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Trabalho de Responsabilidade Solidária

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O presente estudo visa abordar o Recurso Especial n.º 577.902/DF, que, em apertada síntese, entendeu pela existência da responsabilidade solidária da locadora de veículo nos casos em que o locatário agir de maneira culposa, que não poderá ser elidida mediante cláusula consignada.
Aplicam-se, neste particular, os termos da Súmula n.º 492, do Supremo Tribunal Federal. Neste contexto, é importante enfatizar que a Súmula n.º 492, do Supremo Tribunal Federal, estabelece que "A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado”.
Portanto, o proprietário do veículo responderá de maneira objetiva e solidária pela reparação do ano, eis que atua de maneira a criar os riscos.
Nota-se, portanto, que na questão da locação de veículos o Direito Civil Brasileiro contemplou a Teoria do Risco, que, vem responsabilizando aqueles que não possuem culpa quanto ao dano, mas colocou em prática uma atividade empresarial na qual se podem notar os riscos que a mesma pode ocasionar a terceiros inocentes.
Além de que a responsabilidade civil, que decorre da Teoria do Risco, justifica-se na medida em que o exercício de determinada atividade irá ocasionar danos a pessoas que não estão contempladas na relação jurídica, bem como nos casos em que da atividade empresária o indivíduo esteja retirando determinado proveito.
É importante ressaltar que desde o advento da Súmula n.º 492, do Supremo Tribunal Federal, foi forçosa a iniciativa do Poder Legislativo, com vistas a minimizar a responsabilidade do locatário, que somente entraria em cena quando houvesse culpa ou dolo. Assim, a iniciativa se respaldava na inclusão de um parágrafo no artigo 566, do Código Civil, dispondo a respeito do tema. Todavia, o aludido projeto foi vetado pela Ex Presidente Dilma Rousseff, eis que tenderia a ocasionar ônus excessivo para terceiros estranhos à relação locador X locatário, consoante Correio Braziliense (2015).
Sendo assim, levando-se em consideração o risco que fora criado perante terceiros, que nada tem a ver com a relação entre locador X locatário, eis que o veículo é um instrumento propício a causar danos a outrem, sem se olvidar que o locatário está tirando proveito econômico da situação, nada mais plausível que o mesmo passe a responder de maneira solidária com aquele que ocasionou os danos, isto é, a obrigação será partilhada entre os envolvidos, não sendo necessário perquirir dolo ou culpa.

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