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RESUMO DE ANATOMIA HUMANA Referências Gray, Moore, Dângelo, Netter, Sobotta ....pdf

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Anatomia Humana 
Resumo de Anatomia
PRIMEIRA EDIÇÃO (2010)
Fernando ernando ernando ernando Álison M. D. Álison M. D. Álison M. D. Álison M. D. Felixelixelixelix
Aluno de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (FCM/PB) - Turma 2009.1. Monitor de Anatomia Humana do curso de Medicina da FCM/PB do período 2010.2 ao 2011.1.
João Pessoa - PB
Resumo de Anatomia Humana
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FELIX, Fernando Álison M. D.
Oração ao Cadáver Desconhecido
"Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra- te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente."
Karl Rokitansky (1876) Ao cadáver, respeito e agradecimento.
3
Resumo de Anatomia Humana
4
FELIX, Fernando Álison M. D.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA ......................................... 9 Enfoques da Anatomia ............................................................................................... 9 Normal e Variação Anatômica ................................................................................. 10 Nomenclatura Anatômica ........................................................................................ 11 Posição Anatômica ................................................................................................... 12 Divisão do Corpo Humano ....................................................................................... 12 Planos de Delimitação e Secção do Corpo Humano ................................................ 12 Termos Anatômicos ................................................................................................. 13 Organização Geral do Corpo Humano ..................................................................... 16 Princípios de Construção do Corpo Humano ........................................................... 16 2. SISTEMAS REPRODUTORES ..................................................... 17 Introdução à Pelve e ao Períneo .............................................................................. 17 Cíngulo do Membro Inferior (Quadril) ..................................................................... 17 Cavidade Pélvica (Pelve menor ou verdadeira) ....................................................... 20 Principais Estruturas Neurovasculares .................................................................... 21 Sistema Genital Masculino ...................................................................................... 22 Sistema Genital Feminino ........................................................................................ 29 3. SISTEMA ENDÓCRINO ............................................................ 34 Definição de Glândulas Endócrinas ......................................................................... 34 Atividade Hormonal ................................................................................................. 34 Mecanismos de Ação Hormonal .............................................................................. 35 Controle da Secreção Hormonal .............................................................................. 35 Hipotálamo e Glândula Hipófise (Pituitária) ............................................................ 36 Glândula Pineal (Epífise) .......................................................................................... 38 Glândula Tireóide ..................................................................................................... 38 Glândulas Paratireóides ........................................................................................... 39 Glândula Timo .......................................................................................................... 40 Glândulas Suprarrenais ............................................................................................ 40 Pâncreas ................................................................................................................... 42 Ovários e Testículos ................................................................................................. 42 4. SISTEMA NERVOSO ............................................................... 43 Medula Espinal ........................................................................................... 44 Forma e Estrutura da Medula Espinal...................................................................... 44 Conexões com os Nervos Espinais ........................................................................... 46 Topografia da Medula .............................................................................................. 46 Envoltório da Medula .............................................................................................. 47 Tronco Encefálico ....................................................................................... 49 Generalidades .......................................................................................................... 49 Bulbo (Medula Oblonga) .......................................................................................... 49 Ponte ........................................................................................................................ 50 IV Ventrículo............................................................................................................. 51 Mesencéfalo ............................................................................................................. 53 Cerebelo ..................................................................................................... 55
5
Resumo de Anatomia Humana
6
Generalidades .......................................................................................................... 55 Alguns Aspectos Anatômicos ................................................................................... 55 Lobos Cerebelares .................................................................................................... 55 Verme e Lóbulos Cerebelares .................................................................................. 56 Fissuras Cerebelares ................................................................................................ 56 Divisão Ontogenética e Filogenética do Cerebelo ................................................... 57 Diencéfalo .................................................................................................. 59 Generalidades .......................................................................................................... 59 III Ventrículo ............................................................................................................. 59 Tálamo...................................................................................................................... 60 Hipotálamo............................................................................................................... 61 Epitálamo ................................................................................................................. 62 Subtálamo ................................................................................................................ 63 Telencéfalo ................................................................................................. 64 Generalidades .......................................................................................................... 64 Sulcos e Giros. Divisão em Lobos ............................................................................. 64 Morfologia das Faces dos Hemisférios Cerebrais.................................................... 65 Morfologia dos Ventrículos Laterais ........................................................................ 75 Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais ..................................................... 76 Considerações sobre áreas importantes ................................................................. 79 Vascularização do SNC ................................................................................ 81 Importância .............................................................................................................. 81 Vascularização do Encéfalo ...................................................................................... 81 Vascularização da Medula Espinal ........................................................................... 85 Nervos Cranianos ....................................................................................... 86 Generalidades .......................................................................................................... 86 Estudo Sumário dos Nervos Cranianos .................................................................... 87 Meninges e Líquor ...................................................................................... 91 Meninges .................................................................................................................. 91 Líquor (Líquido Cerebrospinal – LCE) ....................................................................... 96 5. SISTEMA LOCOMOTOR ........................................................... 98 Sistema Articular ........................................................................................ 99 Articulações Fibrosas (Sinartroses) .......................................................................... 99 Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ............................................................... 99 Articulações Sinoviais (Diartroses) ....................................................................... 100 Sistemas Esquelético e Muscular .............................................................. 103 Sistema Esquelético ............................................................................................... 103 Sistema Muscular ................................................................................................... 104 Membros Superiores ................................................................................ 106 Ossos dos Membros Superiores ............................................................................ 106 Articulações dos Membros Superiores .................................................................. 109 Músculos dos Membros Superiores ...................................................................... 112 Vascularização dos Membros Superiores .............................................................. 119 Inervação dos Membros Superiores ...................................................................... 123 Membros Inferiores .................................................................................. 128 Ossos dos Membros Inferiores .............................................................................. 128
FELIX, Fernando Álison M. D.
Articulações dos Membros Inferiores .................................................................... 131 Músculos dos Membros Inferiores ........................................................................ 136 Vascularização dos Membros Inferiores ................................................................ 144 Inervação dos Membros Inferiores ........................................................................ 146 Cabeça ..................................................................................................... 152 Ossos da Cabeça .................................................................................................... 152 Articulações da Cabeça .......................................................................................... 159 Músculos da Cabeça .............................................................................................. 159 Vascularização da Face .......................................................................................... 160 Observações ........................................................................................................... 161 Pescoço .................................................................................................... 164 Ossos do Pescoço ................................................................................................... 164 Fáscias do Pescoço ................................................................................................. 165 Músculos do Pescoço ............................................................................................. 166 Trígonos do Pescoço .............................................................................................. 169 Vasos Sanguíneos no Pescoço ............................................................................... 173 Nervos no Pescoço ................................................................................................. 173 Caixa Torácica .......................................................................................... 175 Ossos do Tórax ....................................................................................................... 175 Músculos do Tórax ................................................................................................. 176 Nervos da Parede Torácica .................................................................................... 178 Artérias da Parede Torácica ................................................................................... 180 Veias da Parede Torácica ....................................................................................... 181 Parede Abdominal .................................................................................... 182 Regiões da Parede Abdominal ............................................................................... 182 Parede Ântero-Lateral do Abdome ........................................................................ 183 Região Inguinal ....................................................................................................... 185 Pregas Umbilicais e Fossas Vesicais ....................................................................... 187 Nervos da Parede Abdominal ................................................................................ 187 Vascularização da Parede Abdominal .................................................................... 188 Correlação Clínica: Hérnias Inguinais ..................................................................... 188 Dorso ....................................................................................................... 189 Ossos do Dorso – A Coluna Vertebral .................................................................... 189 Articulações da Coluna Vertebral .......................................................................... 193 Correlações Clínicas ............................................................................................... 196 Músculos do Dorso ................................................................................................ 197 Vascularização do Dorso ........................................................................................ 199 6. SISTEMA RESPIRATÓRIO ....................................................... 200 Nariz ....................................................................................................................... 200 Faringe ................................................................................................................... 203 Laringe .................................................................................................................... 204 Traquéia .................................................................................................................208 Brônquios Principais .............................................................................................. 209 Pleura e Cavidade Pleural ...................................................................................... 209 Pulmões .................................................................................................................. 210 7. SISTEMA CARDIOVASCULAR .................................................. 214
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Resumo de Anatomia Humana
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Mediastino ............................................................................................................. 215 Coração e Pericárdio .............................................................................................. 215 8. SISTEMA DIGESTÓRIO .......................................................... 225 Funções .................................................................................................................. 225 Boca e Cavidade Oral ............................................................................................. 226 Faringe ................................................................................................................... 231 Esôfago ................................................................................................................... 233 Estômago ............................................................................................................... 235 Intestino Delgado ................................................................................................... 237 Intestino Grosso ..................................................................................................... 240 Órgãos Anexos à Digestão ..................................................................................... 244 Baço ........................................................................................................................ 251 Vascularização Geral das Vísceras Abdominais ..................................................... 252 Peritônio e Cavidade Peritoneal ............................................................................ 255 9. SISTEMA URINÁRIO ............................................................. 259 Rins ......................................................................................................................... 260 Ureteres ................................................................................................................. 263 Bexiga ..................................................................................................................... 263 Uretra ..................................................................................................................... 264 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 266
FELIX, Fernando Álison M. D.
