Buscar

Introdução resumo e questões

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO AO DIREITO – 1º SEMESTRE
O HOMEM, A SOCIEDADE E O DIREITO
Quais foram os fatores que proporcionaram o homem a criar o Direito? Além da racionalidade e do livre arbítrio, o homem é capaz de atribuir valores as coisas, distinguir o que é certo e o que é errado (capacidade de discernimento). Os seres humanos são capazes de civilizar-se através de normas, cumprindo-as a luz de valores.
O DIREITO E A LIBERDADE
O Direito visa agir sobre a liberdade humana, retirando-a ou garantindo-a. As regras criadas pelo Direito impõem condições a nossa liberdade. Continuamos a ser livre, porem com responsabilidade sobre nossos atos, e regidos por uma relação de causa e consequência. Tudo para garantir uma melhor relação social. As leis restringem a liberdade de um/todos, para garantir a liberdade de todos/um.
PORQUE O DIREITO É UM FENOMENO SOCIAL?
Como o Direito é uma capacidade exclusivamente humana e o homem é um animal social, logo o Direito também é um fenômeno social. Não faz sentido pensar no Direito sem pensar numa vida social, e vice-versa. O Direito é reflexo da sociedade e também atua como modificador e controlador dessa sociedade.
	O Direito é, portanto, uma exigência essencial para uma vida social ordenada, pois nenhuma sociedade poderia se manter sem o mínimo de ordem. "Ubi societas, ibi jus" (onde está a sociedade, está o Direito).
    
AS 2 FACES DO DIREITO
    1. CONSERVADOR: ao consagrar os valores já existentes, visando conservar a sociedade.
    2.INOVADOR: ao pretender o aperfeiçoamento dessa sociedade.
O Direito deve ter um sincronismo com a sociedade, não sendo conservador em demasia e nem tampouco utópico. O conhecimento jurídico é interpretativo, isto porque as normas jurídicas tem caráter interpretativo. Daí a importância de conhecer os preceitos jurídicos, saber interpretar as leis e adaptá-las a cada situação, dentro dos limites que cada norma permite. A forma de interpretar produz o que se denomina de EFICÁCIA (capacidade das normas produzirem efeito na sociedade). O Direito só é eficaz quando está em sincronismo com a sociedade.
O MUNDO DO SER E DO DEVER SER
	Os fenômenos da natureza são explicáveis, mas não são compreensíveis. 
Eles pertencem ao mundo do ser, entendido como o mundo daquilo que 
existe, sem necessariamente ter um sentido, um propósito (princípio da 
causalidade, de causa e efeito).
	O Direito pertence ao mundo do dever ser, que não é regido pelo 
princípio da causalidade. Esse mundo é expresso através de normas, as 
quais prescrevem, mandam e ordenam uma determinada conduta. Esse mundo 
não se ocupa em relatar como foi, é, ou será a sociedade, apenas 
determina o que deve ser cumprido para uma vida harmoniosa. A norma 
prescreve o que deve ser, o qual pode ou não acontecer na 
realidade, uma vez que depende da decisão humana.
TRIDIMENSIONALIDADE DO DIREITO
	Três aspectos: aspecto normativo (ONTOLOGIA JURÍDICA), O Direito 
como ordenamento; aspecto fático (FENOMENOLOGIA JURÍDICA), o Direito como fato; e o aspecto axiológico ou de valor (AXIOLOGIA JURÍDICA), o Direito como valor de justiça.
	O aspecto fático se entende pelos fatos,que dará origem ao fenômeno jurídico.
	O aspecto axiológico ou de valor confere significado aos fatos, 
determinando certas ações dos homens para atingir seus objetivos.
	O aspecto normativo representa como os fatos devem ser, criando uma 
relação entre o fato e o valor. Esses três aspectos não existem 
separados um dos outros, mas sim coexistem complementando-se.
 "O Direito enquanto norma modifica os fatos sociais a luz de valores"
CIÊNCIA DO DIREITO
Ciência do Direito				x		Filosofia do Direito
Romanos                        					 Grego
Estuda o Direito como fenômeno         estuda a universalidade do    
específico, em certo lugar e em  Direito em qualquer lugar 
certo tempo. qualquer tempo
	A Ciência do Direito é também uma ONTOLOGIA JURÍDICA, pois privilegia a dimensão normativa do Direito, sem contudo, deixar de considerar as outras duas dimensões.
Na Roma antiga era chamada de Jurisprudência (Juris - direito, Prudentia - conhecimento). As obras dos jurisprudentes daquela época deu início a Ciência do Direito. No início o trabalho deles era apenas prático, sem caráter específico. Com o acumulo e teorização desenvolvida por estes juristas foi criando-se o conhecimento que originaria a Ciência do Direito.
Essa ciência causou muita polêmica após o nascimento da Ciência Moderna (as ciências naturais, física, química, biologia). Junto nasce também o positivismofilosófico que coloca em cheque a Ciência do Direito. O positivismo filosófico predica que só se pode afirmar aquilo que se pode comprovar. Faz parte dessa teoria a neutralidade axiológica (uma ciência não pode intervir no seu objeto de estudo). Isto significa que a ciência deve ser uma enunciação daquilo que é, e nunca do que deve ser. O Objeto de cada ciência deveria ser estudado como ele é, sem modificá-lo. Portanto a Ciência do Direito não poderia ser aceita como ciência, pois ela produz normas e isto estaria interferindo na realidade que se quer conhecer, modificando o objeto de estudo.
Kelsen elabora a TEORIA PURA DO DIREITO, que é emparte aceita. Essa teoria tinha como OBJETO DE ESTUDO AS NORMAS, e não pretendia produzir as normas. Kelsen separou as Ciências Sociais Causais (Sociologia, Antropologia, História Jurídica) das Ciências Sociais Normativas (Direito, Moral, Ética). Então o Direito foi definido como CiênciaNormativa, que examina as RELAÇÕES DE IMPUTAÇÃO (atribuição de culpa, de responsabilidade, acusação) e não relações de causalidade. As normas de comportamento não são juízos de sentido, mas sim juízos normativos os quais não pretendem descrever o mundo do Ser, pois as normas pertencem ao mundo do Dever Ser. Por isso que as normas criam uma relação de imputação. Essa é a parte da teoria de Kelsen aceita.
Kelsen erra na continuação de seu pensamento quando dizia que a Ciência do Direito para ser neutra ela deveria apenas descrever as normas, ajudando a compreender o sentido do Direito vigente usando a paráfrase (uso de outras palavras para designar a mesmo sentido anterior). A escolha não cabe ao cientista do Direito, e sim ao juiz. Porem de acordo com essa teoria, o cientista do Direito apenas mostraria quais são as opções, as interpretações possíveis que o juiz poderia ter para decidir um caso, sem se preocupar se aquilo é o mais certo a se fazer. As interpretações que o juiz poderia fazer seriam infinitas dependendo das combinações de validez das normas. Isso colocaria em riso a segurança jurídica.
