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Exercício de TPC democracia e poder

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
PROFESSORA: GIULIANA DIAS VIEIRA
DISCENTE: ____Rafael Alves Pinto_____________________________
MATRÍCULA: _161525261______________
TEORIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA
EXERCÍCIO – DEMOCRACIA E PODER
Em que consistem as definições de PODER de Hobbes e Weber? Por que elas são consideradas limitadas e resumidas?
Resposta: Segundo Hobbes em seu olhar filosófico, o poder é uma relação de causa e efeito entre um agente e um paciente. Em seus próprios termos, “o poder do agente e a causa eficiente [da ação do paciente] são a mesma coisa (Hobbes, 1969:cap. X). Ou seja que o poder dos homens é a única ferramenta de conseguir ganhos na sua vida futura. Porem para Max Weber o poder corresponde à “probabilidade de um ator, em uma relação social, estar em uma posição para exercer sua vontade a despeito de qualquer resistência e a despeito das bases sobre as quais essa probabilidade se assenta”. Ou seja agir de forma livre e sem que ninguém o impeça. Sendo ainda mais resumido em sua definição do que Hobbes. Logo os dois autores pecam em definir o poder, pois não abrangem questões como: quem aplica esse poder na vida politica? Quem sofre as consequências desse poder? Quais meios usar para exercer o poder? São inúmeros pontos que os autores simplesmente não abordaram e deixaram a desejar.
A partir da influência de Nietzsche no pensamento contemporâneo, o poder tem adquirido novas abordagens. Em que consistiu o trabalho de Steven Lukes?
Resposta: O trabalho de Lukes teve como objetivo fazer uma análise do conceito poder e atrela-se a observação teórica à pesquisa empírica, ou seja, ele cria uma nova versão com concepções de poder, advindas do modelo de Hobbes e Weber. Para ele é preciso cuidar com as formas de poder, e seguindo uma visão contraria ao modelo clássico, ele confirma que o mesmo pertence à categoria de valores, que são premissas não intituladas, mas sim arraigadas na sociedade que predeterminam estrategicamente como aplicar esse poder. Além disso, o autor aponta três concepções para o poder sendo eles unidimensional, bidimensional e tridimensional, cada uma delas se aplicando em um contexto diferente da sociedade. Porem apesar de complexo seu trabalho Lukes não consegui exemplificar esse modelo e separar a empiria da teoria, e acabou chegando a um mesmo modelo clássico do poder, onde o agente consegue influenciar o paciente a agir de acordo com seus interesses.
E o de Hannah Arendt?
Resposta: Já para Arendt “o poder é a capacidade de ação concertada guiada para um propósito político público (Arendt, 1972;143-55).” De forma mais simples, o poder para ela não é aquele clássico, e nem mesmo algo natural que nascemos com ele, ou desenvolvemos como a força física, mas sim um bem que alcançamos em grupo. E ainda acrescenta que para se conquistar algo, não é necessário o uso da força e sim o uso da palavra (persuasão). Dessa forma a autora ganha pontos em teorizar o óbvio, pois o poder articulado e formulado em grupo é sem duvidas mais poderoso do que o construído individualmente. 
E o de Michel Foucault?
Resposta: E por fim Foucault, que não dedicou uma única e exclusiva obra sobre o poder, alias ele sempre discorreu sobre esse assunto, mas nunca em uma obra especifica. Mas para ele analisar o poder é como ansiar pela separação das teorias jurídicas do poder. Para ele “O poder não é algo que se adquira, arrebate ou compartilhe algo que se guarde ou deixe escapar” (Foucault, 2001a:89). Basicamente, é acabar com toda explicação teórica produzida pelos contratualistas. Michel tem uma visão liberal a cerca do poder, e ressalta a necessidade se pensar o poder fora do campo do Estado. Mas isso também não significa que o poder deva ser pensado em termos marxistas. O conceito de poder foucaultiano é formulado a partir de um olhar que ultrapassa o Estado, que não observa somente os pequenos, mas também os grandes fatores, que determinam sua realização na vida cotidiana. Sendo assim, para o autor é importante analisar o “como” do poder, o “como” ele acontece? O “como” ele se aplica na sociedade? O “como” ele surgiu? E isso tudo implica em compreender os mecanismos que o envolvem. Além disso, para ele, o poder não é algo que se adquire ou compartilhe algo que “guarde” ou deixe “escapar” todos o possuem e ao mesmo tempo ninguém o detém. Por fim o poder não é dualístico, ou seja, não existem dominadores, nem dominados, opressores x oprimidos, pois ele é de caráter plural, multiforme, multifocal, assumindo em determinado contexto uma posição, por isso não existe essa dualidade.
 Comente: “É preciso ter cuidado para não confundir os conceitos que Foucault teceu para compreender historicamente o poder tal como ele se manifestou ao longo dos séculos (o poder disciplinar e o biopoder) e o conteúdo semântico do conceito de poder que ele desenvolveu para lograr opor-se às teorias tradicionais do poder e, assim, promover a limpeza de terreno necessária para colocar em pratica a sua analítica – ou genealogia – do poder” (p. 180).
