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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ENG1142 – FUNDAÇÕES PROJETO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS AGENARA QUATRIN GUERREIRO Professores: Alexandre Pacheco Fernando Schnaid Porto Alegre, 2013 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 03 1.1 Enquadramento e Objetivos ....................................................................................... 03 1.2 Organização do Relatório ........................................................................................... 03 2 CARACTERISTÍCAS DO LOCAL .......................................................................... 05 2.1 Localização da Área Objeto de Estudo ...................................................................... 05 2.2 Investigação Geotécnica............................................................................................. 05 2.3 Definição do Tipo de Fundação ................................................................................. 06 3 DIMENSIONAMENTO DAS ESTACAS ................................................................. 07 3.1 Estaca Tipo Hélice-Contínua ..................................................................................... 07 3.2 Cálculo da Capacidade de Carga ............................................................................... 08 3.3 Dimensionamento das Armaduras ............................................................................. 10 3.4 Recalque ..................................................................................................................... 12 3.5 Atrito Negativo ........................................................................................................... 13 4 DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO ............................. 14 4.1 Carregamento da Estrutura ......................................................................................... 14 4.2 Dimensionamento ....................................................................................................... 15 4.2.1 Bloco sobre 2 estacas ............................................................................................. 15 4.2.2 Bloco sobre 3 estacas ............................................................................................. 18 4.2.3 Bloco sobre 4 estacas ............................................................................................. 20 4.2.4 Bloco sobre 5 estacas ............................................................................................. 22 4.2.5 Armaduras Complementares em Blocos ............................................................. 24 4.2.5.1 Armadura de Pele ................................................................................................. 24 4.2.5.2 Armadura de Suspensão ....................................................................................... 25 4.2.5.3 Armadura Transversais ........................................................................................ 25 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 26 ANEXO A SONDAGEM SPT ........................................................................................ 27 ANEXO B LOCAÇÃO DOS BLOCOS DE ESTACAS ................................................. 28 ANEXO C DETALHAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO ......................... 29 ANEXO D DETALHAMENTO DAS ESTACAS .......................................................... 30 APÊNDICE MEMORIAL DE CÁLCULO - TABELAS ................................................ 31 3 1) INTRODUÇÃO 1.1 Enquadramento e Objetivos Como forma de avaliar o assunto abordado na disciplina de Fundações, ministrada pelo Professor Fernando Schnaid e Professor Alexandre Pacheco, no curso de graduação em Engenharia Civil na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi solicitado o projeto de fundações profundas para uma planta de locação de cargas de pilares. Foram fornecidos para os alunos perfis de sondagens de ensaio de penetração SPT, onde destes deveria se escolher um que definisse o perfil do solo a ser executado as estacas da fundação. Juntamente, forneceu-se uma planta de locação de cargas de pilares, onde seriam projetado os blocos de estacas para cada pilar detalhado. Através dos materiais didáticos oferecidos pela disciplina pode-se obter os métodos de cálculo e dimensionamento das etapas necessárias do projeto. Sendo assim, este relatório tem o intuito de oferecer o dimensionamento das fundações da planta composta por blocos de coroamento de estacas tipo Hélice Contínua, fornecendo planta de locação das estacas, detalhamento da armadura dos blocos e ligação bloco-estaca do projeto. 