Por isso que a Ciência do Direito nunca adotou o modelo de Kelsen, pois nesse modelo essa ciência seria praticamente inútil. A Ciência do Direito tem como papel INTERPRETAR AS NORMAS. Ela parte da descrição das leis, e desenvolve essa lei para dar a ela um sentido normativo, pois quando os legisladores criaram as leis, eles criaram de maneira genérica para perdurar no tempo, e não seria possível prever as inúmeras variações da lei. Por isso tratam de maneira tão ampla as leis. Então entra o papel da Ciência do Direito para ajudar a compreender as leis para as mais diversas situações que possam existir.
TAREFAS DA CIÊNCIA DO DIREITO
	Primeiro precisa-se considerar que a Ciência do Direito se preocupa com o DIREITO POSITIVO, aquele Direito que é vigente em uma sociedade em certo tempo. Na teoria do Positivismo há a separação entre Direito e Moral, pois se o Direito se preocupar demais em trabalhar em cima da moral, pode haver mudanças muito rapidamente. Em uma sociedade a concepção moral muda frequentemente, por isso que o Direito não precisa necessariamente coincidir com a Moral. 
    Positivismo Jurídico     		X              Jusnaturalistas
     Direito vigenteDireito ideal
  Buscar o Direito como é                    Direito mais justo possível          
A Ciência do Direito tem três tarefas básicas: a interpretação, a construção teórica, e a sistematização, sendo a primeira delas a tarefa FUNDAMENTAL dessa ciência.
  (1)INTERPRETAÇÃO
	Interpretar consiste em fixar sentido objetivamente válido de um enunciado normativo. O ponto de partida da interpretação jurídica são os Enunciados Normativos. Para se fazer essas interpretações se segue dois princípios importantes:
 a) Princípio da Inegabilidade dos pontos de partida:
         b) Princípio da Fidelidade: não se pode desconsiderar o que irá interpretar, pois senão não estará interpretando e sim criando algo novo. Não pode se afastar do objeto que se interpreta.
	A partir do enunciado normativo se realiza a interpretação e se chega aosentido normativo que a lei estudada em questão pode apresentar.
 Interpretação Científica  		 x    Interpretação Judicial
         DOUTRINA                  		   JURISPRUDÊNCIA
é para conhecer, compreender o		        aplicação a casos 
sentido do alcance das normas,        			 concretos.
transmitindo-as.
    
A DOUTRINA e a JURISPRUDÊNCIAse completam.
(2) CONSTRUÇÃO TEÓRICA
	É através da Doutrina se que realiza a construção teórica. É a consolidação das interpretações das regras jurídicas. A partir delas se cria as Teorias do Direito.
   (3)SISTEMATIZAÇÃO
	É a tarefa de organizar as normas de forma que se apresente o Direito como um sistema coerente e lógico.
Princípio da Coerência: não se podem ordenar condutas opostas ou excludentes nos enunciados normativos. Essa tarefa é importante para que não existam normas contrárias.
A NOÇÃO DE NORMA 
Diferença entre ordem e norma:
O Direito diferencia muito bem essas duas palavras, elas são parecidas, mas não idênticas.
ORDEM é a situação em que alguém cria uma regra de como deve ser a conduta, a ação de outrem, em uma situação específica. Cumprida essa ordem ela desaparece. Existe ESPECIFIDADE ao sujeito que deve cumprir, a forma de cumprir e quando cumprir. 
Já a NORMA tem duas características típicas: a GENERALIDADE (qualquer pessoas tem que cumprir, todos são iguais perante a lei) e a VIGENCIA NO TEMPO (as normas são criadas para perdurarem).
Por isso que o direito se vale das normas e não das ordens. Após 
feita essa diferenciação, pode-se definir Norma, no sentido mais amplo, 
como toda regra de comportamento, toda regra de conduta, seja ela 
obrigatória ou não. Porem essa definição ampla não se encaixa no estudo 
do Direito. Estuda-se a norma pelo seu sentido mais estrito, que define 
norma como REGRA DE COMPORTAMENTO OBRIGATÓRIA, uma regra que impõe 
deveres. As normas são expressas através de palavras, de juízos, que 
podem ser:
JUIZOS ENUNCIATIVOS OU DESCRITIVOS: juízos que apenas descrevem a realidade transmitem como alguma coisa é de fato. Pertence ao plano do SER.
JUIZOS NORMATIVOS OU PRESCRITIVOS: juízos que prescrevem como deveser a conduta dos seres humanos perante a sociedade. Pertence ao plano do DEVER SER
Todas as normas são prescrições, porem nem todas as prescrições são normas. 
PRESCRIÇÕES INDICATIVAS: Regras de meio e fim (causa e efeito). 
Indicam-se meios necessários para atingir determinado objetivo. NÃO É OBRIGATÓRIO, é no sentido de TER DE SER, é apenas uma indicação. 
(exemplo: prescrição médica).
    
PRESCRIÇÕES IMPERTIVAS: São prescrições que são restritivas, 
submete as vontades alheias a sua prescrição (Leis). Porem, apesar 
dessa submissão, a prescrição imperativa, é possível o descumprimento.
   As prescrições imperativas atuam sobre a liberdade humana. A 
liberdade fica restrita na medida em que eu a aceito. A liberdade fática 
do ser humano não fica restrita, mas a sua conduta, sua consciência a 
restringe. Não é que não se possa fazer, é que não se deve fazer. Para 
garantir o cumprimento das prescrições imperativas, ou as leis 
propriamente ditas, se estabelece sanções para desestimular o não 
cumprimento. As prescrições imperativas criam o que se denomina de 
OBRIGAÇAO JURÍDICA.
OBRIGAÇÃO JURÍDICA se entende por ter a obrigação de fazer/não fazer
algo para não sofrer uma sanção, pena. Há uma grande diferença entre ser obrigado e ter obrigação.
  SER OBRIGADO: coagido a fazer algo, ameaça.
  TER OBRIGAÇÃO: norma, ordem, autoridade.
O Direito se vale da autoridade caso não se cumpra com as normas. 
Portanto o dever não surge da ameaça e sim da norma, pois se há 
autoridade não é necessário à ameaça.
DIFERENÇA ENTRE LEIS NATURAIS E LEIS ÉTICAS
LEIS NATURAIS: As leis naturais apenas enunciam as relações de causalidade existentes na natureza. Enuncia relações constantes entre fenômenos. São descritivas.
	FINALIDADE: teórica, é explicar as relações constantes entre os fenômenos. 
	PRESSUPOSTOS LOGICOS: para existir uma lei natural é necessário que a relação que ela enuncie seja verdadeira e constante
	VALIDADE: uma lei natural é valida quando é verdadeira, quando os fatos se confirmem.
LEIS ÉTICAS: São os juízos normativos, ou seja, aqueles que pretender moldar a conduta humana, modificar o comportamento do homem.
	FINALIDADE: prática, provocar um comportamento.
	PRESSUPOSTOS LÓGICOS: liberdade dos sujeitos a quem obriga (toda lei ética necessariamente refere-se a seres livres, livre arbítrio).
	VALIDADE: para dizer-se que uma lei ética é valida ou não, não se deve comparar a realidade com a lei. A validade se dá a partir do critério de valor, ou seja, uma lei ética é valida quando é valiosa.
OBS: diferença entre validade e eficácia: uma norma/lei ética é valida quando cumpre com os métodos de criação de uma norma. E é eficaz quando é acatada pelos sujeitos a quem se dirige e/ou quando produz efeito na sociedade.
