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LITERATURA E LINGUA1º2018Slides

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Unidade II
LITERATURA E LÍNGUA
Profa. Ma. Ana Lúcia Machado da Silva
Linguagem poética (literária)
 uma das primeiras formas de 
manifestação linguística do ser humano
 não está presa à realidade absoluta e 
objetiva
 utiliza recursos diversos com o objetivo ut a ecu sos d e sos co o objet o
de transformar a realidade
Linguagem poética (literária)
 capacidade ou habilidade de recriar o 
existente
 de registrar ou assumir o desejo de deter 
sua passagem e fragilidade, provando a 
liberdade da criação
 através dela, o homem examina sua 
humanidade e põe em cheque a 
superação de limites e da perenidade da 
matéria física
 conhecimento se processa, é transmitido p ,
e vivenciado
 permanente exercício de busca do 
abstrato, do incerto, do imaterial
Linguagem poética (literária)
 presença de expressões subjetivas que 
revelam emoções diversas; 
 expressões e termos polissêmicos, que 
deixam ao leitor a tarefa de atribuir-lhes 
diferentes significados
 prima pelo uso de recursos que 
envolvem sonoridade, ritmo e rimas. 
Linguagem poética (literária)
 a poesia se identifica como a expressão 
do ‘eu’ por meio da linguagem conotativa 
ou de metáforas polivalentes
 Metáforas: três camadas imbricadas ou 
inter-relacionadas: a emocional, a 
sentimental e a conceptual
 metáforas organizam-se a partir de 
palavras-chave, circundadas de palavras 
secundárias que, por sua vez, 
constituem-se em novas metáforas
Metáfora e análise poética
 para analisar um texto poético, é preciso 
iniciar pela palavra-chave em busca de 
desvendar-lhe o significado presente na 
relação “emotivo-sentimental-
conceptual” (Moisés)
 Ao procurar a palavra-chave ou a 
metáfora principal, o analista encontrará 
o núcleo ao qual sua atenção deve fixar-
se, pois toda a compreensão do texto 
estará relacionada a esse núcleo
Poema e seu núcleo
 um bom texto poético pode apresentar 
mais de um núcleo 
 sua análise não se esgota ao encontrar 
esses núcleos
 busca por relações entre núcleos, entre busca po e ações e t e úc eos, e t e
metáforas, entre suas palavras 
circundantes, que a análise se torna mais 
aprimorada e capaz de apreender o 
interior da matéria poética.
Conteúdo poético
 O conteúdo do texto poético não se 
insere no tempo. 
 “As emoções, sentimentos e conceitos 
que integram um poema ignoram 
qualquer sucessividade análoga a do 
tempo no relógio
 se arquitetam conforme um nexo 
psicológico ou inerente à própriapsicológico ou inerente à própria 
substância da poesia (MOISÉS)
Poema e tempo
 A data de produção do poema apenas 
determina o “nascimento” da obra. 
 O que se depreende daí é que “o tempo 
interno do poema foge das regras do 
tempo histórico
 conhece o ‘tempo’ da emoção-
sentimento-conceito que neles se 
corporifica” (Moisés)corporifica (Moisés)
Interatividade
Ao relacionar metáfora e literatura, temos como 
exemplificações:
I. Vidas secas, de Graciliano Ramos, é a apresentação 
da escassez da água no sertão nordestino, mas 
também é a metáfora de uma vida dura, sofrida.
II. Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo, é a 
apresentação do embate do homem com a natureza, 
mas também é a metáfora do embate do homem 
consigo próprio.
III. Amar, de Drummond, apresenta a água como 
necessidade orgânica, mas também a água é 
metáfora por ser recurso de riqueza para a alma.
)a) Apenas I correta. 
b) Apenas II correta. 
c) I e II corretas.
d) I e III corretas.
e) Todas corretas.
Resposta
Ao relacionar metáfora e literatura, temos como 
exemplificações:
I. Vidas secas, de Graciliano Ramos, é a apresentação 
da escassez da água no sertão nordestino, mas 
também é a metáfora de uma vida dura, sofrida.
II. Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo, é a 
apresentação do embate do homem com a natureza, 
mas também é a metáfora do embate do homem 
consigo próprio.
III. Amar, de Drummond, apresenta a água como 
necessidade orgânica, mas também a água é 
metáfora por ser recurso de riqueza para a alma.
)a) Apenas I correta. 
b) Apenas II correta. 
c) I e II corretas.
d) I e III corretas.
e) Todas corretas.
Análise do texto poético
Etapas:
 examinar a camada denotativa;
 examinar a camada conotativa, e que 
podem ser cumpridas autônoma ou 
simultaneamente, de acordo com o s u ta ea e te, de aco do co o
poema ou/e as próprias tendências de 
quem executa a tarefa;
 assinalar as ‘atmosferas’ poéticas e as 
respectivas ‘palavra-chave’;
Análise do texto poético
Etapa:
 interpretar, ato que consiste em organizar as 
‘atmosferas’ poéticas e as respectivas 
‘palavras-chave’, segundo sua importância, 
que pode acompanhar ou não a ordem das 
estrofes, a ver qual a predominante noestrofes, a ver qual a predominante no 
poema; interpretar também significa 
compreender, isto é, selecionar e aglutinar 
as ‘atmosferas’ poéticas no intuito de saber 
como se conciliam numa unidade, ou seja, 
como se agrupam harmonicamente apesar 
do relativo contraste entre elas ou sedo relativo contraste entre elas, ou se 
reduzem ao fim de contas a uma só, tendo 
em mira o ulterior enquadramento da força-
motriz subjacente na cosmovisão
do escritor, dada por idêntica 
prospecção em toda a sua obra.
Eu lírico
 eu lírico: é o eu que fala na poesia
 os sentimentos e emoções representados 
pela voz desse “eu” não correspondem 
ao que sente o autor do texto. Não 
correspondem, sequer, a uma voz 
humana, mas sim a um ente destacado 
no texto.
 eu lírico tem liberdade no texto para 
expressar sentimentos e emoções, 
pluralizando os sentidos. Ele é fictício, 
produzido pela situação enunciativa. 
Simula o autor, mas não pode ser 
confundido com ele. 
Poema canção
1. Nunca eu tivera querido
2. Dizer palavra tão louca:
3. bateu-me o vento na boca,
4. e depois no teu ouvido.
5. Levou somente a palavra,
6. Deixou ficar o sentido.
7. O sentido está guardado
8. no rosto com que te miro,
9 t did i9. neste perdido suspiro
10.que te segue alucinado,
11.no meu sorriso suspenso
12.como um beijo malogrado.
Continuação 
13. Nunca ninguém viu ninguém
14. que o amor pusesse tão triste.
15. Essa tristeza não viste,
16. e eu sei que ela se vê bem...
17. Só se aquele mesmo vento
18. fechou teus olhos, também.
Cecília Meireles
 Questão 14 – ENADE 2008
Questão 14 – ENADE 2008
Assinale a opção correta no que diz respeito à 
especificidade da linguagem literária.
a) Embora o texto seja poema, sua linguagem 
não revela transfiguração artística nem 
opacidade.
b) Da linguagem denotativa do texto depreendeb) Da linguagem denotativa do texto depreende-
se que o poema é uma declaração de amor à 
pessoa amada.
c) A palavra, de acordo com o poema, não 
revela toda a força do sentimento que habita 
o eu lírico.
d) Sem os versos de sete sílabas e as rimas, a 
literariedade estaria ausente do poema.
e) Versos como “neste perdido suspiro que te 
segue alucinado” revelam a dimensão literal 
das palavras no contexto do poema.
Análise das respostas a) e b)
a) Embora o texto seja poema, sua 
linguagem não revela transfiguração 
artística nem opacidade.
b) Da linguagem denotativa do texto 
depreende-se que o poema é uma 
declaração de amor à pessoa amada.
