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Urinálise -

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INTRODUÇÃO
A análise da urina (urinálise) tem sido usada por muitos séculos, sendo um dos procedimentos laboratoriais mais antigos utilizado na prática médica. A amostra de urina pode ser considerada com uma biópsia do trato urinário, obtida sem a necessidade de procedimento invasivo. Seu exame fornece informações importantes, de forma rápida e econômica, seja para o diagnóstico e monitoramento de doenças renais e do trato urinário, seja para a detecção de doenças sistêmicas e metabólicas não diretamente relacionadas com o rim.
O exame de urina é um processo analítico que permite identificar os aspectos físicos (onde a olho nu verifica-se a cor, aspecto e cheiro), químicos (onde se mergulha na urina uma fita e cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina e após 30 segundos, compara-se a cores dos quadradinhos com uma tabela de referência que vem na embalagem das próprias fitas). Através destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos detectar a presença dos seguintes dados da urina: pH, Glicose, Proteínas, Cetonas, Bilirrubinas, Sangue, Urobilinogênio e Nitrito. E também a análise dos componentes presentes no sedimento urinário, se referindo aos sólidos depositados (sedimentos) no fundo do tubo com a amostra após passar pela centrifugação. Dentre os componentes do sedimento urinário estão: Células sanguíneas, Hemácias e leucócitos, Células epiteliais, Microrganismos, Espermatozoides, Cilindros, Cristais e Muco.
Através destas análises podem ser observados e avaliados distúrbios hemorrágicos glomerulares, hepatopatias, erros inatos de metabolismo e infecções urinárias. 
Na análise microscópica do sedimento urinário podemos observar a presença substâncias insolúveis presente na urina. 
OBJETIVO
Analisar a amostra de urina em três etapas: exame físico, exame químico e análise do sedimento urinário. 
MATERIAL 
Amostra biológica
Fita reagente
Centrifuga
Tudo de centrifuga cônico
Pipeta Pasteur 
Lâminas
Lamínulas 
Microscópio 
MÉTODO
Inicialmente um integrante do grupo realizou a coleta de urina em um frasco (coletor universal) para análise da amostra. 
	No primeiro momento avaliou-se os aspectos físicos da urina a olho nu.
	Para análise química, uma pequena amostra de urina foi coletada com uma pipeta Pasteur e colocada em cima de uma fita reagente, aguardando de 30 a 60 segundos para a mudança de cor. 
	Para análise no refratômetro, gotejou-se a urina com uma pipeta Pasteur na parte azul do aparelho, fechando com a tampa em seguida e analisando a densidade com o aparelho contra a luz.
	Por último, foram coletados 12 ml de urina com uma pipeta Pasteur e transferiu-se esse conteúdo para um tubo cônico, a fim de realizar a análise de sedimento urinário. Em seguida o tubo foi levado para a centrífuga a 22ºC (não refrigerada) por 5 minutos a 1800 rpm.
	Após esse período de tempo, foi retirado aproximadamente 11 ml de solução sobrenadante para descarte. Restou aproximadamente 1 ml de urina, que foi homogeneizada, colocada na lâmina e recoberta pela lamínula para análise no microscópio. 
	Utilizou-se os aumentos de 100x e 400x, sendo o primeiro para verificar a homogeneidade da amostra e o segundo para identificação e contagem dos elementos presentes nos sedimentos. Os resultados foram anotados para serem discutidos.
RESULTADOS
Exame físico da amostra
Cor: Amarelo-citrino
Odor: Sui generis
Aspecto: límpido
Densidade: 1025 g/l
Exame químico da amostra (uso da fita)
pH: 6
Proteínas: Negativo
Glicose: Negativo
Cetonas: Negativo
Bilirrubinas: Negativo
Hemoglobina: Negativo
Urobilinogênio: Negativo
Nitrito: Negativo
Leucócitos: Negativo
Análise do sedimento urinário
Homogeneidade: a amostra apresentava-se homogênea
Hemácias: Não evidenciadas
Leucócitos: Não evidenciados
Cilindros: Presentes
Cristais não patológicos: Presentes
Cristas patológicos: Não evidenciados
Células Epiteliais: Presentes
Micro-organismos: Não evidenciados
DISCUSSÃO
Os resultados encontrados encontram-se dentro da normalidade. 
