
recuperação suave (animal recuperar bem, calmo).
Pacientes que estão muito mal, não usa MPA.
Fármacos MPA:
Tranqüilizantes -> fenotiazínicos (acepromazina, clorpromazina e levomepromazina)
 Butirofenonas (azaperone)
Obs: Diminui o nível de consciência do animal, mas eles não perdem totalmente a consciência. O mais potente e mais usado dos fenotiazinicos é a acepromazina. A butirofenonas vai ser utilizada em suínos.
Ansiolíticos -> benzodiazepínicos (diazepan e midazolan) 
Hipnoanalgesicos -> opioides (morfina, meperidina, butorfanol, buprenorfina, tramadol, etc); Agonistas de receptores alfa-2 (xilazina, romifidina, detomidina, etc)
Relaxantes musculares -> éter gliceril guaiacol (EGG, usado em grandes animais)
Anticolinérgicos -> atropina e glicopirrolato (deveriam sair da parte de MPA, pois não tem ação sedativa, não tem ação ansiolítica e não tem ação analgésica. Usam muito para reverter efeitos indesejáveis de outros fármacos). Glicopirrolato não tem no Brasil.
ANTICOLINÉRGICOS:
São antagonistas competitivos dos receptores colinérgicos muscarinicos, também chamados de parassimpatoliticos (qualquer medicamento que faz o bloqueio do SN parassimpático).
Tem receptores parassimpáticos muscarinicos no coração, glândula salivar e musculatura lisa.
Efeitos no coração: redução da atividade vagal eferente (tem taquicardia), glândula salivar (o normal de um receptor muscarinico seria aumentar a produção de saliva, aumentar secreção do pâncreas. Se usa um anticolinérgico então tem redução da produção de saliva), musculatura lisa (efeitos muito parecidos com os simpáticos, então tem diminuição da motilidade TGI, broncodilatacao, midriase).
A importância clinica do uso de um anticolinérgico é so para fazer redução de secreção salivar ou traqueobrônquica, tratamento de bradicardia, ou quando tem perigo de obstrução aérea.
Indicação clinica: apenas em pequenos animais!!! 
Em eqüinos não é usado pois eles so produzem saliva quando estão comendo, sua freqüência cardíaca já é baixa (20-30 bpm), tem alteração na motilidade TGI (pode causar cólica).
Em ruminante a atropina apenas deixa a saliva mais viscosa, ficando difícil o manuseio do animal.
Principal representante: sulfalto de atropina; dose 0,02 – 0,04 mg/kg; pode ser feito em todas as vias; pela via intravenosa é em caso de emergência.
02/04
TRANQUILIZANTES: 
Tem dois grupos: fenotiazínicos e butirofenonas
Fenotiazínicos -> acepromazina, levomepromazina e clorpromazina
São chamados de agentes antipsicóticos ou neurolépticos (vem dos humanos, tem esses nomes pois são usados para o tratamento de pacientes esquisofrenicos)
São mais chamados como neurolépticos
Faz uma tranquilizacao de grau leve, ou seja, animal continua respondendo a estímulos externos. Se chama ele, ele responde.
Para ter uma tranquilizacao mais intensa, deve associar ele com outros agentes, como: opioides e/ou benzodiazepínico.
Pode associar vários medicamentos na MPA (analgesia multimodal)
Mecanismo de ação: 
SNC -> faz antagonismo dopaminérgico e serotoninérgico 
Não tem efeito hipnótico, sem perda de consciência (animal não dorme)
S. CARDIOVASCULAR -> faz bloqueio dos receptores alfa-1-adrenergico (ativação do sistema nervoso simpático em receptores alfa-1-adrenergico faz vasoconstricao. Então como tem bloqueio, logo terá vasodilatacao periférica) 
Essa vasodilatacao periférica leva a duas coisas: hipotensão e hipotermia, pois como esta vasodilatado, perde mais calor. 
Não deve usar em pacientes desidratados, em choque, pois vão descompensar. 
