Buscar

RESUMO LARAIA

Prévia do material em texto

Pré-visualização
RESENHA LARAIA, Roque de Barros, Cultura: um conceito antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. 
APRESENTAÇÃO DO AUTOR[1: Capa do livro Cultura: um conceito antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009] Roque de Barros Laraia, é professor emérito da UnB. Iniciou sua carreira, como antropólogo, no Museu Nacional da UFRJ. Em 1969 transferiu-se para UnB, onde dirigiu o Instituto de Ciências Humanas, sendo promovido a professor titular em 1982. Doutor pela USP realizou pesquisas de campo entre os índios Suruí, Akuáwa-Asurini, Kamayurá e Urubu-Kaapor. Membro de associações cientifica do país e do exterior presidiu a Associação Brasileira de Antropologia (1990-92) e foi eleito presidente da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) em 2000. Integrou a primeira comissão coordenadora do Pronex e os comitês de assessores do CNPq e da Capes. Atualmente é membro do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e do Conselho Nacional de Imigração. É autor de Índios e castanheiros (com Roberto da Matta, 1967), Tupi, índios do Brasil atual (1987) e Los índios de Brasil (1993), organizador da coletânea Organização social (1969) e tem inúmeros artigos publicados em revistas especializadas. 
INTRODUÇÃO O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira parte, vindo tratar do desenvolvimento do conceito da cultura, mostrando ao leitor os diferentes tipos de cultura, retrocedendo ao pensamento iluminista até os autores modernos, e a segunda demostra como a influencia cultural de um individuo interfere no seu comportamento social mostrando os comportamentos sociais dos indivíduos que são influenciados por sua cultura, mostrando suas diversificações, seu dinamismo e sua própria lógica. 
A obra vem trazer reflexões com a finalidade de tentarmos entender como a cultura interage e ate que ponto interfere na vida social do individuo. 
PRIMEIRA PARTE
 DA NATUREZA DA CULTURA OU DA NATUREZA À CULTURA A espécie humana possui uma diversidade cultural muito ampla. Costumes, credos e culturas os diferenciam. A identidade de um povo pode ser vista através de sua cultura, do seu modo de viver, ou da aculturação em sua adaptação à sociedade. Somos todos iguais, porem nos diferenciamos um dos outros através de nossas culturas. 
Muitos estudos foram realizados com a finalidade de tentar explicar diferentes comportamentos entre homens, porém, sem muito êxito, um dilema desse gênero é muito complexo para se explicar ou entender. Nossa sociedade é composta por diversificações culturais. Sociedades julgam-se serem melhor que outras pelo fato de possuírem culturas, segundo elas, mais aperfeiçoadas e/ou aprimoradas, devido à sua “civilização”. 
Praticas intoleradas em algumas culturas, podem pra outras possuírem significados muito relevantes, e vice-versa. O DETERMINISMO BIOLÓGICO A antropologia tenta explicar o porquê de existirem tantas diversificações de comportamentos culturais entre as sociedades. Segundo os antropólogos, qualquer criança pode sofrer uma aculturação de sua gênese, se a mesma for extraída do seio de sua cultura ao nascer e levada para ser criada em outra cultura, a mesma, absorverá os costumes e comportamentos que essa cultura lhe conceder. O gênero físico, sexual, fisiológico e anatômico é diferenciado na espécie humana, porém não determina diferenças comportamentais, o que numa cultura é atribuído a um sexo em outra pode ser atribuída ao sexo oposto, assim explica a antropologia. O diferente comportamento agido entre sexos opostos não tem relações biológicas, como hormônios, por exemplo, mas sim consequentes da educação cultural na qual são expostos no decorrer de sua formação. 
O DETERMINISMO GEOGRÁFICO 
Teorias desenvolvidas por geógrafos no fim do século XIX e no inicio do século XX, ganharam ênfase ao determinarem que diferenças geográficas interfiram na diversificação cultural do individuo. A partir de 1920, antropólogos contestaram tais teorias, e afirmaram há uma limitação nessa influência e que é possível haver diversidade cultural em um mesmo espaço geográfico.
 A antropologia moderna vem reconstruir o conceito de fragmentações teóricas dessas diversidades culturais. 
O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE CULTURA
 Edward Tylor foi o primeiro antropólogo a definir a cultura humana como um fenômeno natural, que sofre mutações ao se desenvolver em sociedade. Na metade do século XIX, Tylor confronta-se com teorias de natureza sagrada do homem, chegando a reafirmar a igualdade da natureza humana. Sua preocupação era mostrar a igualdade humana, mostrando suas diversidades culturais. Na década de 60, do século XIX, estudiosos tentaram analisar o desenvolvimento das instituições jurídicas. Estudos comprovam que sociedade mais avançadas, possuíam uma “cultura mais elevada”.