No exame físico da amostra, a cor, odor e aspecto não apresentaram indicações de alterações. 
A urina normal é amarela à inspeção visual, podendo sofrer alterações de acordo com a concentração. Existem uma série de fatores que podem causar a alteração na cor observada, entretanto, a coloração não deve ser utilizada como determinante patológico. As alterações mais observadas são urina vermelha, marrom ou preta, o que pode indicar hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria e bilirrubinúria. 
O odor da urina, também sofre influência da concentração desta, e é atribuído aos ácidos voláteis da amostra. O envelhecimento da amostra pode tornar o odor amoniacal. Vale ressaltar que uma série de medicamentos podem alterar esta característica. 
Da mesma maneira que a cor, o aspecto também pode sofrer alterações com a concentração, sabe-se que a presença de leucócitos, eritrócitos, cristais, bactérias, muco, lipídeos e matérias contaminantes podem aumentar a turbidez da amostra. É recomendado que a observação desse indicador seja realizada logo após a coleta, evitando o depósito de cristais, o que pode influenciar este parâmetro. 
A densidade urinária é um indicador da habilidade de concentração urinária renal. É definida como a relação entre a massa de um volume líquido e a massa de um mesmo volume de água destilada. Reflete a capacidade do rim em diluir ou concentrar a urina. A isotenúria, ou seja, a baixa densidade da urina, pode ser sugestiva para falha renal primária, porém, pacientes que apresentam poliúrica, polidipsia também podem apresentar essa alteração. 
Ao exame químico da amostra, também não foram encontradas alterações patológicas.
O pH urinário não reflete, necessariamente, o pH sanguíneo e pode sofrer alterações por diversos fatores, como alimentação, infecções e armazenamento da amostra. O pH urinário sofre variação na tentativa de manter o pH sanguíneo entre 7,35 e 7,45. Existem uma série de causas para urina alcalina podendo variar de uma alcalose respiratória a uma infecção do trato urinário. A urina ácida pode ter como causa acidose respiratória ou metabólica e hipocalemia. 
A glicosúria é detectada por uma reação enzimática específica para glicose e pode ter causas como a hiperglicemia ou lesão do túbulo proximal renal, que, geralmente, reabsorvem a glicose. A presença de glicosúria na ausência de hiperglicemia reflete uma falha em reabsorver a glicose do filtrado glomerular. 
A urina fisiológica é livre de corpos cetônicos. A cetonúria ocorre quando estes compostos estão aumentados no plasmo (cetonemia) em decorrência de distúrbios no metabolismo de ácidos graxos e carboidratos. Correlaciona-se a cetonúria com jejum prolongado, anorexia, lipidose hepática, cetoacidose diabética e hepatopatias. 
Uma pequena quantidade de proteína pode ser considerada normal na urina, devendo ser correlacionado com a densidade urinária. A proteinúria pode ser decorrente de glomerulonefropatia, defeitos de transporte tubular ou inflamação e infecção do trato urinário; pode ser classificada em pré-renal, decorrente de febre, convulsões, exercício muscular intenso, hipertensão glomerular, hiperproteinemia e extremos de frio ou lador; a pós renal é observada em inflamações do trato urinário inferior; ou renal que ocorre em doenças glomerulares e tubulares. 
Quando a hemoglobina é degrada, a porção heme é convertida em bilirrubina, que por sua vez é conjugada no fígado e excretada na bile. Uma parcela da bilirrubina conjugada escapa para a circulação e é filtrada pelo glomérulo, aparecendo na urina. Há um pequeno liminar renal para a bilirrubina, e um pequeno aumento da concentração plasmática desta já pode ser causador da bilirrubinúria. 
