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Garrafas de água PET e antimônio

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foodsafetybrazil.org
http://foodsafetybrazil.org/garrafas-de-agua-mineral-de-pet-podem-apresentar-migracao-de-antimonio-acima-dos-limites/
Garrafas de água mineral de PET podem apresentar migração de
antimônio acima dos limites
Artigo recentemente publicado na Food Chemistry, apresentou dados que comprovam a migração de substância
química do plástico, neste caso o PET, para a bebida. O autor se baseou em estudos recentes que demonstram
resíduo de Sb encontrados em amostras de água, quando armazenada em garrafas de PET, o que não ocorre
quando armazenada em outros tipos de garrafa plástica ou quando a amostra de água é coletada diretamente da
fonte, o que indica que a presença de Sb nas amostras de água é devido a migração do PET. Sabemos que PET é
altamente utilizado como embalagem de alimentos e bebidas. Diante destes fatos, o autor pesquisou a influência
de fatores físico-químicos em relação à migração do Sb (antimônio).
O autor selecionou amostras de 3 marcas de água mineral engarrafada em PET, de 3 tipos de cores (claro, azul
claro e azul escuro). Os resultados obtidos foram:
- Avaliação da presença de Sb no material PET: Foram realizados testes analíticos, primeiramente para avaliar a
presença do Sb no material PET. Os resultados apontaram quantidade significativa de Sb no PET, que ocorre em
virtude de um catalisador (Sb2O3) utilizado durante o processo de fabricação, de excelente conversão, que no
entanto pode gerar residual de Sb.
- Avaliação da influência da temperatura: as amostras foram submetidas por 15 dias a 60ºC e comparadas com o
armazenamento a 15 dias a 60ºC mais 15 dias a 4ºC. Os resultados demonstraram o aumento da concentração do
Sb em quase 3 x mais no teste com elevação da temperatura, ou seja, a migração de Sb aumenta ao longo do
tempo e em maiores temperaturas. A quantidade de Sb encontrada na água foi superior ao permitido pela
legislação, ou seja, quantidade prejudicial à saúde humana.
- Avaliação da cor: a água armazenada em garrafas coloridas continha concentrações Sb semelhantes, mas eram
ligeiramente mais elevados do que os que estão armazenados em garrafas transparentes.
- Avaliação do CO2: testes comparativos entre amostras de água mineral gasosa x água mineral natural,
concluíram que na primeira, a concentração residual de Sb é maior, indicando que a presença de dióxido de
carbono acelera a migração de Sb.
 
Este é um tema muito relevante, uma vez que o consumo de água mineral engarrafada tem se tornado cada vez
maior. Os resultados demonstrados por este trabalho apontam que a migração de contaminante químico pode
ocorrer do material plástico para a bebida, principalmente quando estocado em condições de temperatura muito
elevada e por muitos dias, o que ultrapassa a concentração permitida.
Na nossa legislação (RDC 17/08), é definido o LME = 0,04 mg/Kg para o Antimônio utilizado como aditivo.
Importante ressaltar, que o valor estabelecido como “permitido”, é representativo para o consumo de um dia. Deve
ser levado em consideração que outros produtos que são rotineiramente consumidos, também são embalados em
material plástico PET, e portanto, podem fornecer Sb através do processo de migração, para a bebida ou alimento.
 
Referência: CARNEADO, Sergio et al. Migration of antimony from polyethylene used in mineral water bottles. Food
Chemistry, Barcelona, p.544-550, jun. 2014.
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	Garrafas de água mineral de PET podem apresentar migração de antimônio acima dos limites

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