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A eclusa da barragem esta localizada na cidade de Barra Bonita

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Guilherme Augusto Jun Yoshimura - RA T759GC-2
RELATÓRIO E TRABALHO 
ECLUSA DA BARRAGEM NA CIDADE DE BARRA BONITA
Visita técnica realizada em 24/09/16
Trabalho da disciplina de Portos e vias navegáveis – PVN
Orientador: Profº Rene.
São Paulo
2016
RESUMO
O presente trabalho é um estudo específico da mais importante eclusa do país, pioneira no turismo hidroviário e econômico da cidade de Barra Bonita- SP, com o objetivo de através da visita presencial por meio de um navio turístico conhecer o sistema operacional da grande estrutura de engenharia para a transposição de nível ocasionado pela existência da Barragem e reservatório hidráulico do rio Tietê. 
Neste trabalho iremos conceituar e contextualizar a Eclusa citada, apresentar suas características e dados, explicar a operação de funcionamento e algumas necessidades que uma obra dessa necessita para operar como por exemplo as constantes manutenções. 
A visita técnica foi realizada em 24/09/16 onde se pode admirar a linda vista da natureza, passear de barco pelo rio Tietê, almoçar a beira rio e ter uma aula da grande engenharia que é a eclusa de Barra Bonita. 
Palavras-chaves: Eclusa, hidrovia, montante, jusante e barragem. 
ABSTRACT
This work is a specific study of the most important sluice of the country, a pioneer in the waterway and economic tourism city bar Bonita- SP, with the objective of through face visit by a tourist ship know the operating system of the large structure engineering to the level of implementation caused by the existence of the dam and hydraulic reservoir of the Tiete river.
In this work we will conceptualize and contextualize the quoted Sluice, presenting their characteristics and data, explain the working operation and some needs a work that needs to operate such as the constant maintenance. 
The technical visit was held on 9/24/16 where you can admire the beautiful view of nature, boating on the river Tiete, lunch the river and take a class of large engineering which is the sluice Bonita.
DEFINIÇÕES 
Hidrovia Tietê – Paraná (HTP): via de transporte regionalizada que abrange os rios Tietê ao rio Paraná.
Ponto de Parada Obrigatória (P.P.O.): Local convenientemente demarcado por bóias ou por placas de margem a jusante e a montante de cada eclusa, localizada na entrada e saída da eclusa. 
Ponto de Comunicação Obrigatória (P.C.O.): Local convenientemente demarcado por bóias ou por placas de margem a jusante e a montante de cada eclusa, e na entrada e saída da eclusa, onde as embarcações deverão estabelecer obrigatoriamente o primeiro contato com a eclusa, através do equipamento de comunicação. 
Ponto de Espera (P.E.) ou Desmembramento (P.D.): Pontos em terra ou flutuantes (bóias de amarração), situados a montante e jusante das obras de engenharia na Hidrovia Tietê-Paraná, nos quais as embarcações poderão ser amarradas/atracadas em caso de necessidade ou cumprimento de instruções da Administradora da Hidrovia.
	Índice de Figuras
Figura 1 – Mapa da Bacia do Tietê – Paraná, localização da eclusa Barra	1
Figura 2 - Usina hidrelétrica e eclusa Barra Bonita com vista aérea	2
Figura 3 - Usina hidrelétrica e eclusa Barra Bonita com vista aérea.	4
Figura 4 - Vista da entrada pela porta da eclusa	5
Figura 5 - Manutenção preventiva na câmara da eclusa	11
Figura 6 - Comporta do aqueduto de enchimento da eclusa	12
Figura 7 - passeio turistico hidroviario barra bonita	13
Figura 8 - PASSEIO EM BAIXO DA PONTE DO ALCOOL	14
Figura 9– ESTRUTURA DE PROTEÇÃO DOS PILARES DA PONTE	15
Figura 10 – chegada e aproximação da eclusa	15
Figura 11 – entrada e dimensão da estrutura - eclusa	16
Figura 12 – espessura da porta metálica inferior da eclusa	16
Figura 13 – eclusa no inicio do processo do enchimento	16
Figura 14 – na metade do processo de enchimento	17
Figura 15 – no final do processo de enchimento da eclusa	17
Figura 16 – embarcação atracada em boias-guias metálicos	17
Figura 17 – embarcação colada ao paredão de concreto – pneus de amortecimento de impactos	18
1 - INTRODUÇÃO
A eclusa da barragem está localizada na cidade de Barra Bonita, Estado de São Paulo, a quase 300 km da capital do estado, cujo município fundado no ano de 1883, situada á margem do rio Tietê, tem como principal atrativo turístico e econômico a Barragem e Eclusa de Barra Bonita anexa a Usina Hidrelétrica. 