A IMPERATIVIDADE E O DEVER
Imperatividade vem da palavra Império, que significa: uma pessoa se situa em posição de autoridade e outra(s) se subordina a ela. Aquele que exerce império tem a capacidade de submeter os outros a sua vontade.
Norma é a expressão desse poder de império. Legitimam o poder do soberano.
Porém da onde vem à legitimidade desse soberano?
Teoria da ‘Norma Fundamental Hipotética’ – Essa norma, como o próprio nome já diz, é hipotética, ela é suposta, não deriva de nenhuma autoridade, mas sim deriva de um pensamento. Se a autoridade que é sustentada pela norma for aceita, a norma hipotética é valida.
Dever é a obrigatoriedade de uma conduta por respeito a uma norma, sendo que esse dever é algo que se impõe a um sujeito, e este tem que necessariamente ser livre dotado de livre arbítrio, portanto ser humano, entendida essa liberdade como possibilidade de escolher entre diferentes alternativas de conduta.
O DIREITO E A MORAL
Primeiramente existem dois tipos de moral:
Moral individual – ou de consciência, cada indivíduo se estabelece e se impõe, é a consciência moral de cada um. Hierarquia própria de valores
Moral social – preceitos que predominam no meio social que vivemos. Pode não haver correspondência entre a moral social e a moral individual.
Existem duas teorias fortes para debater se o Direito e a Moral precisam necessariamente coincidir ou não. São elas o Jusnaturalismo e o Positivismo.
Jusnaturalismo predica que “O Direito tem que coincidir com a moral”. O fundamento do Direito tem que ser na moral.Tem uma base muito ligada a religião, pois diz que as leis humanas deveriam ser derivadas das leis criadas pelas divindades, perceber o que é justo de acordo com a natureza das coisas, leis naturais. Seriam justas por definição, inquestionável.
Não é a teoria mais aceita, e perdeu muita força quando a Igreja foi separada do Estado. É usada uma parte dela em que se percebeque o Direito usa da moral para fundamentar alguns preceitos e normas, porem não é apenas da moral que o Direito se vale. 
Positivismo já é o oposto do Jusnaturalismo, pode diz que “A validade do Direito não pode ficar numa coincidência entre o Direito e a moral”, pois não existe uma única moral universal, existem várias concepções morais, e essas são relativas, mudam de local para local e varia no tempo. Diferentes sociedades possuem diferentes concepções morais. Por isso o Direito não se pode valer da moral, perderia a validade. O papel do Direito é, às vezes, utópico, inovador, para mudar concepções morais errôneas (como por exemplo, o preconceito racial, o machismo, etc.).
MoralQualquer ordem jurídica é reflexo da moral predominante na sociedade (este os dois lados concordam)
Direito Direito é um núcleo de questões 
morais aceitos em comum.
Conclusão: A moral influencia nas decisões de formulação das normas ou de decisões. É um elemento para se constituir um sistema jurídico.
Diferenças entre Direito e Moral e Religião
	Moral Individual
	Moral Social
	Direito
	Religião
	(A1) Interioridade
	(B1) Exterioridade
	(C1)Exterioridade
	(D1) Interioridade
	(A2) Autonomia
	(B2) Heteronomia
	(C2) Heteronomia
	(D2)Autonomia/Heteronomia
	(A3)Unilateralidade
	(B3)Unilateralidade
	(C3)Bilateralidade
	(D3)Unilateralidade
	(A4)Incoercibilidade
	(B4)Coercibilidade não coercitiva
	(C4)Coercibilidade coercitiva
	(D4)Incoercibilidade
Moral Individual:
(A1) – Motivos internos que a moral prescreve. Aspectos internos da conduta.
(A2) – Preceitos autônomos de adesão de consciência. Auto normatização, cada indivíduo impõe a si mesmo.
(A3) – Encontra unicamente perante a sua consciência. Ninguém o obriga, ele próprio se exige o cumprimento do dever.
(A4) – Exige-se a adesão espontânea. A ação existe por dever moral e não por ameaça de coação.
Moral Social:
(B1) – A conduta posta em vigor, o ato externo.
(B2) – Preceitos que são impostos por vontade do grupo, não pela vontade do individuo. Suspende a adesão de consciência.
(B3) – Cada um cumpre ‘norma’ se quiser, apesar de sofrer uma pressão do grupo, as normas não são obrigatórias.
(B4) –Coercibilidade nesse caso se entende pela pressão que a sociedade faz para o individuo se adequar as normas sociais. Coação psicológica, porém não é coercitiva, isto é, não se pode usar da força para obrigar alguém a fazer/não fazer algo.
Direito:
(C1) – Ato externo, a intenção pela qual o individuo fez não importa, salvo exceções.
(C2) – Preceitos impostos por vontade do Estado, não dependendo da adesão de consciência dos indivíduos.
(C3) – Há um outro sujeito autorizado a exigir da pessoa o cumprimento do dever. A norma jurídica vincula um dever a um sujeito e direito a outro.
(C4) – Ameaça da coação é aceitável para desestimular o não cumprimento das normas. A coação tem importante papel na eficácia das normas. Essa possibilidade de coação é exclusiva do Estado.
Religião:
(D1) – Aspectos internos de conduta, ainda que os preceitos religiosos não possam ser escolhidos.
(D2) –Autonomia quando se dá a possibilidade ou não de aderir certa religião. Heteronomia quando o individuo aderiu aquela religião são impostos normas que vem de outro, independente da aceitação.
(D3) – Os indivíduos cumprem com as normas se quiserem, apesar de sofrer algumas repressões caso não as cumpram.
(D4) – A religião não deveria utilizar de ameaças para obrigar os fiéis a seguirem as regras, apesar de não ser assim. Mas porem ela não é coercitiva.
DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO
Direito Natural é uma antiga concepção filosófica jurídica que prega normas imanentes a natureza das coisas, não seriam criadas por atos humanos e deveriam ser respeitadas por serem justas por definição. Leis jurídicas naturais intrinsicamente válidas e justas por seu conteúdo. O fundamento de validade é a justiça em si, o justo esta na própria realidade social (natureza das coisas). Muito ligado ao Teocentrismo.
Direito Positivo se encontra no Estado Moderno, onde as pessoas se submetem a esse Estado. O Direito Positivo diz que as leis justas variam de acordo com o tempo e no espaço, e o fundamento de validade não é a justiça em si, e sim a efetividade e obrigatoriedade das normas. É o Direito efetivamente aplicado nos tribunais.
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
Direito Objetivo é o ordenamento jurídico, são as normas que criam a relação de direito a alguém e dever a outrem.
	Direito Subjetivo é a faculdade criada pela norma jurídica de impor deveres e atribuir direitos as pessoas. O Estado deve proteger o Direito Subjetivo. Quando este não é exercido o sujeito procura o Estado para que ele garante seu Direito.
	
DIREITO VIGENTE E DIREITO POSITIVO
	Direito vigente é aquele formalmente válido, conjunto de normas válidas dotadas de obrigatoriedade. Aquele que está em vigor, portanto exigível. Para ser obrigatória, uma norma tem que ser válida. O próprio sistema jurídico estabelece os modos de produção da norma jurídica válida, determinando mecanismos através dos quais podem ser produzidas tais normas. Pertence ao plano do Dever Ser.
