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FACULDADE UNINASSAU DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS TURMA: 6 NA RELATÓRIO ANÁLISE DE GRANULOMETRIA – PENEIRA GROSSO E FINO Acadêmicos: Allan Crystian de Souza Viana Matrícula: 01355089 Eduardo Oliveira da Rocha Matrícula: 01275227 Hugo Gabriel Pinto de Souza Matrícula: 01272359 Leonardo Luan Coelho Matrícula: 01261208 Luiz Fernando Alves de Oliveira Matrícula: 01309424 Tiago Lopes dos Santos Matrícula: 01277707 Petrolina, 23 de novembro de 2020 ANÁLISE DE GRANULOMETRIA – PENEIRA GROSSO E FINO 1 OBJETIVO O presente relatório tem como objetivo principal, tratar das execuções da aula experimental realizada pelos alunos de Engenharia Civil no laboratório da Uninassau – Campus Petrolina. Tais procedimentos, são de extrema importância na formação e desenvolvimento dos mesmos afim de aplicação e utilização das técnicas para a atividade fim. Ainda, vale salientar que as atividades práticas buscam formas de o aluno refletir sobre os modelos e processos aprendidos durante todo o período na disciplina. Isso proporciona uma maneira educativa e criativa para utilização dos conteúdos passados, além de também considerar como uma busca de novas soluções a problemas tanto cotidianos quanto para no serviço como engenheiro. Este experimento em questão, visa a correta realização de uma análise granulométrica, além de conhecer a finco as diferentes frações presentes nessa amostra de solo, estando seguindo com a utilização dos equipamentos do laboratório, como estufa, peneiras, pistillo, vidro de relógio, entre outros. A realização da prática, deu-se através de análises táteis, auditivas e da resistência em conseguir moldar o solo com água. Fora os testes descritos, foi ainda, utilizado peneiras com diâmetros diferentes, afim de que se fosse possível através do material passante e retido, a coleta de solo para que fosse possível se ter conhecimento da distribuição granulométrica do agregado, a representando através de uma curva. Com isso, determinando suas características físicas. 2 INTRODUÇÃO O ensaio granulométrico tem através de sua utilização, a de se conseguir determinar a distribuição granulométrica do solo, ou seja, a percentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de grãos, representa na massa seca total utilizada para o ensaio. Segundo Pinto (2006), os solos são originados através da decomposição das rochas da crosta terrestre, que vem a ocorrer por agentes químicos e físicos. Esse e outros processos atuantes, conjuntam a formação dos solos, onde ter maior ou menor concentração de cada tipo de partícula em um determinado solo fica à mercê da composição química da rocha que a originou. Diante disso, existe a possibilidade de se diferenciar e qualificar cada tipo de solo. A primeira característica, são os tamanhos das partículas que os compõe. Em uma primeira aproximação, pode-se identificar que alguns solos possuem grãos perceptíveis a olho nu, como os grãos de pedregulho ou a areia do mar, já outros possuem grãos tão finos que, quando molhados, se transformam em uma pasta (conhecida também como barro), não se podendo visualizar as partículas individualmente. A partir do uso de peneiras metálicas regulamentadas pela NBR NM-ISO 3310-1, torna-se possível a realização do ensaio, demonstrando precisão quando as aberturas da tela de tecido das peneiras são consideradas toleráveis, onde para isso, deve-se estar o mais estreito possível. Quando tal norma entra em conjunto com a NBR 6502/1995, é possível então descrever os limites das frações de solo pelo tamanho dos grãos como mostra na tabela abaixo (Tabela 1.1), visto que essa última norma, traz a definição de termos que definem os materiais da crosta terrestre, como rochas e solos. Com isso, temos a seguinte representação e classificação advindos da ABNT: Tabela 1.1 – Representação e classificação dos solos pelas normas da ABNT Fonte: Suporte Solos Após ser feita uma análise detalhada, é possível identificar algumas características desses solos, onde caso seja observado que existe uma granulometria uniforme, significa dizer que possui características específicas como armazenamento (retenção) maior de água, maior plasticidade, menor permeabilidade e menor densidade, por exemplo. Em contrapartida, solos com granulometria menos uniforme, irá apresentar características contrárias as uniforme. Dessa maneira, far-se-á a possibilidade