 Tylor critica tais teorias, pois para ele, não podia se deixar de lado, toda a questão do relativismo cultural, e por mais utópico que seja tais teorias não explicam as diversidades culturais existentes em nossas sociedades. 
Um antropólogo americano, Alfred Kroeber (1876-1960) publicou um artigo mostrando como a cultura age sobre o homem, explicando contrariedades de crenças populares. Tentando evitar contradições de pensamentos do que era cultural e do que era biológico, ou seja, aquilo que era do organismo humano. 
Podemos afirmar que o homem é produto do meio, ele sofre influências da mesma forma que influencia a sociedade em que vive. Cultura é bem mais do que uma herança genética é uma justificativa dos comportamentos do homem tanto na forma de viver, agir ou pensar. Todos os desenvolvimentos físicos e ate mesmo biológico sofrido pelo homem é uma herança de uma cultura exercida pelos seus antepassados os ensinaram.
 IDÉIA SOBRE A ORIGEM DA CULTURA 
A principal preocupação dos estudiosos com relação à cultura era tentar explicar sua origem. A cultura seria, então, o resultado de um cérebro mais volumoso e complexo, afirma o Kenneth, ou seja, a cultura teve sua origem com homem, que foi se evoluindo e ao longo do tempo, de acordo com suas necessidades, ou seja a cultura deve ser compreendida como uma característica de cada espécie, em outras palavras nós somos produtores e reprodutores de cultura.
 TEORIAS MODERNAS SOBRE CULTURA
 Ao longo do tempo, muitas teorias no meio antropológico foram construídas, para tentar a reconstrução do conceito de cultura, e não podemos jamais de forma alguma desprezar nenhum dos conceitos, já que todos de forma particular possuem a sua verdade acerca da temática que por sinal é muito ampla. 
Neoevolucionistas como: Leslie White, Sahlins, Harris, Carneiro, Rappaport, Vayda e outros que, apesar das fortes divergências que apresentam entre si, tratam claramente a cultura como um sistema adaptativo. Para W. Goodenough, cultura é um sistema de conhecimento; já para Claude Lévi-Strauss, cultura e um sistema simbólico e uma criação acumulativa da mente humana. 
Discutir cultura nesse sentido acaba tornando-se a discursão que nunca terá fim, por que entender a cultura e de fato entender a humanidade em todas suas formas de expressão, mais e como diz o nosso autor: “Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento”. 
SEGUNDA PARTE 
COMO OPERA A CULTURA 
Na primeira parte trouxemos uma discursão sobre como a antropologia tenta explicar os conceitos culturais que o homem sofre na sua evolução biocultural. Nessa segunda parte tentaremos mostrar como a cultura atua no homem e o molda na vida em sociedade. 
A CULTURA CONDICIONA A VISÃO DE MUNDO DO HOMEM
 “A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade”. 
Precisamos entender que cada cultura tem seu determinado padrão, e nisto devemos saber que a cultura se desenvolve de acordocom a visão de mundo de cada um, ou de cada grupo de pessoa. O que pra um pode ser motivo de alegria, para outros pode ser motivos de tristezas, o que para uns e motivo de abominação para outros pode ser motivo de gloria, tudo depende da visão de mundo de cada um, o que pode ser bom para uns pode ser ruim para outros, isso faz também com que a gente entenda também a diversidade que é a cultura, e olhemos pra ela e forma diferente e não discriminatória.
 A CULTURA INTERFERE NO PLANO BIOLÓGICO
 A cultura interfere em nossa vida em todos os sentidos, desde nosso comportamento até nossa fisiologia como forma de pensar; isso pode entender quando nos deparemos como um determinado agir de uma cultura, e aquele agir pode causar em nós varias sensações diferenciadas, podemos nos entusiasmar com aquele agir, ou simplesmente brotar em nós um sentimento de rejeição e desprezo ou ate mesmo fazendo com que abandonemos nossa crença que geralmente deve ser aquilo que nos mantém vivo.
 OS INDIVÍDUOS PARTICIPAM DIFERENTEMENTE DE SUA CULTURA
 O autor explicita que a participação do indivíduo em sua cultura é limitada e que ele não é capaz de participar de todos os elementos da mesma. Ele também cita que há limitações na cultura que são determinadas pela idade do indivíduo, assim como também sua participação na mesma. Ele diz que para entender essa questão da idade, há dois tipos de explicação; a primeira é de ordem cronológica, onde ele diz que o ser participa de determinada cultura de acordo com os limites da faixa etária, ou seja, para participar de certos tipos de “tradições” ou “rituais” da sua cultura, precisa haver maturidade, experiência, força física, etc. 
