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QUESTÕES 06 04 2018

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Acadêmico: Jefferson Adriano Moraes
1) O acusado respondeu processo crime (denúncia) pela prática de qual delito? Ao final da instrução o magistrado entendeu que o réu praticou qual delito? (0,5)
O acusado respondeu pelo crime de tentativa de homicídio. Ao final da instrução, o magistrado entendeu que o réu praticou o delito de latrocínio, na forma tentada.
2) Qual o rito procedimental fora seguido até o momento do despacho analisado? (0,5)
Até o momento do despacho analisado, o rito procedimental fora seguido o rito especial, rito do Tribunal do Júri.
3) Ao entender que “as condutas descritas na exordial não se coadunam com as provas carreadas ao feito” o magistrado determinou: “Dê-se vista dos autos ao Ministério Público para aditar a denúncia, no prazo máximo de 05 (cinco) dias. Após, à defesa técnica do réu para manifestação, também no prazo de 05 (cinco) dias.” A decisão e fundamentação utilizada pelo magistrado, nessa fase processual está correta? Justifique fundamentadamente, no espaço entre 30 e 40 linhas.
O Aditamento no Processo Penal tem como razão existencial a agilização dos atos processuais e a busca da verdade real mais rápida e sem burocracia técnica do processo formal tradicional. Porque sem o aditamento, o processo penal teria que ser extinto devido ao vício e adentrar nova imputação, de fato ou sujeito (em regra) em outra Denúncia (em regra), trazendo lentidão para todas as partes no processo.
O Ministério Público teria que formatar nova peça acusatória, o réu teria que se submeter novamente a imputação e o Juiz teria que exercer novamente todos os atos processuais atinentes ao processo, assim, o aditamento é uma forma, um instrumento capaz de agilizar o processo, sempre obedecendo aos princípios do contraditório e da ampla defesa, e, consequentemente, o devido processo legal.
O conceito de aditamento é simples, vem da própria nomenclatura: aditar significa acrescentar, emendar, complementar fatos, sujeitos ou circunstâncias novas que não faziam parte da peça acusatória, sempre obedecendo ao devido processo legal formal. Sempre que houver o aditamento, que poderá ser feito a qualquer momento, até a sentença, deverá ser observado a ampla defesa e o contraditório, citando o réu, interrogando-o, todos os atos normais da defesa, é a regra contida no devido processo legal formal.
Falamos em acrescentar a peça acusatória, pois poderá ser feito o aditamento tanto na denúncia, que é o mais normal, mas também poderá acontecer o aditamento na queixa, na representação e no libelo. Sempre que houver o aditamento, que poderá ser feito a qualquer momento, até a sentença, deverá ser observado a ampla defesa e o contraditório, citando o réu, interrogando-o, todos os atos normais da defesa, é a regra contida no devido processo legal formal.
Diante do sistema acusatório, que tem como um dos seus objetivos manter a imparcialidade do órgão jurisdicional, não deve mais o juiz provocar o Ministério Público para aditar a denúncia, mantendo assim a sua postura de sujeito processual imparcial. O Promotor de Justiça, face o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, é quem tem o dever de aditar a denúncia independentemente de manifestação judicial. Portanto, o aditamento quanto à oportunidade, que chamamos de provocado, não encontra amparo frente a Constituição da República sendo, consequentemente, inconstitucional”.
Como diz Beling, não se pode admitir a instauração de novo processo contra o mesmo réu, depois de uma sentença definitiva de condenação ou absolvição, ainda que o caso concreto seja suscetível de nova qualificação”. (Código de Processo Penal Comentado, vol. I, Saraiva, 1996).
Diante do exposto, verifica-se que o aditamento não existe, respeita-se no caso em tela a coisa julgada, pois como diz o Prof. Paulo Rangel, “o fato principal já foi acobertado pela coisa julgada”.
Fonte: http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=592
Base Legal - Artigos 384 e 406 à 421 do CPP.

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