 Incorretas: A linguagem utilizada no 
poema não é denotativa, mas conotativa 
(os sentidos atribuídos ao texto vão além 
dos literais, dicionarizados); os 
sentimentos expressos revelam tristeza e 
melancolia, porém não de uma 
declaração de amor, mas apenas uma 
reflexão sobre um amor.
Análise da resposta c)
c) A palavra, de acordo com o poema, não 
revela toda a força do sentimento que 
habita o eu lírico.
 Correta: eu lírico não estabelece um 
diálogocom um tu, que representa 
aquele a quem os sentimentos estão 
dirigidos, pois esse tu já está distanciado 
do eu (levou somente a palavra...) no 
momento enunciativo. Os dois versos 
iniciais (Nunca eu tivera querido / Dizer 
palavra tão louca) revelam o que significapalavra tão louca) revelam o que significa 
para o eu lírico a palavra, mas não 
revelam que palavra é essa.
Análise das respostas a) e b)
d) Sem os versos de sete sílabas e as rimas, 
a literariedade estaria ausente do poema.
e) Versos como “neste perdido suspiro que 
te segue alucinado” revelam a dimensão 
literal das palavras no contexto do 
poema.
 Incorretas: dentre outros aspectos, 
linguagem conotativa marca a 
literariedade. Ex: “perdido suspiro que te 
segue alucinado” – a escolha lexical 
remete a sentidos que expressam 
impressões do eu lírico e não ao sentido 
literal.
Interatividade
Sobre a linguagem literária, consideramos 
que ela:
a) despreza os “silêncios”, o “não-dito” ou 
as “entrelinhas”.
b) é autônoma semanticamente, podendo b) é autô o a se a t ca e te, pode do
estruturar e organizar seu próprio 
mundo.
c) representa a realidade em um único 
sentido.
d) serve as linguagens históricasd) serve as linguagens históricas, 
filosóficas e científicas. 
e) é um mero utensílio que serve para 
comunicar ideias e pensamentos.
Resposta
Sobre a linguagem literária, consideramos 
que ela:
a) despreza os “silêncios”, o “não-dito” ou 
as “entrelinhas”.
b) é autônoma semanticamente, podendo b) é autô o a se a t ca e te, pode do
estruturar e organizar seu próprio 
mundo.
c) representa a realidade em um único 
sentido.
d) serve as linguagens históricasd) serve as linguagens históricas, 
filosóficas e científicas. 
e) é um mero utensílio que serve para 
comunicar idéias e pensamentos.
Análise do discurso
Tipos de discurso: 
 jurídico; jornalístico; publicitário
 pedagógico; literário etc.
Discurso: 
 apoia-se na gramática da língua (o 
fonema, a palavra, a frase) 
+
 apoia-se nos interlocutores (com suas 
crenças, valores) e na situação (lugar e ç , ) ç ( g
tempo geográfico, histórico) em que o 
discurso é produzido
Nível discursivo
Sujeitos: 
 devem ter conhecimentos não só do 
ponto de vista linguístico: dominar a 
língua, as regras de organização de uma 
narrativa, de uma argumentação etc. 
 ter conhecimentos extralinguísticos: de 
assuntos, temas que circulam na 
sociedade; das finalidades da troca 
verbal e para isso são importantes a 
imagem que faço de mim, da minha 
posição, a imagem que tenho das 
pessoas com quem falo, imagens que 
vão determinar a maneira como devo 
falar com essas pessoas.
Poema canção
1. Nunca eu tivera querido
2. Dizer palavra tão louca:
3. bateu-me o vento na boca,
4. e depois no teu ouvido.
5. Levou somente a palavra,
6. Deixou ficar o sentido.
7. O sentido está guardado
8. no rosto com que te miro,
9 t did i9. neste perdido suspiro
10. que te segue alucinado,
11. no meu sorriso suspenso
12. como um beijo malogrado.
Continuação 
13. Nunca ninguém viu ninguém
14. que o amor pusesse tão triste.
15. Essa tristeza não viste,
16. e eu sei que ela se vê bem...
17. Só se aquele mesmo vento
18. fechou teus olhos, também.