Integram o Direito vigente o direito legislado, preceitos de origem costumeira e jurisprudencial (desde que sejam reconhecidos como obrigatórios) e também as normas individualizadas. Todas essas normas são consideradas válidas quando forem produzidas de acordo com requisitos formais previstos pelo sistema de sua produção.
 Constituição
 Leis
 Regulamentos
 Normas Individuais
Direito positivo é aquele efetivamente aplicado, obedecido e produz efeito naquela sociedade. O direito positivo pertence ao plano do Ser.
Direito puramente válido, porem sem nenhuma eficácia não cumpre sua função, logo não pode ser considerado Direito. Falta a parte fática.
Já o Direito puramente efetivo, independente dos critérios de validade, seria casual, sem se prender a qualquer conjunto de normas. Falta a parte normativa, logo também não é Direito.
Portanto se percebe que a diferença na concepção de um Direito vigente e de um Direito positivo se encontra na problemática da validade e da eficácia, pois no Direito vigente admite que haja graus de eficácia de uma norma, sem que essa deixe de ser válida. Já o Direito positivo não admite que uma norma seja válida sem que seja eficaz. 
A eficácia de uma norma pode ser:
Espontânea: quando de fato é obedecida sem precisar de sanções
Compulsória: quando é necessário o uso das sanções e força do Estado.
Nos 2 casos a norma é eficaz.
Percebe-se com a pirâmide que todas as leis derivam da Constituição, porem da onde vem a validade dessaConstituição? Porque deve-se obedecer esta Constituição?
TEORIA DE KELSEN – Norma Fundamental Hipotética
	Regredindo historicamente acham-se outras normas constitucionais que validam a outra constituição seguinte, até que chega-se a primeira constituição do pais. No caso do Brasil Dom Pedro I cria a primeira constituição do Brasil, ele tinha autoridade para criar tal constituição e se essa constituição fosse de fato aplicada de obedecida, todas as outras constituições posteriores serão validas também.
	Portanto depende da eficácia do sistema, é a única condição para que seja válido.
TEORIA DE HART – Regra de Reconhecimento
	É uma regra costumeira, aquela que estabelecem quais são os critérios para se verificar a validade.
	Esta regra se estabelece pela prática, pelo costume. Logo se é costumeira, no inicio de um sistema jurídico não existia prática reiterada, pois precisa-se de tempo, nenhuma regra constitucional se implanta da noite pro dia. Existe um período de instabilidade, até que pela prática, pelaeficácia de tal sistema, se estabeleça quais serão as regras para que seja válido.
Portanto para ser válido, também depende da eficácia, pois é implantado pela prática.
FONTES DO DIREITO
Primeiramente fonte é uma metáfora. Fonte é o local da onde brota algo, é usada para designar onde nasce o Direito, e esse sempre surge com funções práticas.
Classificação das fontes:
Fontes Reais / Materiais
Formais
Estatais
Infra Estatais
1 – Fontes Reais / Materiais: todos os elementos ou fatores existentes na sociedade que provocam a necessidade de regulamentação jurídica, necessitam de sentido normativo. Elas sustentam o surgimento e determinam o conteúdo das leis. Para descobrir qual é a finalidade que se quer atingir, é necessário saber a dimensão fática que leva a tal finalidade. Jamais atuamseparadas sempre conjunto e se chega a um resultado.
	Tipos de fontes materiais: sociais, políticas, econômicas, morais, religiosas, científicas, tecnológicas, ideológicas, etc...
2 – Fontes Formais: formas/modos de produção do Direito. O conteúdo é dado pelas fontes materiais. As fontes formais são os modos de produção do Direito formalmente válido, vigente. São estabelecidas pelo próprio Direito.
2.1. – Estatais: ocorre no âmbito/órgãos do Estado. Fonte Legislativa ou Fonte Jurisprudencial.
LEGISLAÇÃO
Produzida por órgãos que tem como função criar o Direito. Processo pelo qual um ou mais órgãos do Estado formulam e promulgam leis. É constituído de etapas, sendo elas:
Iniciativa
Discussão
Aprovação (por votação)
Sanção ou veto (pelo poder executivo)
Promulgação (publicação)
É o processo considerado o mais adequado para produzir Direito, porque:
	- é o mais seguro (por ser escrito, fácil verificação)
	- pelo seu caráter sistemático (reduz as lacunas e os conflitos entre normas)
	- uniformiza a regulamentação
	- pela maior adaptação as mudanças (atendendo as necessidades da sociedade)
	- é o modo mais democrático, por ser representativo.
JURISPRUDÊNCIA
Produto das atividades dos tribunais. Conjunto de princípios e doutrinas contidos nas decisões dos órgãos jurisdicionais.
	Os órgãos jurisdicionais por sua vez têm como função aplicar o Direito vigente a casos concretos, seguindo o Princípio da Igualdade Jurídica (O Direito não pode desigualar as pessoas sem justificativa, somente na medida justa que ele desiguala).
	A Jurisprudência tem como função ajustar o Direto a realidade, criando um padrão de decisões para se manter a igualdade, para que casos iguais sejam tratados igualmente. Só deve-se julgar de maneira diferente casosanálogos se houver peculiaridades relevantes que diferenciem tal caso da Jurisprudência dominante.
	A Jurisprudência antigamente no Brasil não tinha tanto valor, apenas a Legislação era considerada ideal para construção do Direito. Quando se percebeu que haviam muitas lacunas que as leis não conseguiam suprir, viu-se a necessidade de adotar a Jurisprudência. Hoje no Brasil a Jurisprudência não é obrigatória, salvo as súmulas vinculantes (essas sim obrigam todos os casos análogos a serem julgados daquela forma) apesar de ter um papel influenciador muito grande nas decisões dos juízes. 
Os juízes de instancias inferiores são influenciados a utilizar a jurisprudência para justificar seu decreto, ou ao menos não ir contra a jurisprudência dominante, para que seu decisão não seja reformulada por meio de recurso. 
Caso o juiz resolva ir contra a jurisprudência dominante, o máximo que pode acontecer é sua decisão ser reformada por um órgão de instância maior. Um juiz só deve ir contra a jurisprudência caso tiver meios e convicções muito convincentes e justificadas. 
A Jurisprudência dá uma garantia maior do que a lei, pois a lei precisa ser interpretada pelo tribunal, já a Jurisprudência é a interpretação feita e consolidada. Porem a Jurisprudência esta subordinada à lei, pois a lei é o ponto de partida para que se formule as decisões, portanto deve-se respeitar os limites enunciativos da lei. 
Assim se entende porque a Jurisprudência não cria Direito, mas sim reconstrói o Direito já estabelecido, mesmo que crie algo novo ainda é uma reconstrução mesmo se for muito diferente. Caso uma lei mudar, tudo o que foi construído em base nela terá que ser refeito.
2.2 – Infra Estatais: ocorre fora dos órgãos do Estado. São o Costume e a Doutrina.
