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24/02/2018 Fotossíntese - reações, etapas, ilustrações - InfoEscola
https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ 1/4
Fotossíntese
Por Priscila Soares do Nascimento
Mestre em Ciências Biológicas (UFRJ, 2016)
Graduada em Biologia (UFRJ, 2013)
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O termo fotossíntese significa síntese pela luz, sendo o processo pelo qual plantas, algas e algumas bactérias utilizam a
energia luminosa para produzir matéria orgânica. A fotossíntese é o principal meio de produção de energia dos seres
autotróficos. Esse processo geralmente utiliza gás carbônico (CO2) e água (H2O) para a produção de matéria orgânica na
forma de glicídios, a qual servirá de alimento para o organismo, liberando também gás oxigênio (O2) para a atmosfera no
processo. Praticamente todo o oxigênio que compõe a atmosfera atual da Terra é resultado da fotossíntese.
Dessa forma, a equação geral da fotossíntese é:
12 H2O + 6 CO2 → 6 O2 + C6H12O6 + 6 H2O
Estrutura das células fotossintetizantes
Nas células, a fotossíntese ocorre em organelas chamadas de cloroplastos, a qual contém pigmentos responsáveis pela
absorção da energia luminosa. O pigmento fotossintetizante mais conhecido é a clorofila, mas alguns organismos utilizam
carotenoides e ficobilinas.
Estrutura básica de um cloroplasto. Ilustração: Kazakova Maryia / Shutterstock [adaptado]
As membranas internas dos cloroplastos, chamadas de tilacóides, contêm complexos chamados de fotossistemas. Esses
fotossistemas são compostos pelos pigmentos fotossintetizantes juntamente com proteínas e moléculas transportadoras de
elétrons. Eles são divididos em fotossistema I e fotossistema II de acordo com o comprimento de onda considerado ótimo
para a absorção.
Os dois fotossistemas funcionam de forma independente, mas são ligados por uma cadeia de moléculas transportadoras de
elétrons. Os fotossistemas se organizam ainda em dois complexos: complexo antena e centro de reação. O complexo
antena é formado por moléculas de pigmento que captam a energia da luz e a transfere até chegar ao centro de reação. O
centro de reação é o local onde a energia luminosa vai ser convertida em energia química.
Reações da fotossíntese
24/02/2018 Fotossíntese - reações, etapas, ilustrações - InfoEscola
https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ 2/4
A fotossíntese é composta por uma série de reações químicas. Estas reações são divididas em duas fases na fotossíntese: a
fase clara ou fotoquímica e a fase escura ou puramente química.
A fase clara ocorre durante o dia, pois depende da presença de luz para acontecer. Essa fase ainda pode ser dividida em
dois processos: a fotofosforilação e a fotólise da água. Já a fase escura, não depende da luz para ocorrer, sendo composta
pelo processo chamado de ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin-Benson.
Reações do processo de fotossíntese. Ilustração: Designua / Shutterstock.com [adaptado]
Fotofosforilação
A fotofosforilação é o processo de produção de energia na forma de adenosina-trifosfato (ATP) a partir da energia
luminosa. A energia luminosa que incide sobre os organismos fotossintetizantes causa uma excitação dos elétrons de uma
ou mais moléculas de clorofila do complexo antena. As moléculas de clorofila excitadas transferem a energia, mas não o
elétron, para moléculas de clorofila vizinhas do complexo antena, excitando-as também. Essa transferência vai ocorrendo
até chegar ao centro de reação do fotossistema.
Quando uma molécula de clorofila do centro de reação recebe a energia, seus elétrons são excitados de forma a atingir um
nível superior de energia e serem transferidos para uma molécula transportadora de elétrons. A fotofosforilação pode ser
de dois tipos: fotofosforilação cíclica e acíclica.
A fotofosforilação cíclica ocorre no fotossistema I, composto basicamente por clorofila a. Ao receber a energia luminosa,
um par de elétrons excitados deixa a molécula de clorofila a. A partir disso, o elétron vai sendo transferido de uma
substância para a outra em uma cadeia transportadora de elétrons. Após a passagem por essa cadeia, retornam a
molécula de clorofila, ocupando seu lugar e fechando a fotofosforilação cíclica.
24/02/2018 Fotossíntese - reações, etapas, ilustrações - InfoEscola
https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ 3/4
Já na fotofosforilação acíclica, os fotossistemas I e II trabalham em conjunto. No fotossistema II predomina a clorofila
b. Durante o processo a clorofila a do fotossistema I que recebeu a energia luminosa perde um par de elétrons excitados,
sendo recolhidos por uma molécula aceptora de elétrons. Esses elétrons vão sendo passados por uma cadeia
transportadora de elétrons, na qual último aceptor é uma molécula chamada de NADP+ (fosfato de dinucleotídeo de
nicotinamida-adenina), que se torna NADPH2 ao receber os elétrons.
No fotossistema II, a clorofila b, também excitada pela luz, perde um par de elétrons. Esse par atravessa outra cadeia
transportadora de elétrons que liga os dois fotossistemas, chegando ao fotossistema I e ocupando o lugar do elétron
perdido pela clorofila a. Como os elétrons que voltam para a clorofila a não são os mesmos que foram perdidos por ela,
mas sim os doados pela clorofila b, o processo é chamado fotofosforilação acíclica.
Ao passar pela cadeia transportadora, esses elétrons liberam energia que vai ser utilizada para realizar a passagem
prótons (H+) através das membranas tilacóides, passando do estroma do cloroplasto para o interior do tilacóide ou lúmem.