Resposta: Acontece que o poder disciplinar e o biopoder, são explicações analíticas de como o poder se desenvolveu na sociedade ocidental. Além disso, o poder disciplinar e o biopoder ajudaram Foucault a criar seu novo significado de pode. Esse significado leva o poder a ganhar um sentido emancipatório, libertador, ao quebrar o tabu de repressão. E nessa parte que acontece a “limpeza do terreno” para que os novos conceitos sejam aplicados. “O poder produz ele constrói, destrói e reconstrói, ele transforma, acrescenta, diminui, modifica a cada momento e em cada lugar.” E por fim, juntamente com o saber, o poder se torna conjugue do mesmo e reproduzem, estabelecendo uma relação de mútua dependência – e de mútua independência, introduzindo um novo conceito: o poder-saber.
Como a teoria política contemporânea vem mantendo o debate acerca do tema da representação? 
Resposta: A teoria politica abrange três dimensões sobre o tema da representação são:
a) a problemática acerca de quem deve ser representado, a qual alude às questões da extensão do sufrágio, da expressão da vontade geral e da formação da soberania popular; Que é o direito de opinar dos cidadãos em opiniões publica.
b) a problemática acerca de como os representantes devem ser escolhidos, a qual engendra discussões sobre sistemas de governo, sistemas eleitorais e sistemas partidários;
c) a problemática acerca de como os representantes, uma vez escolhidos, devem se comportar, a qual enseja estudos sobre o comportamento dos atores políticos e sobre o funcionamento das instituições políticas.
As quais representam bem a disciplina, somente a segunda que abrange uma perspectiva da ciência política, pois a teoria politica deixo em cargo daqueles que se dedicam ao trabalho empírico. 
Em que consistem as duas dimensões do debate sobre representação para a Teoria Politica Contemporânea?
Resposta: O debate sobre o tema da representação política em pelo menos duas de suas três dimensões modernas são:
a) a problemática acerca de quem deve ser representado, a qual alude às questões da extensão do sufrágio, da expressão da vontade geral e da formação da soberania popular; 
b) a problemática acerca de como os representantes devem ser escolhidos, a qual engendra discussões sobre sistemas de governo, sistemas eleitorais e sistemas partidários;
Como se situam os temas da participação e deliberação na Teoria Política Contemporânea?
Resposta: A teoria política contemporânea começou a concentrar seu trabalho em novas formas de democracia com objetivo de superar os limites da representação, através da participação ou da modalidade mais contemporânea, a deliberação. Para Fung a democracia participativa se baseia pelas oportunidades significativas e iguais que as pessoas devem ter de participar diretamente nas decisões que as afetam. Ele adere os fatos que analisa como experiências participativas, deliberativase empoderadas: participativas, pois chamam os indivíduos a fazer parte de decisões cruciais; deliberativas porque as decisões são tomadas de forma racionais, onde cada individuo ajuda ao outro, com propostas e argumentos que os beneficiem; e empoderadas porque as decisões produzidas pelos processos deliberativos norteiam as ações das agências e agentes estatais.
Elenque cinco elementos comuns das diversas abordagens contemporâneas da democracia participativa.
Resposta: Entre as diversas abordagens contemporâneas da democracia participativa, ressaltam-se alguns elementos comuns:
 1. A defesa de um engajamento cívico, por meio do qual os cidadãos participem do processo de tomada de decisões políticas no plano nacional e façam parte do processo de formulação de políticas no plano local.
 2. A defesa de que tal engajamento se dê por meio de uma participação direta e ativa dos cidadãos na tomada de decisões políticas e na administração do espaço social no qual se inserem. 
3. A suposição de que tal participação direta e ativa dos cidadãos não seja passível de mediações, ou seja, que se dê sem o intermédio de representantes eleitos com a finalidade de agir em seu nome.
4. A expectativa de que a participação direta e ativa dos cidadãos no processo de tomada de decisões políticas conduza à construção de consensos que possam eventualmente ser substitutivos à prevalência da regra da maioria. 
5. A suposição de que os cidadãos devem agir diretamente em seu próprio nome, fazendo valer seus interesses por meio da ação coletiva.
Comente: “A democracia é um modo de vida pessoal comandado não somente pela fé na natureza humana em geral, explica Dewey, mas pela fé na capacidade dos seres humanos de terem um juízo e uma ação inteligentes”.
Resposta: Que a democracia é o poder de decisão de qualquer indivíduo, sendo assim ele pode ser conduzido tanto pela fé na natureza humana que seria (os valores, princípios de cada um) quanto na fé da capacidade dos seres em agir de forma racional, comandada por (ações inteligentes) sendo a ultima a mais adequada para alcançar bens comuns e satisfazer a todos no geral. E para o autor, o desenvolvimento dessa racionalidade se constrói através da educação, e com isso o individuo desenvolve sua inteligência para lidar com assuntos da comunidade, se sentem preparados em debater, interagir, discutir, propor etc., é nessa capacidade que o autor acredita, que a sociedade se tornara realmente democrática.

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