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HIGIENE ORAL NO PACIENTE HOSPITALIZADO

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1. HIGIENE ORAL NO PACIENTE HOSPITALIZADO 
 
 
As doenças na cavidade oral ocorrem mais frequentemente quando a nutrição e a higiene 
oral são más, quando negligenciam os seus dentes, quando fumam ou quando os dentes partidos irritam 
os tecidos. A higiene do paciente é uma atividade atribuída à equipe de enfermagem, tem um fator 
importante na recuperação do paciente a fim de evitar doenças infecciosas e promover o bem-estar. As 
práticas de higiene são influenciadas pelos padrões socioculturais e familiares, e a hospitalização é uma 
excelente oportunidade para promover a educação em saúde, a equipe de enfermagem deve manter seus 
pacientes limpos e livres de maus odores, incentivando para que participe mais ativamente possível de 
sua higiene. 
 
1.1 COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À FALTA DE HIGIENE E FATORES QUE 
AFETAM A QUALIDADE DA SAÚDE ORAL. 
 
o Halitose: a saliva possui efeito microbiano controlando o crescimento de bactérias, por isso, em 
sua falta, há maiores chances de aparecerem cáries dentárias. Os aumentos na quantidade de 
saliva também podem causar halitose. (TORTORA, 2007). 
o Doenças cardiovasculares e periodontal: existe uma relação da falta de higiene oral no paciente 
com algumas doenças sistêmicas, alguns estudos mais específicos foram realizados para 
comprovar esta tese. 
o Segundo Douglas (2008), existe uma relação entre doenças cardiovasculares e doença 
periodontal, e em seus estudos observou que as bactérias encontradas no biofilme dental são as 
mesmas encontradas na corrente sanguínea de pacientes acometidos por doenças cardíacas 
como a endocardite bacteriana. 
o Diabetes: referente a esta doença, Douglas (2008) observou que a doença periodontal aumenta 
a resistência à insulina por conta da inflamação sistêmica. 
o Nascimento prematuro: as doenças bucais e a gravidez também estão relacionadas com 
nascimentos de bebês prematuros (DOUGLAS, 2008). 
o Pneumonia: uma das doenças também preocupantes que relacionam saúde bucal com saúde 
sistêmica é esta doença. A aspiração de conteúdos bucais para os pulmões, denominada 
infecções nosocomiais, são uma das causas de morte de pacientes que necessitaram de intubação 
orotraqueal. 
o A placa bacteriana que está nos dentes ou próteses dentárias pode estar colonizada por patógenos 
respiratórios e estes serem levados diretamente para os pulmões, pois o tubo endotraqueal se 
torna um facilitador de infecção. 
o Xerostomia: a sensação de boca seca tem esta denominação. Uma das formas de ter xerostomia 
é com o passar da idade quando os dutos salivares vão se atrofiando. O uso de alguns fármacos 
também contribui para a xerostomia, que ajuda na proliferação e crescimento de bactérias na 
cavidade oral. 
 
1.2 TIPOS DE HIGIENE ORAL 
 
o Pacientes independentes 
 Pacientes que são capazes de permanecer de forma independente em uma posição Fowler 
ou semi-Fowler podem, em geral, realizar a sua própria higiene oral, desde que os suprimentos 
necessários estejam ao fácil alcance. Para pacientes conscientes, sentar na margem da cama ou próximo 
à pia também é uma opção para a realização da higiene oral. Enquanto o paciente está realizando a 
higiene oral, é importante que você observe o processo e fornecer qualquer orientação necessária a 
respeito da escovação e uso do fio dental. Este é também um bom momento para discutir a importância 
da higiene oral e de uma boa saúde bucal com o paciente. 
o Pacientes dependentes 
 Quando os pacientes apresentam agravamento do quadro de saúde ou apresentam uma 
condição clínica que iniba o uso das suas mãos, você deve realizar a higiene oral para eles. Antes de 
presumir que um paciente dependente é incapaz de realizar sua própria higiene oral, avalie seu nível de 
dependência e convide-o a participar da maneira que puder. Certifique-se de adicionar ao plano de 
cuidados do paciente o nível da assistência necessária. A equipe de enfermagem pode então saber como 
assistir e qual a extensão do cuidado necessário para realizar a higiene oral no paciente. 
o Pacientes inconscientes 
Um paciente inconsciente requer uma higiene oral frequente e meticulosa a fim de prevenir 
o desenvolvimento de problemas na saúde oral. Fique atento à formação de placas nos lábios, dentes e 
língua. O cuidado meticuloso deve ser observado durante sua remoção a fim de não causar danos à 
mucosa. Como os pacientes inconscientes apresentam risco de aspiração, mantenha um kit de aspiração 
preparado ao lado da cama. Prepare o kit antes de iniciar a higiene oral no paciente. Um posicionamento 
adequado do paciente pode reduzir o risco de aspiração. Para um paciente inconsciente, a melhor posição 
é a lateralizada com a cabeça virada para o lado onde você está, em semi-Fowler ou com a cabeceira do 
leito em nível normal. 
 Colocar o paciente em uma destas posições permite que fluidos ou quaisquer secreções 
orais se acumulem no lado dependente da boca e escorram para fora. Use uma escova com cerdas macias 
e solução antisséptica para escovar os dentes do seu paciente e remover qualquer acúmulo de sujidade 
e placa. Um swab de espuma ou uma gaze embebida em antisséptico podem ser usados para limpar 
também a língua e as gengivas. Retire possíveis crostas e sujidades. Use gaze umedecida com solução 
fisiológica para remover excessos de antisséptico. 
 Como o paciente inconsciente não consegue relatar dor ou desconforto, realize uma 
avaliação completa da cavidade oral cada vez que realizar a higiene oral. Aproveite o cuidado oral para 
observar a presença de inflamações, infecções, ulcerações ou sangramentos. Comunique ao enfermeiro 
responsável e ao médico para início imediato de tratamento, tendo em vista que problemas na saúde oral 
podem afetar o estado geral de saúde do paciente. 
 
