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10/09/2017 1 Aula prática 1: BIOSSEGURANÇA E VIDRARIAS Unidade 1 - Conceitos de Biossegurança: 1.1. Laboratório e suas especificidades; 1.2. Normas de biossegurança aplicadas no laboratório de Bioquímica. 10/09/2017 2 A Biossegurança tem como fundamento básico, assegurar a proteção da saúde humana, animal e vegetal e o meio ambiente, através de ações preventivas, a fim de controlar, reduzir ou eliminar riscos. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 2. Procure deixar seu material (mochila, pastas e fichários) em local no laboratório de forma que este não obstrua a passagem ou as portas de entrada/saída. 3. Certifique-se de que a saída de emergência está destrancada antes de iniciar as atividades. 10/09/2017 3 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 4. Esteja munido de pré-relatório e roteiro da prática a ser desenvolvida, conhecendo plenamente seus conteúdos (vidraria, reagentes e equipamentos a serem utilizados). Observação: o pré-relatório deve conter os cálculos das quantidades de reagentes a serem usadas. 5. Não use saia, bermuda, ou calçados abertos (chinelo ou sandália). 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 6. Utilize jaleco fechado e preferencialmente de mangas longas. 10/09/2017 4 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 7. Pessoas com cabelos compridos devem mantê-los presos enquanto estiverem no laboratório. 8. Não fume, não coma e não beba dentro do laboratório. 9. Evite passar as mãos no rosto ou cabelos após ter iniciado a aula prática. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 11. Mantenha uma postura séria, concentrada, calma e evite conversas e circulação desnecessárias pelo laboratório. 12. Aguarde as orientações do professor/monitor quanto à utilização de equipamentos e vidraria para não danificá-los. 10/09/2017 5 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 13. Obedeça às orientações do professor/monitor durante as aulas práticas, inclusive observando procedimentos de segurança adicionais. 14. Preste atenção nas etiquetas e indicações distribuídas pelo laboratório e respeite-as. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 15. Mantenha total atenção sobre o que está manipulando. 16. Não deixe frascos ou vidrarias próximos à borda das bancadas. 17. Evite circular com frascos pelo laboratório. 10/09/2017 6 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 18. Antes de usar reagentes que não conheça, consulte a bibliografia (pré-relatório), a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) ou o professor/monitor. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 19. Assim que retirar a quantidade necessária de reagente do frasco, feche-o. 20. Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados a menos que isso seja autorizado. 10/09/2017 7 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 21. Não introduza espátulas úmidas ou contaminadas nos frascos de reagentes. 22. Nunca pipetar líquidos com a boca. Utilize a pêra de sucção. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 23. Não use uma mesma pipeta para dosar reagentes/soluções diferentes. 24. Nunca adicione água sobre ácidos e sim ácidos sobre água. 10/09/2017 8 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 25. Ao testar o odor de produtos químicos, nunca coloque o produto ou frasco diretamente sob o nariz. 26. Quando estiver manipulando frascos ou tubos de ensaio, nunca dirija sua abertura na sua direção ou na de outras pessoas. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 27. As operações com manipulação de ácidos, compostos tóxicos e outras substâncias que exalem vapores devem ser realizadas na capela de exaustão de gases e/ou com o exaustor do laboratório ligado. 10/09/2017 9 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 28. Identifique as soluções e reagentes dispostos em béquer, tubos de ensaio ou balões volumétricos etiquetando-os (fita crepe). 29. Fique atento às operações onde for necessário realizar aquecimento. Não deixe vidros ou objetos quentes em lugares de onde pessoas possam pegá-los inadvertidamente. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 30. Use luvas de isolamento térmico ao manipular material quente (Laboratório de Fornos). 32. Papel-toalha usado deve ser descartado nos cestos “não reciclado”. 10/09/2017 10 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 31. Não jogue restos de reagentes nas pias. Caso seja orientado seu descarte na pia, abra bem a torneira deixando correr água em abundância para diluir o reagente. Os resíduos aquosos ácidos ou básicos devem ser neutralizados antes do descarte. 32. Papel-toalha usado deve ser descartado nos cestos “não reciclado”. 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório 33. Ao final da prática, deixe tudo em ordem: limpe bancadas dispondo a vidraria a ser lavada na pia na área “vidraria contaminada”, lave vidraria e deixe-a secando na pia na área “vidraria lavada” (não é necessário secar, exceto quando solicitado). 10/09/2017 11 1.2 Normas básicas de segurança no laboratório Equipamentos de laboratório (principais vidrarias) e especificidades. 10/09/2017 12 PIPETA GRADUADA Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida. PIPETA VOLUMÉTRICA Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida, pois possui grande precisão de medida. 10/09/2017 13 MICROPIPETA OU PIPETA AUTOMÁTICA Utilizada para medir volumes reduzidos, na ordem do microlitro, de forma precisa e reprodutível. São de volumes fixos ou variáveis. Utilizam-se pontas (ou ponteiras) descartáveis em plástico, de modo que o líquido aspirado não entre no corpo principal da pipeta. São sempre de dois estágios onde o primeiro é usado para sugar o líquido e o segundo para descartá-lo. Ponteira USO GERAL DE MICROPIPETADORES 1. Gire o calibrador de volume para obter o volume desejado. Observe a diferença na altura do êmbolo, a medida em que o volume for sendo modificado. Lembre de verificar se o volume está devidamente ajustado na casa decimal. 2. Coloque uma ponteira de tamanho adequado no micropipetador. 3. Ao aspirar o líquido, sempre segure o tubo entre os dedos. Mantenha o tubo na altura dos olhos para observar a mudança no nível de líquido na ponteira. Não pipete com os tubos apoiados na estante. 4. Cada tubo deve ser mantido nas mãos durante a manipulação. De preferência, abra lentamente o tubo de microcentrífuga com o polegar da outra mão, para evitar que o conteúdo respingue. Durante a manipulação, segure o tubo pelo corpo e não pela boca, pois assim eliminam-se riscos de contaminação. 10/09/2017 14 USO GERAL DE MICROPIPETADORES 5. Para pipetar, coloque o micropipetador na palma da mão e envolva-o com os dedos. Movimente o êmbolo com o polegar e mantenha o pipetador levemente inclinado enquanto estiver aspirando o líquido. 6. A maioria dos micropipetadores tem dois pontos de ‘parada’ ao expelir o líquido. No primeiro, expele-se o volume exato de líquido presente na ponteira; no segundo, injeta-se uma quantidade adicional de ar, permitindo o completo esvaziamento de qualquer resto de solução retido na ponteira. Estes dois pontos de parada são sentidos pressionando-se o êmbolo com o polegar. 7. Para retirar uma amostra de um tubo contendo um reagente: USO GERAL DE MICROPIPETADORES a. Aperte o êmbolo até o primeiro ponto de parada e mantenha-o nesta posição. Mergulhe a ponteira na superfície, encha-a e solte lentamente o êmbolo (repitaeste procedimento três vezes – “up and down”). Verifique se a ponteira permanece na solução ao soltar-se o êmbolo, caso contrário, bolhas de ar serão aspiradas com a solução. b. Deslize a ponteira pela superfície interna do tubo para remover gotículas de solução aderidas à superfície. c. Certifique-se de que não existe ar na extremidade da ponteira. Para evitar erros, observe bem os níveis aproximados de líquido na ponteira para os volumes pipetados. Assim, qualquer grande discrepância poderá ser identificada facilmente, caso a pipetação esteja incorreta. d. Se surgirem bolhas de ar na amostra contida na ponteira, devolva a amostra ao tubo de origem. Elimine ar da amostra batendo o tubinho na bancada ou centrifugando-o imediatamente. 