 O autor volta a dizer que um indivíduo não consegue dominar todos os aspectos de sua cultura, pois não existe nenhum indivíduo socialmente perfeito e que ele pode até permanecer ignorante a respeito desses aspectos. Porém, ele diz que o indivíduo deve, minimamente, saber alguns aspectos da sua cultura para que possa interagir dentro dela com a sociedade, para saber agir, respeitar, cumprimentar, se prevenir e prever ações e reações dos demais indivíduos, todavia, sempre haverá riscos do indivíduo perder o controle da situação, pois não há nenhuma sociedade onde todas as condições são previsíveis e controladas. 
 A CULTURA TEM UMA LÓGICA PRÓPRIA 
 Toda cultura tem sua lógica própria e não passa de um ato primário de discriminação de outras culturas e meios sociais. A cultura só pode ser conhecida a partir da vivência em seu meio sistemático e do conhecimento de suas categorias. O autor cita que cada cultura depende do ponto de vista, da concepção e da opinião dos indivíduos que a forma. Sempre haverá essa diferenciação entre as culturas e os indivíduos que a compõe sempre dirão que sua cultura é a correta e a outra não.
 A CULTURA É DINÂMICA 
 O autor relata inicialmente que a cultura ela é dinâmica, ou seja, ela pode mudar ou se aperfeiçoar ao decorrer do tempo, pois os indivíduos tem a capacidade de modificar e questionar os seus próprios hábitos. Ele cita dois tipos de mudança cultural; a primeira, onde ele diz que a cultura pode mudar dentro do seu próprio meio sistemática, resultando assim uma mudança mais lenta e quase impercebível, e a segunda, ele diz que a cultura pode mudar através do seu contato com outros sistemas culturais, gerando uma mudança mais rápida e às vezes, brusca, chamando assim, a atenção dos pesquisadores, que acreditam que seja quase impossível ocorrer mudanças internas num sistema cultural. Por causa dessa rápida e/ou brusca mudança, nota-se dentro de uma mesma sociedade e num mesmo momento, pessoas que pensam e agem de formas totalmente opostas, e que muitas vezes, um despreza o outro. O autor cita que é de extrema importância que os indivíduos tenham conhecimento sobre essa diversidade de culturas, para que eles possam compreender as novas gerações.
 CONCLUSÃO
 Nessa obra, Laraia tenta explicitar ao leitor de forma simples, clara, sistemática e exemplificada discussões a respeito da construção da(s) cultura(s). Ele divide o livro em duas partes; para assim tentar explicar como a atuação da cultura influencia na biocultural humana. O autor vem nos trazer bastantes exemplos de diversas culturas e o comportamento dos indivíduos nela inseridos. Ele também mostra que, para esses indivíduos sobreviverem dentro desses sistemas culturais (e sociais), é preciso que eles a conheçam [sua cultura], pelo menos, minimamente, e que sempre haverá etnocentrismo, ou seja, os indivíduos inseridos numa certa cultura sempre acharão que somente ela é a correta, e que as outras culturas jamais estarão condizentes.
DETERMINISMO BIOLÓGICO
 
O Determinismo Biológico atribui as capacidades físicas e psicológicas do ser humano à sua etnia, nacionalidade ou o grupo ao qual pertence. Julga-se que um português é burro apenas por ter nascido em Portugal, que um japonês é inteligente e bom em matemática apenas por ter Nascido no Japão e ser de origem oriental, que um Brasileiro é preguiçoso simplesmente por ser Brasileiro.
Os antropólogos acreditam que a influencia das características de cada ser humano vem de sua cultura. Uma criança Japonesa que for criada no Brasil, dentro da cultura brasileira, irá acabar tendo os mesmos costumes, todas as crianças tem a mesma capacidade, independente de raça, nacionalidade, sexo ou classe social, desde que tenham as mesmas oportunidades.
No livro “Cultura,Um Conceito Antropológico” o autor Roque de Barros Laraia afirma :“A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes sejam determinadas biologicamente” .Sendo assim homens e mulheres são capazes de exercer as mesma funções, o que vai definir o que devem ser tarefas exercidas pelo sexo masculino e o que devem ser tarefas exercidas pelo sexo feminino vai ser a cultura da sociedade na qual vivem.Meninos e meninas agem de formas diferentes por causa da educação que recebem e da cultura que os influencia, não por causa de sua genética hormonal.
