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INTRODUÇÃO AO DIREITO AULA 15


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1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 AULA 14
2
SEMANA 10
HERMENÊUTICA E 
INTERPRETAÇÃO DO 
DIREITO
3
1– HERMENÊUTICA JURÍDICA E INTERPRETAÇÃO DO 
DIREITO 
1.1 Conceito, importância e distinção entre hermenêutica e 
interpretação.
1.2 Métodos de interpretação do Direito.
1.3 Espécies de interpretação: quanto à origem ou fonte; 
quanto à natureza; quanto a seus efeitos ou resultados. 
jurídicas.
2 - AS LACUNAS E OS RECURSOS ‘AS FONTES 
SECUNDÁRIAS DO DIREITO. 
2.1 Visão sistêmica do ordenamento jurídico.
2.2 Antinomia
2.3 Critérios de solução das antinomias.3
CONTEÚDO DESTA SEMANA
4
 
AULA 1
1. Estabelecer a compreensão a respeito dos conceitos de 
heumenêutica e interpretação da norma.
2. Compreender a necessidade do operador promover a 
devida interpretação da norma na solução do caso 
concreto.
3. Estabelecer a distinção entre as diversas formas de 
interpretação das leis .
4. Aplicar os princípios possibilitadores da resolução dos 
conflitos a partir da utilização da hermenêutica jurídica, à 
luz dos princípios constitucionais.
5. Introduzir para o aluno a concepção sistêmica do Direito
6. Discorrer sobre o fenômeno jurídico da antinomia. 
7. Introduzir o conhecimento acerca dos critérios de solução 
das antinomias. 4
Nossos objetivos nesse encontro
5
Moral
A palavra "hermenêutica" é de origem 
grega, significando interpretação; 
segundo alguns, a sua origem é o nome 
do deus da mitologia grega HERMES, a 
quem era atribuído o dom de interpretar 
a vontade divina. 
Hermenêutica, pois, no seu sentido mais 
geral, é a interpretação do sentido das 
palavras. 
6
Hermenêutica Jurídica e 
Interpretação do Direito. 
6
6
Quanto à "hermenêutica jurídica", o termo é usado 
com diferente extensão pelos autores. Com 
freqüência, é usado como sinônimo de interpretação 
da norma jurídica. MIGUEL REALE, por exemplo, 
fala em "hermenêutica ou interpretação do Direito", 
um suas Lições Preliminares de Direito. CARLOS 
MAXIMILIANO, por sua vez, distingue "hermenêutica" 
e "interpretação"; aquela seria a teoria científica da 
arte de interpretar; esta seria a aplicação da 
hermenêutica; em suma, a hermenêutica seria 
teórica e a interpretação seria de cunho prático, 
aplicando os ensinamentos da hermenêutica.
7
Conceito de Interpretação jurídica
7
"Interpretar" é fixar o verdadeiro sentido e 
o alcance, de uma norma jurídica. “É 
indagar a vontade atual da norma e 
determinar seu campo de incidência” 
(JOÃO BAPTISTA HERKENHOFF); 
"interpretar a lei é revelar o pensamento 
que anima as suas palavras"(CLÓVIS 
BEVILAQUA). 
8AULA 1
Três elementos que integram o conceito de 
interpretação: 
8
•Revelar o seu sentido: isso não significa somente 
conhecer o significado das palavras, mas, sobretudo 
descobrir a finalidade da norma jurídica. 
Ou seja, interpretar é "compreender"; as normas jurídicas 
são parte do universo cultural e a cultura, como vimos, não 
se explica, se compreende em função do sentido que os 
objetos culturais encerram. 
E compreender é justamente conhecer o sentido, entender 
os fenômenos em razão dos fins para os quais foram 
produzidos. 
9
 Fixar o seu alcance: significa delimitar o seu campo de 
incidência; é conhecer sobre que fatos sociais e em que 
circunstâncias a norma jurídica tem aplicação. 
Por exemplo, as normas trabalhistas contidas na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) se aplicam 
apenas aos trabalhadores assalariados, isto é, que 
participam em uma relação de emprego; as normas 
contidas no Estatuto dos Funcionários Públicos da União 
têm o seu campo de incidência limitado a estes 
funcionários. 
10
10AULA 1
Norma jurídica: falamos em "norma 
jurídica" como gênero, uma vez que 
não são apenas as leis, ou normas 
jurídicas legais que precisam ser 
interpretadas, embora sejam elas o 
objeto principal da interpretação. Assim, 
todas as normas jurídicas podem ser 
objeto de interpretação: as legais, as 
jurisdicionais (sentenças judiciais), as 
costumeiras e os negócios jurídicos. 
10
11
11
Para alguns não há necessidade de 
interpretação quando a norma é "clara". É o 
que diz o brocardo latino: "in claris cessat 
interpretatio" (dispensa-se a interpretação 
quanto o texto é claro)
Será???