Introdução à Anatomia Humana
A
palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = em partes; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Logo, anatomia é a ciência que estuda a estrutura do corpo, visando a compreensão e estudo das partes que compõem o corpo humano. A fisiologia (physis + lógos + ia) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham.
A função nunca pode ser separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função.
Assim, a Anatomia é a ciência que estuda a forma, a estrutura e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. E a Fisiologia é a ciência que estuda o funcionamento da matéria viva, investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais. Embora o interesse primordial da anatomia seja a estrutura, a estrutura e a função devem ser consideradas simultaneamente. Para fixar, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
ENFOQUES DA ANATOMIA
A Anatomia macroscópica humana estuda o corpo humano e conforme o enfoque recebe varias denominações:
ANATOMIA SISTEMÁTICA OU DESCRITIVA: estuda de modo analítico (separação de um todo em seus elementos ou partes componentes) e separadamente as várias estruturas dos sistemas que constituem o corpo, o esquelético, o muscular, o circulatório, etc.
ANATOMIA TOPOGRÁFICA OU REGIONAL: estuda de uma maneira sintética (método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes e fundi-los num todo), as relações entre as estruturas de regiões delimitadas do corpo;
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE OU DO VIVO: estuda a projeção de órgãos e estruturas profundas na superfície do corpo, é de grande importância para a compreensão da semiologia clínica (estudo e interpretação do conjunto de sinais e sintomas observados no exame de um paciente);
ANATOMIA FUNCIONAL: estuda segmentos funcionais do corpo, estabelecendo relações recíprocas e funcionais das várias estruturas dos diferentes sistemas;
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Resumo de Anatomia Humana
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ANATOMIA APLICADA: salienta a importância dos conhecimentos anatômicos para as atividades médicas, clínica ou cirúrgica e mesmo para as artísticas;
ANATOMIA RADIOLÓGICA: estuda o corpo usando as propriedades dos raios X e constitui, com a Anatomia de Superfície, a base morfológica das técnicas de exploração clínica;
ANATOMIA COMPARADA: estuda a Anatomia de diferentes espécies animais com particular enfoque ao desenvolvimento ontogenético (desenvolvimento de um indivíduo desde a concepção até a idade adulta) e filogenético (história evolutiva de uma espécie ou qualquer outro grupo taxonômico) dos diferentes órgãos.
Métodos de Estudo
1. Inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia) ou internos (endoscopia); 2. Palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares e as saliências ósseas, dentre outras coisas; 3. Percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou sólidos); 4. Ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino); 5. Mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias; 6. Dissecação: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor visualização; 7. Estudo por imagem: inclui o raio-X, ecografia, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada.
NORMAL E VARIAÇÃO ANATÔMICA
Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida, é uma monstruosidade.
Existem algumas circunstâncias que determinam variações anatômicas normais e que devem ser descritas:
Idade: os testículos no feto estão situados na cavidade abdominal, migrando para a bolsa escrotal e nela se localizando durante a vida adulta;
Sexo: no homem a gordura subcutânea se deposita principalmente na região tricipital, enquanto na mulher o depósito se dá preferencialmente na região abdominal;
Raça: nos brancos a medula espinhal termina entre a primeira e segunda vértebra lombar, enquanto que nos negros ela termina um pouco mais abaixo, entre a segunda e a terceira vértebra lombar;
Tipo morfológico constitucional (Biótipo): é o principal fator das diferenças morfológicas. Os principais tipos são:
a- longilíneo (ectomorfo): indivíduo alto e esguio, com pescoço, tórax e membros longos. Nessas pessoas oestômago geralmente é mais alongado e as vísceras dispostas mais verticalmente;
b- brevilíneo (endomorfo): indivíduo baixo com pescoço, tórax e membros curtos. Aqui as vísceras costumam estar dispostas mais horizontalmente; c- normolíneo (mesomorfo): características intermediárias. A identificação do tipo morfológico é importante devido às diferentes técnicas de abordagem semiológica, avaliação das variações da normalidade e até mesmo maior incidência de doenças, como por exemplo, a hipertensão, que é sabidamente mais comum em brevilíneos.
Figura 1: Biótipos
NOMENCLATURA ANATÔMICA
É a linguagem própria da anatomia, ou seja, conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes. Com o acúmulo de conhecimentos no final do século passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália, França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômicos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000). A primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatomica). Revisões subsequentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a forma
FELIX, Fernando Álison M. D.
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Resumo de Anatomia Humana
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(músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso.
POSIÇÃO ANATÔMICA
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada.
Nela o indivíduo está em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.
DIVISÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça corresponde à extremidade superior do corpo estando unida ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades torácica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica. Dos membros, dois são superiores ou torácicos e dois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual está ligada ao tronco, e uma parte livre.
PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes a sua superfície (planos de delimitação), pois delimitam o corpo humano por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. Logo, através dos planos anatômicos podemos dividir o corpo humano em 3 dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas estruturas.
Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes:
o ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre o dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso o lateral direito => plano vertical tangente ao lado direito do
corpo
Figura 2: Planos de Delimitação
o lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado esquerdo do corpo o cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça o podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés Os planos descritos são de delimitação. É possível traçar também planos de secção, os quais serão abordados a seguir.
Plano Sagital: É o plano que corta o corpo no sentido ântero- posterior, possui esse nome porque passa exatamente na sutura sagital do crânio; quando passa bem no meio do corpo, sobre a linha sagital mediana, é chamado de sagital mediano e quando o corte é feito lateralmente a essa linha, chamamos parassagital. Determina uma porção direita e outra esquerda. Também nos permite dizer se uma estrutura é lateral ou medial. Dizemos que é lateral quando a estrutura se afasta da linha mediana e dizemos que é medial quando ela se aproxima da linha mediana. Por exemplo: observe na figura abaixo, podemos dizer que o mamilo é medial e que o ombro é lateral.
Plano Coronal: É o plano que corta o corpo lateralmente, de uma orelha a outra. Possui esse nome porque passa exatamente na sutura coronal do crânio. Também pode ser chamado de plano
frontal. Ele determina se uma estrutura é anterior ou posterior. Observe na figura 3. Podemos dizer, tendo esse plano como referência, que o nariz é anterior e que o ângulo da mandíbula é posterior.
Plano Transversal: É o plano que corta o corpo transversalmente, também é chamado de plano axial. Através desse plano podemos dizer se uma estrutura é superior ou inferior.
TERMOS ANATÔMICOS
A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos planos de delimitação e secções.
FELIX, Fernando Álison M. D.
Figura 4: Plano Coronal Figura 5: Plano Transversal.
