Manual para Elaboração de Resumos e Resenhas

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FACULDADES INTEGRADAS DE CARATINGA
CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE TCC E PESQUISA/FIC
MANUAL À CONFECÇÃO DE RESUMOS E RESENHAS
Prof. Msc. Eder Marques de Azevedo
Coord. Núcleo de TCC e Pesquisa/FIC
Caratinga, 2011
SEÇÃO I – COMO ELABORAR RESUMOS
Deve-se considerar a existência de duas espécies de resenhas, a saber: o “resumo” e a “resenha-crítica”. 
No tocante ao “RESUMO” propriamente dito, é também conhecido como “RESENHA-RESUMO”, consistindo na elaboração de texto limitado a resumir o conteúdo de um livro na íntegra, ou de um único capítulo (ou mesmo mais de um capítulo), ou de um filme, ou poesia, ou matéria jornalística, ou, ainda, espetáculo de qualquer natureza (circense, teatral, cultural, dentre outros em que se possa extrair conteúdo de teor científico). Portanto, é uma simples síntese do assunto abordado no texto sob análise. 
Não cabe nessa modalidade de resenha espaço para apontamento de qualquer forma de crítica ou juízo pessoal de valor. Refere-se a uma forma de texto meramente informativo, cuja finalidade única é a informação, em síntese, sobre o conteúdo tratado ao leitor. Refere-se, nesse sentido, a uma sinopse contendo as principais idéias da obra, conforme seleção feita pelo resumista.
Quando se tratar de obra escrita, o “resumo” ou “resenha-resumo” pode ser elaborado com um único título (nesse caso, deve-se manter o título do próprio livro ou do capítulo de livro objeto do resumo), mas também se admite a sua divisão em subtítulos, de acordo com os tópicos que subdividirem determinado capítulo de um mesmo livro. 
Para efeitos didáticos, o “resumo” deve se revestir dos seguintes elementos:
Capa e folha de rosto (elementos pré-textuais);
Introdução;
Resumo (ou breve síntese do conteúdo) 
Conclusão
Referência bibliográfica. 
A seguir, vide modelo de capa e folha de rosto de resumo:
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DISCIPLINA: (ACRESCENTAR)
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FULANO DE TAL (NOME DO ALUNO)
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RESUMO
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Caratinga, 2010
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FULANO DE TAL (NOME DO ALUNO) 
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TÍTULO DO LIVRO OU DO CAPÍTULO:
 Objeto do resumo
(tamanho de letra 18 e em caixa alta. Se houver subtítulo, iniciar com dois pontos, espaço simples nas entrelinhas e colocar na linha inferior e em caixa baixa, tal como no exemplo acima. Ao final de títulos ou subtítulos não deve conter ponto final) (Saltar 4 espaços no Enter)
Resumo apresentado pelo(a) acadêmico(a) (acrescentar nome), como requisito parcial para a sua aprovação na disciplina (acrescentar nome), ministrada pelo(a) professor(a) (acrescentar nome completo). (recuo 8cm)
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Caratinga, 2011
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1º) INTRODUÇÃO – é necessário conter uma simples apresentação do objeto e conteúdo objeto do resumo, não podendo haver citações e referências bibliográficas. Veja a seguir um exemplo de Introdução:
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo discutir a importância do instituto da concessão especial para fins de moradia na seara do Direito Administrativo, tendo em vista a necessidade de cumprimento da função social da propriedade, inclusive dos bens públicos. 
Nesse sentido, o resumo em comento explorará a concepção de Fulano de Tal, em sua obra “Direito Administrativo”, no capítulo XXX, intitulado “Nome do Capítulo”, viabilizando a reflexão sobre a contribuição estatal no tocante ao fomento do próprio direito fundamental social à moradia.
