Relatório 01 (prática mecânica dos solos) - ANÁLISE TÁTIL-VISUAL DOS SOLOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – CAMPUS RIO PARANAÍBA
ENGENHARIA CIVIL
LORENA LOPES RESENDE – 4693
PRÁTICA 01
ANÁLISE TÁTIL-VISUAL DOS SOLOS
Rio Paranaíba – MG
2018
LORENA LOPES RESENDE – 4693
PRÁTICA 01
ANÁLISE TÁTIL-VISUAL DOS SOLOS
Relatório apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba com o objetivo parcial para aprovação da disciplina de Mecânica dos Solos I.
Professor: Ana Luiza Ferreira Costa Mendes.
 Rio Paranaíba – MG
2018
INTRODUÇÃO
Análise tátil-visual de um solo consiste na classificação desse material usando os sentidos de tato e visão. 
No dia 15 de março de 2018, foi realizado alguns testes táteis-visuais no laboratório do curso de engenharia civil da Universidade Federal de Viçosa – campus Rio Paranaíba, com uma amostra retirada nas proximidades, onde foi possível fazer alguns testes táteis-visuais e classificar duas amostras. 
Definições/ Revisão bibliográfica
O tamanho e a composição das partículas do solo são bem variadas. Não temos controle na sua formação, diferente do aço e do concreto que possuem uma certa homogeneidade. Sendo assim, podemos classificar os solos também pela dimensão de seu grão, a chamada granulometria dos solos. Há várias tabelas de classificação granulométrica, como por exemplo a do MIT, USDA, AASHTOO, entre outras. Essa granulometria ajuda a classificar o tipo de solo como pedregulho, areia (grossa, média e fina), silte e argila. 
A análise tátil-visual é uma maneira viável e na maioria das vezes adaptável para sua necessidade de classificação granulométrica. Esses testes podem tanto serem feitos em laboratório, quanto in situ (no lugar onde a amostra foi retirada). Para um resultado mais preciso é necessário um técnico experiente e bem treinado, que tenha prática nesse procedimento. 
Para auxílio dessa classificação feita com testes táteis-visuais a NBR 7250 – NBR 617 “fixa as condições exigíveis para a identificação e formulação da nomenclatura descritiva de amostras de solos obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos solos para fins de engenharia civil, baseadas em exames tátil - visuais e cuja finalidade é a apresentação de perfis geotécnicos”.
OBJETIVO
O objetivo dessa prática é estabelecer a granulometria de duas amostras de solo (ambas retiradas próximo ao laboratório, tendo a segunda amostra adição de areia) através de testes táteis-visuais.
COLETA E PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA
A amostra de solo foi retirada a sudoeste do laboratório, com o auxílio de uma enxada. Um dos alunos escavou a parte superficial do solo e a dispensou, assim, retirando como amostra uma porção mais profunda do solo, para obter a granulometria correta e não de alguma partícula ou matéria orgânica encontrada na superfície desse solo. Com uma colher de pedreiro, o solo já separado com a enxada, foi reservado em uma bandeja e levado até o laboratório. 
No laboratório separou esse solo da bandeja em duas amostras. A Amostra 1 era unicamente composta pelo solo retirado pelos alunos. A Amostra 2 continha o solo da Amostra 1 mais areia, que foi adicionado para obter-se um paralelo dos resultados com a Amostra 1.
MATERIAL E MÉTODOs DE DETERMINAÇÃO
4.1- Materiais utilizados 
Para realização do ensaio utilizamos os seguintes materiais:
Bandeja;
Piseta;
Proveta;
Enxada; e
Colher de pedreiro.
Definição, descrição e discussão do método de determinação
1⁰ TESTE: Tátil 
Consiste em classificar a amostra apenas friccionando o solo nas mão com um pouco de água. Sua classificação é dada pela sensação tátil oferecida pelo solo. Os pedregulhos geralmente podem ser identificados a olho nu, a areia pode ser identificada através da sensação tátil de pequenos grãos pontiagudos, e o silte e a argila são mais difíceis te se obter uma classificação com apena um teste. Usualmente o silte é um grão bem pequeno, não pontiagudo, e a argila se assemelha a uma farinha. 