O Rio Tietê é um dos principais rios do Brasil, nasce na cidade de Salesópolis e corta o Estado de São Paulo até desembocar no Rio Paraná, num total de 1,136 km. A navegação tem início na cidade de Conchas a 160KM da cidade de São Paulo, tornando uma das principais hidrovias do país, a Hidrovia Tietê-Paraná, também conhecida como Hidrovia do Mercosul, com 2,400 Km de vias navegáveis, passando por cindo estados brasileiros, sendo eles São Paulo, Goiás, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, banhados pelos rios Tietê, Paraná, Grande, Paranaíba e seus afluentes, e tem como principal objetivo o escoamento de diversos produtos para o mercado externo, oriundo da região Centro-Oeste. 
Figura 1 – Mapa da Bacia do Tietê – Paraná, localização da eclusa Barra 
A hidrovia do Tietê- Paraná é composta por seis barragens e oito eclusas, sendo a sequência: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava e Três Irmãos, sendo as duas últimas com duas eclusas, e a primeira como foco de estudo deste trabalho através da visita técnica realizada no dia 24/09/15. 
Figura 2 - Usina hidrelétrica e eclusa Barra Bonita com vista aérea
2 - ECLUSA BARRA BONITA
A eclusa de um modo geral funciona como um elevador de águas para transpasse de transporte hidroviário em um diferencial de altura, através de um sistema de subir e descer das embarcações. A eclusagem foi a maneira que a engenharia encontrou para que as embarcações possam transpor os desníveis das barragens de maneira a não atrapalhar uma hidrovia, além de ser uma grande obra hidráulica, com funcionamento simples e econômico. 
As dimensões da eclusa são estabelecidas pela dimensão do comboio-padrão. A folga nas laterais é da ordem de 1 m e a folga no comprimento varia de 1 a 5 m. As eclusas podem ser: 
- Eclusas simples: uma única câmara 
- De câmaras múltiplas: usado em desníveis muito grandes 
- Escada de eclusas: é um canal com várias eclusas independentes, situadas muito próximas 
- Eclusas geminadas: duas eclusas paralelas, construídas de tal forma que o esvaziamento de uma permite o enchimento da outra.
A eclusa de Barra Bonita teve sua construção iniciada no ano de 1962 e finalizada em 1973, tem 26 metros de altura, passando de jusante a montante, e leva cerca de 12 minutos para subir e descer. É a primeira eclusa em funcionamento da América do Sul e a primeira do Brasil a explorar o turismo, recebendo pessoas do páis inteiro, além de grande poder econômico para viabilizar a Hidrovia Tietê-Paraná. Abaixo, alguns dos principais dados da Eclusa de Barra Bonita -SP: 
Quadro 1 – Características técnicas da eclusa Barra Bonita.
Devido ao seu comprimento, a eclusa de Barra Bonita comporta o eclusagem dos comboios tipo Tietê sobre os seguintes dimensões:
I - Comboio Tipo Tietê: formado por grupo de chatas em linha mais 01 (um) empurrador.
 - Comprimento Total ......................... : 138,50 m 
- Boca ................................................ : 11,00 m 
- Calado.............................................. : 2,70 m 
- Pé de Piloto ..................................... : 0,30 m 
II – Comboio Tipo Tietê-Duplo: formado por grupo de chatas em linha, lado a lado mais 01(um) empurrador. 
- Comprimento Total........................... : 138,50 m 
- Boca ................................................. : 22,00 m 
- Calado .............................................. : 2,70 m 
- Pé de Piloto ...................................... : 0,30 m
As principais cargas transportadas na hidrovia com passagem pela eclusa são o calcário, areia, soja e farelo de soja.Além do transporte de mercadorias, a eclusa é demandada por embarcações de transporte de passageiros.
Figura 3 - Usina hidrelétrica e eclusa Barra Bonita com vista aérea.
Fonte: DH (2015). 