1.2 Organização do Projeto No primeiro capítulo do relatório é feita uma breve introdução do que é proposto para o projeto de fundações profundas, descrevendo-se os objetivos do memorial de cálculo e considerações quanto ao fornecimento de dados para o memorial de cálculo aqui proposto. O segundo capítulo caracteriza o local da obra, utilizando-se de uma investigação geotécnica para avaliação do tipo de solo e propriedades necessárias para a devida escolha da do tipo de fundação a ser projetada. O dimensionamento de estacas é proposto no terceiro capítulo, descrevendo o tipo de estaca adotada para a fundação onde são descritas as considerações tomadas para escolha da solução construtiva devido à localização e ao tipo de solo em estudo. Através de métodos semi- __________________________________________________________________________________________ 4 empíricos é determinada a capacidade carga das estacas, métodos teóricos calculam o recalque das fundações e são feitas análises quanto à armadura necessária nas estacas. O capítulo quatro propõe o dimensionamento dos blocos de coroamento das estacas. As considerações feitas para o cálculo do carregamento da estrutura são feitas nessa etapa, para a partir destes dados, calcular a quantidade de estacas por blocos ideal para as solicitações de cada pilar. Por fim, descreve-se o dimensionamento da armadura dos blocos de diferentes números de estacas. De forma a organizar a estrutura do relatório e facilitar a visualização de tabelas e detalhamento dos blocos e estacas, estes materiais foram alocados, respectivamente, na parte do apêndice e anexo, onde o último também contém as plantas de blocos e a sondagem SPT adotada. 5 2) CARACTERÍSTICAS DO LOCAL Para a determinação do tipo de estaca a ser executada para a fundação da estrutura deve-se, inicialmente, investigar os fatores abaixo: Localização e tipo de estrutura; Condições do solo e nível do lenços freático; Durabilidade do material da fundação. Dependendo do tipo de solo em análise, a escolha de materiais, como a madeira ou concretos com baixo desempenho não são adequados para terrenos com nível de lençol freático presente ou presença de sais e ácidos no solo podendo causar corrosão em estruturas com aço. 2.1 Localização da Área Objeto de Estudo A área de objeto de estudo está localizada na Avenida Oswaldo Aranha, número 99, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Trata-se de uma estrutura destinada ao uso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada em uma região central e altamente urbanizada da cidade. 2.2 Investigação Geotécnica Através de um perfil de sondagem (ANEXO A) foi feita uma análise do tipo de solo para se determinar o melhor tipo de fundação. O perfil de sondagem SP-54 descreve a primeira camadacom material misto de argila siltosa e areia, seguindo de uma camada com mistura de solo residual e após solo residual completo com características de solo arenoso. Não foi detectado nível de lençol freático para esta sondagem. Trata-se de um solo, com matriz residual e de alta resistência. Por possuir um alta resistência entre as cotas de 8 e 9 m abaixo da superfície do solo, adotou o assentamento na profundidade de 8 metros, devido aos valores de NSPT elevados. Após 45 golpes, não é recomendável a escavação para execução de estacas, por isso assentar na camada com valores intermediários a 20 e 45 golpes NSPT. __________________________________________________________________________________________ 6 2.3 Definição do Tipo de Fundação Como trata-se de um local inserido em meio urbano, com presença de vizinhanças, a escolha da fundação se deve ao fator de não produzir perturbações nas fundações vizinhas, assim como ruídos potenciais de execução de estacas, como o caso das estacas pré-moldadas. Também observou-se a necessidade de uma estaca com alto desempenho, pois trata-se de um solo resistente. Por isso, a estaca tipo Hélice Contínua pareceu satisfazer todos os requisitos do local a ser projetada a fundação. No próximo capítulo são descritas as propriedades e metodologia de execução das estacas, juntamente com o memorial de cálculo das mesmas. 7 3) DIMENSIONAMENTO DAS ESTACAS 3.1 Estaca Tipo Hélice Contínua De acordo com a definição que consta pela norma NBR 6122:1996. Estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a perfuração do terreno com a introdução, por rotação, de um trado helicoidal contínuo e injeção de concreto pela própria haste central do trado simultaneamente com a retirada do mesmo, sendo que a armadura é colocada após a concretagem da estaca. As vantagens que se pode encontrar pelo uso desse tipo de estaca se dá pela ausência de vibrações durante a execução, alta produtividade e pode ser executada em solos rijos e ainda com presença de nível d’água. É importante ressaltar que é uma estaca com alto custo, porém, dependendo da obra em que será aplicada, se for necessário uma grande quantidade de