COSTUME
	É uma fonte supletiva/subsidiária. O Direito apenas se ocupa do costume jurídico, que se entende por forma espontânea de adoção de certos padrões de comportamento, e essa adoção passa a ser obrigatória. Ai está a diferença entre Usos (os padrões não são obrigatórios) e o Costume Jurídico. Se percebe essa distinção ao perceber a relação desses hábitos pela pressão da população.
	
	Teoria Romano-Canônica para distinguir costume de costume jurídico: para existir costume jurídico é necessária a conjunção de 2 elementos:	
Objetivo: prática generalizada e reiterada em um grupo de certa conduta
Subjetivo: convicção generalizada de obrigatoriedade.
Para que surja o Costume Jurídico é necessária que ocorra espontaneamente a soma desses 2 elementos. Para se utilizar o Costume como fonte subsidiária, é preciso provar que ele realmente existe, para isso se utiliza a Teoria Romano-Canônica para comprovar.
Nos tempos contemporâneos só se usa o Costume como fonte do Direito quando a lei for omissa, quando houver uma lacuna na lei o juiz deve decidir com base ou no Costume, ou na Analogia ou nos Princípios Gerais do Direito.
O Estado reconheceo Costume Jurídico de 2 formas:
Expresso: Lei -Genérica/Geral. Quando uma lei reconhece tal costume como Costume Jurídico. Transmite juridicidade a ele.
Tácito: Juiz – Específico. Em caso de omissão da lei, a validade do Costume é dada pelo juiz e só cabe à aquele caso.
DOUTRINA
	Doutrina são os estudos de caráter cientifico que os juristas realizam sobre o Direito. Quando a Ciência do Direito exerce suas 3 atividades (interpretar, construir teorias e sistematizar) ela produz a Doutrina.
	Estabelecer a interpretação correta para apontar como elas devem ser aplicadas.
	Doutrina foi Direito vigente no Império Romano, com a queda do Império foi restabelecido posteriormente pelos Romanistas (estudiosos do Direito Romano). Com surgimento do Estado Moderno (Revolução Francesa) consolida-se o banimento da Doutrina, pois era muito antiga e era vista com desconfiança sobre a legitimidade de um grupo de especialistas criadores do Direito. Com o envelhecimento dos códigos de leis, a Doutrina retoma importância para formar opiniões comuns, formação de Doutrina consagrada.
	O papel que desempenha a Doutrina é realizar sua tríplice atividade e dar precisão de sentido do alcance do Direito, facilitando seu entendimento e sua aplicação.
	A formação da Doutrina é feita por sedimentação igualmente a Jurisprudência. Primeira aparece sobre forma de obras escritas e é levado ao debate, e a posição mais fundamentada se torna dominante. Esse debate é levado ao tribunal incorporado pela Jurisprudência, definindo qual posição é melhor. Depois de aceita adquire papel igual ao da Jurisprudência.
	A Doutrina, assim como a Jurisprudência, é muito utilizada pois demonstra a maneira mais correta de interpretar uma lei. O juiz não tem tempo para se dedicar ao estudo das diversas posições doutrinárias, já o jurista teórico se dedica anos estudando as diferentes posições existentes. Por isso para um juiz contrariar uma Doutrina consagrada deve ter argumentos muito bem fundamentados para que sua decisão não seja reformada. Muitas vezes os juízes nem utilizam a legislação e sim a Doutrina ou a Jurisprudência, pois não adianta conhecer apenas o texto legal, é necessário interpretá-lo e esse é o papel da Doutrina e da Jurisprudência.
	Mesmo as posições doutrinárias consagradas podem mudar sem necessariamente mudar as leis.
			LEI -> Jurisprudência e Doutrina 
	 (fonte originária) (não são reconhecidas como fontes pela lei)|				Fontes interpretativas
 \/
Analogia CostumePrincípios Gerais
(fontes subsidiárias)
FONTES SUBSIDIÁRIAS
	“Quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acordo com a Analogia, os Costumes e os Princípios Gerais do Direito.”
“Non liquet” não decisão por parte do juiz por omissão da lei. Denegação de justiça não é aceito. Para isso se utiliza-se as Fontes Subsidiárias. Reconhecidas pela lei como fontes.
Porem como identificar uma lacuna ? Quando a lei é omissa ? Lacuna se entende como uma situação de natureza jurídica que o Direito deveria ter regulado mas não regulou. 
Lacuna Técnica: acontece quando o legislador de ocupou de regulamentar tal situação de forma incompleta. A situação geral é protegida, porem algumas partes são omissas.
Lacuna Axiológica: lacunas entendidas através de juízos de valores. Relação ou aspecto da relação que deveria ter sido regulada pelo Direito a luz dos valores que o Direito deveria seguir, mas não foi regulada.
Tudo depende da interpretação.
ANALOGIA
Procedimento pelo qual se cria uma norma para caso de omissão da lei a partir de uma regra existente a casos análogos, situações semelhantes, iguais na essência.
2 tipos: Analogia Legis e Analogia Juris
Analogia Legis: Criar diretamente uma norma baseada em outra norma já existente em casos análogos.
Analogia Juris: Quando se utiliza princípios consagrados para se criar analogia, mesmo que o caso for diferente e regido por normas diferentes. Todas as normas remetem a um princípio único, é possível derivar desse princípio outra norma para aquele caso de omissão da lei.
COSTUME
Junção dos aspectos Objetivo e Subjetivo. (pratica reiterada de conduta + obrigatoriedade reconhecida).
É necessário provar a existência do costume toda vez que necessário utilizá-lo.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Os Princípios se diferenciam das normas pois possuem:
uma generalidade maior, tanto quanto a incidência quanto a consequência (incidem em situação variadas e acarretam em diferentes consequências por serem aplicados a casos variados)
dimensão de peso em relação a outros princípios (é necessário que se pese qual princípio valerá mais em certos casos, mas sem excluir outro princípio, mas sim sobrevalorizar).
Podem ser: Expressos ou Implícitos
Expressos: são baseados em leis existentes, Constitucionais.
Implícitos: são obras da Doutrina (iluminada pelos princípios gerais)
BANCO DE QUESTÕES (PROVAS)
1) A validade de uma lei natural depende de sua confirmação em todos os casos do tipo a que se refere. O mesmo ocorre com as leis éticas? Explique.
Não, diferentemente das leis naturais – que pertencem ao plano do SER e possuem finalidade teórica – o critério de validade das leis éticas não é a veracidade, mas sim o valor, uma vez que elas pertencem ao plano do DEVER SER e pretendem prescrever condutas, intervindo e modificando a realidade.
2) Relacione direito subjetivo e dever jurídico.
A relação está na bilateralidade do direito que ao mesmo tempo que impõe um dever jurídico a alguém, atribui um direito subjetivo a outrem – a faculdade de exigir o cumprimento de um dever.
3) Dizer que uma norma jurídica é formalmente válida significa dizer que ela é justa? Explique.
Não, pois a validade de uma norma jurídica não está relacionada à justiça, mas sim aos processos de elaboração – sendo válida se seguiu corretamente o processo legislativo estabelecido pelo ordenamento.
4) Relacione fontes materiais e fontes formais do direito.