- FUNCIONAMENTO DA ECLUSA
Todo processo de enchimento e esvaziamento da eclusa é feito por gravidade, sem o uso de bombas. Logo que a embarcação adentra a eclusa ela deve ser atracada nas boias laterais, visando a segurança durante a eclusagem que se inicia somente depois que as embarcações estiverem devidamente amarradas, evitando que a mesma se choquem com as laterais da barragem ou com as demais embarcações. 
Após esse procedimento o operador da eclusa inicia o processo de eclusagem, e então a água que está ao longo da represa penetra na eclusa através de dois grandes tubos, chamados de aquedutos, que ligam a parte de cima da barragem com a parte de baixo da eclusa. A água também é distribuída por outras 350 cavidades de 15 polegadas de diâmetro, localizadas no piso da câmara, denominadas como sistema de vasos comunicantes, como uma grande laje estrutural com diversos furos que auxiliam na diminuição da pressão com objetivo de evitar muita amplitude de oscilações das embarcações.
O enchimento e o esvaziamento são feitos pelo mesmo processo, sendo que cada operação envolve cerca de 50.000 m³ de água, vedadas por comportas que pesam em média 120 toneladas. Quando a comporta do lado jusante é fechada, as válvulas de enchimento ficam abertas até que o nível da eclusa alcance o nível do montante, então a comporta do montante é aberta para que a embarcação adentre e em seguida é fechada. 
Figura 4 - Vista da entrada pela porta da eclusa
2.2 - ECLUSAGEM E PROCESSO DE ECLUSAGEM
 Eclusagem é a operação realizada na eclusa para que embarcações vençam o desnível criado pela barragem e naveguem de um lado ao outro. A sequência de manobras de uma eclusagem, considerando-se a embarcação no interior da eclusa, ocorre conforme abaixo: 
Sentido jusante para montante. 
A embarcação entra na eclusa pelo lado jusante e se posiciona em local demarcado por faixas de segurança, atraca-se aos cabeços/ amarradouros flutuantes. A porta de jusante é fechada e as comportas de adução (enchimento) são abertas, provocando a elevação do nível de água da câmara e da embarcação, até atingir o nível montante do reservatório (lado superior do rio). Com o nível da câmara e de montante equalizados (no mesmo nível), a porta montante é aberta, possibilitando à embarcação desatracar, sair da eclusa e prosseguir viagem. Porem, antes de qualquer etapa as embarcações fazem o primeiro contato com o operador no PCO. Os operadores somente têm conhecimento da chegada de embarcações quando estas estão próximas às eclusas, ou seja, momentos antes do início do processo de eclusagem. Nas normas de tráfego nas eclusas da HTP e seus canais (2012), artigo 19º, p. 9, constam as seguintes diretrizes aos comandantes de embarcações: 
- Toda embarcação, ao chegar aos PCOs, deverá obrigatoriamente estabelecer contato com o operador da eclusa através do equipamento de comunicação, nas frequências definidas no capitulo VI da “NORMAS DE TRÁFEGO NAS ECLUSAS DA HIDROVIA TIETÊ – PARANÁ E SEUS CANAIS” - Condições para Passagem nas Eclusas, Canais e Vãos Navegáveis das Pontes.
– Canais para comunicação, informar que está se dirigindo ao PPO ou ao PE e aguardar o contato do operador; 
- Durante a comunicação da embarcação com a eclusa, deverá ser adotada, sempre que possível, a fraseologia padrão; 
- Antes de iniciar a passagem por trechos críticos ou restritos, caberá ao comandante da embarcação ou comboio a responsabilidade pela adoção integral das instruções contidas no capitulo IV da “NORMAS DE TRÁFEGO NAS ECLUSAS DA HIDROVIA TIETÊ – PARANÁ E SEUS CANAIS” - Condições para Passagem nas Eclusas, Canais e Vãos Navegáveis das Pontes.