13
Figura 3: Plano Sagital Mediano
Resumo de Anatomia Humana
14
POSIÇÃO: Os termos de posição indicam proximidade aos planos de inscrição ou ao plano de secção mediano. São termos comparativos e indicam que uma estrutura é, por exemplo, mais cranial que outra. Nenhum órgão ou estrutura é simplesmente cranial ou ventral pois estes planos são tangentes e portanto estão fora do corpo e surgem apenas como referência. Termos de posição:
o Inferior ou caudal: mais próximo dos pés; o Superior ou cranial: mais próximo da cabeça; o Anterior ou ventral: mais próximo do ventre; o Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso; o Medial: mais próximo do plano sagital mediano; o Lateral: mais afastado do plano sagital mediano; DIREÇÃO: Acompanham os eixos ortogonais. Termos de direção:
o Longitudinal ou crânio-caudal; o Ântero-posterior ou dorso-ventral; o Látero-lateral: de um lado a outro; SITUAÇÃO:
o Mediano: situada exatamente ao longo do plano de secção mediano; o Médio1: quando as estruturas estão alinhadas na direção craniocaudal ou ântero-
dorsal. o Intermédio1: quando as estruturas estão em alinhamento látero-lateral] COMPARAÇÃO:
o Proximal2: mais próximo do ponto de origem; o Distal2: mais afastado do ponto de origem; o Palmar ou volar: face anterior da mão. A face posterior das mãos é chamada
dorsal; o Plantar: face inferior do pé. A face superior dos pés é chamada dorsal; o Oral e aboral são termos restritos ao tubo digestivo e indicam estruturas mais
próximas ou distantes da boca, respectivamente. o Aferente3 significa que impulsosnervosos ou o sangue são conduzidos da periferia para o centro, e eferente3 se refere à condução do centro para a periferia. Ex.: A raiz dorsal do nervo espinhal é aferente por conduzir impulsos nervosos da periferia para a medula espinhal, já a raiz ventral é eferente. o Superficial
4
: estrutura contida no tegumento (epiderme + derme + tecido subcutâneo); o Profundo
4 
: estrutura abaixo do tegumento; o Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo; o Contra-lateral: do lado oposto do corpo; o Holotopia: localização geral de um órgão no organismo. Ex.: o fígado está
localizado no abdômen; o Sintopia: relação de vizinhança. Ex.: o estômago está abaixo do diafragma, a
direita do baço e a esquerda do fígado; o Esqueletopia: relação com esqueleto. Ex.: coração atrás do esterno e da terceira,
quarta e quinta costelas; o Idiotopia: relação entre as partes de um mesmo órgão. Ex.: ventrículo esquerdo
adiante e abaixo do átrio esquerdo. MOVIMENTAÇÃO:
o Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo;
FELIX, Fernando Álison M. D.
o Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo; o Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal; o Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal; o Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano
mediano; o Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano; o Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da
mandíbula e no ombro; o Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da
mandíbula e no ombro; o Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a
arcada dentária inferior; o Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido
súpero-inferior; o Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros; o Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros; o Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica; o Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas
ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica; o Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente; o Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em
torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente; o Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé
está totalmente invertido, ele também está plantifletido; o Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé
está totalmente evertido, ele também está dorsifletido; o Dorsiflexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo; o Plantiflexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar,
quando se fica em pé na ponta dos dedos.
1 Médio e Intermédio são termos que indicam situação de uma estrutura entre outras duas.
2 Proximal e Distal são usados para comparar a distância de pelo menos duas estruturas em relação (1) a raiz do membro, (2) ao coração e (3) ao encéfalo e medula espinhal.
3 Aferente e eferente indicam direção e são usados em anatomia para vasos e nervos.
4 Os termos superficial e profundo indicam as distâncias relativas entre as estruturas e a superfície do corpo. São também termos de situação que indicam estar contido nos planos superficiais ou nos planos profundos. Nesse caso, o limite entre superficial e profundo é a fáscia muscular. Lesões limitadas ao tegumento são superficiais, e lesões que atingem a fáscia muscular já são consideradas profundas.
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Resumo de Anatomia Humana
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ORGANIZAÇÃO GERAL DO CORPO HUMANO
O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão associados entre si. O nível químico inclui todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida.
As células constituem o segundo nível de organização e são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo.
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma reconhecível.
O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função comum.
O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do corpo funcionando como um todo compõem o organismo – um indivíduo vivo.
PRINCÍPIOS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO
ANTIMERIA: O corpo está dividido em duas metades homólogas (aparentemente simétricas) através do plano mediano, uma direita e outra esquerda, chamadas de antímeros.
METAMERIA: O corpo está dividido em segmentos superpostos como uma pilha de moedas, através de planos transversos sucessivos no sentido crânio-caudal, chamados de metâmeros.
PAQUIMERIA: O corpo está dividido em duas metades heterólogas (assimétricas) através do plano frontal ou coronal, uma anterior ou ventral (tubo esplâncnico) e outra posterior ou dorsal (tubo neural), chamadas de paquímeros.
ESTRATIFICAÇÃO: O corpo possui estruturas dispostas em estratos ou camadas.
FELIX, Fernando Álison M. D.
Sistemas Reprodutores
INTRODUÇÃO À PELVE E AO PERÍNEO
A pelve é subdividida em pelves maior e menor. A pelve maior, superior à abertura superior da pelve, protege as vísceras abdominais inferiores (íleo e colo sigmóide). A pelve menor oferece a estrutura óssea para os compartimentos da cavidade pélvica e do períneo, separados pelo diafragma da pelve. O períneo refere-se à região que inclui o ânus e os órgãos genitais externos, se estendendo do cóccix até o púbis e abaixo do diafragma pélvico.
CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR (QUADRIL)
O quadril une a coluna aos 2 fêmures. Funções primárias:
o Sustenta o peso do corpo nas posições sentadas e de pé; o Oferece fixação para os fortes músculos da locomoção e postura; Funções secundárias:
o Conter e proteger as vísceras pélvicas e as vísceras abdominais inferiores; o Proporcionar sustentação para as vísceras abdomino-pélvicas e para o útero
grávido; o Proporcionar fixação para uma série de estruturas como corpos eréteis,
músculos, membranas, etc.
Ossos e Características do Cíngulo do Membro Inferior
O cíngulo do membro inferior é formado por 3 ossos: (1) Ossos do quadril direito e (2) esquerdo, cada um desenvolvendo-se a partir da fusão de 3 ossos: ílio, ísquio e púbis; (3) sacro, constituído pela fusão das 5 vértebras sacrais.
Após a puberdade o ílio, o ísquio e o púbis fundem-se para formar o osso do quadril. Os 2 ossos do quadril são unidos anteriormente na sínfise púbica e articula-se posteriormente com o sacro nas articulações sacroilíacas.
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Figura 4: Pelve. Forma da abertura superior da pelve; vista superior.
Resumo de Anatomia Humana
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o Ílio; o Ísquio; o Púbis. O acetábulo é o local onde as 3 partes do osso do quadril se encontram. A pelve é dividida em pelves maior (falsa) e menor (verdadeira) pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve.
A margem da pelve circunda e define a abertura superior da pelve:
o Promontório e asa do sacro; o Linhas arqueadas direita e esquerda; o Linhas pectíneas esquerda e direita do púbis; o Cristas púbicas esquerda e direita. O arco púbico é formado pelos ramos isquiopúbicos dos 2 lados. Suas margens inferiores definem o ângulo subpúbico.
A abertura inferiorda pelve é limitada por:
o Arco púbico anteriormente; o Túberes isquiáticos lateralmente; o Margem inferior do lig. sacrotuberal póstero-lateralmente. o Extremidade do cóccix posteriormente. Os limites da abertura inferior da pelve também são os limites profundos do períneo. A face inferior côncava do diafragma pélvico forma o assoalho da cavidade pélvica menor. A face inferior convexa, forma o teto do períneo.
As pelves masculina e feminina diferem em vários aspectos:
PELVE ÓSSEA MASCULINA FEMININA Estrutura geral Espessa e pesada Fina e leve Pelve maior Profunda Superficial
Pelve menor Estreita, profunda, afunilada
Larga, cilíndrica
superficial,
Abertura superior da pelve
Em forma de coração; estreita
Oval e arredondada; larga
Abertura inferior da pelve Comparativamente pequena
Comparativamente grande Arco púbico (Ângulo subpúbico)
Estreito (Â < 70°) Largo (Â > 80°)
Forame obturado Grande e arredondado Quase triangular; oval Acetábulo Grande Pequeno Incisura isquiática maior Estreita ( ̴70°); V invertido Quase 90°
Tabela 1: Diferenças entre a pelve masculina e a feminina.