estacas no terreno, torna-se viável pela qualidade da execução. Figura 1 – Processo de execução da estaca tipo hélice-contínua (fonte: GEOFIX, 2013) Por tratar-se de um material de alta resistência, possui dimensões reduzidas em relação ao seu comprimento e diâmetro, notando que pode-se executar estacas com distâncias de eixo à 35 cm. Cabe ressaltar que é necessário a espera de 1 dia, no mínimo, antes de se perfurar e concretar outra estaca. __________________________________________________________________________________________ 8 Tabela 1 – Cargas nominais para estacas do tipo hélice contínua (fonte: Antunes e Tarozzo, 1998) 3.2 Cálculo da Capacidade de Carga Para a determinação da capacidade de carga das estacas utilizou-se do método Décourt&Quaresmo (1982); método semi-empírico de estimativa da capacidade de carga de ruptura baseado apenas em resultados do ensaio SPT. 𝑅𝑝 = 𝐶.𝑁𝑝. 𝐴𝑝 𝑅𝑙 = 𝑈∑10. ( 𝑁𝑙 3 + 1)∆𝐿 𝑛 1 Onde: Np = NSPT médio da ponta; Nl = NSPT médio da lateral; Ap = representa a área da seção transversal da estaca; U = perímetro da estaca; ∆l = o segmento de estaca que está sendo calculado; C = coeficiente que relaciona a resistência de ponta com o valor Np em função do tipo de solo (Tabela 2). Tabela 2 – Valores atribuídos a C (Decóurt & Quaresma, 1978) Diâmetro da Hélice [mm] Carga Admissível Estrutural [kN] Espaçamento sugerido [cm] 500 1250 125 600 1800 150 700 2450 175 800 3200 200 900 4000 225 1000 5000 250 9 (fonte: Rodrigues, 2012) De acordo com Décourt(1996), são introduzidos coeficientes α e β na fórmula de capacidade de carga para permitir sua utilização em outros tipos de estacas. Nas tabelas 3 e 4 podem ser vistos os valores usados para esses coeficientes. 𝑅𝑟𝑢𝑝 = 𝛼. 𝑅𝑝 + 𝛽. 𝑅𝑙 Tabela 3 – Valores do coeficiente α em função do tipo de estaca e do tipo de solo (Décourt, 1996) (fonte: Rodrigues,2012) Tabela 4 – Valores do coeficiente β em função do tipo de estaca e do tipo de solo (Décourt, 1996) (fonte: Rodrigues, 2012) Para este estudo, foram considerados coeficientes de segurança parciais para o cálculo da carga admissível (QADM). Aplicando para a parcela de resistência de ponta (FS)P = 3 e o atrito lateral (FS)L = 2. Isto se deve ao fato da carga da ponta ter um maior papel na resistência total da estaca, assim majora-se o coeficiente para uma faixa mais ampla de confiança de projeto. A __________________________________________________________________________________________ 10 Tabela 5 apresenta os valores obtidos por diferentes métodos, sendo o método escolhido o valor médio obtido, devendo-se a isso o uso destes valores para dimensionamento das fundações. Tabela 5 – Comparação das cargas admissíveis para diferentes métodos de cálculo de capacidade de carga 3.3 Armadura das Estacas De acordo com a ABNT NBR 6122, estacas e tubulões, se forem solicitados a cargas de compressão e tensões dentro dos limites determinados na Tabela 6, podem ser executados em concreto não armado, com exceção da armadura de ligação com o bloco. Se as solicitações forem superiores, deve ser dimensionada a armadura de acordo com a ABNT NBR 6118. Tabela 6 – Estacas moldadas in loco: parâmetros para dimensionamento (fonte: Adaptado da ABNT NBR 6122, 2010) Qr 2814,0 3515,5 4294,7 Qa 873,4 1070,0 1286,0 Qr 3843,4 4800,7 5864,0 Qa 1356,5 1685,0 2048,9 Qr 5223,5 6517,3 7953,6 Qa 1852,1 2297,3 2789,9 Capacidades por Método Estaca tipo Hélice Contínua ɸ80 ɸ90 ɸ100 Aoki-Veloso Décourt- Quaresma P. Velloso Armadura [%] Comprimento [m] Hélice/hélice de deslocamento 20 1,4 1,8 1,15 0,5 4 6 Escavadas sem fluido 15 1,4 1,9 1,15 0,5 2 5 Escavadas com fluido 20 1,4 1,8 1,15 0,5 4 6 Strauss 15 1,4 1,9 1,15 0,5 2 5 Franki 20 1,4 1,8 1,15 0,5 Armadura Integral - Raiz 20 1,4 1,8 1,15 0,5 Armadura Integral - Tensão média atuante abaixo da qual não é necessário armar* [MPa] *Com exceção da ligação com o bloco Tipo de Estaca fck d máximo de projeto [MPa] Comprimento útil mínimo (incluindo trecho de ligação com o bloco e % de armadura mínima)ϒf ϒc ϒs 11 Avaliando-se a pior condição de carregamento com o menor diâmetro, obteve-se uma tensão para as estacas tipo Hélice Contínua inferiores a tensão média atuante mínima de 6 MPa, sendo assim, não é necessário armadura para a estaca. Entretanto, é de uso corrente a armadura para estacas hélice-contínua moldadas in loco, por isso, utiliza-se, neste caso, a armadura mínima para a estaca. De acordo com os requisitos fornecidos pela indústria, dimensiona-se as estacas com os valores encontrados na Tabela 7 abaixo. Tabela 7 – Armadura mínima para estacas tipo Hélice Contínua (fonte: GEOFIX, 2013) Os detalhes da armadura foram fornecidos pelo catálogo de estacas hélice-contínua da empresa GEOFIX, este detalhamento encontra-se no ANEXO D deste relatório. Tabela 8 – Armadura mínima das estacas do projeto Estribos ɸAÇO [mm] Nº Barras Compriment o [m] ɸAÇO [mm] 90 20 11 até 6 m 8 100 20 13 até 6 m 8 Armadura longitudinal ɸESTACA [cm] __________________________________________________________________________________________12 A norma também especifica que a ligação bloco-estaca deve possuir armadura mínima, sendo assim, a seguir é definido o dimensionamento desta armadura, conforme ABNT NBR 6118; armadura longitudinal mínima para pilares. 