Buscar

ESPOROTRICOSE EM CÃES E GATOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESPOROTRICOSE EM CÃES E GATOS
Este trabalho tem como objetivo trazer informações sobre dermatopatia esporotricose, uma micose causada por fungo (Sporothrix Schenckii) que vive nas plantas, restos vegetais e solo. É considerada uma zoonose, ou seja, é uma doença de animais que pode ser transmitida ao ser humano, ou ocorrer o inverso também.
No Brasil, a esporotricose ocorre mais comumente no estado do Rio de Janeiro, onde já foram descritos centenas de casos em humanos, cães e gatos. Dados preliminares do Serviço de Vigilância em Saúde do IPEC apontaram para aproximadamente 2200 casos humanos até dezembro de 2009 e 3244 gatos e mais de 120 cães com esporotricose.
A esporotricose tem cura e quanto mais rápido for iniciado o tratamento, mais fácil é a cura.
 
Foto 01 – Fungo Sporothrix Schenckii Foto 02 – Esporotricose em gato
	
Diagnóstico 
O diagnóstico do médico veterinário será baseado nas informações que o tutor do animal fornecerá na anamnese como se possui acesso à rua, se há jardim em casa, algum histórico de briga ou em regiões endêmicas. 
O exame físico, dermatológico e exames complementares como histológicos ou citológicos, cultivos fúngicos nos exsudatos das lesões são essenciais para fechar o diagnóstico. Entretanto deve-se tomar cuidado ao coletar a amostra pois é um potencial zoonótico, portanto deve-se utilizar luvas e após a coleta higienizar bem as mãos.
O diagnóstico diferencial inclui outras doenças que podem causar lesões semelhantes como neoplasias, criptococose e leishmaniose.
Tratamento 
As sulfas possuem um certo resultado: Dapsona (Disulone): 2 mg/kg/dia via oral (VO), em duas doses diárias
Preferir o Cetoconazol, em administração por via oral (VO) na dose de 10 a 15 mg/kg/dia em uma dose única, na hora da refeição, junto com uma gordura. A duração do tratamento é de 4 a 6 semanas.
Tratamento em Cães
Terapia antifúngica com Itraconazol na dose de 10mg/kg, via oral (VO), uma vez ao dia (sid), por um período mínimo de três meses. Os animais demonstraram melhora do quadro clínico após 20 dias de tratamento, sendo observada a cura clínica dos animais ao final do período previamente determinado.
Tratamento em Gatos
Foi prescrito inicialmente Itraconazol 12 mg/kg, uma vez ao dia (sid), por via oral (VO). Decorridos trinta dias do início do tratamento com o antifúngico foi observada a cicatrização total da lesão. 
Prognóstico
O prognóstico desta doença é bom se for identificado a tempo e se fizer um tratamento correto. Podem existir recidivas mas, geralmente, estão associadas a um uso incorreto de medicamentos. Por esse motivos, nunca se deve medicar o animal sem a supervisão do veterinário, visto que esse ato pode parecer resolver o problema no momento mas piorar a saúde do animal no futuro.
Medidas profiláticas como o uso de luvas na manipulação de animais com lesões suspeitas, tratamento e isolamento dos animais doentes até a completa cicatrização das lesões, desinfecção das instalações com solução de hipoclorito de sódio instituída durante o tratamento, visam proteger os humanos que mantenham contato com cães e gatos infectados, devido à natureza contagiosa da doença.
Uma outra medida importante é a castração dos gatos que, por circularem pela rua, são mais propensos a brigas que podem causar feridas e acidentalmente abrigar o fungo. 
Se os devidos cuidados de profilaxia forem adotados, principalmente por Médicos Veterinários e proprietários de animais infectados, os riscos de transmissão da doença para humanos, serão bastante reduzidos.
	
Considerações Finais
Conclui-se que a esporotricose é uma zoonose importante, que vem tendo maior destaque nos últimos anos devido ao alto índice da doença em humanos provocada por animais. 
O fungo Sporothrix schenckii é amplamente disperso na natureza, principalmente em países de clima quente que favorecem a sua proliferação. O maior número de relatos da doença, em animais, ocorre em gatos domésticos, que são também os principais transmissores da enfermidade aos humanos.
O diagnóstico deve ser rápido e preciso, evitando complicações da doença aos animais e possível transmissão da mesma ao homem. 
O tratamento deve ser relizado com eficácia, nunca esquecendo de prolongar a administração das drogas empregadas neste período, mesmo após a cura clínica. Fatores de profilaxia são extremamente importantes, no manejo com animais doentes e na orientação de proprietários e tratadores, para que seja minimizado o risco de contaminação.
Referências 
https://www.vetsmart.com.br/blog/2016/08/10/pequenos-animais-esporotricose-felina-risco-de-contaminacao-veterinaria-2/
FOTO 01 - https://mycology.adelaide.edu.au/descriptions/hyphomycetes/sporothrix/
FOTO 02 - https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2017/03/13/micose-que-provoca-morte-de-gatos-atinge-humanos-rio-ja-teve-5-mil-casos.htm
https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/344189/mod_folder/content/0/Esporotricose%2520Canina%2520-%2520Rafael%2520Borges%2520de%2520Paula.pdf%3Fforcedownload%3D1&ved=2ahUKEwiYpMGBpIXaAhVCDJAKHcX4Dk4QFjAAegQIBxAB&usg=AOvVaw14tC5Fy6J0bW8N2r4ZkxDk
Moraillon Robert; Boussarie Yves; Sénecat Odile. Manual Elsevier de Veterinária. 7ª edição. Editora Elsevier Masson. 2013.
Martins Madrid, Isabel, Santos Júnior, Ronaldo, Sampaio Jr., Daiser Paulo, Negri Mueller, Eduardo, Dutra, Daniel, de Oliveira Nobre, Márcia, Araújo Meireles, Mário Carlos, Esporotricose canina: relato de três casos. Acta Scientiae Veterinariae [en linea] 2007, 35 (Sin mes) : Acesso em 21 de março de 2018] Disponível em <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=289021848016> 
Gremião Isabella; Pereira Sandro; Rodrigues Aline; Figueiredo Fabiano; Júnior Amary; Santos Isabele; Schubach Tânia; Tratamento cirúrgico associado à terapia antifúngica convencional na esporotricose felina. Acta Scientiae Veterinariae. 34(2): 221-223, 2006. Acesso em 22 de março de 2018. Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/2890/289021868022.pdf
https://www.peritoanimal.com.br/esporotricose-em-gatos-e-caes-sintomas-causas-e-tratamento-22452.html

Outros materiais