 – Instruções operacionais para navegação em trecho restrito e trecho crítico. Os procedimentos são seguidos a cada operação de eclusagem. As embarcações chegam, fazem contato, informam os dados requeridos e aguardam autorização para seguirem em direção à eclusa. Após a autorização para a eclusagem inicia-se as seguintes passos:
 Passo 1 - aproximação: deslocamento da embarcação do PPO até o interior da câmara da eclusa;
 Passo 2 - atracação: posicionamento e amarração da embarcação aos amarradouros flutuantes localizados nas paredes laterais da eclusa, seguida de inspeção pelo operador; 
 Passo 3 - fechamento da porta de acesso à eclusa; 
 Passo 4 - enchimento ou esvaziamento da câmara. O nível de água da câmara é equalizado com o nível pretendido; 
 Passo 5 - abertura da porta pelo lado oposto ao da entrada. (Após equalização de nível, ocorre a operação para abertura da porta); 
 Passo 6 - desatracação e saída da embarcação do interior da eclusa até passar pelo PPO, no lado oposto ao da entrada, concluindo-se o processo de eclusagem.
 
Sentido montante para jusante. 
A embarcação entra na eclusa pelo lado montante, se posiciona no interior da câmara em local demarcado por faixas de segurança, atraca-se aos cabeços flutuantes. A porta montante é fechada e as comportas de descarga são abertas, provocando a diminuição (esvaziamento) do nível da água da câmara até atingir o nível jusante do reservatório. Com o nível do interior da câmara e de jusante da eclusa equalizados, a porta jusante é aberta, possibilitando à embarcação desatracar, sair da eclusa e prosseguir viagem. 
A coordenação do processo de eclusagem é de responsabilidade do operador da eclusa, e a responsabilidade pela condução da embarcação e por tudo o que ocorrer durante a viagem é de responsabilidade de seu condutor, denominado de comandante da embarcação. O processo de eclusagem tem início a partir do instante em que, tendo sido dada autorização pelo operador, a embarcação adentra a área de segurança, que é a área fluvial navegável a partir do ponto de parada obrigatória (PPO) até a eclusa, demarcados por boias ou por placas de margem, incluindo-se a eclusa e/ou o canal. Tal processo será considerado concluído quando a embarcação deixar a área de segurança pelo lado oposto ao da entrada da eclusa (DH, 2012). 
A característica fundamental de uma hidrovia é o fato de existir sinalização por toda sua extensão, abrangendo placas de canais navegáveis, vãos de pontes, margem e boias flutuantes, que demarcam o canal de navegação, tornando segura a navegação de embarcações por todo o trajeto, tais sinalizações estão regulamentas na norma no capitulo VIII. Nas proximidades das eclusas, existem sinalizações, denominados de ponto de comunicação obrigatório (PCO), ponto de parada obrigatório (PPO) e ponto de desmembramento e/ou ponto de espera (PD/ PE) em ambos os lados da eclusa, que servem de apoio para embarcações Tipo Duplo-Tietê durante manobras de desmembramentos e, também, para embarcações em fila de espera, que aguardam até que a eclusa esteja disponível. 
2.3 - MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DE ECLUSAS
Nesta seção são apresentados sinteticamente os requisitos do processo de manutenção e operação das eclusas na área em estudo. 
Manutenção A concessionária responsável pela operação e manutenção das eclusas opera o empreendimento dentro dos níveis e padrões de desempenho estabelecidos. De acordo com a Resolução ST 018 (1999) da STSP, compete ao responsável pela operação e manutenção de eclusas, quanto à manutenção, observar os seguintes requisitos: 
 Efetuar a manutenção e zelar pelo bom funcionamento das eclusas e das instalações vinculadas integrantes da HTP, no trecho do rio Tietê, sem qualquer ônus para o usuário, provendo os recursos necessários para tal fim; 
 Efetuar as manutenções das eclusas em esquema compatível com as obrigações previstas no artigo 6º, incisos III e IV, exceção feita à manutenção; 
 Realizar inspeções periódicas, conjuntas com o órgão gestor da hidrovia, verificando todos os equipamentos e sistemas das eclusas, e identificando todos os itens que apresentem risco para o funcionamento da hidrovia;Observar três níveis de manutenção para as eclusas: 
1- Emergencial : realizada quando do mau funcionamento ou quebra de equipamentos que acarrete a paralisação do sistema; 
2- Corretiva : realizada em data previamente estabelecida, com a finalidade de substituir ou reparar equipamentos que apresentem riscos para o bom funcionamento do sistema;
 3- Preventiva: realizada a cada dois anos, com duração máxima de 70 dias, permanecendo a HTP, no trecho do rio Tietê, interrompida por até 30 dias. A manutenção preventiva abrange a substituição de itens desgastados, tratamento anticorrosivo, pintura, lubrificação e aferição. 