2º) RESUMO – deflagra-se como uma breve síntese descritiva do conteúdo do texto em análise (obra completa ou parcial, em se tratando de capítulo específico). Considera-se, portanto, o cerne da resenha-resumo, ficando facultativo a utilização de citações, conquanto as mesmas sejam contextualizadas e explicadas.
Deve haver a inclusão, de forma ampla e sucinta, dos assuntos mais fundamentais contidos no texto. De sorte, o resumo pode ser elaborado num só texto, sem a divisão em subtítulos, mencionando os fatos ou idéias principais do objeto de discussão. Também pode ser elaborado por meio da subdivisão em títulos e subtítulos, a critério do próprio resumista. Diferente da resenha crítica, ficam dispensadas as críticas pessoais. Para orientar a confecção do resumo, recomenda-se a menção a alguma citação direta do texto, conquanto a mesma seja contextualizada, tendo seu significado explicado pelo resumista.
3º) CONCLUSÃO – breve síntese destacando qual a contribuição do resumo para o conhecimento do resumista.
Nesse sentido, a conclusão deve promover o encerramento do trabalho, de forma breve e objetiva, fazendo sucinta reflexão sobre as discussões, principais pontos e objetivos abordados anteriormente. O resumista pode expor seu ponto de vista, conquanto o faça de modo impessoal. Não obstante, não cabe fazer qualquer tipo de citação (nem a conseqüente referência bibliográfica). 
4º) REFERÊNCIA - apontar a referência bibliográfica do livro ou especificar em se tratando de capítulo específico de livro o objeto do resumo.
Exemplos:
* No caso de obra inteira:
TAL, Fulano. Nome do livro. Local de impressão: nome da editora, ano.
* No caso de capítulo de obra:
** No caso de capítulo de livro, terminar acrescentando vírgula e as páginas do capítulo.
TAL, Fulano. Nome do capítulo.� In: TAL, Fulano.� Nome do livro.� Local de impressão: nome da editora, ano, p. xx - xx. 
SEÇÃO II – COMO ELABORAR RESENHAS
2.1 Resenha-crítica
A “RESENHA” propriamente dita, também conhecida como “RESENHA-CRÍTICA”, consiste na elaboração de texto que resume o objeto, realiza avaliação crítica sobre o mesmo, apontando a crítica do resenhista, de modo a identificar os argumentos contrários e favoráveis. Refere-se, desse modo, a uma espécie de texto de natureza informativa mesclada com críticas pessoais sobre a temática abordada. Portanto, não se trata de texto meramente descritivo como ocorre na modalidade anterior (Resenha-resumo). 
Sendo assim, consiste na apresentação do conteúdo de uma obra, incluindo leitura, resumo e crítica, exigindo do resenhista o esboço de seu conceito pessoal sobre o valor ou contribuição de livro objeto de investigação (juízo crítico).
Por isso, a resenha consiste no exercício de compreensão e crítica: 
O resenhista deve resumir o assunto e ressaltar as falhas, sem entrar em muitos pormenores, pois o seu objetivo é informar. Deve ter competência no assunto, mas isso não lhe dá o direito de fazer juízo de valor ou de deturpar o pensamento do autor.�
A resenha deve conter a seguinte estrutura:
Capa e folha de rosto (elementos pré-textuais);
Título da obra ou do capítulo específico de análise, constando, também, o nome da obra; 
Referência bibliográfica; 
Notas sobre o autor da obra a ser objeto da resenha; 
Resumo (ou breve síntese do conteúdo) 
Avaliação crítica 
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RESENHA
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TÍTULO DO LIVRO OU DO CAPÍTULO:
 Objeto da resenha
(tamanho de letra 18 e em caixa alta. Se houver subtítulo, iniciar com dois pontos, espaço simples nas entrelinhas e colocar na linha inferior e em caixa baixa, tal como no exemplo acima. Ao final de títulos ou subtítulos não deve conter ponto final) (Saltar 4 espaços no Enter)
Resenha crítica apresentada pelo(a) acadêmico(a) (acrescentar nome), como requisito parcial para a sua aprovação na disciplina (acrescentar nome), ministrada pelo(a) professor(a) (acrescentar nome completo). (recuo 8cm)
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Caratinga, 2011
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1º) TÍTULO DA RESENHA – assim como deve operar em todo o trabalho científico, a resenha deve ser iniciada por meio do apontamento do título da obra ou do capítulo mais a obra a qual o mesmo pertença. Incluir também a menção a subtítulos, caso os mesmos existam. 
