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Estudos Culturais
O início
CCCS (Centre for Contemporary Cultural Studies), em Birmingham, Londres. Centro funcionaou de 1950 a 1980, mas legado fica.
Contexto: Consolidação da TV, cultura de massa ocupa lugares tradicionais, desafiando a separação “alta cultura”e “culura popular”. 
Pais fundadores: Raymond Williams, Richard Hoggarts, Edward Thompson 
Stuart Hall: não é pai fundador, mas tem papel de peso. Assume a direção do instituto de 68 a 79. 
A contribuição dos pais fundadores
"As utilizações da cultura" (1957), de Richard Hoggart. 
Considerada uma das obras fundadoras dos estudos de recepção. 
Como as pessoas utilizavam as informações da mídia na vida cotidiana. 
Capacidade de leitura: compara com suas referências. 
Cultura e Sociedade (1958), de Raymond Williams. 
Repensou o conceito de cultura. Perde o sentido de "cultivo", que tinha desde o séc. XIX, para abarcar:
A) estado geral ou hábito da mente
B) estado de desenvolvimento intelectual de uma sociedade
C) conjunto de artes
D) modo de vida material e intelectual 
Comunicação não é somente transmissão, mas também recepção e resposta.
A formação da classe operária inglesa (1963), de Thompson
Classe operária para além do trabalho. Outros aspectos ajudavam a formar a identidade do grupo: tomar cerveja no pub, usar blusa e boné, etc. 
Cultura não apenas como arte, mas todas as práticas que davam identidade ao grupo. 
Algumas ideias dessa vertente
1) Compreender a comunicação é compreender os usos feitos pelo indivíduo diante da mídia. Todo espaço de cultura envolve a construção de hegemonia e contra hegemonia 
Isso supera a noção de ideologia.
Exemplo de contra-hegemonia: Jornal e Guia Afetivo da Periferia
Na prática: Maclei 
De todos os moleques vendedores de bala do centro do Rio de Janeiro, Maclei se destaca. Cabelo cortado rente ao couro cabeludo, com uma divisão feita à máquina, ele oferece balas com voz suave e com um olhar fixo. 
Se você não conclui a compra, ele saca de sua mochila uma caixinha embrulhada com papel presente, onde se pode ler I.C.D.F. Ao perguntarmos o que significa, ele dispara: “Instituto do Cavalheiro com Deficiência Financeira.” 
A tirada é surpreendente e revela arrojada inteligência. Não resta outra coisa a não ser colocar uma moeda na caixinha. Conversando com ele, você descobre que Maclei prefere ganhar as moedas a realizar a venda dos chicletes. O dinheiro da caixinha, segundo ele, é para os seus passeios de domingo. O do chiclete é para ajudar em casa. 
Enquanto muitos cariocas têm medo da abordagem desses meninos, eles estão reinventando a nossa língua. 
Na prática: Felipe
O menino tinha cinco anos na primeira vez em que foi recolhido no centro de Porto Alegre pela Brigada Militar, por volta das 20h do dia 24 de junho de 2003. Disse que morava em Alvorada. Como na época não havia integração informatizada entre os sistemas de atendimento na Região Metropolitana, a mentira foi descoberta apenas no dia seguinte. Desde então, a distância de casa só aumentou.
 
Nas ruas, Felipe descobre ser capaz de conquistar sozinho o que a mãe não pode lhe dar. Nem precisa dizer nada: basta estender os braços finos e o dinheiro aparece na sua mão. Numa de suas primeiras noites na rua, aos seis anos, o menino de lábios carnudos e cabelo castanho raspado arrecada R$ 100 pedindo esmola na rodoviária. Volta para casa de táxi, com duas sacolas de rancho. Compra bolachas recheadas, refrigerante, chocolate – sonhos de consumo que os R$ 80 mensais que a mãe ganhava com faxinas nunca puderam realizar.
2) meios de comunicação como arenas de disputas de uma cultura em luta. (elite, massa, minorias) Dimensão política da vertente.
3) Meios de comunicacão como produtores culturais inseridos em um contexto histórico e social particular. 
4) meios de comunicação de massa não somente como entretenimento, mas como aparelhos ideológicos do Estado. Porém, há estratégias de resistência. 
5) os próprios meios de comunicação se apropriam de sentidos e valores populares para criar produtos. Cai unidirecionalidade. 
Carater das pesquisas
Relações entre cultura, história e sociedade. 
Através da análise da cultura é possível reconstituir o comportamento e a constelação de ideias de uma dada sociedade. Enfatiza a atividade humana, a produção ativa de cultura, ao invés de consumo passivo. 
Classes populares possuem formas culturais próprias. 
Relação com movimentos sociais: Women`s Liberation Movement, Worker`s Educational Association, Campaign for Nuclear Disarmament)
Principais objetos
Era para ser um campo de discussão de ideias, e não disciplina acadêmica. 