Tipos de pelve: - Andróide: afunilada, comum em homens (e mulheres brancas); quando em mulheres, este tipo de pelve pode apresentar riscos para o parto bem sucedido de um feto.
- Ginecóide: abertura superior possui caracteristicamente um formato oval arredondado e um diâmetro transversal largo; tipo feminino mais comum.
- Antropóide: comuns em homens e em mulheres negras. - Platipelóide: raro em ambos os sexos.
Figura 5: Os quatro tipos de pelves.
Diâmetros pélvicos: - Conjugado verdadeiro (obstétrico): menor distância entre a sínfise púbica e o promontório sacral (≥ 11 cm).
- Conjugado diagonal: ̴13 cm. - Distância interespinal: parte mais estreita do canal pélvico. - Transverso: entre as linhas arqueadas ( ̴13 cm). - Oblíquo: da articulação sacroilíaca de um lado à espinha isquiática do outro lado (~ 12,5 cm)
Articulações e Ligamentos Importantes
Articulações primárias: articulações sacroilíacas e a sínfise púbica.
Articulações Sacroilíacas
Articulação sinovial anterior (entre as faces auriculares do sacro e do ílio) e uma sindesmose posterior (entre as tuberosidades dos mesmos ossos).
Ligamentos:
o Ligg. sacroilíacos anteriores – parte da cápsula fibrosa da parte sinovial da
articulação; o Ligg. sacroilíacos interósseos o Ligg. sacroilíacos posteriores o Ligg. sacrotuberais – forma o forame isquiático; o Ligg. sacroespinais – divide o forame isquiático em forames isquiáticos maior
e menor.
Sínfise Púbica
Esta articulação consiste em um disco interpúbico fibrocartilaginoso e ligamentos adjacentes unindo os corpos dos ossos do púbis no plano mediano.
Ligamentos:
o Lig. púbico superior; o Lig. púbico inferior (arqueado).
Principais
FELIX, Fernando Álison M. D.
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Resumo de Anatomia Humana
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Articulações Lombossacrais
As vértebras L5 e S1 articulam-se na sínfise intervertebral, anterior, formado pelo disco intervertebral entre seus corpos e nas duas articulações dos processos articulares, posteriores, entre os processos articulares dessas vértebras.
Ligamentos:
o Ligg. iliolombares.
Articulações Sacrococcígeas
É uma articulação cartilaginosa secundária com um disco intervertebral; une o ápice do sacro à base do cóccix.
Ligamentos:
o Lig. sacrococcígeo anterior; o Lig. sacrococcígeo posterior; o Ligg. sacrococcígeos laterais.
CAVIDADE PÉLVICA (PELVE MENOR OU VERDADEIRA)
Limites:
o Inferior: diafragma pélvico; o Posterior: cóccix + parte inferior do sacro; o Teto: parte superior do sacro; o Parede ântero-inferior: corpos dos púbis + sinfise púbica.
Paredes e Assoalhos da Cavidade Pélvica
Parede ântero-inferior da pelve
Formada principalmente pelo corpo e pelos ramos do púbis e pela sínfise púbica.
Paredes laterais da pelve
Formadas pelos ossos do quadril esquerdo e direito, cada qual incluindo um forame obturado fechado por uma membrana obturatória, e pelos músculos obturadores internos e pelas fáscies obturatórias que revestem as faces mediais desses músculos.
Parede posterior (parede póstero-lateral e teto)
Formada pela parede e pelo teto ósseos na linha mediana (sacro + cóccix) e pelas paredes póstero-laterais músculo-ligamentares (ligamentos das articulações sacroilíacas e mm. piriformes); nervos do plexo sacral.
Assoalho pélvico
Formado pelo diafragma pélvico, composto pelos seguintes músculos:
o Mm. coccígeos; o M. levantador do ânus:
- m. puborretal - m. pubococcígeo1 - m. iliococcígeo
FELIX, Fernando Álison M. D.
Funções do m. levantador do ânus:
o Formam uma alça muscular para sustentar as vísceras abdominais; o Resiste ao aumento da pressão interna; o Ajuda a manter as vísceras pélvicas em posição.
1 A lesão do m. levantador do ânus, principalmente no m. pubococcígeo, pode causar incontinências urinária por esforço.
PRINCIPAIS ESTRUTURAS NEUROVASCULARES
Nervos Pélvicos
Tronco lombossacral: parte descendente do nervo L4 + ramo anterior do nervo L5. Plexo Sacral: a maioria dos ramos do plexo sacral sai da pelve através do forame isquiático maior:
o N. isquiático: maior nervo do corpo, formado pelos ramos anteriores dos
nervos espinais L4 à S3. o N. pudendo: principal nervo do períneo e o principal nervo sensorial dos órgãos genitais externos; é derivado dos ramos anteriores dos nervos espinais S2 à S4. o N. glúteo superior: origina-se nos ramos anteriores dos nervos espinais L4 à
S1; inerva os mm. glúteos médio e mínimo e o m. tensor da fáscia lata. o N. glúteo inferior: origina-se nos ramos anteriores dos nervos espinais L5 à
S2; inerva o m. glúteo máximo.
Artérias Pélvicas
Principal: a. ilíaca interna. Ramos da a. ilíaca interna:
Divisão (ou tronco) anterior:
- a. umbilical, que se transforma na a. vesical superior; - a. obturatória; - a. vesical inferior (em homens) / a. vaginal (em mulheres); - a. retal média; - a. uterina; - a. pudenda interna; - a. glútea inferior. Divisão posterior:
- a. glútea superior; - a. iliolombar; - aa. sacrais laterais; - a. ovárica; - a. sacral mediana; - a. retal superior.
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Resumo de Anatomia Humana
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Veias Pélvicas
Os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas. Os vários plexos na pelve menor se unem e são drenados principalmente pelas vv. ilíacas internas.
SISTEMA GENITAL MASCULINO
Órgãos: testículos, sistemas de ductos, glândulas sexuais acessórias, escroto e pênis.
Escroto
Bolsa que consiste em pele frouxa e fáscia superficial e serve de suporte para os testículos.
Rafe do escroto: linha (crista) mediana na pele do escroto; Septo do escroto: fáscia superficial que divide o escroto em 2 bolsas, cada uma contendo um só testículo.
Músculo dartos: fascículos de fibras musculares lisas encontrado no tecido subcutâneo do escroto; quando se contrai, provoca o enrugamento da pele escrotal.
Estratificação – da camada mais superficial à mais profunda:
o Pele (cútis); o Túnica dartos (m. dartos); o Tecido celular subcutâneo; o Fáscia espermática externa (derivada do m. oblíquo externo do abdome); o Fáscia cremastérica (m. cremáster – músculo estriado esquelético; derivado
do m. oblíquo interno do abdome); o Fáscia espermática interna (derivada do m. transverso do abdome); o Lâmina parietal da túnica vaginal1; o Lâmina visceral da túnica vaginal; o Túnica albugínea.
1 Quando os testículos descem para o escroto, eles arrastam consigo parte do peritônio parietal, originando o processo vaginal do peritônio. A parte superior desse processo oblitera-se e a parte inferior irá formar a túnica vaginal de paredes duplas (lâminas visceral e parietal).
?
Descreva a função do escroto na proteção dos testículos contra as flutuações de temperatura.
A própria localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a temperatura dos testículos. A temperatura de aproximadamente 2 a 3 °C abaixo da temperatura central, requerida para a produção normal de esperma, é mantida no escroto porque este está fora da cavidade pélvica. O músculo cremástereleva os testículos durante exposição ao frio. Essa ação move os testículos para mais perto da cavidade pélvica, onde podem absorver calor do corpo. A exposição ao calor reverte o processo. O músculo dartos também se contrai em resposta ao frio, e relaxa, em resposta ao calor.
FELIX, Fernando Álison M. D.
