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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA/FNDE
CURSO CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA – SISTEMA EDUCACENSO
EDUCACENSO 
Instrumento para visualizar a realidade escolar brasileira
João dos Santos Souza Aguiar
Josiane dos Santos Rossi
Letícia dos Santos Rossi
Grandes Rios, PR – 25 de agosto de 2017.
1 INTRODUÇÃO
 O Censo Escolar é um levantamento de dados estatístico-educacionais de âmbito nacional realizado todos os anos e coordenado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Conforme determina o art. 4º do Decreto nº 6.425/2008. A data de referência para as escolas informarem seus dados ao Censo Escolar constitui o Dia Nacional do Censo Escolar, que, de acordo com a Portaria nº 264, de 26 de março de 2007, é a última quarta-feira do mês de maio.
 No final de maio, o sistema educacional brasileiro encontra-se mais estabilizado e os dados verificados nessa data são considerados válidos e referenciais para aquele ano. Ele é feito com a colaboração das secretarias estaduais e municipais de Educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. 
Este Censo é tido como o principal instrumento de coleta de informações da educação básica, abrangendo as suas diferentes etapas e modalidades: ensino regular (educação infantil e ensinos fundamental e médio), educação especial e educação de jovens e adultos (EJA).
Por meio do Censo Escolar busca-se traçar um panorama nacional das escolas de educação básica. As informações coletadas permitem traçar um panorama nacional da educação básica, referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da educação.
Os dados do censo são ainda utilizados para o cálculo do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), indicador que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.
2 O CENSO ESCOLAR 
Em 1931, com a criação do Ministério da Educação e Saúde, foi adotado normas para a padronização e aperfeiçoamento de estatísticas da Educação Brasileira. As primeiras estatísticas educacionais obtidas foram publicadas em 1939 com dados de 1932. Isto corresponde ao embrião do que hoje denominamos “sinopse estatística”. A partir da Lei nº 378, em 1937, foi criado o serviço de estatística da educação e saúde. 
Em 1987, a realização do levantamento passou para a secretaria de planejamento (Seplan/MEC). O objetivo dessas mudanças no governo federal era uma aproximação com as unidades da federação, isso resultou na implantação de centros de estatísticas em todas as secretarias de educação do país. Estes centros estariam voltados especificamente para a operação, in loco, de rotinas relacionadas à obtenção de dados educacionais. 
Em 1995, acontece um novo processo de recuperação das estatísticas educacionais, com a elaboração do projeto de criação do SIED, que vem sendo desenvolvido, implantado, atualizado e aprimorado desde então. Antes o MEC era o responsável pela produção de estatística, mas o órgão estava desaparelhado e desprestigiado. Não havia instrumentos eficazes para garantir a precisão dos dados declarados (CENSO ESCOLAR, 2011).
Em um momento pós LDB 9394/96 e emenda constitucional 14/97, evidencia-se uma necessidade de um novo tipo de controle por parte do governo federal para a implantação de novas políticas. A partir da reestruturação da “sinopse estatística” e sua mudança em censo escolar há um maior conhecimento mais profundo por parte do governo federal do conjunto da educação brasileira. Porém, a realização e o financiamento da política educacional e dos programas são descentralizados, nos moldes de uma nova gestão alinhada com as novas diretrizes internacionais, presentes nos anos 1990.
No conjunto das mudanças estruturais e conjunturais da educação brasileira, nos quase dez anos de instituição da LDB de 1996, muitas experiências foram acumuladas na educação, principalmente na educação básica. Não só a educação brasileira passa por reformas, mas o caso do Estado de bem-estar europeu, a “queda do muro” e o neoliberalismo impuseram mudanças na educação da maioria dos países ocidentais, relativas à grande crise do capitalismo do século XX, nos anos 70-80. No Brasil, a reforma iniciada nos anos 80 tem seu auge nos anos 90.
O modelo de Regulação, apesar da polissemia do termo como destaca Barroso (2005), pode ser entendido no conjunto da reforma do Estado. Corresponde a uma mudança do controle direto e “a priori” sobre os processos, por um controle externo, “a posteriori” nos resultados. 