1) Cobertura jornalística, 2) análises textuais dos meios massivos (texto numa concepção + ampla, de experiência vivida, sentidos do cotidiano), 3) recepção 4) temáticas relacionadas à construção de identidade e meios de comunicação (sexuais, de gênero, étnicas e geracionais.
Metodologias: análise de conteúdo, de recepção e etnografia. Autobiografias e histórias de vida. 
Ampliacao conceito de cultura
Cultura como rede complexa de significações que confere um sentido comum ou público aos comportamentos e discurso dos atores individuais. 
Análise dos sistemas simbólicos não é uma ciência experimental, mas uma ciência interpretativa em busca de interpretações.
Recepção e identidade
Estudos culturais abriram espaço para grupos marginalizados ganharem legitimidade acadêmica. Culturas, negras, perififeria, punks e outras subculturas. 
Manifestacões em um espaço simbólico de luta. 
Pergunta típica da vertente: Como uma adolescente negra se vê diante dos padrões de beleza da mídia? Como ela convive com o fato das novelas não terem protagonistas negras e, quando tem, são esteriotipadas? 
Audiência é ao mesmo tempo receptor e fonte de mensagem. Há, para Hall, 3 tipos de decodificação: 
1) Dominante: modos de ver hegemônicos (naturais, legítimos)
2) Oposicional: outro quadro de referência, visão de mundo contrária (negro macho, viril e black is beatiful. 
3) Negociada: mescla de elementos de oposição e de adaptação, um misto de lógicas contraditórias que subcresve, em parte, as significações e valores dominantes (luta p/ mudar representação, contesta de dentro). 
Exemplo de estudos: Liv Sovik 
Livro Aqui ninguém é branco: hegemonia branca no Brasil. 
Analisa a hegemonia da branquitude brasileira, que se exerce silenciosamente (ela é negada) no dia a dia por conta de um discurso amistoso de mestiçagem. 
Investiga histórias que fazem parte de nosso repertório cultural: imprensa e música popular (tropicalismo). 
Objetivo livro
Contribuir para uma reflexão sobre o racismo e forma de combatê-lo. Modificar práticas perversas, como a mulher negra receber menos anestesia no parto, poucos negros na universidade e jovens negros mortos em conflitos urbanos. 
Demonstrar que discursos midiáticos ao mascarar o problema, enfatizando a alegria, liberdade e humor contribuem para criação/manutenção de esteriótipos. 
Capítulo: afeto, diferença e identidade
Supervalorização do branco como fenômeno mundial, com particular vigência em lugares colonizados por Europeus e que tiveram escravidão.
Branquitude no Brasil não é uma fato genético, mas estético. É um lugar de fala e uma questão de imagem. Por isso um dos principais campos de observação para o fenômeno são os meios de comunicação. 
Povo carinhoso: uso de dimunitivos. Expressa vontade do contato humano e apazigua a desigualdade social. 
Afeto como forma de lidar com a diferença interna. 
Povo oprimido e música feliz?: pesquisadora estranhou ausência de músicas como blues, mas entendeu que a alegria é a nossa maneira de lidar com o sofrimento. Nossa forma de resistir. 
Visibilidade
Está aumentando o número de negros em papéis imprtantes, na televisão e publicidade, mas a aparência ainda é majoritariamente branca. (polêmica Copa: Pitanga substituída por Fernanda Lima).
Brancos se sobressaem até no carnaval. 
Valorda branquitude é mostrado em um contexto de mistura. A quase branca ou não branca (Juliana Paes). 
Digite “beleza” no Google Imagens e verá que imensa maioria das mulheres são louras e/ou brancas. 
Das 100 mulheres eleitas mais belas em 2014, apenas 8 são negras. 
Duas vozes 
A exclusão racial no Brasil fala em duas vozes: uma no privado, sobre o valor da branquitude e outra pronunciada em alto e bom som sobre a noção de que cor e raça são de importância relativa, já que a população é mestiça. 
Isso leva a uma situação em que ora assumismos a condição de mestiços, ora nos distanciamos dela. 
Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo mostra que 87% das pessoas admite que há discrimanação no Brasil, mas apenas 4% da população se considera racista.
Onde você guarda seu racismo?
174 e a duplo discurso 
Imagens usadas falam de susto. 
Mas texto coloca sequestrado e reféns como vítima das circunstâncias. (interesse humano) Acalma os ânimos. 
Revista se cala sobre as identidades raciais que as fotos revelam: negritude de Sandro, que contrasta com bracura dos reféns. 
Domesticacão de Sandro pela narrativa verbal não consegue reprimir a representação do negro violento. 
Afeto minimiza, mas não acaba com racismo. 
Pensando em hegemonia e contra hegemonia
Pense veículos que podem ser considerados hegemônicos e veículos que poderiam ser classificados como contra hegemômicos.

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