10/09/2017 15 PROVETA OU CILINDRO GRADUADO Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida. BURETA São tubos de vidro, graduados, cilíndricos, de diâmetro uniforme. Permitem escoar volumes variáveis de líquidos e são usadas nas titulações. São colocadas verticalmente em suportes de metal com auxílio de garras. 10/09/2017 16 BALÃO VOLUMÉTRICO Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório. Obs.: solução é uma mistura homogênea de dois ou mais componentes. BALÃO DE FUNDO CHATO Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIPÉ com TELA DE AMIANTO. 10/09/2017 17 BALÃO DE FUNDO REDONDO Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a ROTAEVAPORADOR. TUBO DE ENSAIO Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do BICO DE BÜNSEN. 10/09/2017 18 TUBO FALCON Não possui uma função específica tendo várias utilidades, como fazer um meio de cultura de células, auxiliar no preparo das soluções e guardá-las, pode-se triturar material como bastão e vidro entre outros. Existem dois modelos de tubo Falcon – o de 15ml e o de 50ml. ERLENMEYER Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções. Obs.: A titulação é uma técnica analítica, que tem como finalidade determinar a concentração exata de uma solução. Na análise volumétrica, a solução de concentração conhecida é designada por solução titulante e aquela cuja concentração se pretende determinar a designada por solução titulada. 10/09/2017 19 BECKER É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a TELA DE AMIANTO. TELA DE AMIANTO Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo BICO DE BUNSEN. 10/09/2017 20 TRIPÉ Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a TELA DE AMIANTO. BICO DE BÜNSEN É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas MANTAS E CHAPAS DE AQUECIMENTO. 10/09/2017 21 PINÇA METÁLICA (1) Usada para manipular objetos aquecidos. PINÇA DE MADEIRA (2) Usada para prender o TUBO DE ENSAIO durante o aquecimento. ESPÁTULA É usada comumente para transferir pequenas quantidades. 10/09/2017 22 CONDENSADOR Utilizado no equipamento de destilação. Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. FUNIL DE SEPARAÇÃO Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido. Obs.: Imiscível – que não se mistura. 10/09/2017 23 SUPORTE UNIVERSAL Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral. Adaptador para prender peças ao suporte. KITASSATO Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em FILTRAÇÕES a vácuo. 10/09/2017 24 FUNIL DE BUCHNER Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de FILTRO em conjunto com o KITASSATO. Obs.: A filtração a vácuo acelera o processo de fitração. ALMOFARIZ COM PISTILO Usado na trituração e pulverização de sólidos 10/09/2017 25 CADINHO Usado para calcinação (aquecimento a seco muito intenso) de substâncias. Pode ser aquecido diretamente a chama do bico de Bunsen, apoiado sobre triângulo de porcelana, platina, amianto etc. FUNIL Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser aquecido. 10/09/2017 26 PLACA DE PETRI Tipo de “prato” de vidro ou de plástico transparente que encaixa em outro de tamanho maior; muito empregado em cultura de microrganismos e em preparações histológicas. Haste de vidro utilizada para agitar soluções e auxiliar na transferência de líquidos de um recipiente para outro. BASTÃO DE VIDRO 10/09/2017 27 OS PRINCIPAIS TIPOS DE SOLUÇÕES PERCENTUAIS a. Solução peso por volume (%p/v) Ex.: solução de cloreto de sódio 2% (2g do sal em 100mL da solução) b. Solução peso por peso (%p/p) Ex.: solução de ácido clorídrico 37% (37g do ácido em 100g da solução) c. Solução volume por volume (%v/v) Ex.: solução de ácido acético 5% (5mL do ácido em 100mL da solução) QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1) Explique por que a vidraria volumétrica não deve ser levada ao fogo. 2) Descreva como proceder para a correta utilização de uma pipeta convencional. 3) Defina menisco e descreva a técnica para leitura de volume em vidraria volumétrica. 4) Quais as vantagens de utilizar micropipetadores em vez de pipetas convencionais? 5) Quais são os erros comuns de pipetagem que podem levar a uma subpipetagem ou uma superpipetagem? 10/09/2017 28
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