2⁰ TESTE: Lavar as mãos 
Faz-se um pasta com o solo (solo + água) nas mãos, atrita-se uma na outra na intenção de suja-las. Lava-se as mãos com água corrente. Sua classificação é dada pela discrição da dificuldade de remoção dessa pasta. Quanto mais difícil a limpeza da pele, menor a granulometria do grão.
3⁰ TESTE: Torrão na água
Encontra-se algum torrão na amostra (pedaço de solo relativamente endurecido), e o mergulhe em um recipiente contendo um pouco de água. Sua classificação é feita de acordo com a velocidade de desagregação desse torrão. Quanto mais rápido essa desintegração maior é a sua granulometria. 
4⁰ TESTE: Dispersão em água
Fricciona um pouco de solos nas mãos (para desfazer possíveis torrões) e o despeja em uma proveta cheia d’água. Sua classificação é dada de acordo com a velocidade de dispersão do solo. Quanto mais rápida sua dispersão, maior é a sua granulometria.
5⁰ TESTE: "Shaking Test" 
Adiciona-se água a uma porção de solo, de forma a saturá-lo, tornando a amostra macia, mas não pegajosa. Coloca-se a pasta em uma das mãos fazendo uma concha, e com golpes aplicados com a outra mão provocam-se vibrações na pasta de solo. Aperta-se depois a pasta entre os dedos. Se surgir água na superfície da pasta durante a vibração, e ela desaparecer ao se apertar a pasta, tem-se uma reação positiva. A reação é rápida se a água aparece e desaparece rapidamente, lenta se água aparece e desaparece lentamente e negativa quando as condições acima não se verificam. Um silte apresenta, geralmente, reação rápida, enquanto uma argila reage negativamente.
6⁰ TESTE: Resistência a seco
Tomar uma porção de solo, umedecê-la e remoldá-la, formando uma esfera. Deixa-la secar, esmagando-a e reduzindo-a a pó entre os dedos após secagem total. A resistência a seco é dita pequena se a amostra é facilmente reduzida a pó; média se for necessária uma considerável pressão nos dedos, e elevada se essa operação for impossível. Argilas têm uma resistência que vai de média à elevada e os siltes, de pequena à média. 
Procedimentos para a realização do método
1⁰ TESTE: Tátil 
Passo 1- Colocar uma pequena porção de solo nas mãos;
Passo 2- Com uma piseta, acrescenta-se um pouco de água nesse solo, de forma a aumentar a plasticidade do material facilitando o manuseio;
Passo 3 - Friccionar uma mão na outra e sentir as partículas de solo;
Passo 4 - Descrever a sensação e classificar.
2⁰ TESTE: Lavar as mãos 
Passo 1- Colocar uma pequena porção de solo nas mãos;
Passo 2 - Com uma piseta, acrescenta-se um pouco de água nesse solo, formando uma pasta na intenção de sujar bem as mãos;
Passo 3 - Friccionar uma mão na outra;
Passo 4 - Lavar as mão em água corrente;
Passo 5 - Descrever a dificuldade de limpar as mãos e classificar.
3⁰ TESTE: Torrão na água
Passo 1 - Encontrar algum torrão na amostra de solo;
Passo 2 - Encher algum recipiente (pode ser um copo plástico por exemplo) com água;
Passo 3 - Inserir esse torrão no recipiente contendo água;
Passo 4 - Analisar o tempo gasto para a desintegração desse torrão e classificar. 
4⁰ TESTE: Dispersão em água
Passo 1 - Pegar uma porção de solo e desfaça todos os pequenos torrões ali contidos;
Passo 2 - Encha uma proveta com água;
Passo 3 - Insira esse solo sem torrões na proveta;
Passo 4 - Analisar o tempo gasto para as partículas descerem na proveta, a tonalidade da água e classificar.