O Direito não surge aleatoriamente, ele é produto de elementos existentes na sociedade que precisam de normatização, sejam eles sociais, econômicos, religiosos, técnicos, morais, ideológicos, climáticos, etc. Esses fatores são as fontes materiais do Direito, a matéria que é objeto da normatização. Já as fontes formais do Direito são as suas formas de produção, os meios pelos quais as normas jurídicas de exteriorizam. As fontes formais e materiais do Direito se complementam para que ele exista.
5) Em que consiste a interpretação jurídica?
Consiste em fixar o sentido e o alcance das normas jurídicas, apontando o mais correto à luz de valores.
6) Qual a função da hipótese ou suposto normativo na estrutura das normas jurídicas?
Normas jurídicas são redutíveis a um juízo ou proposição hipotética, na qual se prevê um fato F ao qual se liga uma conseqüência C, conforme o seguinte esquema: se F é, C deve ser.
7) Em que consiste as normas sancionadoras e como se estruturam?
Uma norma de comportamento está ligada a uma norma sancionadora na medida em que a obediência social pela primeira só se daria com o efeito de coação da segunda.
8) Distinga normas genéricas e normas individualizadas.
Normas genéricas são as que obrigam, indiscriminadamente, todos que venham a se situar sob sua incidência, em função dos pressupostos que elas enunciam. Já as normas individualizadas são as que concretizam disposições anteriores, como se dá em uma sentença judicial ou resolução administrativa.
9) Em que consiste a hierarquia das normas de um sistema jurídico?
A hierarquização das normas jurídicas é um escalonamento, também conhecido como Pirâmide de Kelsen. A existência da pirâmide tem por fim demonstrar a validade das normas jurídicas: sendo de acordo com a norma que lhe é superior, uma norma é válida e, assim, tem potencial para ser eficaz. Estabelece-se , desse modo, uma relação de dependência entre as normas escalonadas.
10) Relacione direito subjetivo e coação estatal.
O direito subjetivo é a faculdade atribuída a um sujeito para que ele exija de outrem o cumprimento de um dever. Quando o portador do dever não adere espontaneamente a cumpri-lo, faz-se necessária a coação estatal para garantir o cumprimento do dever.
11) Relacione enunciados e sentidos normativos.
Os enunciados são as normas em si, estabelecem um sentido básico que delimita as possibilidades interpretativas. Após a interpretação, que tem por objetivo fixar o sentido e alcance das normas, eles passam a configurar um sentido normativo – esse resultado que atuará normativamente.
12) Todas as normas de um sistema jurídico são normas geradoras de obrigação? Por que?
SIM. Não existe obrigação jurídica que não seja resultado da incidência de uma norma.
13) Distinga normas taxativas ou cogentes de normas dispositivas.
Normas taxativas não permitem que o particular transija; por exemplo, menores de 18 anos não podem dirigir. Já as normas dispositivas põem à disposição que os particulares transijam ou não; por exemplo, pessoas com idade entre 16 e 18 anos podem optar por participar ou não nas votações eleitorais.
14) Cite algumas fontes materiais e formais do direito.
Fontes materiais – fatores sociais, econômicos, religiosos, técnicos, morais, ideológicos, geográficos, climáticos
Fontes formais – legislação, jurisprudência, costume e doutrina
15) Em que consiste e de que depende a validade formal de uma norma jurídica?
Depende da maneira pela qual ela foi elaborada, se seguiu a hierarquia existente no ordenamento jurídico
16) Por que somente as sociedades humanas produzem direito?
Os homens, como seres racionais, são dotados de livre arbítrio. Essa capacidade de escolha e de atribuição da valores a atos (certo e errado, justo e injusto, útil e inútil, etc) demanda uma regulação para que a vida em sociedade seja harmoniosa. Cabe ao Direito, portanto, a administração da liberdade por meio da imposição de normas de conduta que só se aplicam aos homens, pois estes podem ser eticamente responsabilizados. Ubi societas, ibi jus – nenhuma sociedade se mantém sem o mínimo de ordem.
17) O que significa afirmar que, em sistemas como o brasileiro, a lei ocupa o topo da hierarquia das fontes?
Significa dizer que, apesar de existirem outras fontes como a analogia e o costume, essas são consideradas supletivas, isto é, visam suprir lacunas deixadas pela lei. A legislação é a principal fonte do direito brasileiro, pois estabelece normas em acordo com os interesses sociais.
18) Em que consiste e comose produz a jurisprudência?
Jurisprudência são os precedentes judiciais, ou seja, a reunião de decisões judiciais, interpretadoras do direito vigente. A jurisprudência se produz quando os tribunais acabam fixando certos padrões de interpretação que vão sendo seguidos em casos semelhantes, pelo princípio de igualdade jurídica.
19) Em que consiste a analogia e qual sua função?
A analogia é uma das fontes supletivas do direito brasileiro. Visa a suprir as lacunas e a omissão das leis. No caso da analogia, busca-se uma solução para o caso omisso na própria lei; localiza-se no sistema jurídico vigente a hipótese prevista pelo legislador que apresente semelhança fundamental com o caso concreto em que há lacuna na lei, ou um princípio geral do Direito do qual se deriva uma norma para solucionar o caso.
20) Em que medida a doutrina pode ser considerada fonte do direito nos sistemas jurídicos contemporâneos ligados à tradição Romano-canônica?
A doutrina é considerada uma fonte indireta, pois não produz direito novo, apenas trabalha sobre o direito vigente para sistematizá-lo, exercendo atividade crítica e transformando a Ciência Jurídica para que ela acompanhe a evolução da sociedade, por meio do estabelecimento de novos conceitos, teorias e institutos no mundo jurídico.
21) As normas jurídicas são regras indicativas? Justifique.
Não, pois possuem caráter obrigatório – são, dessa forma, imperativas.
22) Quais são os elementos constitutivos do costume e em que consistem?
Os elementos que constituem o costume são os elementos objetivos e subjetivos. O elemento objetivo diz respeito à repetição constante e uniforme de uma prática social. Já o elemento subjetivo é a convicção de que essa prática social reiterada é necessária e obrigatória.
23) O que é necessário para que se configure a existência de um costume?
É necessária a conjugação de dois elementos: o objetivo, que é a repetição constante e uniforme de uma prática social; e o subjetivo, que é a convicção de que essa prática social reiterada é necessária e obrigatória.
24) Em que consiste a jurisprudência como fonte do direito?
Jurisprudência pode ser definida como o conjunto de princípios e doutrinas provenientes de decisões reiteradas nos tribunais.
25) Qual é o papel da doutrina em um sistema jurídico como o nosso?
A doutrina tem o papel de sistematizar o Direito, estudando-o profundamente e exercendo atividade crítica, acompanhando a evolução da sociedade, por meio do estabelecimento de novos conceitos, teorias e institutos no mundo jurídico.
26) Relacione o poder do estado e o direito.
A sociedade depende do Direito para manter-se coesa e harmônica e este vê no Estado um órgão controlador da produção jurídica e sua aplicação, por meio de seu aparelho coercitivo, a casos concretos. Ao mesmo tempo, o Direito limita o poder do Estado, ao passo que estabelece seus direitos e obrigações.
27) O que significa afirmar que o direito se caracteriza pela exterioridade?
Os comportamentos externos das pessoas precisam estar de acordo com as normas, independentemente de suas motivações internas.
