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* CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM APH DO CBMAP DESASTRES ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS (AMV) * Desastre: Evento no qual os recursos de pessoal e equi- pamentos de um Sistema de Emergência local são insu- ficientes, em um primeiro momento, para fazer frente a determinada situação de emergência. OBS: Caso existam recursos para atender prontamente, consideramos como ACIDENTE COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS (AMV). CLASSIFICAÇÃO DOS DESASTRES: Quanto à sua origem: - Natural (inundações, deslizamentos) - Humana (incêndios, explosões, acidentes) - Misto (deslizamentos de encostas por ocupação desor- denada, acidentes com produtos tóxicos) * Quanto à persistência das forças causadoras: - situação ativa: quando ainda há risco de vítimas adicio- nais, (incluindo a própria equipe de socorro); - situação contida: agentes associados à gênese do de- sastre estão sob controle ou neutralizadas. Quanto à sua amplitude: - Pequena escala: zona sinistrada é limitada e as estrutu- ras de socorro e coordenação funcionam normalmente; - Média escala: ocorre destruição moderada dos meios de socorro e coordenação, recursos locais efetivos, sem prescindir completamente de ajuda externa; - Larga escala: destruição da infraestrutura da área, inclusive dos meios de resgate, comunicações, estrada e hospitais. O socorro deve vir de fora da área sinistrada. * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS Planos de Gerenciamento de Desastres: 1 – Plano de Emergência Local (PEL) 2 – Plano de Contingência da Área (PCA) Características: Objetividade Meios existentes Instituições atuantes (Defesa Civil, Bombeiros, Polícia Militar, Cias. de Água e Luz.....) * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS AVALIAÇÃO INICIAL DA CENA: Deverá ser realizada pela primeira equipe que chega ao local do acidente, que deverá avaliar tipo de evento, número e gravidade dos feridos e definir local das áreas de triagem, tratamento e transporte. As informações deverão ser re- passadas ao Centro de Operações, detalhando: O que aconteceu (tipo de evento); Quais recursos são necessários; Onde aconteceu o acidente; Quantas vítimas estão envolvidas. OBJETIVO: Garantir que o maior número de vítimas sobre-viva com o menor número possível de seqüelas. * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS TEATRO DE OPERAÇÕES: Zonas de Segurança: Quente: mais próxima do evento, oferece riscos imediatos; obs: apenas equipe de resgate Morna: um pouco mais afastada do evento, oferece riscos moderados; equipes APH Fria: área segura, onde deverão ser montadas as áreas de tratamento e transporte. Imprensa e outros OBS: O SUCESSO DA OPERAÇÃO DEPENDE DA OR-GANIZAÇÃO DE UMA CADEIA INTEGRADA DE SOCORRO: BUSCA E RESGATE, TRIAGEM, TRA-TAMENTO E TRANSPORTE PARA HOSPITAIS RE-FERENCIADOS PELO CENTRO DE OPERAÇÕES!! * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS ESTRUTURA ORGANIZACIONAL GERAL TIPOS DE COMANDO DE ACIDENTES: 1 – SINGULAR – O Comando é exercido por uma só instituição governamental (geralmente Defesa Ci-vil ou Bombeiros); 2 – UNIFICADO – O profissional com posição hierár- quica mais alta de cada instituição é designado como comandante de incidente. Um deles assume a coordenação geral dos incidentes e os outros auxiliam na integração entre as diversas institui-ções. Há divisão de responsabilidade. * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS TRIAGEM: VERMELHAS – PRIORIDADE 1 - Lesões tratáveis, com risco imediato de morte (dificulda-des respiratórias, sangramentos não controláveis, altera-ção do nível de consciência, sinais de choque, queimadu-ras graves). VÍTIMAS AMARELAS – PRIORIDADE 2 Lesões graves,sem risco imediato de morte (queimaduras sem problemas de vias aéreas, fraturas ósseas sem cho-que ou hemorragia). VÍTIMAS VERDES – PRIORIDADE 3 Lesões de partes moles mínimas, sem risco de morte ou incapacitação. VÍTIMAS CINZA – PRIORIDADE ZERO Vítimas mortas ou com lesões irreversíveis (TCE com per-da de massa encefálica, esmagamento de tronco, incine-ração). * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS PROTOCOLO DE TRIAGEM MÉTODO START CRITÉRIOS (avaliar no máx. em 60 s) 1 – Respiração 2 – Enchimento Capilar (perfusão) 3 – Nível de Consciência * MÉTODO START OUTRAS VÍTIMAS FLUXOGRAMA VÍTIMAS ANDANDO PELA CENA DA EMERGÊNCIA LESÕES LEVES VERDE RESPIRAÇÃO NÃO SIM RESPIRA APÓS A ABERTURA DAS VA ? RESPIRAÇÕES P/ MINUTO NÃO MORTO CINZA SIM IMEDIATO VERMELHO + DE 30 ATÉ 30 IMEDIATO VERMELHO PERFUSÃO ENCHIMENTO CAPILAR OU PULSO RADIAL ENCHIMENTO CAPILAR EM MAIS DE 2 SEGUNDOS OU PULSO RADIAL AUSENTE ENCHIMENTO CAPILAR ATÉ 2 SEGUNDOS OU PULSO RADIAL PRESENTE * ENCHIMENTO CAPILAR EM MAIS DE 2 SEGUNDOS OU PULSO RADIAL AUSENTE ENCHIMENTO CAPILAR ATÉ 2 SEGUNDOS OU PULSO RADIAL PRESENTE CONTROLE HEMORRAGIAS IMEDIATO VERMELHA STATUS NEUROLÓGICO NÃO CUMPRE ORDENS SIMPLES CUMPRE ORDENS SIMPLES IMEDIATO VERMELHA SECUNDÁRIO AMARELA * ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS Área de Tratamento: * CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE TRATAMENTO: 1 – Deve ser estabelecida em local seguro, geral-mente na zona fria e não distante da área de triagem; 2 – Áreas de tratamento de acordo com a gravida- de da vítima ( UTI local, semi-UTI, morgue e área para pacientes não graves); 3 – Estabelecimento de apenas um local de entra- da e um de saída, permitindo organização e controle das vítimas; 4 – Reavaliação periódica das vítimas. * IMPORTANTE: 1 – Identificação das equipes por cores (coletes); 2 – Instalação de equipamentos que permitam os cuidados intensivos no local (estabilizar vítimas); 3 – Suprimento materiais e medicamentos; 4 – Vias não confluentes de entrada e saída de viaturas (controle de tráfego); 5 – Área de parqueamento; motoristas atentos, não devem sair das ambulâncias; 6 - Registrar nome e destino de cada vítima; man-ter registro atualizado; 7 - Contato com hospitais de referência (Não trans- ferir o desastre para o hospital mais próximo!!); 8 – Comunicações (sistema de rádio-comunicação).
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