Cecília Meireles
 Questão 15 – ENADE 2008
Questão 15 – ENADE 2008
De acordo com abordagens da análise do 
discurso, a significação não se restringe 
apenas ao código linguístico. Que versos 
evidenciam essa noção?
a) “Nunca eu tivera querido Dizer palavra 
tão louca” (v.1-2).
b) “bateu-me o vento na boca, e depois no 
teu ouvido” (v.3-4).
c) “Levou somente a palavra, deixou ficar o 
sentido” (v.5-6).( )
d) “Nunca ninguém viu ninguém que o amor 
pusesse tão triste” (v.13-14).
e) “Só se aquele mesmo vento fechou teus 
olhos, também” (v.17-18).
Análise da resposta c)
c) “Levou somente a palavra, deixou ficar o 
sentido” (v.5-6).
 Correta: Para atribuir sentido ao texto, o 
leitor mobiliza conhecimento de mundo, 
declarativo, episódico, intuitivo; 
interacional; linguístico-textual. 
 Nos versos acima, palavra corresponde à 
estrutura da língua (léxico), enquanto 
sentido corresponde ao valor semântico
Análise da resposta
a) “Nunca eu tivera querido Dizer palavra 
tão louca” (v.1-2).
b) “bateu-me o vento na boca, e depois no 
teu ouvido” (v.3-4).
d) “Nunca ninguém viu ninguém que o amor d) u ca gué u gué que o a o
pusesse tão triste” (v.13-14).
e) “Só se aquele mesmo vento fechou teus 
olhos, também” (v.17-18).
 Alternativas incorretas: em todas essas 
alternativas a significação está restritaalternativas, a significação está restrita 
ao código linguístico.
Interatividade 
Para entender o trecho d’A rosa de Hiroshima, de 
Vinicius de Moraes, o leitor sabe que:
Mas só não se esqueçam 
da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima 
a rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida 
a) a palavra rosa refere-se a um tipo de flor.
b) Hiroshima é nome próprio de cidade.
c) existe metáfora na relação rosa/Hiroshima.
d) os adjetivos relativos à rosa são estranhos.
e) rosa é a bomba atômica que deu fim à 
Segunda Guerra Mundial.
Resposta
Para entender o trecho d’A rosa de Hiroshima, de 
Vinicius de Moraes, o leitor saber que:
Mas só não se esqueçam 
da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima 
a rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida 
a) a palavra rosa refere-se a um tipo de flor.
b) Hiroshima é nome próprio de cidade.
c) existe metáfora na relação rosa/Hiroshima.
d) os adjetivos relativos à rosa são estranhos.
e) rosa é a bomba atômica que deu fim à 
Segunda Guerra Mundial.
Morfologia 
 morfema entendemos as unidades 
mínimas de significação na língua 
Classificação dos morfemas:
 Radical: é o elemento irredutível, que 
indica que determinadas palavras d ca que dete adas pa a as
pertencem à uma mesma família. Ex.: 
considerando-se a série ferro, ferradura, 
ferramenta, ferreiro, o elemento 
irredutível, que indica a família dessas 
palavras, é ferr-, denominado radical.
Morfema: classificação
 Afixos (prefixos e sufixos): são os 
morfemas anexados ao radical, com a 
função de modificar-lhe o sentido. Ex.: 
crítico / acrítico (prefixo a); feliz / 
felizmente (sufixo mente). 
 Acréscimo de prefixos ou sufixos a uma 
palavra pode mudar de classe gramatical 
(no caso do exemplo: feliz – adjetivo; 
felizmente – advérbio).
Morfema: classificação
 Desinências (gênero, número e verbal): 
morfemas flexionais indicam gênero e 
número dos substantivos, modo e tempo, 
número e pessoa dos verbos. Ex.: 
menino / menina – desinência a indicativa 
de gênero; menino / meninosde gênero; menino / meninos –
desinência s indicativa de número. 
 desinências verbais: modo-temporais e 
número-pessoais. Ex.: brincavam – verbo 
brincar; radical brinc-; desinência 
número pessoal m indica a pessoa donúmero-pessoal m – indica a pessoa do 
verbo; desinência modo-temporal va –
indica o modo e o tempo do verbo –
indicativo pretérito imperfeito.