 As Figuras 4 e 5 apresentam imagens da manutenção preventiva realizadas nas eclusas. 
As principais atividades de manutenção realizadas com a eclusa drenada: 
- Limpeza do concreto; 
- Retirada de pneus, troncos de árvores e resíduos depositados no interior da câmara; 
- Pintura das faixas de segurança; 
- Correção de desgastes nos trilhos das amarras flutuantes. 
Figura 5 - Manutenção preventiva na câmara da eclusa
A retirada e colocação de equipamentos são realizadas com apoio de máquinas de grande porte com capacidade de movimentar equipamentos de dezenas de toneladas. 
A Figura 5 mostra a movimentação de uma das comportas do aqueduto de enchimento da câmara da eclusa Bariri, durante manutenção preventiva realizada em 2012. As principais atividades de manutenção em comportas são: 
- Limpeza e pintura; 
- Substituição de borrachas de vedação;
 - Tratamento anticorrosivo. 
Figura 6 - Comporta do aqueduto de enchimento da eclusa
Operação A operação das eclusas proporciona condições necessárias à navegação no rio Tietê, no trecho abrangido pelos reservatórios de suas respectivas usinas, sempre que existam condições normais de operação das usinas, de forma a atender os seguintes requisitos: 
 Operar as eclusas e suas instalações vinculadas, sem quaisquer ônus para o usuário, com recursos próprios e sob o monitoramento e a fiscalização do órgão gestor da HTP; 
 Garantir o funcionamento das eclusas 24 horas por dia, durante todo o ano, desde que atendidas as condições normais de operação; 
 Garantir a disponibilidade de cada eclusa às operações das embarcações para viabilizar o máximo de operação. 
3 - VISITA TÉCNICA 
Figura 7 - passeio turistico hidroviario barra bonita
A visita técnica realizada, ocorreu no dia 24/09/16, em um sábado de tarde na Cidade de Barra Bonita. Ao chegar a cidade observa-se que está se desenvolveu as margens do rio Tietê e tem uma forte característica de cidade Turística em torno da navegação hidroviária turística, com diversas praças e suas lojas de “lembrancinhas” e artesanato local, além de diversos restaurantes as margens do rio. 
Na principal avenida de Barra Bonita é a Pedro Ometto paralela as margens do rio Tietê, as empresas de Navegação turística em Barra Bonita oferecem passeios em seus barcos que levam os turistas para fazer a eclusagem. Existem três empresas, e os turistas podem optar pelos passeios com duração de tempo maior (3 horas com almoço incluso) ou menor (1:30h sem almoço), além disso, algumas empresas alugam seus barcos para eventos particulares.
Esta Eclusa tem a importância no transporte hidroviário na economia de custo versus o transporte ferroviário ou rodoviário. Este trecho chamado de Hidrovia do Alcool, por ter grande volume de transporte da cana de açúcar as usinas. Outros produtos que são transportados se baseiam nos grãos e óleos. 
Há também na cidade de Barra Bonita a instalação desde 1973 a Marinha do Brasil com o propósito de contribuir para a orientação, coordenação e controle das atividades relativas à Marinha Mercante, segurança da navegação, defesa nacional, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição hídrica, na sua área de jurisdição.
	A visita ocorreu em um tempo ensolarado de início da primavera, em que chegamos a cidade por volta das 10:30h e optamos pela empresa San Marino, onde compramos o ingresso por R$30,00 para o Passeio curto de 1:30h pelo rio Tietê e transposição pela Eclusa de Barra Bonita. 
	O barco turístico possui capacidade para 600 pessoas e era o maior atracado das três empresas atuantes. Possui 3 pavimentos, sendo os dois primeiros dispostos com mesas para refeições, no pavimento intermediário há a cabine de comando do barco. No pavimento superior, um deck aberto com música e um locutor que passava informações técnicas e animava o público com piadas e descontração.
	A velocidade do barco era de 18,8 km/h ou 10 nós, possuía pintura branca com detalhes em faixas vermelhas. Sua tripulação animada organizava e distribuía caipirinha durante o percurso aos passageiros. As instalações eram limpas e organizadas, com sanitários que comportava a tripulação de forma satisfatória e um bar que vendiam petiscos e bebidas. 