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛 = 𝐴𝐶 . 𝜌𝑚𝑖𝑛 = 𝐴𝑐 . 0,50% Onde ρmin é a taxa mínima de armadura e Ac a área da seção transversal da estaca de concreto. O comprimento de ancoragem é dado por 44ɸ e a armadura transversal não deve ter diâmetro inferior a ¼ ɸ e espaçamento de 12ɸ. Tabela 9 – Armadura da ligação bloco-estaca 3.4 Recalque O cálculo do recalque foi feito através do método teórico de Poulos e Davis (1980) que analisa o recalque da estaca como um deslocamento equivalente ao do solo. Fazendo uso da teoria da elasticidade e de gráficos para determinação de coeficientes, os seguintes valores foram obtidos: Tabela 10 – Determinação de parâmetros para cálculo do recalque das estacas Assim, através da equação a seguir, calcula-se o recalque teórico da estaca, com base em condições de aderência entre estaca e solo perfeita. 𝜌 = 𝑃𝐼 𝐸𝑆𝑑 Onde ρ = recalque; ɸ [cm] As,min [cm²] Armadura longitudinal Armadura transversal 90 31,8 11ɸ 20mm 6,3ɸ c/7cm 100 39,26 13ɸ 20mm 6,3ɸ c/7cm d(cm) ѵ I0 Rh Rv Rk Rb I 90 0,29 0,155 0,4 0,93 1,08 1 0,06227 100 0,29 0,16 0,4 0,93 1,06 1 0,06309 13 P = carga na estaca; ES = Módulo de elasticidade do solo; d = diâmetro do fuste da estaca; I = Io.Rh.Rv.Rk.Rb. Calculou-se o recalque para todas as estacas locadas na área do projeto, porém, todas obtiveram resultados não superiores à 3mm. Como a prática brasileira se baseia em um valor máximo de recalque de 25mm, verifica-se adequada as estacas dimensionadas para as cargas atuantes no solo a ser executada. 3.5 Atrito Negativo De acordo com a ABNT NBR 6122, as solicitações de atrito negativo só devem ser consideradas quando houver possibilidade de sua ocorrência. Tendo em vista que o perfil de solo não possui presença de aterros e pela localização da área do projeto não é interessante o depósito de aterros no local, prevê-se que não haverá solicitações geradas por atrito negativo ao longo do comprimento da estaca. __________________________________________________________________________________________ 14 4) DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO 4.1 Carregamento da Estrutura A partir do carregamento obtido na planta de locação de cargas, fornecida pelo projetista, analisou-se o carregamento da estrutura para se dimensionar os blocos de coroamento e a quantidade de estacas necessárias para a execução das fundações profundas. Foram analisados 10 casos de carregamentos com cargas permanentes, acidentais e devido ao vento, utilizando-se dos coeficientes de combinações de cargas. Por fim, calculou-se o valor das cargas críticas e dimensionou-se os blocos com base nestes dados. Tabela 11 – Coeficientes de majoração e minoração para combinações de cargas (fonte: Adaptado da NBR 8681, 2000) As tabelas de cálculo podem ser encontradas no apêndice deste relatório. De acordo com os cálculos obtidos pelas combinações de carregamentos e cargas atuantes normais, foram previstas as seguintes quantidade de estacas e blocos de coroamento no projeto: Tabela 12 – Quantidade de estacas por diâmetro e totais Tabela 13 – Quantidade de blocos por grupo de estacas e totais Ψ0 Ψ1 Ψ2 γg γq Peso Próprio - - - 1,25 - Carga acidental geral 0,8 0,7 0,6 - 1,5 Vento 0,6 0,3 0 - 1,4 Coeficientes Minoração MajoraçãoTipo de Carga 83 52 135Número total de estacas Estacas de ɸ90cm Estacas de ɸ100cm 26 11 10 2 49 Blocos de 5 estacas Total de blocos Blocos de 2 estacas Blocos de 3 estacas Blocos de 4 estacas 15 Observa-se na tabela N que o total de blocos não equivale ao total de pilares, isto se deve ao fato de existirem pilares dimensionados com contato entre faces, sendo necessário o dimensionamento de um bloco para dois pilares. É importante ressaltar que para o posicionamento do bloco na locação de cargas, deve-se ter o cuidado de centrá-los no centro de gravidade da estrutura formada pelos dois pilares. 4.2 Dimensionamento Para o dimensionamento dos blocos, as seguintes considerações quanto às propriedades dos materiais dos componentes dos blocos de coroamento seguem abaixo: Concreto com fck de 20 MPa; Aço CA-50 com barras de ɸ20mm; Cobrimento de 3cm; Na parte do apêndice deste relatório é possível encontrar as tabelas com os valores principais utilizados para o dimensionamento dos blocos. Quanto as verificações do concreto, todos os blocos foram verificados e estão de acordo com os requisitos da norma. 