Quando tem vasoconstricao o organismo direciona sangue para os compartimentos mais importantes. Quando usa um medicamento que faz vasodilatacao esta desviando o sangue dos locais mais importantes, para lugares menos importantes. Logo, cai a pressão arterial (hipotensão, bradicardia)
Dilatação esplênica -> fazem seqüestro das hemácias circulantes (diminui em 30% das hemácias circulantes). Com isso, tem menos oxigênio circulando também. Não é indicado também usar esses medicamentos em pacienteanêmico, pois com esse baço dilatado ele seqüestra mais hemácias e diminui hemácias circulando, diminui oxigênio.
S. RESPIRATÓRIO E DIGESTÓRIO -> tem ação anticolinérgica, ou seja, no respiratório vai diminuir secreção traqueobrônquica (reduz risco de obstrução), efeito antiemético (reduz emese que pode acontecer com o uso de alfa-2-agonista, opioide), reduz secreção salivar. NÃO ALTERA MOTILIDADE INTESTINAL!!
TEMPERATURA -> sempre que usa fenotiazinicos, cai a temperatura. Há duas formas de cair essa temperatura: pelo bloqueio de receptores alfa-1-adrenergico no leito vascular, fazendo vasodilatacao (perde muito calor) e depressão do centro termorregulador (hipotálamo perde a capacidade de entender que o animal esta em hipotermia. 
Efeitos gerais: tranquilizacao, efeito antiemético, reduz secreção, potencializa anestésicos gerais, hipotensão e hipotermia (efeito colateral os dois últimos).
Sinais de sedação: tranquilizacao leve a moderada, protrusão da 3 palpebra, abaixamento de cabeça, ptose palpebral (fica com olho baixo, relaxa pálpebra).
Efeitos clínicos em GRANDES ANIMAIS:
Sinais leves de sedação nesses animais.
São melhor sedados com alfa-2-agonista
Usado em animais mais calmos
Em eqüinos faz 1 hora antes de ir pro centro cirúrgico. Aplica e deixa esse animal dentro da baia ate ir pra cirurgia, quando faz isso a resposta é melhor ao tranqüilizante.
Em eqüinos tem prolapso peniano. Se durante o procedimento esse animal se machucar, não conseguir mais contrair o penis, um garanhao perde sua capacidade de monta.
Não usa em garanhoes.
A vantagem em ruminantes é o menor risco de decúbito (de se deitar) em relação ao agonista alfa-2- adrenérgicos. Este mesmo fazendo doses baixas, pode ser que o animal deite.
Evita associação de fenotiazínico e alfa-2-adrenergico em ruminantes pois aumenta as chances de regurgitação.
Doses:
Acepromazina (é o mais potente; quanto mais potente, menor a dose)-> 
0,05 – 0,1 mg/kg cães 
0,1 – 0,2 mg/kg gatos 
Não ultrapassar de 3 mg/kg
Levomepromazina
0,5-1 mg/kg IV ou IM
Não ultrapassar 25 mg/kg
Clorpromazina
0,5- 1 mg/kg IV ou IM
Não ultrapassar 25 mg/kg
O grande problema dos fenotiazínicos é que eles não tem reversor, então depois que faz a medicação, tem que esperar passar o efeito.
Contra-indicacoes: pacientes desidratados, pacientes hipovolêmicos, debilitados (mais velhos ou muito jovens), hipotérmico, histórico de convulsão/epilepsia (os fenotiazinicos causam uma despolarização de focos ectópicos no SNC, podendo causar convulsão)
Focos ectópicos -> são focos no SNC, mas que não são responsáveis pela tranquilizaçao do paciente. Então começa a despolarizar esses focos e pode levar a convulsão.
Butirofenonas -> azaperone
nome comercial: suispress
É utilizado apenas em suínos. É uma espécie difícil de sedar, tranqüilizar
Dose: 1-3 mg/kg IM ou IV (muito difícil pegar veia de porco)
Deve usar agulhas longas pois eles tem uma grande camada adiposa, é mais difícil atravessar essa camada pra chegar no músculo.
ANSIOLÍTICOS:
Benzodiazepínicos -> diazepan e midazolan
Mecanismo de ação: depressão do sistema límbico do SNC e ativação dos receptores GABA (é o principal receptor inibitório do SNC)
Ações: diminui ansiedade e ação hipnótica (induz sono) em humanos, pois nos animais o sistema límbico é menos desenvolvido. 