28) Relacione direito positivo e direito natural.
O Direito natural é aquele imanente à natureza das coisas, justo por definição e, por isso, intrinsecamente válido. Já o Direito positivo é aquele posto pelo Estado, com vigência no tempo e no espaço, cujo fundamento não é a própria justiça, mas sim a efetividade e obrigatoriedade.
29) Relacione normas e juízos de valor.
A norma encerra um juízo de valor, é uma ordenação bilateral-atributiva de fatos segundo valores.
30) Distinga, quanto às respectivas finalidades, as leis da natureza e as leis éticas.
As leis naturais, ao descreverem fenômenos constantes na natureza por meio de enunciados científicos, possuem finalidade teórica. Já as leis éticas, que pretendem interferir na realidade e modificar comportamentos, possuem finalidade prática.
31) Qual o ponto de partida e qual a finalidade da interpretação jurídica?
O pronto de partida é o próprio texto do enunciado normativo e a finalidade é determinar o sentido e o alcance das normas.
32) O que significa afirmar que o direito é heterônomo?
As regras jurídicas são impostas independentemente da vontade de seus destinatários - para o Direito, não importa a adesão da consciência dos sujeitos.
33) Em que consiste o direito subjetivo e de que depende sua existência?
È a faculdade atribuída a um sujeito para que ele possa exigir de outrem o cumprimento de um dever. Sua existência depende da incidência de uma norma do direito objetivo. 
34) Distinga validade e eficácia de uma norma jurídica.
Uma norma é válida se sua formulação seguiu corretamente o processo legislativo. Já sua eficácia se dá pela capacidade de produzir o efeito social que tem por objetivo – é o cumprimento da norma no seio da sociedade.
35) O que são as chamadas fontes materiais do direito e qual sua influência na criação de normas jurídicas?
As fontes materiais do Direito são elementos ou fatores (sociais, econômicos, morais, religiosos, técnicos, ideológicos, climáticos, etc) existentes na sociedade que precisam de normatização – é delas que surge a matéria que é objeto da norma.
36) Como se produz a jurisprudência e qual sua influência na criação de normas jurídicas?
A jurisprudência se produz a partir do conjunto de decisões judiciais reiteradas nos tribunais. Ela é uma fonte mediata, uma vez que parte do Direito vigente, reelaborando-o através da interpretação.
37) Relacione a dimensão valorativa e normativa do direito.
A dimensão valorativa do Direito confere significação aos fatos, é a concretização da ideia de Justiça; relaciona-se com a dimensão normativa uma vez que esta representa a medida que integra os dois elementos (fato e valor), prescrevendo um dever ser.
38)Relacione direito subjetivo e direito objetivo.
O direito objetivo são as normas propriamente ditas - o ordenamento jurídico o qual impõe deveres aos indivíduos. O cumprimento desse dever está vinculado ao direito subjetivo – faculdade atribuída a alguém para que possa exigir de outrem o cumprimento do dever.
39) De que depende a eficácia social do direito?
A eficácia social do Direito consiste na capacidade das normas de produzirem o efeito que têm por objetivo; depende do cumprimento das normas no seio da sociedade.
40) Em nosso sistema jurídico, o que deve fazer o juiz quando a lei for omissa?
Os juízes não podem denegar justiça alegando inexistência de normas aplicáveis. Na lei de introdução do Código Civil Brasileiro estão indicados os meios de que o juiz dispõe para solucionar os casos em que houver lacuna na lei: analogia, costume e princípios gerais do Direito.
41)O que significa afirmar que uma norma jurídica é eficaz?
Uma norma é eficaz quando produz, na sociedade, os efeitos que tem por objetivo – isto é, quando é cumprida no seio da sociedade.
42) O que significa a soberania do Estado nos planos interno e externo?
Um poder é soberano do ponto de vista jurídico quando o Direito delimita que seu grupo de pessoas obedeça a um ordenamento e este não se submete a ninguém. No plano externo, a soberania significa a independência do Estado em relação aos demais, já no plano interno significa que toda a população se submete à autoridade estatal.
43) Em que consiste a bilateralidade do direito?
As normas jurídicas, ao mesmo tempo em que impõem um dever jurídico a alguém, atribuem um direito subjetivo a outrem – a faculdade de exigir o cumprimento do dever.
44) O que significa dizer que o direito é dotado de coercitividade?
Significa dizer que é capaz de adicionar a força organizada do Estado para garantir o respeito aos seus preceitos.
45) Relacione direito subjetivo e sanção jurídica.
O direito subjetivo é a faculdade atribuída a um sujeito para que ele possa exigir de outrem o cumprimento de um dever jurídico. No caso do não cumprimento desse dever, a pessoa estará sujeita a sofrer uma sanção.
46) Por que se diz que em nosso sistema jurídico a doutrina é uma fonte indireta?
Porquea doutrina não produz direito novo, ela trabalha sobre o direito criado para determiná-lo interpretativamente, precisando seu alcance e seu sentido.
47) Relacione a dimensão fática, valorativa e normativa do direito.
Onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, sempre e necessariamente, um FATO subjacente (econômico, geográfico, demográfico, técnico, etc); um VALOR, que confere determinada significação ao fato, inclinando ou determinando a ação dos homens no sentido de atingir ou preservar certa finalidade; e, finalmente, uma REGRA ou NORMA, que representa a relação que integra os dois elementos – fato e valor. 
48) O que significa ser um titular de direito subjetivo?
Ter a faculdade de exigir de outrem o cumprimento de um dever estabelecido por uma norma do direito objetivo.
49) As proposições da ciência jurídica podem ser consideradas descritivas? Justifique.
Não, pois as proposições descritivas expressam o que ocorre normalmente, ou seja, o mundo do ser. Enquanto que as normas jurídicas pretendem prescrever condutas, pertencendo, assim, ao mundo do dever ser.
50) Relacione direito subjetivo e coação estatal.
Direito subjetivo é a faculdade atribuída a alguém para exigira a outrem o cumprimento de um dever estabelecido por uma norma do direito objetivo. A coação estatal atua para dar garantia caso isso não ocorra espontaneamente.
51) Em que sentido se pode dizer que o direito limita o poder do Estado?
O Direito limita o poder do Estado definindo seu campo de ação, a organização de sua estrutura, as regras e princípios aos quais deve se submeter – a principal fonte desses limites se encontra na Constituição Federal.
52) O que significa ter um dever jurídico perante outra pessoa?
Ter um dever é estar constrangido a respeitar as normas. As outras pessoas tem o direito subjetivo de exigir que o portador do dever cumpra o que foi estabelecido. 
53) As normas da religião podem ser impostas mediante coação? Explique.
As normas da religião são incoercíveis, isto é, não é permitido pelo Direito que elas disponham da força para obrigar os fiéis a seguirem seus preceitos.
54) Por que se diz que o direito só pode existir em razão da liberdade humana?
Pois o direito se ocupa de regular a liberdade humana com normas restritivas e garantidoras. O direito administra a liberdade na sociedade com a imposição de normas que só aplicam-se a indivíduos dotados de livre arbítrio, pois somente estes estão aptos a serem eticamente responsabilizados.
55) O que significa dizer que o direito tem uma dimensão valorativa?