4.2.1 Bloco de 2 estacas Figura 2 – Esquema para dimensionamento de blocos sobre 2 estacas tan 𝜃 = 𝑑 𝐿 2 − 𝑎𝑝 4 __________________________________________________________________________________________ 16 Cabe lembrar que para este tipo de bloco, o ângulo Ɵ deve estar entre 45º e 55º. 𝑑 ≥ { 𝐿 2 ∅ 4 . 𝑓𝛾𝑑 𝑓𝑏𝑑 Onde, d é a altura útil do bloco; ∅ o diâmetro da estaca; L o espaçamento entre estacas no bloco; fbd e fyd são características do concreto e do aço. A armadura principal é determinada através da resultante de compressão na biela e força de tração na armadura principal. Figura N – Equilíbrio de forças do nó junto à estaca 𝑇 = 𝑅𝐸𝑆𝑇 𝑑 ( 𝐿 2 − 𝑎𝑝 4 ) Onde, 𝐷 = 𝑅𝐸𝑆𝑇 sin𝜃 e 𝑅𝐸𝑆𝑇 = 𝑁 2 ; Antes de iniciar os cálculos das armaduras, deve-se fazer a verificação das bielas junto ao pilar e junto à estaca. 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝑁𝑑 𝐴𝑝 sin 𝜃2 17 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 𝑁𝑑 2𝐴𝑒 sin 𝜃2 Onde Ap e Ae são as áreas do pilar e da estaca, respectivamente. Para evitar o esmagamento do concreto, as tensões atuantes devem ser menores que as tensões resistentes, dadas pela por: 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 1,4𝐾𝑅𝑓𝑐𝑑 Onde KR é o coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes, seu valor varia de 0,9 a 0,95. A área da armadura principal de tração é dada por: 𝐴𝑆 = 𝑇 𝑓𝛾𝑑 A ancoragem da armadura principal se dá pelo seguinte método: 𝑙𝑏𝑒 = 0,8𝑙𝑏1 − 8∅ 1,3 Onde, 𝑙𝑏1 = ∅ 4 . 𝑓𝛾𝑑 𝑓𝑏𝑑 A ancoragem da armadura positiva do bloco deve ter no mínimo o comprimento de ancoragem básico (lb), iniciada a partir da face da estaca próxima à extremidade do bloco. A distância entre as estacas e o limite do bloco deve ser de, no mínimo, 10 cm. Abaixo as armadura secundárias, onde é a menor dimensão do bloco de coroamento. Armadura secundária é dada por: 𝐴𝑠2 = 7,5%𝐵 Armadura dos estribos verticais: 𝐴𝑠𝑤 = 7,5%𝐵 Armadura superior de montagem: 𝐴𝑠𝑚 = 0,1. 𝐴𝑠1 __________________________________________________________________________________________ 18 4.2.2 Bloco de 3 estacas Figura 3 – Esquema para dimensionamento de blocos sobre 3 estacas tan 𝜃 = 𝑑 𝐿√3 3 − 0,3𝑎𝑚 Onde, am é a menor dimensão do pilar. Visando a simplificação das equações para cálculo da reação da estaca, utilizar-se-á a equação abaixo para o cálculos de bloco de 3 estacas ou mais. 𝑇 = 𝑁 𝑛 𝑟 𝑑 1 2 cos 𝛽 2⁄ Onde “r” é a distância entre o ponto de carregamento do pilar e o diâmetro da estaca. Para o cálculo dos blocos de quatro e cinco estacas também será utilizadaesta equação. Antes de iniciar os cálculos das armaduras, deve-se fazer a verificação das bielas junto ao pilar e junto à estaca. 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝑁𝑑 𝐴𝑝 sin 𝜃2 19 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 𝑁𝑑 3𝐴𝑒 sin 𝜃2 Onde Ap e Ae são as áreas do pilar e da estaca, respectivamente. Para evitar o esmagamento do concreto, as tensões atuantes devem ser menores que as tensões resistentes, dadas pela por: 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 1,75𝐾𝑅𝑓𝑐𝑑 Onde KR é o coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes, seu valor varia de 0,9 a 0,95. Altura útil mínima: 𝑑 ≥ { 𝐿√3 3 ∅ 4 . 𝑓𝛾𝑑 𝑓𝑏𝑑 Armadura principal: 𝐴𝑆 = 1,4. 𝑇 𝑓𝛾𝑑 Onde, 𝑇 = 𝑅𝑒𝑠𝑡.𝐿 9𝑑 Ancoragem da armadura principal se dá pelo mesmo processo do bloco de 2 estacas. A configuração do posicionamento de armaduras em blocos de 3 estacas pode ser dada na direção da bielas (medianas das estacas) ou paralelas ao lado. Entretanto, o modo mais utilizado no Brasil é a pelos lados do bloco. Figura 4 – Disposições de armaduras em blocos de 3 estacas. __________________________________________________________________________________________ 20 Sugere-se o dimensionamento de uma armadura em malha de barras finas, em duas direções, dada pela equação abaixo. 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑁𝑑 4,5𝑓𝛾𝑑 Onde a armadura por face é 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑓𝑎𝑐𝑒 = 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3 . Esta armadura é utilizada para blocos que suportam grandes cargas. Recomenda-se, também, o uso de uma malha superior para carga elevadas. Em relação as armaduras complementares, o subitem 4.2.5 descreverá os requisitos de detalhamento propostos pela norma NBR 6118. 4.2.3 Bloco de 4 estacas Figura 5 – Esquema para dimensionamento de blocos sobre 4 estacas tan 𝜃 = 𝑑 𝐿√2 2 − √2 4 𝑎𝑚 21 Onde, am é a menor dimensão do pilar. Altura útil mínima: 𝑑 ≥ { 𝐿√2 2 ∅ 4 . 𝑓𝛾𝑑 𝑓𝑏𝑑 Antes de iniciar os cálculos das armaduras, deve-se fazer a verificação das bielas junto ao pilar e junto à estaca. 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝑁𝑑 𝐴𝑝 sin 𝜃2 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 𝑁𝑑 4𝐴𝑒 sin 𝜃2 Onde Ap e Ae são as áreas do pilar e da estaca, respectivamente. Para evitar o esmagamento do concreto, as tensões atuantes devem ser menores que as tensões resistentes, dadas pela por: 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 2,1𝐾𝑅𝑓𝑐𝑑 Onde KR é o coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes, seu valor varia de 0,9 a 0,95. Armadura principal: 𝐴𝑆 = 1,4. 