     
2º) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA – inicia-se a resenha por meio de menção integrada da referência da obra, seja ela completa (se a resenha será feita sobre o livro inteiro), seja apenas de um capítulo do livro. 
Sendo assim, deve constar na referência bibliográfica:
Nome do autor 
Título da obra 
Nome da editora 
Lugar da publicação 
Data da publicação 
Número de páginas (elemento facultativo, pois às vezes não consta essa informação, considerando o número total de páginas da obra).
Nesse caso, a referência deve ser feita da seguinte forma, conforme se observa no modelo abaixo: 
* No caso de obra inteira:
TAL, Fulano. Nome do livro. Local de impressão: nome da editora, ano.
* No caso de capítulo de obra:
** No caso de capítulo de livro, terminar acrescentando vírgula e as páginas do capítulo.
TAL, Fulano. Nome do capítulo.� In: TAL, Fulano.� Nome do livro.� Local de impressão: nome da editora, ano, p. xx - xx. 
3º) NOTAS SOBRE O AUTOR – abaixo das referências, deve-se constar as credenciais do autor. Trata-se de dados bibliográficos sobre o autor da obra a ser objeto da resenha. Esse tópico exige do resenhista a menção a informações gerais sobre o autor, contendo o tipo de formação (mini-currículo, destacando a especialização, mestrado ou doutorado em qual área), quando foi feita a obra, porque foi feita, em que local e, se possível identificar, qual a linha ou corrente doutrinária/científica em que o mesmo se filia.
4º) RESUMO – constitui-se uma breve síntese do conteúdo, devendo incluir, de modo geral e sucinto, a abordagem essencial contida no texto. O resumo pode concatenar, num só texto, sem a divisão em títulos ou subtítulos, os fatos ou idéias principais do objeto da própria resenha. O resumo também pode ser feito de acordo com a ordem dos fatos ou das partes dos capítulos, sendo subdivido em títulos e subtítulos. 
Não deve conter críticas pessoais, nem nada além da própria síntese do texto. Para orientar a confecção do resumo, recomenda-se a menção a alguma citação direta do texto, conquanto a mesma seja contextualizada, tendo seu significado explicado pelo resenhista.
5º) AVALIAÇÃO CRÍTICA – consiste no apontamento de crítica pessoal do resenhista acerca da importância do texto e do pensamento defendido pelo autor, destacando, se possível, os prós e contras no que tange à corrente defendida no texto.
Não se deve valer de citações, sejam elas diretas ou indiretas, mas apenas do juízo crítico-valorativo do resenhista sobre o objeto da resenha em si, sem que se perca a formalidade do texto científico. Toda argumentação é constituída por elementos lingüísticos que buscam a promoção da persuasão como poder do convencimento. 
A lógica da argumentação jurídica pressupõe a existência de verdades relativas que, devido a isso, admitem opiniões adversas. Isso deve ser considerado no momento da confecção da crítica da resenha. Por isso, não se deve valer de linguagem radical no tocante ao posicionamento assumido na crítica da resenha, pois a manifestação da agressividade no texto distorce os propósitos da análise científica (sujeição à crítica). Nesse sentido, é importante evitar melhorias na argumentação pela via de distorções, desdém ou ridicularização de argumentos contrários ao do autor da obra objeto da resenha.