A presença de hemácias na urina pode indicar doenças do trato urinário inferior ou genital, incluindo infecção, neoplasia, doença inflamatória ou idiopática, e do trato urinário superior. Pode ocorrer quando eritrócitos intactos lizamem urina diluída ou em casos de elevados níveis de hemoglobina no sangue decorrente da hemólise intravascular. 
A presença de uma pequena quantidade de leucócitos na urina é considerada normal. As causas mais comuns para leucocitúria são infecções bacterianas do trato urinário, mas, há outras causas como doenças inflamatórias renais ou do trato urinário, calculoso, exercício físico extenuante e febre. Os leucócitos podem penetrar no trato urinário desde o rim até a uretra. 
O uribilinogênio pode estar presente em pequenas quantidades sem que este fato apresente relevância clínica. Sua presença pode indicar doença hepática ou hemólise. 
A urina é rica em nitratos, porém, a presença de bactérias no líquido provoca a transformação destes em nitritos. Porém, o nitrito negativo não deve descartar a hipótese de infecção urinária, uma vez que nem todas as bactérias são capazes de metabolizar o nitrato. 
A avaliação do sedimento urinário também não apresentou grandes alterações. Salvo a presença de um maior número de cristas, porém tal fato pode ser explicado sem maiores dificuldades: o doador da amostra havia tomado cápsulas de creatina no dia anterior. 
Os cilindros formam-se nos túbulos renais a partir de mucoproteínas secretadas pelas células epiteliais. A cilindrúria indica que há uma doença renal, mas não necessariamente uma falha renal, também não indicando que o rim seja o órgão primário envolvido na patologia. 
A presença de cristalúnia é influenciada pelo pH urinário, densidade urinária, e outros. Pacientes com urina muito concentrada estão predispostos à formação de cristais. A presença destes pode não ser clinicamente significativa em indivíduos saudáveis. 
Baixas quantidades de células epiteliais também são encontradas na urina, porém, em casos de irritação ou inflamação na bexiga pode ser observado um aumento na quantidade destas. 
Bacteriúria pode refletir contaminação ou inflação. Outros organismos, como nematódeos (ou seus ovos), leveduras e hifas podem ser identificados ocasionalmente. 
Muco e espermatozoides também podem ser observados ocasionalmente. 
CONCLUSÃO
A análise da urina é um exame frequentemente solicitado no laboratório clínico, uma vez que, permite a avaliar a função renal e fornece indícios sobre a etiologia de uma provável disfunção ou infecção. 
Dessa maneira, a realização cuidadosa da análise é extremamente importante para evitar resultados falsos. 
Da mesma maneira, cabe ao profissional da saúde realizar uma análise minuciosa dos resultados laboratoriais com o objetivo de oferecer o melhor tratamento possível ao paciente, evitando causar complicações. 
REFERÊNCIAS
COSTAVAL, José Aloysio da et al. Qual o valor da sedimentoscopia em urinas com características físico-químicas normais?. J. Bras. Patol. Med. Lab.,  Rio de Janeiro ,  v. 37, n. 4, p. 261-265,    2001 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442001000400007&lng=en&nrm=iso>. access on  03  Mar.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S1676-24442001000400007.
HEGGENDORNN, Lorraine Herdy; SILVA, Nayara de Almeida; CUNHA, Glauber Azevedo da. Urinálise: a importância da sedimentoscopia em exames físico-químicos normais. Revista Eletrônica de Biologia (REB). ISSN 1983-7682, [S.l.], v. 7, n. 4, p. 431-443, dez. 2014. ISSN 1983-7682. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/reb/article/view/20177>. Acesso em: 03 mar. 2018.
ABBAS, Abul K; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay; COTRAN, Ramzi S; ASTER, Jon C; ROBBINS, Stanley L.: Robbins e Cotran: Patologia - Bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
CHAGAS, Fabiana Camargos et al.; CARNEIRO, Luciano; NOGUEIRA, Edilberto Mendes; BAHIA, Magda. Leucocitúria: Urine leukocytes. Universidade Federal de Minas Gerais, 2003. 1 p. Disponível em: <http://rmmg.org/artigo/detalhes/1491>. Acesso em: 03 mar. 2018.

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