Usa na veterinária para fazer miorrelaxamento, anti-convulsivantes. Eles são bons pois não causam alteração cardiorespiratoria, são ótimos para tratar paciente idoso, deprimido.
Normalmente associa benzodiazepínicos com outros fármacos, como: anestésicos dissociativos (esses anestésicos causam muita rigidez muscular, então faz junto um benzodiazepínico pra relaxar essa musculatura), co-indutor (é um fármaco utilizado junto com o anestesico para diminuir a dose desse anestésico principal. Ex: benzodiazepínico associado ao propofol, diminui em ate 50% a dose de indução), pode associar tambem com os tranqüilizantes e hipnoanalgesicos (alfa-2-agonista e opioides) para aumentar a sedação.
Sempre faz associação em pacientes que são hígidos, porque o paciente hígido quando faz uso isolado de benzodiazepínico, normalmente eles tem excitação (sistema limbico não é bem desenvolvido, então se liga a outros sítios causando excitação do SNC). EXCECAO QUE NÃO PRECISA ASSOCIAR COM OUTRO FÁRMACOS, QUE VAO SER DEPRIMIDOS COM O USO ISOLADO DOS BENZODIAZEPINICOS -> potros, bezerros e pacientes deprimidos. Pode usar sem problema de excitação.
Doses:
Midazolan -> 0,2 - 0,3 mg/kg IV ou IM
Diazepan -> 05 - 1 mg/kg IV ou IM (o problema é que ele é oleoso, então IM ele dói muito e sua absorção é mais lenta. Então não usa IM, usa so IV)
Os benzodiazepínicos tem reversor:
Flumazenil -> 0,02 – 0,1 mg/kg duração em media de 60 minutos
HIPNOANALGÉSICOS:
Alfa-2-adrenergicos -> vão estimular receptores alfa-2-adrenergicos no SNC e periférico. Tem esses receptores no encéfalo, medula e vasos sanguineos.
Tem atividade inibitória, sua maior densidade é PRÉ-SINÁPTICO. Quando tem maior população no pré-sinaptico, quer dizer que tem ação de inibição.
Ira inibir que tenha maiores liberações de noradrenalina, dopamina, serotonina pra corrente sanguinea.
Ações: sedação (mais intensa que tranqüilizantes fenotiazinicos), analgesia visceral, miorrelaxamento importante.
Efeitos cardiorrespiratorios: 
Hipertensão seguida de hipotensão -> tem alfa-2 pré-sinaptico e pós-sinaptico tem alfa-1. Há uma maior densidade de alfa-1 do que de alfa-2. Quando aplica o alfa-2-adrenergico, em um primeiro momento ele se liga nos receptores alfa-1, e como tem muito alfa-1 em vaso sanguineo, então vai fazer vasoconstricao periférica. Com isso tem a hipertensão. Depois disso, terá muito mais moléculas se ligando em alfa-2, ocorre um desligamento dos receptores alfa-1 e mantem apenas do alfa-2. Com isso, os receptores alfa-2 irao diminuir o AMPc que diminui o cálcio pelo fechamento dos canais de cálcio. Precisa de cálcio pra extrusão do neurotransmissor lá no botão terminal pra fenda sináptica. A noradrenalina se liga em receptores alfa-1, so que o Alfa-2 não deixa ter a liberação dessa noradrenalina. Então num primeiro momento, pela própria ligação do fármaco com receptores alfa-1 temos HIPERTENSAO, num segundo momento começa a ter ativação de receptores alfa-2 que estão pré-sinapticos, e deixa de ter liberação de noradrenalina. Se não tem liberação de NOR pra corrente sanguinea, não vão se ligar em receptores alfa-1 (pós-sinaptico) e então tem hipotensão num segundo momento.
Isso explica a bradicardia. Como a noradrenalina é uma catecolamina, elas fazem ativação do sistema nervoso simpático, se deixa de ter noradrenalina circulante, isso vai afetar o sistema cardiovascular diminuindo a freqüência cardíaca. 
Então TODO alfa-2-adrenergico vai causar bradicardia, pois impeço a liberação de noradrenalina, a qual ativa sistema nervoso simpático.