A alta concentração de H+ acumulados no interior dos tilacóides cria uma pressão para a sua saída. A forma que esses íons
encontram de sair é através de um complexo enzimático transmembrana chamado de sintetase de ATP. Esse complexo
funciona como um motor molecular, que gira com a passagem de H+, unindo moléculas de ADP com fosfatos (Pi) para a
produção de ATP.
Tanto esse ATP quanto o NADPH2 produzido ao final da cadeia transportadora de elétrons, vão ter um papel no ciclo das
pentoses da fase escura. Vale lembrar que a molécula de clorofila b continua sem seu par de elétrons, que só vai ser
reposto no processo de fotólise da água.
Fotólise da água
A molécula de clorofila que perdeu seu elétron após a excitação pela energia luminosa, é capaz de substituí-lo por elétrons
extraídos de moléculas de água. Com a remoção dos seus elétrons, a molécula de água decompõe-se em prótons (H+) e
átomos livres de oxigênio (O). Os prótons são liberados para dentro da membrana tilacóide, vindo a contribuir para o
aumento da concentração de prótons no lúmem e a consequente geração de ATP. Já os átomos de oxigênio liberados
unem-se imediatamente em pares formando moléculas de gás oxigênio (O2), que são liberadas para a atmosfera. Essa
quebra provocada pela oxidação (perda de elétrons) da água em decorrência da energia luminosa é chamada então de
fotólise da água.
A equação geral da fotólise da água é a seguinte:
2 H2O → 4e– + 4 H+ + O2
Ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin-Benson
Já na fase escura da fotossíntese, ocorre o ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin-Benson. Ele consiste em um conjunto de
reações que ocorre de forma cíclica, sendo responsável pela produção de glicídios que vão servir de alimento para o
organismo. Esse processo realiza a fixação do carbono atmosférico, pois utiliza moléculas de gás carbônico (CO2) como
fonte de carbono para a produção dos glicídios.
O ciclo é composto por três etapas e o composto inicial do é um açúcar de cinco carbonos com um grupo fosfato chamado
de ribulose-1,5-bifosfato (RuBP). A partir disso, ocorre a incorporação de uma molécula de CO2 ao RuBP mediada pela
enzima chamada de rubisco, o que resulta em duas moléculas de três carbonos cada, chamadas de 3-fosfatoglicerato ou
ácido 3-fosfoglicérico (PGA). Dessa forma, a cada 6 moléculas de CO2 incorporadas a 6 moléculas RuBP produz-se 12
moléculas de PGA, sendo esta a quantidadenecessária para a realização do ciclo completo e produção de 1 molécula de
glicose ao final da fotossíntese.
Na segunda etapa, o PGA é utilizado na produção de um composto chamado de gliceraldeído 3-fosfato ou 3-
fosfogliceraldeído (PGAL), de fórmula química C3H6O3. O PGAL é o principal produto do ciclo das pentoses e sua produção
inclui duas reações. Na primeira delas o PGA é fosforilado, recebendo o fosfato (Pi) de uma molécula de ATP produzida na
fotofosforilação da fase clara. Dessa forma, o PGA passa a ser uma molécula com dois fosfatos chamada de 1,3-
bifosfoglicerato e o ATP volta à condição de ADP. A partir disso, ocorre a redução do 1,3-bifosfoglicerato pelo NADPH2
também produzido pela fotofosforilação. Nessa reação de redução o 1,3-bifosfoglicerato tem um dos seus fosfatos
removido gerando o PGAL, enquanto o NADPH2 volta à condição de NADP+.
Na terceira etapa, das 12 moléculas de PGAL produzidas, 10 são utilizadas para a regeneração das 6 moléculas de RuBP
necessárias para o ciclo se iniciar novamente. Como foi visto, o ciclo das pentoses não forma diretamente a glicose
(C6H12O6), mas sim o glicídio chamado de gliceraldeído 3-fosfato (PGAL). As 2 moléculas de PGAL que não são utilizadas
24/02/2018 Fotossíntese - reações, etapas, ilustrações - InfoEscola
https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ 4/4
para regenerar a RuBP, saem do ciclo, podendo ser transportadas para o citoplasma da célula. A partir dessas duas
moléculas de PGAL pode ser produzida uma molécula de glicose.
Assim, desconsiderando a formação posterior de glicose, a produção mais direta de glicídios na fotossíntese pode ser
representada pela seguinte fórmula:
3 CO2 + 6 H2O → C3H6O3 + 3 O2 + 3 H2O
O destino dos glicídios
Embora seja comumente representada como o principal carboidrato produzido na fotossíntese, a glicose livre é gerada em
baixa quantidade nas células fotossintetizantes. Na verdade, a maior parte das moléculas de PGAL que saem para o
citoplasma forma o açúcar sacarose, composto por uma molécula de glicose e uma de frutose.
Parte dos glicídios da fotossíntese é utilizada pelas mitocôndrias na respiração celular, produzindo energia para o
organismo realizar suas funções vitais. Outra parte pode vir a integrar a biomassa do ser fotossintetizante através da
produção de diversas substâncias orgânicas como aminoácidos, gorduras e celulose. A glicose ainda pode ser convertida
em amido e ser armazenada em células especiais do caule e da raiz compondo uma reserva energética para o organismo.
Referências:
Amabis, J. M. & Martho, G. R. 2006. Fundamentos da Biologia Moderna: Volume único. 4ª Ed. Editora Moderna: São Paulo,
839 p.
Raven, P. H.; Evert, R. F.; Eichorn, S. E. 2007. Biologia vegetal. 7a ed. Editora Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 830 p.

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