Embargos à Execução: Defesa do Executado

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PROCESSO DE EXECUÇÃO
Profª. Schirleni Ristow 
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DEFESA DO EXECUTADO:
 
 	Para Vicente Greco Filho[1], os Embargos, na versão original do Código de Processo Civil, eram a defesa geral do executado, podendo tratar de diversas matérias conforme tratar-se de execução de título judicial ou extrajudicial.
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EMBARGOS
Uma das peculiaridades do regime antigo dos embargos à execução era a “prévia segurança do juízo”.
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Com o advento da Lei n. 11.232/2005 criou-se a figura da impugnação (art. 475-L e 475-M), sendo este o instituto processual pelo qual o executado questiona o “cumprimento de sentença” (art.513, NCPC) .
Preservando-se os embargos à execução apenas para discutir sobre o título executivo extrajudicial.
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NATUREZA JURÍDICA
Uma ação incidental à execução e não somente uma mera resposta do executado com funções análogas à da contestação existente no processo de conhecimento.
 E está condicionada ao término através de uma sentença.
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Portanto, vislumbra-se a impossibilidade de qualquer discussão ou contraditório sobre o mérito, ou mesmo quanto à relação processual executiva.
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CLASSIFICAÇÃO DOS EMBARGOS
Podem ser divididos em: 
1) embargos ao direito de execução (ou embargos de mérito): são os que destinam-se a impugnar, ao credor, o direito de propor a execução forçada (ex. Hipóteses de pagamento, novação, ou remissão da dívida);
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2) embargos aos atos de execução (rito ou de forma): é contestado, pelo devedor, a regularidade formal do título, da citação, ou de algum ato sucessivo do processo, ou sua oportunidade.
E estes por sua vez se subdividem em: a) embargos de ordem; e b) embargos elisivos, supressivos ou modificativos.
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EMBARGOS DE ORDEM
Destinam-se a anulação do processo, atacando a impropriedade formal, incapacidade postulatória, inexistência do título, etc.
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EMBARGOS ELISIVOS, SUPRESSIVOS OU MODIFICATIVOS. 
Tratam-se do benefício de ordem, da impenhorabilidade, direito de retenção etc.
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EMBARGOS DE ORDEM X EMBARGOS ELISIVOS, SUPRESSIVOS OU MODIFICATIVOS
 Apenas a sentença dos embargos de mérito faz coisa julgada material, ao passo que os embargos de rito ou forma apenas fazem coisa julgada formal.
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COMPETENCIA 
Quando tratar-se de embargos de mérito, o juízo competente para julgamento será o da execução.
Já quando tratar-se de embargos de rito ou forma, ter-se-á como competente o juízo deprecado, quando for o caso (vícios ou defeitos da penhora avaliação ou alienação dos bens).
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Os embargos oponíveis à execução podem ser:
a) Embargos do devedor (arts. 736 a 747, CPC – art. 914 a 917 NCPC); e
b) Embargos de terceiro (arts. 1.046 a 1.054,CPC – art. 674 a 680 NCPC).
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Os embargos do devedor, outrossim, acham-se subdivididos, por especialização procedimental, em três tipos diferentes:
a) Embargos à execução contra a Fazenda Pública (arts. 741 a 743 , CPC – art. 535 E 917, §2º NCPC);
b) Embargos à execução (título extrajudicial) (arts. 745 e 745-A, CPC – art. 916 e 917 NCPC); e
c) Embargos à adjudicação, alienação ou arrematação (art. 746,CPC – art. 675 NCPC)
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A lei dividiu os embargos:
1) o momento em que devam ser propostos:
	
	à execução, ou de primeira fase (oponíveis tão logo o executado, uma vez citado, ingresse na relação processual);
			 ou de segunda fase (embargos à arrematação, ou adjudicação)
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2) a matéria que, diante da autoridade do título executivo, possam veicular.
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	art. 745 do CPC = 917, NCPC
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EMBARGOS
PRAZO de 15 dias: contados da juntada do mandado nos autos ( art. 231, NCPC)
LEGITIMIDADE ?
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Os embargos à execução por tratar-se de nova ação, sujeitar-se-á à distribuição, registro e autuação próprios, conforme os artigos 166 (206, NCPC) e 251 (284, NCPC ) e autuados em apartado aos autos do processo principal (art. 914,§1º NCPC)
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Do mesmo modo que deverão os embargos obedecer a todos os requisitos da petição inicial (art. 282 do CPC), sob pena de rejeição liminar.
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Um detalhe quanto a atribuição ao valor da causa dos embargos, é que nem sempre o valor da causa dos embargos será o mesmo da ação principal executiva. Isto, pois, quando requerer, o embargante, a redução da dívida, por exemplo, deverá corresponder ao montante da diferença a ser discutida.
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EMBARGOS
O pedido de citação do embargado, por sua vez, deverá ser substituído pelo pedido de intimação, tendo em vista já ter advogado constituído nos autos.
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Apresentados os embargos, estes devem receber despacho liminar de recebimento ou rejeição.
* Cabe Apelação, sem efeito suspensivo (art.520, V, CPC – art. 1.012,§1º, III, NCPC)
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Recebidos os embargos, o credor será intimado a apresentar sua resposta no prazo de quinze dias, nos termo do art. 740 do CPC = art.920, NCPC.
Caso o exequente não o faça não se presumirá a veracidade dos fatos alegados ou se promoverá o julgamento antecipado da lide (aquilo que não contrariar o constante no título executivo).
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EFEITO DOS EMBARGOS
Via de regra, não terão, os Embargos à Execução, efeito suspensivo, conforme dispões o artigo 739-A, caput, do CPC = art.919, NCPC.
Exceção = §1º, art. 919, NCPC