Morfema: classificação
 Vogais temáticas (nominais e verbais): 
são os morfemas (vogais) anexados ao 
radical, formando uma base à qual serão 
anexadas as desinências. Ex.: meninos –
o é vogal temática nominal e nela é 
anexada a desinência s de número Noanexada a desinência s, de número. No 
caso do exemplo apresentado acima, 
brincavam, temos a vogal temática verbal 
a (brinc a vam), indicativa de 1a
conjugação.
Morfema: classificação
 Vogais e consoantes de ligação: são os 
morfemas inseridos entre o radical e o 
sufixo, modificando e facilitando a 
pronúncia de determinadas palavras. Ex.: 
lindo / lind i ssimo; pau / gás / gás ô
metrometro.
Trecho literário
 Eram cinco horas da manhã e o cortiço 
acordava, abrindo, não os olhos,mas 
uma infinidade de portas e janelas 
alinhadas. (...) Sentia-se naquela 
fermentação sanguínea, naquela gula 
viçosa de plantas rasteiras queviçosa de plantas rasteiras que 
mergulham o pé na lama preta e nutriente 
da vida, o prazer animal de existir, a 
triunfante sensação de respirar sobre a 
terra. Da porta da venda que dava para o 
cortiço iam e vinham como formigas,cortiço iam e vinham como formigas, 
fazendo compras.
 Aluísio Azevedo. O cortiço. 
Questão 31 – ENADE 2008
Considerando as palavras linha e alinhar, 
que opção apresenta a correta segmentação 
morfológica da palavra “alinhadas”, no 
fragmento de O Cortiço, de Aluísio 
Azevedo?
a) a-li-nha-da-s.
b) a-linh-a-d-a-s.
c) alinh-a-d-as.
d) ali-nhad-a-s.
) li h de) a-lin-nha-das.
Análise da resposta correta
Considerando-se as palavras linha e 
alinhada:
 linha – substantivo
 alinhar – verbo
 alinhadas adjetivo (janelas alinhadas) alinhadas – adjetivo (janelas alinhadas)
Assim, temos a seguinte segmentação:
 a-prefixo
linh - radical
 a-vogal temática a-vogal temática
 d-desinência verbo-nominal de particípio
 a-desinência de gênero - feminino
 s-desinência de número - plural 
Análise da resposta
a) a-li-nha-da-s.
b) a-linh-a-d-a-s.
c) alinh-a-d-as.
d) ali-nhad-a-s.
e) a-lin-nha-das.
A. incorreta: o radical subdividido, a vogal 
temática não considerada, assim como não 
consideradas as desinências verbal, de gênero e 
de número.
B. correta: segmentação adequada.
C incorreta: não foram segmentados o prefixo e asC. incorreta: não foram segmentados o prefixo e as 
desinências de gênero e número.
D. incorreta: Prefixo e radical segmentados 
inadequado.
E. incorreta: inadequadas as segmentações do 
radical, da vogal temática e das desinências.
Interatividade
Indique o elemento morfológico formador da 
poesia concreta de José Lino Grunewald:
f o r m a
r e f o r m a
d i s f o r m a
t r a n s f o r m a
c o n f o r m a
i n f o r m a
f o r m a
a) Radical.a) Radical.
b) Afixo (sufixo).
c) Afixo (prefixo).
d) Desinência.
e) Vogal temática “a”.
Resposta
Indique o elemento morfológico formador da 
poesia concreta de José Lino Grunewald:
f o r m a
r e f o r m a
d i s f o r m a
t r a n s f o r m a
c o n f o r m a
i n f o r m a
f o r m a
a) Radical.a) Radical.
b) Afixo (sufixo).
c) Afixo (prefixo).
d) Desinência.
e) Vogal temática “a”.
ATÉ A PRÓXIMA!

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