Junto com as bradicardias, pode desenvolver bradiarritmias. E com isso pode ter os BAV de 2o grau (bloqueio átrio-ventricular).
Também tem depressão do sistema respiratório (bradipneia)
Se o animal tem bradicardia, mas a hipotensão continua estável, espera um pouco para usar atropina.
A pressão arterial é mantida pela frequencia cardiaca ou pela resistencial vascular. Se tem diminuição da freqüência cardíaca (que é normal alfa-2-agonista fazer), para manter a pressão arterial tera que aumentar resistencial vascular. Da mesma forma se tiver diminuição de resistencial vascular.
Ex: paciente esta bradicardico, mas tem pressão arterial estava graças a resistência vascular. Ou seja, fez vasoconstricao, mecanismo compensatório. É mais fácil o coração bombear sangue num vaso dilatado, ou seja, quando tem vasoconstricao periférica e aumento de resistência vascular muito grande, o trabalho cardíaco aumenta, pois o coração tem que fazer mais forca pra conseguir bombear esse sangue. 
Por isso o uso da atropina é controverso, o paciente já esta vasoconstrito, o organismo já diminui freqüência cardíaca pra poupar gasto energético,e vai e usa a atropina que aumenta a freqüência cardíaca de um coração que esta com muita dificuldade de bombear sangue pra dentro dos vasos, ou seja, aumenta gasto energético do miocárdio, sem conseguir aumentar debito cardíaco.
Se a pressão esta alta e freqüência baixa, significa que o próprio sistema fisiológico do animal compensou fazendo vasoconstricao. Se coloca atropina, aumenta freqüência cardíaca e isso vai aumentar gasto energético do coração, e isso pode levar a regiões de infarto.
Se tem a bradicardia, e sei que é por causa do alfa-2-agonista, reverte ele ao invés de usar atropina. 
SLIDE DE ELETRO: 
1o -> é uma bradiarritmia chamada de sinosarreste ou parada sinusal, é quando o intervalo da onda R seguinte é maior que o dobro da anterior. É quando o coração para de bater um tempo e depois volta. É causada por fármacos como alfa-2-agonista, acepromazina, anestésico inalatorio, manipulação de vísceras também pode causar.
2o -> tem apenas bradicardia, pois as ondas R são ritmas.
3o -> tem bloqueio átrio-ventricular de 2o grau. Também é uma bradiarritmia, tem onda P sem complexo QRS seguinte, ou seja, so átrio esta contraindo. Átrio não consegue gerar pulso, ele não consegue fazer que o sangue saia sozinho do coração. Se não tem sangue saindo do coração, vai diminuir pressão arterial e vai diminuir debito cardíaco. Se não tratar durante a cirurgia, vai evoluir pra 3o grau e depois o animal morre.
Bradirritmia vai sempre tratar, mas bradicardia primeiro analisa a pressão arterial.
Efeito Sistema digestorio: em pequenos animais vai ter vomito, o uso do alfa-2-agonista ira induzir a emese. É mais comum ter emese em gatos, mas também acontece em cão. Diminui motilidade do TGI. Em eqüinos vai induzir a cólica e bovinos vai induzir o timpanismo.
Para diminuir o risco de cólica e timpanismo, no pós operatório tem que por esses animais para andar. Outra coisa que diminui o risco é fazer jejum no pré-operatorio, pra evitar que o alimento fique parado e tenha cólica no pós-operatorio.
Particularidades nas espécies:
os alfa-2-agonistas são muito utilizados em grandes animais, principalmente xilazina e detomidina. Causam sedação intensa, abaixam a cabeça, ptose labial e palpebral, eqüino não deita, ele fica em posição quadrupedal, bovinos deita, eqüinos apóiam membros pélvicos em pinça, animal fica incoordenado.
Sempre sedar o eqüino próximo do local da cirurgia, por ele ficar incoordenado.
Os bovinos são muito sensíveis ao uso de alfa-2-agonista. A grande maioria vai deitar com o uso de alfa-2, tem muita sialorreia, tem rotação do globo ocular. Eles ficam muito sedados com o uso desses fármacos. 