5⁰ TESTE: "Shaking Test" 
Passo 1 - Pegar uma porção de solo, coloque sobre a mão fazendo um formato de concha;
Passo 2 - Adicionar água nesse solo de forma a saturá-lo;
Passo 3 - Com golpes aplicados com a outra mão provoca-se vibrações na pasta de solo;
Passo 4 – Classificar de acordo com a velocidade com que a água aparece e desaparece da superfície do solo.
6⁰ TESTE: Resistência a seco
Passo 1 – Pegar uma porção de solo;
Passo 2 – Adicionar água;
Passo 3 – Moldar o solo em formato de uma esfera;
Passo 4 – Deixarsecar;
Passo 5 – Classificar de acordo com a resistência oferecida quando a amostra está completamente seca.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1⁰ TESTE: Tátil 
Amostra 1: Como esse teste é classificado pela sensação tátil proporcionada, foi feita duas vezes com duas pessoas diferentes, em ambas as amostras. Na Amostra 1, o primeiro aluno descreveu como argila, já o segundo como silte.
Amostra 2: Na segunda amostra era fácil a identificação da areia somente com o visual, e sua quantidade sobressaia. Foi unanime a opinião de um solo arenoso.
 
2⁰ TESTE: Lavar as mãos 
Amostra 1: Apresentou uma certa facilidade na retirada do material das mãos, mas foi necessário um pouco de esforço, sendo assim classificado como silte.
Amostra 2: Apresentou grande facilidade de remoção. Concluímos que seria predominante a presença de areia. 
3⁰ TESTE: Torrão na água
Amostra 1: O torrão não ficou totalmente imerso na água. A Amostra 1 se desintegrou muito pouco apesar do tempo esperado e do movimento agitando o recipiente. Isso caracteriza um solo siltoso.
Amostra 2: O torrão se desfez rapidamente, apesar de terem sido colocados dois torrões dentro de um mesmo recipiente. Classificado como arenoso. 
4⁰ TESTE: Dispersão em água
Amostra 1: O torrão da Amostra 1 teve uma degradação mais lenta deixando água com um aspecto de água suja. Concluímos que a granulometria predominante seria a de um solo siltoso.
Amostra 2: Sedimentou mais rapidamente e água ficou mais clara, mesmo sendo adicionado mais solo após um determinado tempo. Classificamos como arenoso.
5⁰ TESTE: "Shaking Test" 
Amostra 1: Após algumas batidas de mão, o aluno que estava executando o procedimento abriu a mão e o solo se fraturou muito pouco, caracterizando um solo siltoso.
Amostra 2: Ao se repetir o procedimento com a amostra 2 ela se desintegrou rapidamente com muitas fraturas, caracterizando um solo arenoso.
6⁰ TESTE: Resistência a seco
Amostra 1: Na primeira amostra é esperado que ao pressionar as esferas moldadas, ela apresente uma certa resistência e esfarele de forma pulverizada, comprovando ser um solo siltoso.
Amostra 2: Na segunda amostra é esperado que ao pressionar as esferas moldadas, ela não tenha resistência e se desfaça rapidamente, concluído ser um solo arenoso. 
 
CONCLUSÃO
Os resultados dos testes táteis-visuais podem ser obtidos com muita agilidade, mas seus resultados são menos precisos, caso a pessoa que está coordenando os ensaios não tenha prática ou um bom conhecimento do solo da região analisada. São baratos, e tem a vantagem serem efetuados in situ ou no laboratório.
 Após todos os resultados obtidos com os testes efetuados no laboratório no dia 15 de março de 2018, temos como conclusão da granulometria de cada amostra. A Amostra 1 apresentou características de um solo de predominância siltosa em quase todos os testes, já a Amostra 2 apresentou sua maior parte como um solo arenoso. 
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR-7250 – Identificação e descrição de amostras de solo obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos solos (1982).
BARROS, José Maria, 2000. Disponível em: <http://piniweb17.pini.com.br/construcao/noticias/gostaria-de-saber-se-existe-algum-tipo-de-teste-visual-83841-1.aspx>. Acesso em: 21 mar. 2018.
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BRAJA, M. Das. Fundamentos de Engenharia Geotécnica: 7. ed. americana. São Paulo: Cengage Learning, 2014.