Assim o humano seria destituído de liberdade de decidir e de influir nos fenômenos em que toma parte. A determinação de seus atos pertence à força de certas causas, externas e internas. É a principal base do conhecimento científico da Natureza, porque afirma a existência de relações fixas e necessárias entre os seres e fenômenos naturais: o que acontece não poderia deixar de acontecer porque está ligado a causas anteriores.
DETERMINISMO GEOGRÁFICO
  
O determinismo geográfico considera que as diferenças entre as tribos não podem ser explicadas pela limitação do seu meio ambiente. Eles consideram o clima como fator importante no determinismo geográfico. A natureza dos homens é mesma, são seus hábitos que os mantêm separados. Muito influencia na fisionomia do ser humano, ou seja, na formação de caráter do homem. Não é difícil de enxergarmos isso, pelo contrario é uma coisa nítida! Uma pessoa que nasce na Itália, por exemplo, se levada quando criança para qualquer outro pais, obviamente não terá os costumes, sotaque, jeito de um italiano ! Fatalmente, ela será atingida com a cultura do determinado lugar ou região, com a educação provinda daquele lugar. Podendo ter nascido um nobre e morrer como um simples trabalhador rural ou vice-versa.
Portanto a cultura de forma antropológica, formado por conhecimentos crenças, corte moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem dentro de uma sociedade, não é influenciada pelo ‘determinismo biológico’, nem pelo ‘determinismo geográfico’. A genética hereditária de um ser humano não constitui um fator de importância nas diferenças entre as culturas e há uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais. Assim, se compreende as diferenças na história cultural de cada grupo, onde pode ser encontradaem um mesmo ambiente físico uma grande diversidade cultural.
Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um pensador alemão, considerado como um dos principais teóricos clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo Geográfico. Vale lembrar que a expressão “determinismo” não era empregada pelo próprio Ratzel, tratando-se de uma atribuição conceitual que foi dada a partir das leituras sobre o seu pensamento. Sua principal obra publicada foi a Antropogeografia.
A Ratzel deve-se a ênfase dos estudos geográficos sobre o homem. Entretanto, a teoria ratzeliana via o ser humano a partir do ponto de vista biológico (não social) e que, portanto, não poderia ser visto fora das relações de causa e efeito que determinam as condições de vida no meio ambiente.
A essa concepção deu-se o nome de Determinismo geográfico, em que o homem seria produto do meio, ou seja, as condições naturais é que determinam a vida em sociedade. O homem seria escravo do seu próprio espaço.
Esse pensador foi bastante influenciado pela obra de Charles Darwin, que defendia o postulado de que a evolução se basearia na luta entre as diferentes espécies, de forma que aquelas que possuíssem as características de melhor adaptação ao meio sobreviveriam. Ratzel, de certa forma, aplicou essas ideias à espécie e sua vida em sociedade. Os seres humanos, raças e etnias mais aptos venceriam e dominariam os povos considerados inferiores.
Tais ideais basearam e justificaram teoricamente a dominação dos povos europeus, que se colocaram como uma civilização mais evoluída e desenvolvida, com a missão de dominar os povos inferiores e impor sobre eles a sua cultura e o seu modo de vida. Suas ideias também influenciaram aquilo que mais tarde veio a ser denominado por Nazismo.
Ratzel foi também um profundo estudioso do conceito e comportamento do Estado moderno. Para ele, o Estado seria a sociedade organizada para construir, defender ou expandir o seu território. Também considerava que essa era uma forma de organização que aconteceria de forma natural em qualquer sociedade avançada. O Estado, para Ratzel, era um organismo vivo.
A partir dessa concepção, elaborou o conceito de espaço vital, que seria as condições espaciais e naturais para a manutenção ou consolidação do poder do Estado sobre o seu território. Seriam as condições naturais disponíveis para o fortalecimento de uma dada sociedade ou povo. Aquelas populações que dispusessem de melhor espaço vital estariam mais aptas a se desenvolver e a conquistar outros territórios.
Tal noção foi fundamental diante do contexto histórico da Alemanha, que havia acabado de passar pelo seu processo de reunificação e necessitava de uma base para justificar e se afirmar enquanto Estado, com capacidade de crescimento, expansão e dominação.
Apesar de se considerar o “pai da Geopolítica”, Ratzel jamais utilizou essa expressão, que foi elaborada por um de seus discípulos, o pensador suecoRudolf Kjellen. Pode-se dizer, no entanto, que as suas ideias foram constitutivas de uma verdadeira Geografia do Poder.

Continue navegando