Testículos
São as gônodas masculinas – glândulas ovais pares, medindo cerca de 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Cada testículo pesa entre 10 e 15 gramas.
Os testículos estão suspensos no escroto pelo funículo espermático, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa que o direito.
Produzem as células germinativas masculinas (espermatozóides) e hormônios masculinos, principalmente a testosterona.
Configuração externa:
o Pólo superior – onde situa-se a cabeça do epidídimo; o Pólo inferior; o Face lateral – livre; o Face medial – voltado para o septo do escroto; o Margem anterior; o Margem posterior – onde situa-se o corpo do epidídimo. Os testículos possuem uma superfície externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea, que se espessa em uma crista sobre sua face interna, posterior, como o mediastino do testículo.
Configuração interna:
o Túnica albugínea; o Lóbulos do testículo; o Mediastino do testículo; o Túbulos seminíferos contorcidos; o Túbulos seminíferos retos; o Rede testicular; o Ductos eferentes dos testículos. Descida dos testículos: os testículos são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento fetal descem na direção do escroto, passando pelos canais inguinais, para ocupá-lo definitivamente, o que ocorre em geral até o 8o mês de vida intra-uterina.
Criptorquidia
Condição na qual os testículos não descem para o escroto. Ocorre em 3% dos recém-nascidos a termo e em 30% dos recém-nascidos prematuros. A criptorquidia bilateral não tratada resulta em esterilidade, porque as células da linhagem espermatogênica são destruídas pela temperatura mais elevada da cavidade pélvica.
A chance de desenvolver câncer de testículo é 30 a 50 vezes maior no testículo criptorquídico.
A condição pode ser corrigida cirurgicamente, de modo ideal antes dos 18 meses de idade, para manter a fertilidade do indivíduo.
O espermatozóide
Consiste em cabeça, peça intermediária e cauda. A cabeça contém o DNA e um acrossomo (vesícula repleta de enzimas que auxiliam na penetração do espermatozóide no ovócito II).
A peça intermediária possui numerosas mitocôndrias que realizam o metabolismo e produzem ATP para a locomoção.
A cauda, um típico flagelo, impulsiona o espermatozóide ao logo de seu trajeto.
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Resumo de Anatomia Humana
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Epidídimo
Órgão em forma de vírgula, medindo aproximadamente 4 cm de comprimento (sinuoso – 4 a 6 m de comprimento desenrolado), que se situa ao longo da margem posterior de cada testículo.
Cada epidídimo consiste, principalmente, em ducto do epidídimo fortemente espiralados.
Partes do epidídimo:
o Cabeça – região onde desembocam os ductos eferentes; o Corpo; o Cauda. O ducto do epidídimo é o local onde a motilidade do espermatozóide aumenta. Também armazena espermatozóides (por um mês ou mais) e ajuda a impeli-los para o ducto deferente.
Curva formada pela cauda do epidídimo e início do ducto deferente: armazena os espermatozóides até o ato sexual – amadurecimento.
Figura 6: Testículo, epididímo e ducto deferente.
Ducto Deferente
Na cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo fica menos contorcido e seu diâmetro aumenta; agora chamando-se ducto deferente, que mede cerca de 45 cm de comprimento.
Passa através do canal inguinal. A parte terminal dilatada do ducto deferente é conhecida com ampola do ducto deferente, que desemboca no ducto ejaculatório.
FELIX, Fernando Álison M. D.
O ducto deferente conduz espermatozóides do epidídimo para a uretra por meio de contrações peristálticas da túnica muscular.
Deferentectomia (vasectomia)
Método comum de esterilização masculina; Durante esse procedimento, parte do ducto deferente é ligada e excisada por uma incisão na parte superior do escroto.
A inversão de uma vasectomia é bem sucedida em situações favoráveis (pacientes com menos de 30 anos de idade e que a cirurgia tenha ocorrido há menos de 7 anos) na maioria dos casos.
Funículo Espermático
Contém estruturas que entram e saem do testículo e suspende o testículo no escroto. O funículo espermático começa no anel inguinal superficial e termina no escroto, na margem posterior do testículo.
O revestimento do funículo inclui:
o Fáscia espermática interna; o Fáscia cremastérica (com o m. cremáster); o Fáscia espermática externa. Os constituintes do funículo espermático são:
o Ducto deferente; o A. testicular – origina-se da aorta e irriga testículo e epidídimo; o A. do ducto deferente – origina-se da a. vesical inferior; o A. cremastérica – origem da a. epigástrica inferior; o Plexo venoso pampiniforme2 – rede formada por até 12 veias que convergem
superiormente como as veias testiculares esquerda e direita; o Ramo genital do n. genitofemoral – supre o m. cremáster; o Vasos linfáticos – segue para os linfonodos lombares; o Vestígio do processo vaginal – pode não ser detectável.
2 O plexo pampiniforme proporciona uma grande superfície de contato e um sistema de trocas térmicas contracorrentes entre artéria e veia. Acredita-se que trocas de calor ocorram neste local, entre o sangue arterial quente com o sangue venoso frio, auxiliando manter a temperatura testicular menor que a corporal. Esta troca de calor depende muito da diferença de temperatura entre artéria e veia, ou seja, da temperatura corporal e do testículo, respectivamente.
?
Enumere as estruturas contidas no funículo espermático masculino e feminino.
As estruturas contidas no funículo espermático masculino foram descritas acima. Como não é homólogo ao funículo espermático (masculino), o ligamento redondo do útero (feminino) não contém estruturas comparáveis. Inclui apenas vestígios da parte inferior do gubernáculo ovariano e do processo vaginal.
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Ductos Ejaculatórios
Cada ducto ejaculatório mede cerca de 2 cm e é formado pela união do ducto da glândula seminal e da ampola do ducto deferente.
São tubos delgados (de calibre reduzido). Os ductos ejaculatórios se formam logo acima da base (parte superior) da próstata, e seguem juntos ântero-inferiormente, atravessando a parte posterior da próstata.
Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sob a abertura do utrículo prostático, os óstios dos ductos ejaculatórios.
Embora os ductos ejaculatórios atravessem a próstata glandular, as secreções prostáticas se unem ao liquido seminal somente na parte prostática da uretra após o fim dos ductos ejaculatórios.
Figura 7: Bexiga, próstata, ducto deferente, glândula seminal; Corte oblíquo para expor a desembocadura do ducto ejaculatório esquerdo na uretra.
Uretra (masculina)
Serve como passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. Esse tubo muscular mede de 18 a 22 cm de comprimento e possui dois óstios: o óstio interno da uretra, na bexiga, e o óstio externo da uretra, na glande do pênis.
Saindo da bexiga (parte intramural), passa através da próstata (parte prostática), do diafragma urogenital (parte membranácea) e do corpo esponjoso pênis (parte esponjosa). A partir deste trajeto a uretra se subdivide em 4 partes:
o Parte intramural da uretra – 0,5 a 1,5 cm / circundada pelo esfíncter interno
da uretra; o Parte prostática da uretra – 3 a 4 cm / contém o colículo seminal / os tratos
urinário e reprodutivo se fundem nesse ponto; o Parte membranácea da uretra – 1 a 1,5 cm / circundada pelo esfíncter
externo da uretra; o Parte esponjosa da uretra – ̴15 cm / possui duas dilatações (proximalmente:
fossa intrabulbar; distalmente: fossa navicular).
FELIX, Fernando Álison M. D.
Pênis
É o órgão masculino da cópula e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmen.
Tem formato cilíndrico e consiste em corpo, raiz e glande dopênis. O corpo do pênis é composto por três massas cilíndricas de tecido erétil (permeado por seios sanguíneos), cada uma envolvida por tecido fibroso, chamado de túnica albugínea. Superficialmente ao revestimento externo está a fáscia do pênis (fáscia de Buck), que forma um revestimento membranáceo forte para as três massas, unindo-as.
As massas dorsolaterais pareadas são chamadas de corpos cavernosos do pênis; a massa ventral média menor, o corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra.
A raiz do pênis é a parte fixa (parte proximal) e consiste no bulbo do pênis, a parte expandida da base do corpo esponjoso do pênis, e o ramo do pênis, as duas partes separadas e cônicas dos corpos cavernosos do pênis.