12AULA 1
12
A interpretação sempre é necessária, sejam 
obscuras ou claras as palavras da lei ou de 
qualquer outra norma jurídica; e isso por três 
razões: 
1º) o conceito de clareza é 
muito relativo e subjetivo, ou 
seja, o que parece claro a 
alguém pode ser obscuro 
para outrem' 
13AULA 1
2º) uma palavra pode ser clara 
segundo a linguagem comum e 
ter, entretanto, um significado 
próprio e técnico, diferente do 
seu sentido vulgar (p. ex., a 
"competência" do juiz);
13
14
3º) a consagração legislativa dos 
princípios contidos no art. 5º da LICC 
significa uma repulsa ao já referido 
brocardo latino, já que toda e qualquer 
aplicação das leis deverá conformar-se 
aos seus "fins sociais e às exigências do 
bem comum"; ora, se em todas as leis o 
intérprete não poderá deixar de 
considerar seus fins sociais e as 
exigências do bem comum, todas as leis 
necessitam de interpretação visando à 
descoberta dos mesmos. 
14
15
15
Tipos de Interpretação 
a) Autêntica: quando emana do próprio poder que fez o ato 
cujo sentido e alcance ela declara. 
Há certos textos legais que, pela confusão que provocam no 
mundo jurídico, levam o próprio legislador a determinar melhor 
o seu conteúdo. Assim, p. ex., a Lei nº 5334/67 interpretou 
dispositivos da Lei nº 4484/64, no seu artigo 1º .
A interpretação autêntica emana do próprio poder que fez o 
ato cujo sentido e alcance ela declara; assim, p. ex., o 
Regulamento pode esclarecer o sentido da lei e completá-lo; 
mas não tem o valor de interpretação autêntica a oferecida por 
aquele, ou por qualquer outro ato ministerial como uma 
portaria, uma vez que não decorrem do mesmo poder.
1 - Quanto à origem ou fonte de que emana, a 
interpretação pode ser: 
16
b) Judicial: é a resultante das decisões prolatadas pela 
Justiça; vem a ser aquela que realizam os juízes ao 
sentenciar, encontrando-se nas Sentenças, nos Acórdãos e 
Súmulas dos Tribunais (formando a sua jurisprudência). 
c) Administrativa: aquela cuja fonte elaboradora é a própria 
Administração Pública, através de seus órgãos e mediante 
pareceres, despachos, decisões, circulares, portarias etc. 
Essa interpretação vincula as autoridades administrativas 
que estiverem no âmbito das regras interpretadas, mas não 
impede que os particulares adotem interpretações diversas. 
16
17
17
d) Doutrinária: vem a ser a realizada cientificamente pelos 
doutrinadores e juristas em suas obras e pareceres. Há livros 
especializados de Direito, que comentam artigo por artigo de 
uma lei, código ou consolidação, dando o sentido do texto 
comentado, com base em critérios científicos. 
18
18
a) Literal ou gramatical: toma como ponto de partida o 
exame do significado e alcance de cada uma das palavras 
da norma jurídica; ela se baseia na letra da norma jurídica. 
b) Racional: Feita com a utilização de sistemas lógicos 
tradicionais, que priorizam o formalismo.
c) Lógico-sistemática: busca descobrir o sentido e 
alcance da norma, situando-a no conjunto do sistema 
jurídico; busca compreendê-la como parte integrante de 
um todo, em conexão com as demais normas jurídicas 
que com ela se articulam logicamente.
2 –“Quanto à sua natureza”, a 
interpretação pode ser: 
19
19
d) Sociológica: a interpretação sociológica discute o 
Direito a partir das relações entre sociedade e poder: 
influência da estrutura da sociedade na estrutura do Direito; 
discutirá a efetividade e a função social do Direito, sua 
influência na transformaçãosocial e suas novas tendências 
com o desenvolvimento da sociedade.
e) Histórica: indaga das condições de meio e momento da 
elaboração da norma jurídica, bem como das causas 
pretéritas da solução dada pelo legislador ("origo legis" e 
"occasio legis"). 
f)Teleológica: busca o fim que a norma jurídica tenciona 
servir ou tutelar. 
20
20
a) Extensiva: quando o intérprete conclui que o alcance 
da norma é mais amplo do que indicam os seus termos. 
Nesse caso, diz-se que o legislador escreveu menos do 
que queria dizer e o intérprete, alargando o campo de 
incidência da norma, aplica-la-á a determinadas situações 
não previstas expressamente em sua letra, mas que nela 
se encontram, virtualmente, incluídas. 
3 - Quanto a seus efeitos ou resultados, a 
interpretação pode ser: 
21
21
b) Restritiva: quando o intérprete restringe o sentido da 
norma ou limita sua incidência, concluindo que o 
legislador escreveu mais do que realmente pretendia e 
assim o intérprete elimina a amplitude das palavras. 