Significa que, em todo e qualquer fenômeno jurídico os fatos serão analisados à luz de valores que lhes denotam significação, inclinando ou determinando a ação dos homens no sentido de atingir ou preservar certa finalidade.
56) O que significa dizer que os deveres jurídicos são exigíveis? 
Por que sempre que houver o dever de fazer cumprir algo, haverá uma pessoa com o direito de exigi-lo.
57) A alegação de que se considera uma norma jurídica injusta autoriza seu descumprimento? 
Uma norma jurídica, sendo uma tentativa de Direito justo, deve possuir – além de eficácia e validade – um fundamento axiológico; a razão de ser da norma ou validade ética. No entanto, como a validade prática da norma não depende de julgamentos morais, ela não permite descumprimento por ser considerada injusta.
58) Distinga regras indicativas de regras imperativas.
As regras indicativas são meios para se chegar a determinados fins, não caracterizam obrigação, já as regras imperativas são regras obrigatórias, restringem a liberdade e produzem dever.
59) Por que se diz que a moral de consciência é autônoma?
È autônoma porque o próprio sujeito percebe o imperativo moral e se curva frente a ele – exige uma adesão da consciência.
60) Os convencionalismos sociais são coercíveis?
Não. Apesar de possuírem coercibilidade – os indivíduos são pressionados pela sociedade a se adequar às normas sociais – não são coercíveis, isto é, o Direito não permite o uso da força para garantir o cumprimento dos convencionalismos sociais.
61) relacione direito e livre arbítrio.
O homem é um ser dotado de livre arbítrio. Para harmonizar o convívio dos homens e limitar as liberdades são necessárias as regras do direito, regulando o convivo entre as pessoas.
62) Por que a ciência jurídica é normativa?
Segundo Kelsen, a ciência jurídica não é normativa porque produz normas, mas sim porque possui normas por objeto de estudo.
63) Diferencie normas de ordens.
As ordens são dotadas de especificidades e duram até o momento em que são cumpridas, já as normas caracterizam-se pelo seu caráter de permanência – vigência no tempo – e generalidade.
64) Relacione norma e valor.
A norma exerce a função de relacionar o valor com os fatos. É uma ordenação bilateral-atributiva de fatos segundo valores.
65) relacione dever e norma.
Dever é a obrigatoriedade de uma conduta por respeito à norma, é a representação da norma para os sujeitos por meio da restrição de liberdade
66) Distinga moral de consciência da moralidade social.
A moral de consciência é dotada de interioridade, exige que o indivíduo tenha intenções verdadeiras para agir de determinada maneira; cada indivíduo impõe a si mesmo e não sofre ameaça de coação. Já na moral social, basta que a norma seja cumprida exteriormente, não exigindo adesão de consciência, nela o sujeito é submetido à pressão social.
67) Por que se diz que o direito ao mesmo tempo que restringe e garante a liberdade das pessoas? 
Isso acontece devido a sua bilateralidade. Ao mesmo tempo em que impõe um dever jurídico a alguém, atribui um direito subjetivo a outrem.
68) Relacione direito e vontade humana.
Os homens, sendo seres racionais, têm consciência de sua liberdade, da sua capacidade de decisão, de suas vontades e podem ser eticamente responsabilizados. Diante disso, o Direito cria normas para garantir a coesão e harmonia sociais.
69) Os fenômenos naturais se submetem às leis da natureza do mesmo modo que os homens se submetem ás leis da ética? Explique
Não. As leis naturais apenas descrevem os fenômenos da natureza – possuem finalidade teórica. Já os homens se submetem às leis da ética uma vez que elas estabelecem comportamentos que devam ser. 
70) Relacione dever jurídico e coação estatal.
A coação estatal poderá ser utilizada para garantir os preceitos do Direito quando o portador de um dever jurídico não o cumprir espontaneamente.
71) Por que se diz que a moral de consciência é unilateral?
Por que somente impõe deveres, perante ela ninguém tem o poder de exigir uma conduta de outrem.
72) Caracterize a obrigatoriedade dos convencionalismos sociais.
A obrigatoriedade dos convencionalismos sociais é restrita, pois eles não podem impor o cumprimento por meio de coação.
73) Em que sentido se pode dizer que a ciência jurídica interfere no seu objeto de estudo?
No sentido de que, quando interpreta, ela determina o sentido e o alcance contido no enunciado normativo – apontando o mais correto à luz dos valores sociais. A ciência jurídica interfere no seu objeto de estudo prescrevendo sobre ele.
74) Os preceitos da religião produzem deveres? Podem ser impostos independente da vontade das pessoas? Justifique.
Apesar de existirem deveres que influenciam uma moral religiosa, eles não podem ser impostos sem que haja uma adesão de consciência do próprio sujeito.
75) De que depende a validade das leis naturais e das leis éticas? Explique.
As leis naturais são consideradas válidas quando podem ser observadas e/ou comprovadas na realidade – seu critério de validade é a veracidade. Já para as leis da ética o critério de validade é o valor – a validade é decorrente principalmente da forma como é elaborada, se o processo ocorreu de acordo com o ordenamento jurídico.
76) Qual a função da coação estatal em relação ao direito?
Garantir o respeito aos preceitos do direito quando esses não forem cumpridos pelos sujeitos de forma espontânea.
77) As leis naturais interferem nos fenômenos aos quais ela serefere?
Não. As leis naturais são neutras a valores, elas apenas descrevem fenômenos constantes que ocorrem na natureza.
78) Por que se diz que a liberdade é pressuposto das leis éticas?
Porque as leis éticas por serem normas de conduta são direcionadas a seres que dispõem da possibilidade de escolha entre um caminho ou outro.
79) Como se produz o costume jurídico e qual seu papel em um sistema jurídico como o nosso?
Para que o costume alcance força jurídica, é necessário que reúna dois elementos, objetivo e subjetivo, e que exista reconhecimento estatal (expresso ou tácito). O papel do costume no nosso sistema jurídico é resolver lacunas existentes na legislação.
80) Em que consiste o direito positivo?
É o direito institucionalizado pelo Estado – a ordem jurídica obrigatória em determinado lugar e tempo, dotada de vigência
81) Em que consiste o direito natural?
Direito natural é o direito justo por definição e, por isso, intrinsecamente válido. É um direito espontâneo que se origina da própria natureza social do homem, é constituído por um conjunto de princípios de caráter universais, eterno e imutável.
82) Como se produzem as relações jurídicas?
A relação jurídica surge da relação entre as duas diferentes formas de atuação das normas jurídicas, que ao mesmo tempo em que impões dever jurídico a alguém, atribuem direito subjetivo a outrem.
83)Em nosso sistema jurídico, as demais fontes do direito podem contrariar a lei? Exemplifique.
Não. A lei ocupa o topo de uma hierarquia que deve ser respeitada. As chamadas fontes supletivas, como a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito só devem ser utilizados se houver lacuna na legislação
84) Dizer-se que uma norma jurídica é válida equivale a dizer que ela é eficaz
Não. A norma jurídica pode ser válida, ou seja, preencher todos os requisitos da elaboração das leis e mesmo assim não ser eficaz – não ser obedecida e não ter alcance social.

Continue navegando