𝑇 𝑓𝛾𝑑 Onde, 𝑇 = 𝑅𝑒𝑠𝑡.𝐿 tan𝜃 . __________________________________________________________________________________________ 22 Quanto ao detalhamento da armadura principal, a Figura 6 mostra os diferentes tipos, onde o mais utilizado, por sua eficiência e praticidade, é a disposição das armaduras pelos lados. Figura 6 – Tipos de detalhamento da armadura principal no bloco sobre quatro estacas 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑁𝑑 6𝑓𝛾𝑑 Além da armadura de suspensão, deve se colocar uma armadura de pele, em forma de barras horizontais nas faces, com área por face dada por: 𝐴𝑠𝑝,𝑓𝑎𝑐𝑒 = 1 8 𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 4.2.4 Bloco de 5 estacas O dimensionamento de blocos sobre 5 estacas pode ser feito em outras disposições, como a forma de pentágono, entretanto a forma mais econômica e com menor área ocupada é de 4 estacas na periferia e uma centrada no bloco. Esta disposição é análoga ao dimensionamento dos blocos sobre 4 estacas, logo todas as expressões utilizadas para cálculo de armadura servem para este caso. Figura 7 – Esquema de dimensionamento de blocos sobre 5 estacas via método das bielas 23 O procedimento de dimensionamento para blocos de 5 estacas é semelhante ao bloco sobre quatro estacas, apenas modificando a carga N para (4/5) de N no cálculo das armaduras e outras verificações. Altura útil mínima: 𝑑 ≥ { 𝐿√2 2 ∅ 4 . 𝑓𝛾𝑑 𝑓𝑏𝑑 Antes de iniciar os cálculos das armaduras, deve-se fazer a verificação das bielas junto ao pilar e junto à estaca. 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝑁𝑑 𝐴𝑝 sin 𝜃2 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 𝑁𝑑 5𝐴𝑒 sin 𝜃2 Onde Ap e Ae são as áreas do pilar e da estaca, respectivamente. Para evitar o esmagamento do concreto, as tensões atuantes devem ser menores que as tensões resistentes, dadas pela por: 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 2,6𝐾𝑅𝑓𝑐𝑑 𝜎𝑐𝑑,𝑏,𝑙𝑖𝑚,𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 = 2,1𝐾𝑅𝑓𝑐𝑑 Onde KR é o coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes, seu valor varia de 0,9 a 0,95. __________________________________________________________________________________________ 24 Armadura principal: 𝐴𝑆 = 1,4. 𝑇 𝑓𝛾𝑑 Onde, 𝑇 = 𝑅𝑒𝑠𝑡.𝐿 tan𝜃 . O detalhamento da armadura principal é feito do mesmo modo dos blocos de quatro estacas, sendo esta a disposição das armaduras pelos lados. É importante a colocação de armaduras de suspensão na configuração das armaduras, onde o valor é dado pela equação abaixo. 𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑁𝑑 7,5𝑓𝛾𝑑 Além da armadura de suspensão, deve se colocar uma armadura de pele, em forma de barras horizontais nas faces, com área por face dada por: 𝐴𝑠𝑝,𝑓𝑎𝑐𝑒 = 1 8 𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 4.2.5 Armaduras Complementares em Blocos 4.2.5.1 Armadura de Pele Para seções com altura(h) maior que 60 cm. 𝐴𝑠𝑙 = 0,10%𝑏ℎ Onde o espaçamento máximo entre as barras dessa armadura não deve ser superior a 20cm. Recomenda-se o uso de barras de, no mínimo, ɸ12,5mm com espaçamento máximo de 20cm para cargas acima de 50tf. 4.2.5.2 Armadura de Suspensão 25 Armadura que “suspende” a parcela de carga propagada entre o intervalo de estacas, pois trata- se da região que não existe apoio direto. 𝐴𝑆𝑈𝑆𝑃 = 𝑃 1,5𝑛. 𝑓𝛾𝑑 4.2.5.3 Armaduras transversais Recomenda-se o uso de barras de, no mínimo, ɸ8mm com espaçamento máximo de 15cm para cargas acima de 50tf. __________________________________________________________________________________________ 26 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto - procedimento, Rio de Janeiro – RJ.2003 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122 – Projeto e execução de Fundações, Rio de Janeiro – RJ.2010 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas - Procedimento, Rio de Janeiro – RJ.2010 BASESTRAUSS Engenharia e Estaqueamento, Hélice Contínua com Trado Segmentado Monitorada: catalogo de serviços. São Paulo, 2013. BASESTRAUSS Engenharia e Estaqueamento, Estaca Strauss: catalogo de serviços. São Paulo, 2013. GEOFIX Fundações, Estacas Hélice Contínua: catalogo de serviços. São Paulo, 2013. RODRIGUES, B. C.; FILHO, J. F., Estudo comparativo entre prova de carga dinâmica, carga estática de projeto e métodos dinâmicos em estacas de perfis metálicos: Estudo de caso.2012. Belém. Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. 