de determinação de qual tipo de solo está sendo manuseado. É válido lembrar, que cada tipo de solo apresenta atributos próprios. Em outras palavras, pode-se dizer que elas possuem características morfológicas ou físicas, que se faz possível e infere de maneira direta na sua caracterização. Cores, texturas, estruturas e porosidades, fazem com que seja mais fácil determinar o tipo de solo que está sendo trabalhado. Exemplo disso, é que se faz possível visualizar o tipo de inferência que o solo sofre apenas através da sua coloração, visto que quando os solos possuem uma cor mais uniforme, significa dizer que ele sofre boa drenagem, assim como em cores acinzentadas que indica condições de drenagem oscilante. 3 MATERIAIS E MÉTODOS A lista de materiais utilizados para a realização da prática foi a seguinte: ● Amostra de solo (1,5Kg); ● Peneiras grossas de 4.75, 4.00, 3.35, 2.80, 2.36 e 2.00mm; ● Peneiras finas de 0.425, 0.180, 0.150, 0.075mm; ● Vidro de relógio; ● Pistillo de porcelana; ● Estufa; ● Balança de resolução 0,01g. A realização do experimento ocorreu no laboratório da própria instituição, onde primeiramente foi despejado a amostra de solo em um recipiente retangular, afim de que se fizesse visível a amostra. Em seguida, com a ajuda de um pistillo de porcelana, foi feita a trituração do material, afim de que se evitasse qualquer tipo de aglomerado da amostra. A etapa seguinte foi a visualização da amostra, onde através do tato, a amostra iria ser classificada qualitativamente, de maneira grosseira e sem rigor científico, observando sua plasticidade. Para isso, foi pego uma pequena quantidade de amostra e observado a sua textura. Também, foi levado ao pé do ouvido uma pequena quantidade, afim de que se escutasse o som gerado das partículas ao se esfregar os dedos. O passo seguinte foi misturar uma pequena quantidade de água em parte da amostra de solo, afim de que fosse visualizado a sua plasticidade. Caso o fosse visto fissuras ou que ele se quebrasse, significa dizer que se trata de um tipo de solo com baixa plasticidade, caso não se quebrasse e fosse possível moldar o material, trata-se então de um solo com alta plasticidade. Feito isso, seguimos então para o uso das peneiras. Nesta etapa, foi utilizado para o peneiramento, amostras do solo de 150 gramas em cada uma das 10 peneiras de diferentes aberturas. Segundo a norma, após adicionar a amostra de areia na peneira, se fazem necessários a realização de 10 movimentos circulares, para que fosse possível discernir as características do solo em análise. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Com os resultados aderidos da análise, temos notoriamente a importância das aulas práticas na vida de um aluno engenheiro. Pois a partir da experiencia prática, pode-se então discutir os valores obtidos, através de discussões e comparativos com a literatura existente. Desta forma, é evidente que o comportamento de cada solo varia de lugar para lugar, tendo comportamento, plasticidade e uniformidade diferentes. TABELA 4.1 – UMIDADE DO SOLO AMOSTRA (g) AMOSTRA 1 2 3 PESO DO RECIPIENTE 55,32 59,60 58,4 PESO DO SOLO 20 20 20 PESO DO SOLO SECO 14,34 18,84 16,94 PESO DA AGUA 5,66 1,16 3,06 h%=100.Pa/Ps 28,3% 5,8% 15,3% A amostra número 1 apresentou um peso de solo seco de 14,34g, sendo o menor em relação a amostra 2 e 3 mostrando-se que tem uma tenacidade maior que os outros, e tendo um peso de água maior também, sendo um solo mais macio e apresentando uma humidade de 28,30% tendo como característica um solo com facilidade de ruptura da massa a ser comprimida e com consistênciassoltas e firmes. A amostra número 2 apresenta o maior peso de solo seco entre as amostras, tendo característica de um solo mais duro, resistente e menos argiloso, sendo mais difícil a trabalhabilidade, consequentemente seu peso de água é baixo e humidade também. O solo número 3 é um solo intermediário apresentando 16,94g de peso de solo, apresentando 3,06g de peso de água e uma humidade de 15,30%, com isso será um solo com uma boa trabalhabilidade, mais macio e mais argiloso e retendo mais água. Nos testes feitos, os resultados obtidos foram simplórios e rápidos, atendendo as características do experimento. No teste de sensação ao tato, geralmente, as areias são ásperas, já as argilas apresentam sensação parecida com a de farinha em contato com as mãos. Ademais, constatamos que a amostra apresenta comportamento