Por exemplo, a lei diz "descendente", quando na realidade 
queria dizer "filho". 
22
c) Declarativa ou Especificadora: quando se 
limita a declarar ou especificar o pensamento 
expresso na norma jurídica, sem ter necessidade 
de estendê-la a casos não previstos ou restringi-Ia 
mediante a exclusão de casos inadmissíveis. Nela 
o intérprete chega à constatação de que as 
palavras expressam, com medida exata, o espírito 
da lei, cabendo-lhe apenas constatar esta 
coincidência. 
22
23
23
O problema das lacunas e recursos às 
fontes secundárias do Direito. Visão 
sistemática do ordenamento jurídico: 
antinomia e critérios de solução.
26
24
A unidade do ordenamento jurídico 
Norberto Bobbio trabalha com o conceito de ordenamento 
jurídico, como um conjunto ou complexo de normas. Assim, 
as normas não existem isoladamente, mas num contexto no 
qual ocorrem relações particulares entre si.
A complexidade de um ordenamento jurídico deriva do fato 
de que a necessidade de regras de conduta numa sociedade 
é tão grande que não existe nenhum poder (ou órgão) em 
condições de satisfazê-la sozinho; deriva portanto da 
multiplicidade das fontes das quais afluem regras de conduta, 
diz Bobbio.
Todo ordenamento jurídico deve ter unidade, e isto só é 
possível se pressupõe como base do ordenamento uma 
norma fundamental com a qual se possam, direta ou 
indiretamente relacionar todas as normas do ordenamento.
 BOBBIO, Norberto. A teoria do Ordenamento Jurídico. 8a edição. Editora 
Universidade de Brasília. Brasília. 1996. 
28
25
26
26
O AS ANTINOMIAS
estudo das antinomias jurídicas 
relaciona-se à questão da 
consistência do ordenamento 
jurídico, à condição de um 
ordenamento jurídico não 
apresentar simultaneamente 
normas jurídicas que se excluam 
mutuamente, isto é, que sejam 
antinômicas entre si, a exemplo 
de duas normas, em que uma 
manda e a outra proíbe a mesma 
conduta.
28
27
Critérios de Solução das Antinomias:
28
28
Conflito entre critério hierárquico e o cronológico Norma 
anterior-superior é antinômica em relação a uma norma 
posterior-inferior. A norma anterior-superior prevalece.
Conflito entre critério de especialidade e o cronológico 
Norma anterior especial é incompatível com uma norma 
posterior geral. A norma anterior especial prevalece.
Conflito entre o critério hierárquico e o da especial Norma 
superior geral incompatível com norma inferior especial. 
Dependerá de cada caso.
OBS: Conflito entre critérios
31
29
13. RELAÇÕES JURÍDICAS RELATIVAS – quando dizem 
respeito e vinculam aos seus efeitos apenas as pessoas 
diretamente envolvidas. As pessoas estranhas à relação não 
são abrangidas. São também chamadas relações pessoais 
e obrigacionais. (inter partes)
Ex: direito de família, relações contratuais, relações 
sucessórias. (direito de família, sucessão- pessoal. 
Obrigacional seria a contratual).
Obs.: pode ser só uma relação ou até as duas. 
Ex: em uma separação posso ter relação pessoal ou 
obrigacional c/relação aos alimentos. Posso pedir ou 
não, mas se pedir passo a ser obrigado a dar.
31
30
SOLUÇÃO DAS LACUNAS NO 
ORDENAMENTOa) por analogia, operando por comparação e nas espécies 
legis, quando uma situação normatizada se estende a outra 
não normatizada, quando há situação nova não amparada 
por lei e recorre-se à mesma decisão dada em outro caso 
diferente e com os mesmos princípios éticos; 
b) conforme os costumes, estes secundum, praeter ou 
contra legem; 
c) conforme os princípios gerais do Direito, ou seja, as 
máximas que, por seu caráter universal, transcendem 
qualquer ordenamento jurídico; 
d) por equidade, visando o fechamento das lacunas de 
valores segundo o bom senso para se faça justiça no caso 
concreto. 
32
31
e) conforme o artigo 5.º da Lei de Introdução ao 
Código Civil, requer-se que o aplicador, no caso de 
lacunas ou não, atenda às exigências do bem 
comum e aos fins sociais a que a norma se 
dirige, estes considerados os interesses gerais e os 
públicos, de toda a coletividade, e os interesses 
sociais ou dos trabalhadores representando a 
maioria da sociedade.
32
Leitura para a próxima aula
34
Nome do livro: Curso de Direito Civil Parte Geral Vol.1
Nome do autor: NADER, Paulo.
Editora: Rio de Janeiro: Forense
Ano: 2008.
Edição: 5a. ed. rev. e atualz.
Nome do capítulo: Capítulo I – Notas introdutórias ao 
Direito Civil.
Não esqueça 
de ler!! 
É importante!!!