2.2 Resenha de filmes
A resenha de um filme deve conter os seguintes elementos estruturais:
Capa ou folha de rosto (elemento pré-textual);
Título do filme;
Ficha técnica;
Resumo do filme;
Resenha;
Conclusão
Referências
 Comecemos seguindo o modelo para a elaboração da capa/ folha de rosto.
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RESENHA
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NOME DO FILME:
 Subtítulo (em caso de existência)
(tamanho de letra 18 e em caixa alta. Se houver subtítulo, iniciar com dois pontos, espaço simples nas entrelinhas e colocar na linha inferior e em caixa baixa, tal como no exemplo acima. Ao final de títulos ou subtítulos não deve conter ponto final) (Saltar 4 espaços no Enter)
Resenha apresentada pelo(a) acadêmico(a) (acrescentar nome), como requisito parcial para a sua aprovação na disciplina (acrescentar nome), ministrada pelo(a) professor(a) (acrescentar nome completo). (recuo 8cm)
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(local e ano em caixa baixa e letra tamanho 12)
1º) TÍTULO DO FILME – a capa da resenha deve ser apresentada com o título do filme e, se existir, seu subtítulo.
2º) FICHA TÉCNICA – após o apontamento da capa, deve se iniciar o corpo do texto da resenha por meio da apresentação de ficha técnica, a qual deve conter os seguintes elementos, tal como se expressa no modelo/exemplo destacado logo abaixo:
Título do filme: O SORRISO DE MONA LISA (Mona Lisa Smile, EUA 2003)
Direção: Mike Newell
Elenco: Julia Roberts, Dominic West, Kirsten Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal, 117 min., Columbia Pictures
Roteiro: Lawrence Konner, Mark Rosenthal
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 117 minutos
Tipo: Longa
3º) RESUMO DO FILME – breve síntese do filme, podendo ser utilizado o resumo oficial apontado pela produtora, o qual vem destacado no encarte.
4º) RESENHA – nesse momento deve-se elaborar a resenha crítica propriamente dita, com a abordagem da crítica pessoal do resenhista acerca da importância do filme e sua relação com o tema de estudo objeto de análise. É importante destacar, se possível, os prós e contras no que tange à corrente defendida no filme, sempre relacionando com o curso e disciplina respectivos. Portanto, é fundamental a emissão de juízo crítico-valorativo do resenhista sobre o objeto da resenha em si, sem que se perca a relação com momentos do filme que abordem, ainda que subliminarmente, o assunto referente à análise.
5º) CONCLUSÃO – é necessário associar o conteúdo do filme e sua contribuição quanto ao tema de análise. Para tanto, é indispensável apresentar abordagemprópria de quais pontos foram centrais na discussão do trabalho, resgatando as críticas mais importantes. 
Não há que se lançar dados não mencionados ao longo do corpo da resenha. De igual modo, não cabem citações, diretas ou indiretas, mesmo em nota de rodapé, na conclusão da resenha. É momento de emancipação acadêmica, permitindo ao discente a exposição de tudo aquilo aprendido no decorrer de sua análise, sempre mantendo a impessoalidade no texto.
6º) REFERÊNCIAS – apontar a referência do filme, bem como de quaisquer outras obras (ainda que bibliográficas) utilizadas para a confecção da resenha.
REFERÊNCIAS
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 4. ed., rev. e atual. São Paulo: Atlas, 1999.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL. Guia de Produção Textual. Disponível em: http//wwwlpucrs/gpt/resenha.php.
� Sem negrito ou itálico.
� Repetir o mesmo nome se a obra estiver em nome do próprio autor do capítulo – caso contrário, constar o nome do autor principal.
� Em negrito ou itálico.
� MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 4. ed., rev. e atual. São Paulo: Atlas, 1999, p. 237.
� Sem negrito ou itálico.
� Repetir o mesmo nome se a obra estiver em nome do próprio autor do capítulo – caso contrário, constar o nome do autor principal.
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