A partir de 1997, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) foi reestruturado e transformado no órgão responsável pelos levantamentos censitários e de avaliação da educação brasileira. De acordo com a Constituição Federal, Art. 208 §3º Compete ao poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência escolar. Já a LDB - Lei nº 9.394/96 Art. 5º §1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União: I – recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso. Art. 9º A União incumbir-se-á de: V – coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.
Com base na legislação vigente, anualmente, todas as escolas de educação básica que compõem os sistemas de educação nacional seja pública ou privada realizam em parcerias com as Secretarias de educação dos Estados e do Distrito Federal o censo escolar. Mais do que um instrumento para coletar dados é a partir dele que são estabelecidas as políticas de correção dos desequilíbrios regionais e de promoção da equidade na oferta do ensino público (DINIZ, 1999, p. 156).
Em cada unidade de ensino é o diretor ou alguém indicado por ele que disponibiliza os dados. Para acessar o sistema Educacenso o responsável pelo preenchimento do questionário do Censo Escolar é obrigado a declarar, sob as penas da lei, serem verdadeiras as informações prestadas, mediante assinatura e fornecimento do número do seu CPF. Diniz (1999) esclarece que:
A produção das estatísticas básicas da educação nacional, por meio da realização de levantamentos periódicos, de forma ágil e fidedigna, é o principal instrumento para auxiliar os atores envolvidos na definição e implementação da política educacional. É por meio dos censos educacionais que se busca garantir a utilização nesse processo, uma vez que se trata da fonte primária que alimenta o banco de dados do sistema integrado de informações educacionais (p, 156). 
São coletados dados referente à infraestrutura da escola, sobre o corpo docente, matrículas, jornada escolar, rendimento e movimento escolar, por nível, etapa e modalidade de ensino, dentre outros. Segundo informações disponíveis no site do INEP:
[....] Os dados censitários permitem acompanhar e avaliar o desenvolvimento dos sistemas de ensino em todo o País e são essenciais para a realização de análises e estudos comparados, subsidiando a formulação de políticas públicas para distribuição dos recursos. Um exemplo da sua aplicabilidade está no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb (Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007), quando é a base de dados oficial para o cálculo dos recursos a serem repassados aos estados e municípios. Os dados do Censo Escolar são a principal referência para a gestão de programas federais, tais como: Programa Nacional do Livro Didático – PNLD, Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNAT, Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, Programa de Informatização das Escolas – Proinfo entre outros.
O Censo Escolar abrange cerca de 56 milhões de alunos e 193 mil estabelecimentos de ensino dentre eles: creches, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação Profissionalnas modalidades Regular, Especial e Educação de Jovens e Adultos (EJA). No Brasil, isso assume uma importância ainda maior, em função do perfil descentralizado do nosso sistema educacional, marcado por profundas desigualdades regionais. (Diniz, 1999, p. 159). A partir das informações fornecidas pelo Censo Escolar o governo federal em parceria com secretárias de educação estabelece políticas de correção dos desequilíbrios regionais.
Os resultados obtidos no Censo Escolar sobre o rendimento (aprovação e reprovação) e movimento (abandono) escolar dos alunos do ensino Fundamental e Médio, juntamente com outras avaliações do Inep (Saeb e Prova Brasil), são utilizados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.
O Censo Escolar abrange cerca de 56 milhões de alunos e 193 mil estabelecimentos de ensino dentre eles: creches, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação Profissional nas modalidades Regular, Especial e Educação de Jovens e Adultos (EJA). No Brasil, isso assume uma importância ainda maior, em função do perfil descentralizado do nosso sistema educacional, marcado por profundas desigualdades regionais. (Diniz, 1999, p. 159). A partir das informações fornecidas pelo Censo Escolar o governo federal em parceria com secretárias de educação estabelece políticas de correção dos desequilíbrios regionais. Os resultados obtidos no Censo Escolar sobre o rendimento (aprovação e reprovação) e movimento (abandono) escolar dos alunos do ensino Fundamental e Médio, juntamente com outras avaliações do Inep (Saeb e Prova Brasil), são utilizados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Censo Escolar é mais relevante e abrangente levantamento estatístico sobre a educação básica no País. Os dados coletados constituem uma fonte completa de informações, utilizadas pelo Ministério da Educação (MEC) para a formulação de políticas e para o desenho de programas, bem como para a definição de critérios para a atuação supletiva do MEC – às escolas, aos estados e aos municípios. Também subsidia o cálculo de indicadores como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). 