Em pequenos animais tem sedação profunda, deitam e tem miorrelaxamento.
Não usa alfa-2-agonista em pacientes idosos, muito jovens ou debilitados, pois tem muitos efeitos colaterais.
Potros e bezerros usa benzodiazepínico.
Doses: 
Xilazina -> 
0,2-05 mg/kg IM ou IV (pequenos animais) 
0,5 – 1 mg/kg (eqüino)
0,1 – 0,3 mg/kg IM (ruminantes e pequenos ruminantes) obs: se for fazer pela via IV, diminui a dose pela metade. Caso a cirurgia demore mais que o esperado e esse animal comece a querer levantar, faz metade da dose inicial.
Detomidina ->
10-20 mcg/kg IV e IM (Eqüino)
20-40 mcg/kg IV e IM (asinino, muar) -> usa uma dose mais alta porque eles tem um aumento da concentração do citocromo P 450 e acabam fazendo biotransformacao dos farmacos muito mais rápido que os eqüinos. 
Dexmedetomidina -> pequenos animais!!
1-20 mcg/kg (cão) -> quanto maior o cao, menor a dose, pois o metabolismo dele é mais devagar que o de um cão pequeno. Ex: dose de 20 mcg/kg usa em pintcher, York, spitz
20-40 mcg/kg (gato)
Alfa-2-agonista tem reversor:
Ioimbina -> (reversor de xilazina em cães e ruminantes)
Cães: 0,1 – 0,2 mg/kg IV ou IM 
Gatos até 1 mg/kg IV ou IM 
Atipamezole -> (reversor de dexmedetomidina)
Em gatos tem que reverter apenas metade!! Usa metade do volume usado de dexmedetomidina
Em caes pode reverter tudo ou metade
Opióides -> será utilizado no tratamento ou prevenção de dor.
Vão depender da ligação do fármaco opioide com seu receptor opioide;
No SNC tem vários receptores distribuído, sendo eles: Mi, kappa, sigma e delta (pouco estudado);
O receptor responsável pela analgesia espinhal e supraespinhal, e com maior potencia é o Mi;
Tem mais receptor Kappa nas aves e nos repteis;
Efeitos receptores Mi: analgesia, sedação, depressão respiratória e cardiovascular, euforia;
Efeitos receptores kappa: mais envolvido com analgesia e sedação;
Efeitos receptores sigma: efeitos alucinógenos como disforia e excitação;
Efeitos dos opioides: ação analgésica, efeito sedativo (não causa sedação em eqüino e felino por conta da distribuição de receptores opioides no SNC. Eles tem metade dos receptores opioides que as outras espécies tem), diminui ansiedade e sofrimento;
Efeito colateral: excitação (dependendo da espécie; eqüino e felino se tiverem sem dor, e dar um opioide, eles acabam excitando; se tiverem com dor, não causa excitação), depressão respiratória e cardiovascular (doses altas, maior depressão), constipação (em eqüinos se tiver com muita dor, para evitar a cólica, faz o opioide e põe o animal para andar), retenção urinaria (mais comum quando faz morfina pela via peridural);
Classificação – afinidade pelos receptores:
Agonistas totais -> interagem com receptores Mi (muito mais com esse) e kappa. Ex: morfina, meperidina, fentanil, metadona;
Agonista/antagonista -> são agonista de receptors kappa e antagonista de receptors Mi; Usa em equinos com cólica; como tem efeito teto e ele se liga em receptores kappa, tem analgesia e sedação com poucos efeitos colaterais; na clinica de pequenos, usa-se em cães velhinhos, cardiopatas, com edema pulmonar, quando precisa fazer um raio-x nesses animais, analgesia de aves e repteis, biopsia de pele, como butorfanol causa menos efeito colateral, e também ira tranqüilizar o animal, ele será escolhido; tem menos alteração cardiovascular pois o receptor que mais causa depressão respiratória e cardiovascular é o receptor Mi, e ele estará bloqueado; não usa em cirurgia invasiva, porque como ele é antagonista Mi, caso o procedimento fique difícil e tenha que usar uma morfina, um fentanil, não será possível pois eles se ligam em receptores Mi, e como usei o butorfanol, estará bloqueando receptor Mi. Ex: butorfanol e nalbufina