O bulbo do pênis está fixado à face inferior do diafragma urogenital e é envolvido pelo m. bulboesponjoso. Cada ramo do pênis está fixado aos ramos ísquio-púbicos, sendo envolvido pelo m. ísquiocavernoso. A contração desses músculos esqueléticos auxilia a ejaculação.
Distalmente, o corpo esponjoso se expande para formar a glande do pênis; sua margem é a coroa da glande. O colo da glande é uma constricção em sulco oblíqua que separa a glande do corpo do pênis.
A abertura em fenda da parte esponjosa da uretra, o óstio externo da uretra, está perto da extremidade da glande.
No colo da glande, a pele e a fáscia do pênis são prolongadas como uma dupla camada de pele, o prepúcio, que em homens não-circundados cobre a glande em extensão variável.
O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a face uretral da glande.
Dois ligamentos sustentam o pênis:
o Lig. suspensor do pênis, que se origina da sínfise púbica; o Lig. fundiforme, que se origina da parte inferior da linha alba – superficial
(anterior) ao lig. suspensor do pênis.
Fimose
Prepúcio que envolve a glande afunila-se. Correção cirúrgica: remoção do prepúcio (circuncisão).
Circuncisão
É o procedimento cirúrgico no qual se remove parte ou todo o prepúcio. Vantagens: facilita higienização, protege contra o câncer de pênis, menor risco para infecções no trato urinário e menor risco para DST’s.
Suprimento arterial do pênis
Ramos das aa. pudendas internas:
o Aa. dorsais do pênis; o Aa. profundas do pênis; o Aa. do bulbo do pênis.
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Resumo de Anatomia Humana
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Drenagem venosa do pênis
o V. dorsal profunda do pênis; o V. dorsal superficial do pênis.
Glândulas Anexas
Glândulas Seminais
São glândulas obliquamente posicionadas superiores à próstata e que não armazenam espermatozóides. São estruturas pares contorcidas semelhantes a bolsas, medindo cerca de 5 cm de comprimento.
Secretam um líquido viscoso alcalino, que neutraliza ácidos, fornece frutose para a produção de ATP pelos espermatozóides, contribui para a viabilidade e motilidade dos espermatozóides e ajuda na coagulação do sêmen.
Responsáveis pela produção de aproximadamente 60% do volume do sêmen.
Próstata
É uma glândula simples, em forma de anel, que se situa abaixo da bexiga urinária e envolve a parte prostática da uretra.
Dimensões aproximadas: 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm em profundidade ântero-posterior.
As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra por meio de muitos ductos prostáticos (nos seios prostáticos).
Secretam um líquido ligeiramente ácido – confere odor característico ao sêmen – ajuda a coagular o sêmen após a ejaculação e consequentemente decompõe o coágulo.
A próstata produz cerca de 25% do volume do sêmen. Configuração externa:
o 2 faces anterior – parte muscular, forma o rabdoesfíncter;
posterior – relacionada à ampola do reto; o Base – relacionada com a bexiga; o Ápice – em contato com o diafragma urogenital. Ocorre aumento do tamanho prostático em homens mais velhos:
o Nascimento – puberdade: cresce lentamente; o Puberdade – 30 anos: cresce rapidamente; o 30 anos – 45 anos: tamanho estável; o 45 anos – ‘n’anos: pode ocorrer novo aumento. Toque retal: exame realizado para verificar se há aumento no tamanho da próstata, característico de câncer de próstata. Dosagem de PSA no sangue deve ser realizada para confirmação do diagnóstico.
Glândulas Bulbouretrais (de Cowper)
São duas glândulas com formato de ervilhas situadas póstero-lateralmente à parte membranácea da uretra.
Seus ductos abrem-se na parte esponjosa da uretra (fossa intrabulbar). Secretam um líquido mucoso alcalino, que neutraliza a acidez vaginal e lubrifica o revestimento da uretra e pênis durante a excitação sexual. Dessa forma, reduz-se a quantidade de espermatozóides danificados durante a ejaculação.
FELIX, Fernando Álison M. D.
Sêmen ou Esperma
É uma mistura de espermatozóides e de líquido seminal, proveniente das secreções dos túbulos seminíferos, gll. seminais, próstata e gll. bulbouretrais.
Funções: fonte nutritiva para os espermatozóides, fornecendo meio de transporte e neutraliza o meio hostil da uretra masculina e vagina.
Volume: ejaculação típica elimina aproximadamente 2,5 a 5 ml, com contagem de espermatozóides de 50 a 150 milhões por ml. Se essa contagem cai abaixo de 20 milhões/ml, o homem provavelmente é infértil.
Composição: prostaglandinas, frutose, colina, ácido cítrico, lipídios, creatinina, hialuronidase, seminalplasmina (ação antibiótica).
?
Descreva a trajetória dos espermatozóides pelo sistema de ductos desde o testículo até o meio externo.
Os espermatozóides são fabricados nos túbulos seminíferos contorcidos do testículo. Daí, eles atravessam os túbulos retos, chegando à rede testicular. A partir da rede testicular, os espermatozóides se movem por uma série de ductos eferentes que desembocam em um só tubo (ducto do epidídimo). Os espermatozóides, produzidos no testículo, serão armazenados no epidídimo até o momento da ejaculação. Chegado este momento, os espermatozóides percorrem todo o epidídimo (cabeça, corpo e cauda) chegando ao ducto deferente. Por meio de contrações de sua espessa túnica muscular, o ducto deferente encaminha os espermatozóides até sua porção terminal (ampola do ducto deferente). Os espermatozóides saem da ampola e adentram no ducto ejaculatório, pela parte posterior da próstata, juntamente com as secreções da gl. seminal. O sêmen atravessa o ducto ejaculatório e sai pelo óstio do ducto ejaculatório (localizado no colículo seminal, interior da parte prostática da uretra). Nesse ponto o sêmen recebe as secreções prostáticas e continuam o percurso ao longo da uretra. Deixa a porção prostática, atravessa a porção membranácea e, finalmente, chega na porção esponjosa da uretra, onde recebe mais secreções, agora advindas das gll. bulbouretrais. O sêmen, agora completamente formado, segue seu rumo ao longo da parte esponjosa da uretra até o meio externo, ao atravessar o óstio externo da uretra.
SISTEMA GENITAL FEMININO
Fazem parte: 2 ovários, 2 tubas uterinas, útero, vagina e o pudendo. As glândulas mamárias também são consideradas partes do sistema genital feminino.
Ovários
Glândulas pares com 3 a 4 cm de comprimento cada; são homólogas aos testículos. Configuração externa:
o Margem mesovárica – fixa ao lig. largo pelo mesovário; o Extremidade tubárica – possui o lig. suspensor do ovário e essa extremidade
está voltada para a tuba uterina; o Extremidade uterina – possui o lig. útero-ovárico e está voltada para o útero; o Face lateral – voltada para a fossa ovárica; o Face medial – voltada para a cavidade pélvica e o lig. largo.
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Cada ovário situa-se de encontro à face posterior do lig. largo e alojado com a face lateral na fossa ovárica.
Ligamentos que mantêm os ovários na posição:
o Lig. largo do útero por meio de uma prega, o mesovário; o Ligg. útero-ováricos – ancoram os ovários ao útero; o Ligg. suspensores dos ovários – envolve os vasos ováricos e fixam os ovários a
parede da pelve. Cada ovário contém um hilo, pelo qual passam vasos sanguíneos e nervos, e ao longo do qual o mesovário está fixado.
Tubas Uterinas
Estendem-se lateralmente a partir do útero, situando-se na margem superior dolig. largo do útero.
Aproximadamente 10 cm de extensão com diâmetro variando ao seu longo. Transportam ovócitos II e óvulos fertilizados ou não, a partir dos ovários para o útero.