O censo escolar é um levantamento detalhado de todas as informações relevantes sobre as estruturas do ensino básico brasileiro - educação infantil, ensino fundamental e médio - tanto público quanto privado.
São coletados dados sobre estabelecimentos, matrículas, funções docentes, movimento e rendimento escolar. As informações levantadas são organizadas em estatísticas que ajudam a traçar um panorama da educação nacional. Essas informações servem como base para o desenvolvimento de políticas públicas, metas e execução de programas na área educacional. Também são fundamentais para o planejamento e distribuição de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para os estados e municípios. 
Além disso, são utilizadas na elaboração da Saeb, Prova Brasil, e no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), usado como referência na elaboração das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.
Através do Censo Escolar pode identificar o grau de escolaridade dos pais comparando com as dificuldades de aprendizagem dos alunos, e para amenizar tal situação a escola pretende aderir junto aos órgãos competente implantando ”Brasil Alfabetizado” e Educação de Jovens e Adultos no turno noturno.
Através do censo fica claro que o governo federal dispõe de dados que permitem visualizar a realidade educacional brasileira. Como instrumento de regulação, o censo tem o papel de garantir informações e possibilitar ações e políticas públicas. Apesar das ações por parte da união, é no município e na escola que a educação básica materializa-se. Nos 5.564 municípios existem diferenças consideráveis, problemas que, em grande parte estão ligados à ausência de um financiamento equânime. 
Apesar de serem conhecidos os problemas, as ações por parte da união são focados nos resultados dos diferentes tipos de avaliação. Seja devido a descentralização e/ou a autonomia do ente federativo, as intervenções necessárias e possíveis no conjunto de um sistema educacional não são suficientes. Justamente, o que se coloca em discussão é se já se constituíram ferramentas de análise e controle, que tipo de intervenção a União poderá fazer, que considere o pacto federativo e de que forma estes dados possam ser disponibilizados para cada escola. 
Por meio desta pesquisa foi possível perceber o quando esta ferramenta educativa tem sido pouco divulgada nos espaços escolares, uma vez que os dados disponíveis ficam restritos as secretarias de educação e aos gestores das escolas. É preciso que o município em parceria com o Inep estabeleça ações que permita que todos os atores envolvidos no processo educacional tenha ciência da realidade de suas escolas, e assim, articulem ações para que de fato aconteça uma gestão democrática e tenhamos uma educação pública com mais qualidade e transparência.
4 REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2.ed. São Paulo: Moderna, 1996.
CARTILHA MÓDULO SITUAÇÃO DO ALUNO. Brasília DF: INEP 2014. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/educacenso/educacenso>. Acesso em: 19 de agosto de 2017.
CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CADERNO DE INSTRUÇÕES. Brasília DF: INEP 2014. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-questionarios>. Acesso em: 22 de agosto 2017.
COSTA, Valeriano. Federalismo. In: AVELAR, L.; CINTRA, A,O (Org). Sistema Político Brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer – Stiftung; São Paulo: Fundação Unesp Ed., 2004.(p. 173 a 184). 
CURY, Carlos Roberto Jamil. Ideologia e educação brasileira. 3. Ed. São Paulo: Cortes/Autores Associados,1986.
DINIZ, Ednar Maria Vieira. O Censo Escolar. RBEP, Brasília, v.80, n. 194, p. 156-163. 1999.
OLIVEIRA, Dalila Andrade. Das políticas de governo à política de estado: reflexões sobre a atual agenda educacional brasileira. Educ. Soc., Campinas, v. 32, n. 115, p. 323-337, abr.-jun. 2011.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil: (1930/1973). 31. ed. Petrópolis/ RJ: Vozes, 2007.
SARDENBERG, Carlos Alberto. Um avanço importante. Exame, São Paulo, ano 37, n. 17, p.24-25, 20 de ago.2003.

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