27 ANEXO A SONDAGEM SPT __________________________________________________________________________________________ 28 ANEXO B LOCAÇÃO DOS BLOCOS DEESTACAS 29 ANEXO C DETALHAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO __________________________________________________________________________________________ 30 ANEXO D DETALHAMENTO DAS ESTACAS 31 APÊNDICE MEMORIAL DE CÁLCULO – TABELAS Carga AC Fz Mx My Fz Fz Fy Mx Fz Fx My P1 187 0 0 31 26 0 -1 0 1 4 1870 1,11 2 0,9 1685 P2/P3 264 2 -1 31 230 10 -61 0 0 2 2640 1,29 4 1 2048,9 P4 187 0 1 27 32 0 -2 0 1 5 1870 1,11 2 0,9 1685 P5 246 6 2 31 24 12 -98 1 1 2 2460 1,46 2 0,9 1685 P6 260 3 -1 38 13 5 -42 -4 0 1 2600 1,54 2 0,9 1685 P7 253 -6 2 37 15 6 -47 5 0 2 2530 1,50 2 0,9 1685 P8 245 4 -2 31 24 12 -104 -15 1 2 2450 1,45 2 0,9 1685 P9 145 0 1 16 51 1 -5 -20 2 10 1450 0,86 2 0,9 1685 P10 236 0 0 36 45 1 -3 2 1 5 2360 1,40 2 0,9 1685 P11 236 0 0 36 46 1 -3 -4 1 5 2360 1,40 2 0,9 1685 P12 147 0 1 17 53 1 -4 24 2 11 1470 0,87 2 0,9 1685 P13 198 -1 -4 33 -9 0 -2 0 1 6 1980 1,18 2 0,9 1685 P14 204 1 5 32 -9 1 -2 0 1 6 2040 1,21 2 0,9 1685 P15/P16 344 12 1 28 -166 13 -79 0 0 3 3440 2,04 3 0,9 1685 P17 242 0 1 29 -40 2 -16 -21 2 16 2420 1,44 3 0,9 1685 P18 397 -16 1 67 11 25 -141 18 0 2 3970 2,36 4 0,9 1685 P19 389 -19 -1 66 12 25 -143 -24 0 2 3890 1,90 4 1 2048,9 P20 244 -1 3 30 -39 2 -15 29 2 16 2440 1,45 3 0,9 1685 P21 446 6 0 66 3 8 -88 -6 0 2 4460 2,18 4 1 2048,9 P22/P23 683 0 1 93 73 9 -65 -7 0 2 6830 3,33 5 1 2048,9 P24 514 2 -1 76 65 7 -35 24 0 1 5140 2,51 4 1 2048,9 P25 478 32 2 69 10 10 -97 7 0 2 4780 2,33 4 1 2048,9 P26 228 0 17 29 0 1 -5 7 14 80 2280 1,35 3 0,9 1685 P27 180 0 3 26 -33 0 -1 -17 2 13 1800 1,07 2 0,9 1685 P28 357 0 13 48 -52 0 -2 5 9 46 3570 1,74 2 1 2048,9 P29 226 0 -4 29 0 1 -5 -8 14 82 2260 1,34 3 0,9 1685 P30 300 -3 3 44 11 0 -2 -7 5 22 3000 1,46 2 1 2048,9 P31 243 0 1 29 39 2 -16 -21 2 16 2430 1,44 3 0,9 1685 P32 398 15 1 67 -11 25 -141 18 0 2 3980 1,94 4 1 2048,9 P33 370 -3 0 53 -16 8 -88 -24 0 2 3700 1,81 4 1 2048,9 P34/P36 281 1 3 32 33 0 -2 -31 6 42 2810 1,67 3 0,9 1685 P35 272 0 0 32 30 0 -1 28 3 22 2720 1,61 3 0,9 1685 P37 509 -39 3 73 -11 9 -97 5 0 2 5090 2,48 4 1 2048,9 P38 392 16 -1 66 -9 25 -143 -23 0 2 3920 1,91 4 1 2048,9 P39 249 0 3 30 37 2 -15 26 2 17 2490 1,48 3 0,9 1685 P40/P41 557 -6 2 59 -40 42 -300 19 2 4 5570 2,72 5 1 2048,9 P42 223 2 9 36 8 0 -2 -1 1 7 2230 1,09 2 1 2048,9 P43 300 2 5 39 9 1 -2 2 1 6 3000 1,78 3 0,9 1685 P44 143 0 1 16 -52 1 -5 -20 2 10 1430 0,85 2 0,9 1685 P45 235 0 0 35 -45 1 -3 3 1 5 2350 1,39 2 0,9 1685 P46 234 0 0 35 -46 1 -3 -2 1 5 2340 1,39 2 0,9 1685 P47 145 0 1 16 -56 1 -4 25 1 10 1450 0,86 2 0,9 1685 P48 244 -2 2 31 -24 12 -98 12 1 2 2440 1,45 2 0,9 1685 P49 247 5 -2 36 -12 5 -42 -5 0 1 2470 1,47 2 0,9 1685 P50 252 5 2 37 -13 6 -47 4 0 1 2520 1,50 2 0,9 1685 P51 243 -6 -2 31 -23 12 -104 -1 1 2 2430 1,44 2 0,9 1685 P52 186 0 2 25 -26 0 -1 0 1 4 1860 1,10 2 0,9 1685 P53/P54 272 5 0 28 -223 9 -56 0 0 2 2720 1,61 3 0,9 1685 P55 192 -1 -15 25 -33 0 -1 0 1 4 1920 1,14 2 0,9 1685 Pilar Carga V Vento Face X Vento Face Y Σ Fz [kN] Nᵒ estacas mínimo Nᵒ estacas projeto ϕ (m) QADM [Kn] __________________________________________________________________________________________ 32 P 1 6 5 2 2 5 5 3 ,4 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 8 1 1 ,9 8 2 6 ,1 3 9 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 /P 3 1 0 0 * 4 5 8 6 0 ,0 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 7 2 4 ,4 1 2 3 ,3 1 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 4 6 5 2 2 5 4 3 ,8 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 8 0 8 ,9 3 2 6 ,0 3 9 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 5 1 3 8 2 3 1 2 6 ,6 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 9 9 4 ,2 6 3 2 ,0 0 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 6 1 0 8 2 3 2 7 9 ,2 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 1 0 4 2 ,7 8 3 3 ,5 6 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 7 1 0 8 2 3 2 1 1 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 1 0 2 1 ,0 9 3 2 ,8 6 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 8 1 3 8 2 3 1 1 6 ,6 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 9 9 1 ,0 8 3 1 ,9 0 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 9 8 0 2 2 1 6 4 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 6 8 8 ,1 5 2 2 ,1 5 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 0 6 0 2 3 2 7 8 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 1 0 4 2 ,4 0 3 3 ,5 5 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 1 6 0 2 3 2 8 6 ,4 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 1 0 4 5 ,0 7 3 3 ,6 3 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 2 8 0 2 2 2 1 2 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 7 0 3 ,4 1 2 2 ,6 4 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 3 6 9 2 2 4 7 5 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 7 8 7 ,0 5 2 5 ,3 3 9 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 4 6 9 2 2 5 2 0 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 8 0 1 ,3 6 2 5 ,7 9 9 