fino, ou seja, há areia fina visto que no teste é notável a existência de grãos pequenos, facilmente notada pela sua aspereza. No teste de sensação audível, notamos que a amostra de solo apresenta um som mais forte quando pressionada entre os dedos, demonstrando assim ser um solo composto por muitos grãos pequenos palpáveis e audíveis. No teste de plasticidade, a capacidade de se moldar siltes e areias é baixa, já nas argilas é alta. O solo aparentou ser fino, com a presença de argila e areia fina. No teste de mobilidade de água intersticial, em solos com muita areia a superfície brilhosa some rapidamente e trinca, em solos argilosos não ocorrem fissuras e o brilho demora a desaparecer. Em formato de plasta, visualizamos que o solo passou a brilhar um pouco e não estava quebradiço, se mantendo fixo a maior parte do tempo quando maleável. Contudo, apresentou posteriormente pequenas quebras por causa da areia fina. Após o peneiramento, obtivemos os seguintes resultados: Tabela 4.2 – Peneiramento Grosso PENEIRAMENTO GROSSO Peneira Abertura (mm) Solo retido (g) % Retirada acumulada % Passante 4 4,75 11,7 7,8% 92,4% 5 4,00 13 8,67% 91,33% 6 3,35 16,4 10,93% 89,07% 7 2,80 20,92 13,95% 86,07% 8 2,36 28,80 19,2% 80,8% 9 2,00 33,36 22,24% 77,76% Tabela 4.3 – Peneiramento Fino PENEIRAMENTO FINO Peneira Abertura (mm) Solo retido (g) % Retirada acumulada % Passante 35 0,425 53,26 35,51% 64,49% 80 0,180 89,64 59,76% 40,24% 100 0,150 103,84 69,23% 30,77% 200 0,075 136,09 90,73% 9,27% Comparando os dados da análise realizada com a tabela 4.3 abaixo, é possível então, caracterizar o tipo de solo analisado. Tabela 4.4 - Limites as frações de solo pelo tamanho dos grãos FRAÇÃO LIMITES DEFINIDOS PELA ABNT Matação de 25cm a 1m Pedra de 7,6cm a 25cm Pedregulhos de 4,8mm a 7,6cm Areia grossa de 2mm a 4,8mm Areia média de 0,42mm a 2mm Areia fina de 0,05mm a 0,42mm Silte de 0,005mm a 0,05mm Argila inferior a 0,005mm Diante disso, temos então que o material utilizado na análise do solo, é composto por 90,73% (136,09g) de areia, sendo 22,24% (33,36g) areia grossa, 13,27% (19,9g) areia média e 55,22% (82,83g) de areia fina, enquanto os outros 9,27% (13,91g) trata-se de silte e argila, ilustrado pela tabela abaixo. Entretanto, devido a não existência de peneiras inferiores a 0,005mm, não é possível a distinção de suas porcentagens. Temos então, que se trata de solo uniforme, devido a sua maior porcentagem de amostra apresentar aproximadamente, mesma dimensão. Além disso, possui características de alta densidade e drenagem, além de baixa retenção de água e agregação, como cita Borma e Laura (2017) em nota de aula. Podendo assim, classificar esse solo como arenoso. Tabela 4.5 – Classes Texturais A importância dessas analises dar-se-á afim de se conhecer o terreno a qual será inicializado alguma obra de engenharia, se antecedendo assim, de que ocorra problemas futuros tanto com a estrutura como com a vida de pessoas que farão utilização dos recintos. Tendo a análise do terreno, a possibilidade de que se preveja algum incidente se torna maior, precavendo o engenheiro e a construtora a prepararem o local, para o recebimento da obra. 5 REFERÊNCIAS Análise Granulométrica do Solo – Ensaios Geotécnicos – O Objetivo e as Frações do Solo. SUPORTE SOLOS, 08 ago. 2018. Disponível em: <https://www.suportesolos.com.br/blog/analise-granulometrica-do-solo-ensaios-geotecnico s-o-objetivo-e-as-fracoes-de-solo/71/>. Acesso em: 18 de nov. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rochas e solos. NBR 6502, ABNT, 1995, p. 18. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação – Parte 1: Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico. NBR NM-ISO 3310-1, 1997, p. 12. BORMA, L. S; RENNÓ, C. D. Processos hidrológicos CST 318/ SER 456 Tema 4 – Infiltração e movimento da água no solo Parte 1, 2017. Disponível em: <www.dpi.inpe.br/~camilo/prochidr/pdf/02infiltracao_aguanosolo_1.pdf >. Acesso em 23 de nov. 2020. https://www.suportesolos.com.br/blog/analise-granulometrica-do-solo-ensaios-geotecnicos-o-objetivo-e-as-fracoes-de-solo/71/ https://www.suportesolos.com.br/blog/analise-granulometrica-do-solo-ensaios-geotecnicos-o-objetivo-e-as-fracoes-de-solo/71/ http://www.dpi.inpe.br/~camilo/prochidr/pdf/02infiltracao_aguanosolo_1.pdf PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. 3. Ed. São Paulo: Oficina de textos, 2016.
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