	No percurso era possível ver duas pontes importantes para a cidade, Ponte Campos Salles e a ponte do Açúcar. A ponte Campos Salles é uma ponte estruturada a base em concreto mas estruturalmente formada por arcos metálicos e seu comprimento total é de 148,40 metros, sua parte levadiça hoje é desativada servia para a passagem de barcos em épocas de alagamento do Rio Tietê. Interliga a cidade de Barra Bonita com Igaraçú do Tietê. A ponte do Açucar é toda em concreto armado e protendido, construída na década de 70 com intenção de desviar o fluxo de transito dos automóveis da Ponte Campos Salles. 
Figura 8 - PASSEIO EM BAIXO DA PONTE DO ALCOOL
Figura 9– ESTRUTURA DE PROTEÇÃO DOS PILARES DA PONTE
 
	Na figura acima, observa-se a estrutura que serve de ponto de comunicação de aproximação a exclusa e de proteção dos pilares da ponte contra impactos das embarcações na base da ponte. 
Figura 10 – chegada e aproximação da eclusa
 
Figura 11 – entrada e dimensão da estrutura - eclusa
	Inicialmente faz o percurso do barco pela eclusa do nível inferior para o superior, e na volta o inverso. Portanto, ao se aproximar da barragem hidroelétrica, as comportas estavam fechadas mas observa a grandeza da construção. Ao entrar na eclusa, o paredão de 30 metros aparente impressiona pela dimensão da engenharia. Antes de entrar na eclusa é solicitada a autorização e comunicação de aproximação da navegação após a permissão os barcos entram na eclusa e se atracam através de corda em boias metálicas como guias. Os barcos se fixam bem próxima a um dos paredões e que a separação do paredão de concreto se faz através de pneus instalados nas laterais dos barcos para amortecer os impactos do balanço do navio. 
Figura 12 – espessura da porta metálica inferior da eclusa
Figura 13 – eclusa no inicio do processo do enchimento
Figura 14 – na metade do processo de enchimento
Figura 15 – no final do processo de enchimento da eclusa
 
Figura 16 – embarcação atracada em boias-guias metálicos
Figura 17 – embarcação colada ao paredão de concreto – pneus de amortecimento de impactos
	No procedimento de operação da eclusa estavam atracados 3 barcos grandes e 2 lanchas pequenas e particulares. Após o fechamento da porta inferior da eclusa que se fecha de cima para baixo, impressiona pela dimensão e espessura da porta metálica que fecha a eclusa para início do enchimento da eclusa via gravidade. A eclusa se enche de forma lenta em que não se percebe qualquer reboliço ou agitação das águas, mas pela dimensão da eclusa se tem a dimensão do grande volume necessário de água para encher tudo em apenas 12 minutos. Após este tempo, com a eclusa já cheia, os barcos se desatracam e a porta metálica de duas folhas se abrem lentamente para dar passagem a saída do barco no nível mais alto da barragem. Segundo o locutor, neste nível a profundidade do rio se dá em 30 a metros. A estrutura da barragem em sua base que fica submersa é de 120 metros de espessura, não sendo uma estrutura unicamente solido e sim uma estrutura oca pois todas as salas operacionais e espações técnicos estão dentro da barragem, e esta espessura diminui com aumento de sua altura pois exigem menos pressãoda água e seu devido empuxo. 
	Após a saída da eclusa, o barco anda mais ou menos 2 km e faz o contorno para voltar a eclusa e realizar o processo de descida que é o mesmo processo porem inverso ao da subida. 
	O passeio é muito interessante pelo momento do trabalho em que houve toda a analise operacional e técnica de seu funcionamento e possibilita presenciar tudo que foi estudado neste trabalho. 
	
BIBLIOGRAFIA
MINISTERIO DO TRANSPORTE – MT – Diretrizes da política Nacional de transporte hidroviário. Brasilida, DF, 2010.
Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis – DNPVN. Hidrovias e Navegação no Brasil. Rio de Janeiro: Atelier de Artes.
Apendices – sites da internet
www.transportes.gov.br
www.portosdobrasil.gov.br
www.costadoce.com.br/site/passeiosbarco.asp
www.barcosmarina.com.br
www.barrabonitasp.com.br
www.transportes.gov.br/bit/hidravias/eclusa/eclusas.htm

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