Configuração externa (do lateral para o medial):
o Infundíbulo – parte funiliforme da tuba, próximo ao ovário / possui as
fímbrias (e a fímbria ovárica); o Ampola – parte mais larga, longa e tortuosa da tuba; o Ístmo – parte curta da tuba que chega ao útero; o Parte intramural da tuba – que passa pela parede do útero. A fertilização geralmente ocorre na ampola da tuba uterina. A parte do lig. largo que une a tuba a este ligamento se denomina mesossalpinge (no interior contém restos embrionários, o epoóforo).
Útero
É o local da menstruação, implantação do óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gravidez e parto.
Situado entre a bexiga urinária e o reto, com tamanho e formato de uma pêra invertida.
Em mulheres que nunca ficaram grávidas, possui: 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura; é maior nas mulheres que ficaram grávidas recentemente e menor (atrofiado) na menopausa (diminuição dos hormônios).
Subdivisões anatômicas do útero:
o Fundo – porção acima dos óstios uterinos das tubas; o Corpo – abaixo do fundo e acima do istmo, possui duas faces: anterior
(relacionado com a bexiga) e posterior (relacionado com o reto); o Istmo – abaixo do corpo, segmento estreito com cerca de 1 cm de
comprimento; o Colo – parte final do útero com cerca de 2,5 cm de comprimento, possui duas porções: supravaginal (acima da vagina) e vaginal (que se salienta para a vagina). A porção vaginal do colo do útero circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada pelo fórnice da vagina.
O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina e o interior do colo, de canal do colo uterino.
FELIX, Fernando Álison M. D.
O canal do colo do útero se abre na cavidade uterina, no óstio interno, e na vagina, no óstio externo.
Normalmente o útero fica deitado sobre a bexiga (antevertido e antefletido). O canal do colo forma rugosidades: pregas palmadas. A porção vaginal do colo que situa-se anteriormente ao óstio é chamado de lábio anterior do colo, e a porção posterior, de lábio posterior do colo.
A parede do fundo e corpo do útero é formada por três camadas:
o Perimétrio: revestimento seroso externo; o Miométrio: camada muscular lisa espessa; o Endométrio: camada mucosa interna, relacionado com a menstruação e a
nidação (implantação do embrião). O colo não possui endométrio e o miométrio é delgado. O endométrio é dividido em duas camadas:
o Camada funcional: parte que descama durante a mesntruação; o Camada basal: parte que origina a camada funcional após a menstruação. As células secretoras da túnica mucosa do colo produzem o muco cervical que forma um tampão no colo.
Ligamentos do útero:
o Lig. largo: pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados
da cavidade pélvica; o Ligg. uterossacrais: extensões peritoneais que ligam o útero ao sacro; o Ligg. cardinais: estendem-se para baixo até a base do lig. largo, da parede
lateral da cavidade pélvica ao colo do útero (conduz os vasos uterinos); o Ligg. redondos: estendem-se do útero até os lábios maiores; o Ligg. útero-ováricos. A inclinação do útero para trás é chamada de retroflexão. Por dentro dos dois folhetos do lig. largo passam: lig. redondo do útero, vasos uterinos e o ureter.
Histerectomia
Remoção cirúrgica do útero, podendo ser parcial ou subtotal (corpo do útero é removido, mas o colo é deixado no lugar), total (remove corpo e colo do útero) e radical (remove completamente útero, tubas uterinas, ovários, parte superior da vagina, linfonodos pélvicos e ligamentos).
A histerectomia pode ser indicada em condições como: endometriose, doença inflamatória da pelve, cistos ováricos recorrentes, sangramento uterino excessivo e câncer do colo, útero ou ovários.
Vagina
Órgão fibromuscular medindo de 7 a 10 cm de comprimento, revestido por túnica mucosa.
Situada entre a bexiga urinária (anterior) e o reto (posterior). Estende-se desde o fórnice da vagina ao vestíbulo (no períneo). Uretra, vagina e reto atravessam o diafragma pélvico. O seu epitélio apresenta espesso enrugamento transversal (rugas vaginais) e apresenta por diante uma elevação provocado pela uretra, chamada carina uretral da vagina.
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A parede da vagina é constituída por três camadas:
o Túnica mucosa: reveste internamente a vagina; epitélio pavimentoso
estratificado não queratinizado + tecido conjuntivo areolar; o Túnica muscular: camada circular externa e longitudinal interna de músculo
liso; o Túnica adventícia: camada superficial; ancora a vagina aos órgãos adjacentes;
tecido conjuntivo areolar. No óstio da vagina pode haver fina prega de túnica mucosa vascularizada, chamada hímen, que forma uma borda em torno do óstio, fechando-o parcialmente.
Com o rompimento do hímen, formam-se as carúnculas himenais. A vagina serve de passagem para fluxo menstrual, parto, e para o sêmen proveniente do pênis durante a relação sexual (coito).
Vulva ou Pudendo
Monte púbico: elevação de tecido adiposo recoberto por pele e pêlos grossos; anterior aos óstios da vagina e da uretra.
Lábios maiores: duas pregas longitudinais de pele, homólogas ao escroto. A fusão anterior desses lábios maiores forma a comissura labial anterior, e a fusão posterior, a comissura labial posterior.
Lábios menores: duas pregas menores de pele medial aos lábios maiores, formam o vestíbulo e rima do vestíbulo.
Clitóris: pequena massa cilíndrica de tecido erétil e nervos, localizado na junção anterior dos lábios menores; homólogo à glande do pênis; o corpo do clitóris é recoberto pelo prepúcio, formado no ponto onde os lábios menores se unem; a parte exposta do clitóris é a glande.
Vestíbulo: região delimitada pelos lábios menores; aí estão: o hímen (quando presente), o óstio da vagina, o óstio externo da uretra e as aberturas dos ductos de diversas glândulas.
Em ambos os lados do próprio ostio da vagina, encontram-se as gll. vestibulares maiores (gll. de Bartholin – homólogas às gll. bulbouretrais no homem). Diversas glândulas vestibulares menores também se abrem no vestíbulo.
Bulbo do vestíbulo: duas massas alongadas de tecido erétil imediatamente abaixo dos lábios em ambos os lados os óstio da vagina; homólogo ao corpo esponjoso e ao bulbo do pênis.
Períneo
Diafragma genital (de fora para dentro):
o M. transverso superficial do períneo; o Membrana inferior (ou membrana superficial do períneo); o M. transverso profundo do períneo; o Membrana superior (ou membrana profunda do períneo). O períneo é a área em forma de losango que contém os órgãos genitais externos e o ânus. Limites:
o Anterior: sínfise púbica; o Laterais: túberes isquiáticos; o Posterior: cóccix.
FELIX, Fernando Álison M. D.
Uma linha transversal, traçada entre os túberes isquiáticos, divide o períneo no trígono urogenital anterior (contém os órgãos genitais externos) e no trígono anal posterior (contém o ânus).
O m. transverso superficial do períneo se estende desde o túber isquiático ao centro tendíneo do períneo.
A membrana superficial do períneo (inferior) encobre mais dois músculos: o m. ísquio-cavernoso e o m.bulbo-esponjoso. O primeiro segue o ramo ísquio-púbico do quadril. O segundo se estende desde o centro tendíneo do períneo à sínfise púbica, contornando as seguintes estruturas (sentido póstero-anterior): óstio da vagina, óstio externo da uretra e clitóris. Por sua vez, o m. bulbo-esponjoso encobre o bulbo do vestíbulo e a gl. vestibular maior. O m. ísquio-cavernoso encobre o ramo do clitóris.
Vascularização: de uma forma geral, essas estruturas do sistema genital feminino interno e externo são irrigados por três artérias:
o A. ovárica: origina-se da a. aorta, vai ao ovário por dentro do lig. suspensor
do ovário; o A. uterina: origina-se da a. ilíaca interna, penetra no lig. largo e irriga o útero
e adjacências; o A. pudenda interna: se origina da a. ilíaca interna,vai ao períneo.
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Sistema Endócrino
E
m corporais. impulsos conjunto, nervosos O os sistemas nervoso e endócrino coordenam todos os sistemas sistema nervoso controla as atividades corporais por meio de conduzidos ao longo dos axônios dos neurônios através da liberação de neurotransmissores. O sistema endócrino atua por meio da liberação de moléculas mediadoras no sangue: os hormônios.