Agonista parcial -> interagem parcialmente com os receptores do tipo Mi; Ex: tramadol e buprenorfina;
Antagonista -> serve para reverter os efeitos dos agonistas; não tem efeito farmacológico, apenas bloqueia os receptores dos agonistas Ex: naloxona
A morfina é o opioide mais utilizado em todas as espécies; em cães a dose é ate 0,5/0,7 mg/kg; pode ser usada por diversas vias; 
Em gatos geralmente reduz a dose em relação aos cães porque eles podem excitar (ter alucinacao); a dose é até 0,3 mg/kg IV IM SC PERIDURAL
Em equinos usa ate 0,1 mg/kg (via peridural é ate 0,07-0,1 mg/kg)
A morfina pela via peridural é vantajosa porque tem duração de 18-24h, então tem analgesia por muito tempo em uma única aplicação;
Metadona é mais potente que a morfina, então reduz a dose; a dose é de 0,1 a 0,5 mg/kg IM SC;
Meperidina tem mais ação sedativa do que analgésica; usada em procedimentos curtos, simples, animais que estao mais agitados, e hígidos; dose em gato 5-6 mg/kg
Meperidina degranula muito mastocito, quanto maior a dose, maior a chance então de degranular, podendo ter uma reação alérgica; dura 1 h
Não usa meperidina e morfina em animais com mastocitoma, pois causam degranulacao de mastocito;
Fentanil tem analgesia muito potente, de 80-100x mais potente que a morfina; pode usar IM ou IV; pela via IM dura até 30min apenas; usa mais pela IV antes da indução, ele será um co-indutor (ira potencializar a ação do fármaco indutor);
Remifentanil tem que usar em infusão continua, porque biotransformam muito rápido; potencializa anestésicos gerais e inalatorios; tem maior analgesia que o fentanil; usa em cirurgias agressivas,de maior duração, e pacientes que sejam hepatopatas, nefropatas, porque a biotransformacao dele será por esterase plasmática que são proteínas que estão no sangue capazes de fazer biotransformacao, não depende do fígado para biotransformar;
O butorfanol e nalbufina tem efeito teto, não adianta aumentar a dose; em cães a dose é ate 0,4 mg/kg e gato ate 0,6 mg/kg; usado em todas as vias; dura ate 2h, tem analgesia visceral para dor discreta; muito bom para cólica em eqüino, a dose é 0,05-0,1 mg/kg;
Buprenorfina não existe mais no Brasil; era usada em gatos, dura ate 8h, e os gatos não excitava; era excelente para eles;
O tramadol pode ser usado em eqüino, felino e canino; ele tem duas vias analgésicas, que é a opioide e a serotoninérgica e noradrenergica; será usado apenas em dor leve; a dose em caes é 4-8 mg/kg SC IM IV VO (IV tem que ser feito bem lento!!), em eqüinos é 2 mg/kg IM, em felino 2 mg/kg SC IM IV VO 
A vi serotoninérgica e noradrenergica, inibe a recaptacao de sertonina e noradrenalina da fenda sináptica; nos equinos e caninos somente essa via que tem analgesia;
O tramadol como é um pro-farmaco, ele precisa ser biotransformado em um metabolito ativo la no fígado . Os eqüinos e caninos não conseguem fazer isso, ou seja, não tem efeito analgésico pela via opioide;
Para reverter todos esses opioides (agonistas) usa a naloxona; ela não tem aplicacao clinica, so usa ela para reverter o opioide usado na MPA ou no transopertatório.
RELAXANTES MUSCULARES:
Éter gliceril guaiacol (EGG) e benzodiazepínico (já falamos)
É de ação central, isso quer dizer que não tem paralisação do diafragma e do músculo intercostal. Então o animal não para de respirar (de ação periférica para de respirar);
Hoje usa EGG apenas em grandes animais, em duas situações: protocolo de indução anestésica (benzodiazepínico + anestésico geral IV, se quiser AUMENTAR o relaxamento muscular, usa o EGG) e anestesia total intravenosa (TIVA) 
PAREI EM 36 MIN

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