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 5 /P 1 6 1 0 0 * 3 3 8 6 0 ,0 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 7 4 2 ,3 0 2 3 ,8 9 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 1 7 1 0 0 * 3 2 8 5 5 ,0 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 5 4 9 ,0 3 1 7 ,6 7 6 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 1 8 1 4 7 4 5 1 2 6 ,2 0 2 7 0 9 0 1 9 0 ,9 1 0 6 ,1 1 9 0 ,9 1 9 1 ,0 6 3 3 ,7 0 2 0 ,3 9 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 1 9 1 4 7 4 4 9 8 0 ,8 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 6 1 5 ,7 3 1 9 ,8 2 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 0 1 0 0 * 3 3 1 3 3 ,6 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 6 0 2 ,6 1 1 9 ,3 9 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 2 1 1 3 8 4 5 4 7 5 ,2 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 6 7 6 ,8 4 2 1 ,7 8 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 2 /P 2 3 1 0 0 * 5 8 8 3 8 ,2 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 1 0 1 6 ,3 7 3 2 ,7 1 1 1 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 4 1 1 7 4 6 8 2 6 ,0 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 10 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 8 4 3 ,8 3 2 7 ,1 6 9 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 5 1 3 8 4 5 8 9 9 ,0 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 7 2 9 ,2 3 2 3 ,4 7 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 6 1 6 7 3 2 7 7 3 ,8 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 5 3 3 ,4 2 1 7 ,1 7 6 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 2 7 9 9 2 2 1 9 0 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 6 9 6 ,4 2 2 2 ,4 1 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 8 1 4 9 2 4 3 3 2 ,0 0 3 0 0 4 9 1 5 0 ,0 1 0 6 ,1 1 5 0 ,0 1 5 0 ,0 1 3 7 4 ,8 8 4 4 ,2 5 1 5 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 2 9 1 6 7 3 2 6 9 5 ,0 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 5 1 8 ,2 6 1 6 ,6 8 6 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 3 0 1 0 3 2 3 7 5 2 ,4 0 3 0 0 4 9 1 5 0 ,0 1 0 6 ,1 1 5 0 ,0 1 5 0 ,0 1 1 9 0 ,9 2 3 8 ,3 3 1 3 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 3 1 1 0 0 * 3 3 1 9 2 ,6 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 6 1 3 ,9 6 1 9 ,7 6 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 3 2 1 4 2 4 5 1 3 6 ,2 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 6 3 4 ,9 4 2 0 ,4 3 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 3 3 1 3 8 4 4 4 9 5 ,0 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 5 5 5 ,6 7 1 7 ,8 8 6 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 3 4 /P 3 6 1 0 0 * 3 3 5 6 7 ,2 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 6 8 5 ,9 9 2 2 ,0 8 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 3 5 1 2 0 3 3 4 5 2 ,0 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 6 6 3 ,8 4 2 1 ,3 6 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 3 7 1 3 8 4 6 2 2 7 ,0 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 7 6 9 ,7 8 2 4 ,7 7 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 3 8 1 4 7 4 4 9 1 0 ,0 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 6 0 6 ,9 7 1 9 ,5 3 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 3 9 1 0 0 * 3 3 2 5 0 ,8 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 6 2 5 ,1 5 2 0 ,1 2 7 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 4 0 /P 4 1 1 0 0 * 5 6 6 1 4 ,6 0 3 0 0 9 0 2 1 2 ,1 1 0 6 ,1 2 1 2 ,1 2 1 3 ,0 7 6 0 ,6 6 2 4 ,4 8 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 4 2 7 3 2 2 8 3 7 ,2 0 3 0 0 4 9 1 5 0 ,0 1 0 6 ,1 1 5 0 ,0 1 5 0 ,0 9 0 0 ,4 6 2 8 ,9 8 1 0 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 4 3 7 3 3 3 6 6 0 ,6 0 2 7 0 6 0 1 5 5 ,9 1 0 6 ,1 1 5 5 ,9 1 5 6 ,0 7 0 3 ,9 6 2 2 ,6 6 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 0 P 4 4 8 0 2 1 6 7 0 ,0 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 5 3 1 ,0 6 1 7 ,0 9 6 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 4 5 6 0 2 2 9 0 0 ,2 0 2 7 0 5 0 1 3 5 ,0 1 0 6 ,1 1 3 5 ,0 1 3 5 ,0 9 2 2 ,2 6 2 9 ,6 8 1 0 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 P 4 6 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5 ,0 1 3 5 ,0 7 2 9 ,8 1 2 3 ,4 9 8 ,0 1 0 6 5 2 ,9 8 1 5 l b e C 1 A S 1 N ᵒ B a r r a s * * P ila r a (m a io r d im e n s ã o d o p ila r ) ƞ e s ta c a s V M Á X E s p a ç a m e n to * P a ra p ila re s c o m s e ç õ e s c o m p o s ta s o u fo rm a " L " u tiliz o u -s e u m v a lo r g e n é ric o p a ra d im e n s io n a m e n to d a a rm a d u ra . * * A a rm a d u ra p rin c ip a l d o s b lo c o s d e 4 e s ta c a s o b tid a p e la ta b e la é re fe re n te a c a d a la d o d o b lo c o . l b 1 β (ᵒ) C á lc u lo d d M Á X d F '
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