CARACTERÍSTICA SISTEMA NERVOSO SISTEMA ENDÓCRINO
Moléculas mediadoras
Hormônios levados até os tecidos, em todo o corpo, pelo sangue
Células afetadas
Neurotransmissores liberados por impulsos nervosos
Virtualmente, todas as céls. do corpo Tempo para início da ação
Céls. musculares e glandulares, outros neurônios Tipicamente, dentro de milissegundos
Segundos a horas ou dias
Duração da ação Geralmente, breve Geralmente, mais longa
Tabela 2: Comparação entre os Sistemas Nervoso e Endócrino.
DEFINIÇÃO DE GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
Glândulas Exócrinas: secretam seus produtos para ductos que levam as secreções para as cavidades corporais, para o lúmen de um órgão, ou para a superfície externa do corpo. Ex.: gll. sudoríparas, sebáceas, mucosas e digestivas.
Glândulas Endócrinas: secretam seus produtos (hormônios) para o líquido intersticial, em torno das céls. secretoras, e não para ductos. A secreção, então, difunde- se para os capilares e é levada pelo sangue. Ex.:
o Hipófise, tireóide, paratireóides, suprarrenais e pineal – foram o sistema
endocrine. Há órgãos e tecidos que não atuam exclusivamente como glândulas endócrinas, mas contém céls. que secretam hormônios: hipotálamo, timo, pâncreas, ovários, testículos, rins, estômago, fígado, intestino delgado, pele, coração, tecido adiposo e placenta.
ATIVIDADE HORMONAL
Os hormônios só afetam células-alvo específicas, que contenham receptores para reconhecer (fixar) determinado hormônio.
FELIX, Fernando Álison M. D.
O número de receptores em uma célula-alvo pode: diminuir caso o hormônio esteja presente em quantidade excessiva (down-regulation – regulação para baixo), ou aumentar quando a concentração do hormônio for deficiente (up-regulation – regulação para cima).
O bloqueio dos receptores hormonais é um método clínico-medicamentoso para inibir a ação e o efeito de alguns hormônios.
Tipos de hormônios:
o Endócrinos – entram no sangue e atuam sobre células-alvo distantes; o Parácrinos – atuam sobre as células vizinhas; o Autócrino – atuam sobre as mesmas células que os secretaram. Os hormônios endócrinos são inativados pelo fígado e excretados pelos rins. Quimicamente, os hormônios são lipossolúveis (esteróides, hormônios tireoidianos e óxido nítrico) ou hidrossolúveis (aminas, peptídeos, proteínas e glicoproteínas e eicosanóides).
Os hormônios hidrossolúveis circulam na forma “livre” no sangue; os hormônios esteróides e tireoidianos se prendem a proteínas transportadoras específicas, sintetizadas pelo fígado.
Os hormônios regulam o meio ambiente interno, o metabolismo e o balanço energético; participam da regulação das contrações musculares, das secreções glandulares e de determinadas respostas imunes; afetam o crescimento, o desenvolvimento e a reprodução.
MECANISMOS DE AÇÃO HORMONAL
Os hormônios esteróides e tireoidianos, lipossolúveis, afetam o funcionamento celular por alterarem a expressão gênica.
Os hormônios hidrossolúveis alteram o funcionamento celular pela ativação de receptores da membrana plasmática, que inicia uma cascata de eventos, no interior da célula.
Interações hormonais:
o Efeito permissivo: quando um hormônio potencializa o efeito de um segundo
hormônio; o Efeito sinérgico: quando os efeitos de dois hormônios, atuando em conjunto, são maiores, ou mais extensos, que a soma dos efeitos dos dois hormônios agindo isoladamente. Ex.: estrógeno + FSH = maturação dos folículos; o Efeito antagônico: quando um hormônio se opõe às ações de outro hormônio. Ex.: insulina e glucagon = síntese e degradação de glicogênios, respectivamente.
CONTROLE DA SECREÇÃO HORMONAL
A regulação da secreção se dá para impedir a secreção excessiva ou deficiente dos hormônios.
A secreção hormonal é controlada por sinais no sistema nervoso, pelas alterações químicas do sangue ou por outros hormônios.
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Controle inadequado da secreção, receptores modificados ou número inadequado de receptores podem resultar em distúrbios do sistema endócrino (hipossecreção ou hipersecreção de hormônio).
Com grande frequência, sistemas de feedback negativo regulam a secreção hormonal. Ocasionalmente, um sistema de feedback positivo contribui para a regulação da secreção hormonal.
HIPOTÁLAMO E GLÂNDULA HIPÓFISE (PITUITÁRIA)
O hipotálamo é o principal elo integrador entre os sistemas nervoso e endócrino, pois ele regula a atividade hipofisária por meio de conexões neurais e hormônios de liberação.
O hipotálamo controla o sistema nervoso autônomo e regula a temperatura corporal, a sede, a fome, o comportamento sexual e as reações de defesa, como as de medo e de raiva.
Células, no hipotálamo, sintetizam pelo menos 9 hormônios diferentes e a hipófise mais 7.
Hipófise:
o Forma de ervilha; o Mede cerca de 1 a 1,5 cm de diâmetro; o Pesa em torno de 0,5 g; o Situada na sela túrcica do osso esfenóide (fossa hipofisal), fixando-se ao
hipotálamo por uma haste, o infundíbulo da hipófise; o Duas partes anatômica e funcionalmente distintas: lobo anterior e lobo
posterior, ou adeno-hipófise e neuro-hipófise, respectivamente. o Diafragma da sela: expansão da dura-máter que protege a hipófise; fixado aos processos clinóides anteriores e posteriores do osso esfenóide; [Em cirurgias, esse diafragma pode atrapalhar o processo cirúrgico.] o Uma 3a região, chamada parte intermédia, atrofia-se durante o desenvolvimento fetal, cessando de existir como lobo distinto nos adultos.
Glândula Hipófise Anterior (Adeno-hipófise)
Responsável por cerca de 75% de todo o peso da glândula. A liberação dos hormônios da adeno-hipófise é estimulada por hormônios de liberação e suprimida pelos hormônios de inibição, ambos do hipotálamo.
Os hormônios hipotalâmicos chegam à adeno-hipófise por meio de um sistema porta (que leva sangue entre 2 redes capilares sem passar pelo coração): o sistema porta hipofisário.
Os 7 hormônios principais, secretados pelos 5 tipos celulares da adeno-hipófise são:
o GH: hormônio do crescimento humano ou somatotropina – secretado por céls. chamadas somatotrofos. O hGH, por sua vez, estimula diversos tecidos a secretarem fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF’s), que são hormônios estimulantes do crescimento geral do corpo e reguladores de aspectos do metabolismo; o TSH: hormônio tireoestimulante ou tireotropina – secretado pelos tireotrofos.
Controla as secreções e outras atividades da glândula tireóide;
o FSH e LH: hormônio folículo-estimulante e hormônio luteinizante – secretados por gonadotropos. Atuam sobre as gônadas: (♂) estimulam a secreção de testosterona e a produção de espermatozóides; (♀) estimulam a secreção de estrógenos e progesterona e a maturação dos ovócitos; o PRL: prolactina – secretada pelos lactotrofos. Inicia a produção de leite pela
glândula mamária; o ACTH e MSH: hormônio adrenocorticotrópico ou corticotropina, e hormônio estimulante dos melanócitos – secretados pelos corticotrofos. O ACTH estimula o córtex adrenal a secretar glicocorticóides.
Glândula Hipófise Posterior (Neuro-hipófise)
Contém axônios e terminais axônicos de mais de 10.000 neurônios, cujos corpos celulares estão situados nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo. Os terminais axônicos na neuro-hipófise estão associados à neuróglia especializada, chamada pituitócitos.
Não sintetiza hormônios; na verdade armazena e libera 2 hormônios produzidos nas céls. neurossecretoras do hipotálamo: ocitocina e ADH:
o Ocitocina: durante o parto, aumenta a contração das céls. musculares lisas na parede uterina; após o parto, estimula a ejeção do leite pelas glândulas mamárias. o ADH: diminui

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