1.3 TÉCNICAS PARA HIGIENE ORAL NO PACIENTE 
 
 MATERIAIS: 
o Luvas de procedimento 
o Máscara 
o Escova de dente ou espátulas envolvidas em gazes 
o Creme dental ou antisséptico bucal 
o Copo com água (canudo s/n) 
o Cuba rim 
o Papel toalha 
o Saco plástico para lixo 
o Fita adesiva 
 
 
 TÉCNICA UTILIZADA: 
 
 HIGIENE ORAL NO PACIENTE CONSCIENTE 
o Lavar as mãos 
o Preparar o material e colocar sobre a mesa de cabeceira 
o Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito 
o Dependendo do grau de dependência do cliente, oriente-o como fazer 
o Elevar a cabeceira da cama (se não houver contraindicação) 
o Fixar o saco plástico para lixo com fita adesiva na beira do leito para desprezar o material usado 
o Colocar o papel toalha embaixo do queixo e a cuba rim sobre o tórax 
o Colocar a máscara 
o Calçar as luvas de procedimento 
o Umedecer a gaze envolta na espátula (trocar quantas vezes forem necessárias) ou a escova de 
dente com o antisséptico bucal ou creme dental para limpar toda a cavidade oral 
o Iniciar a limpeza pelos dentes, gengiva, palato, bochechas, língua e lábios, com movimentos 
firmes e delicados 
o Quando for utilizado o creme dental e se o cliente tiver condições, orientar a enxaguar a boca 
bochechando com a água do copo e desprezando na cuba rim 
o Caso a higiene tenha sido somente com o antisséptico, não será necessário enxaguar 
o Enxugar a boca do cliente com papel toalha 
o Colocar o cliente em posição confortável 
o Descartar os materiais utilizados no saco plástico para lixo 
o Desprezar os líquidos usados 
o Reunir os materiais e guardá-los 
o Lavar as mãos 
o Anotar o procedimento no prontuário do cliente 
o Caso seja necessário, instruí-lo a maneira correta de escovação de dentes e língua 
 
 HIGIENE ORAL NO PACIENTE INCONSCIENTE 
 
o Montar material de aspiração (sonda de aspiração e conexões do vácuo) S/No Colocar água no copo descartável 
o Colocar toalha sobre o tórax 
o Umedecer a escova ou espátula envolvida em gaze com água e solução dentifrícia 
o Não colocar qualquer tipo de líquido na cavidade oral, pois existe risco de aspiração 
o Escovar os dentes com movimentos circulares e gengivas 
o Limpar mucosa oral; 
o Lavar a língua usando espátula ou cotonete 
o Lubrificar os lábios se estiver ressecado 
 
 HIGIENE DE PRÓTESE DENTÁRIA 
 
o Diluir bicarbonato de sódio no frasco com água filtrada 
o Calçar luvas de procedimento 
o Colocar o paciente em posição de Fowler 
o Retirar prótese do cliente com uma gaze ou solicitar que ele as retire 
o Escovar a prótese com antisséptico bucal na pia do quarto 
o Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo 
o Colocar um papel toalha na parte superior do tórax e do pescoço 
o Oferecer água bicarbonatada para o cliente enxaguar a boca 
o Posicionar a cuba rim sob o queixo do cliente para que ele despreze a água nela 
o Recolocar ou oferecer a prótese para que o paciente a coloque ainda molhada 
o Enxugar a boca do cliente com o papel toalha 
o Recolher o material 
o Retirar luvas de procedimento e desprezá-las 
o Lavar as mãos 
o Anotar procedimento no prontuário. 
 
 
 
 
2. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. 
 
BARROS, Alba Lucia Botura Leite. Anamnese e exame físico: Avaliação diagnóstica de enfermagem 
no adulto. Porto Alegre: Artmed S/A, 2002 
DOUGLAS, Chester. A relação entre doença bucal e doença sistêmica: uma atualização para o exercício 
da odontologia. The oral care report prev news. 2008. 
TORTORA, Gerard J. Princípios da Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan LTDA. 
POTTER, P. A., & Perry, A. G. (2009). Fundamentals of nursing (7th ed.). St. Louis, MO: Elsevier 
Mosby. pp. 888-889. 
SCHLESENER, Vânia Rosimeri F; ROSA, Uyara Dalla; RAUPP, Suziane Maria M. O cuidado com a 
saúde bucal de pacientes em UTI. Cinergis v.13, n.1, p.73-77, Jan/Mar, 2012.

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