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Geomática e Geotecnologias RESENHA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VARZEA GRANDE – UNIVAG
GPA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS E ENGENHARIAS.
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.
DISCIPLINA: Geoprocessamento e Georreferenciamento
Instrumento de Avalição Parcial
Primeiro Bimestre
Várzea Grande – Mato Grosso
Abril – 2018
Apresentação
A Geomática é o ramo da geografia que surgiu na metade da década de 1950, na América do Norte; contudo este termo surgiu no meio acadêmico a partir de 1980. E envolve o uso de técnicas espaciais usadas na cartografia e topografia, bem como suas aplicações em computadores.
Por outro lado, o surgimento e a inovação das tecnologias no mundo atual, vem transformando, aprimorando e facilitando diversas atividades, em várias áreas. E assim também são as chamadas geotecnologias, que aparecem no nosso cotidiano como instrumentos com a atribuição de coletar, processar, avaliar e expor informações com uma referência geográfica. 
Um grande exemplo disto são as imagens obtidas por meio do sensoriamento remoto; as quais proporcionam a visão de extensas áreas da superfície terrestre, caracterizando o meio ambiente ou a paisagem, e, possibilitando estudos regionais e integrados, envolvendo vários campos do conhecimento. 
Estas imagens mostram os ambientes e sua transformação, assim destacando os principais impactos causados por fenômenos naturais e antrópicos, bem como outras alterações do uso e ocupação da terra. Ainda, por meio das imagens de satélite um ambiente distante ou de difícil acesso torna-se mais acessível. 
Em Geografia essas tecnologias possuem uma extensa aplicação, ainda mais com os crescentes avanços tecnológicos. As geotecnologias são, portanto, uma ferramenta essencial não só para a execução, mas também para o bom planejamento de diferentes atividades, bem como estudos nas mais variadas áreas do conhecimento. 
Sendo assim, o presente trabalho visa realizar uma análise crítica e comparativa a respeito dos temas abordados em dois artigos científicos escritos por ROSA (2005) e AZEVEDO (2007); acerca da Geomática no contexto da ciência e tecnologia, e das geotecnologias na Geografia aplicada.
DESENVOLVIMENTO
Os artigos a serem debatidos, foram publicados em revistas científicas das áreas de Geografia, Geomática e Ciências Geodésicas; e expõem de maneira abrangente a visão dos pesquisadores acerca das várias geotecnologias existentes, e suas aplicabilidades na Geografia aplicada e demais áreas de conhecimento. Ainda são expostas as diferentes contextualizações e interpretações imputadas à Geomática em seu enquadramento como uma ciência e tecnologia.
Ambos os pesquisadores, são doutores em Geofísica pela Universidade de São Paulo, e participam de diversos projetos de cunho cientifico, são membros de importantes Conselhos na área das Geociências, e também docentes em cursos de pós-graduação em renomadas universidades brasileiras.
O geógrafo Roberto Rosa, atua nas áreas de Sensoriamento Remoto e Geotecnologias, com ênfase nas questões ambientais; e dentre as suas pesquisas e projetos escreveu alguns livros e vários artigos importantes na área do Geoprocessamento e Georreferenciamento.
O pesquisador Luiz Henrique Aguiar de Azevedo é geólogo, e participou de um programa especializado, coordenado pela NASA e criou, implantou e gerenciou o projeto RADAM (Radar na Amazônia).
Durante a leitura dos artigos, percebe-se uma grande preocupação na conceituação dos temas, para que não haja duvidas e confusões acerca dos estudos. Ambos os autores apresentam uma visão particular sobre o assunto, mas tendem a convergir para as mesmas acepções e aplicações.
Conforme explica Rosa (2005, p. 81) as geotecnologias são “também conhecidas como geoprocessamento, as geotecnologias são o conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informações com referência geográfica”.
Sobretudo, geoprocessamento é na realidade um termo errôneo, usado quase que exclusivamente no Brasil, porém não mais tão difundido. Com o advento das novas tecnologias, surgiu o termo geomática. Sendo também assinalada por muitos estudiosos como geo-informática, justamente devido às bases informacionais sobre as quais se operam as informações.
Ainda de acordo com as explanações de Rosa (2005) as geotecnologias formam um conjunto de instrumentos com base em variados softwares e hardwares, bem como profissionais especializados na área de tecnologia da informação. 
A respeito destas diversas geotecnologias pode-se destacar: sistemas de informação geográfica (SIG), cartografia digital, sensoriamento remoto (SR), sistema de posicionamento global (GPS) e a topografia.
A geomática, por sua vez, é entendida como uma “ciência” composta por diversas atividades a qual tem uma visão comedida e metódica, e que integra todos os meios utilizados para a obtenção, administração e manutenção de dados espaciais necessários para as manobras científicas, administrativas, legais e técnicas envolvidas na produção e gerenciamento de informações espaciais.
Em suma, conforme explana Azevedo (2007, p. 79) a geomática, tem como atribuição a “utilização das técnicas de processamento computacional de dados para a produção da informação georreferenciada”.
Dentro deste contexto, a geomática, refere-se exclusivamente a técnicas de processamento dos dados para produção de determinadas informações. Não havendo preocupação com os mecanismos de coleta, mas sim com o nexo entre as etapas do processo de produção e do uso das informações. 
Não obstante, uma grande discussão ocorre por parte de muitos estudiosos, a respeito da caracterização da geomática, como uma ciência, e como tecnologia. Realizando-se uma breve análise sobre esta questão tão controversa, pode-se inferir as seguintes proposições:
Considerando a capacidade de coordenar e sistematizar informações, a fim de produzir uma informação georreferenciada, pode-se classificar a geomática como ciência.
Ao considerar toda a metodologia envolvida, e consequentes explicações apresentadas aos diversos termos técnicos, a geomática configura-se numa tecnologia.
Ainda alguns pesquisadores estabelecem a geomática como Ciência e Tecnologia, uma vez que existe uma ampla conexão entre todos os meios utilizados para a aquisição de dados espaciais, com o gerenciamento destas informações.
Um ótimo exemplo desta somatória CIÊNCIA+TECNOLOGIA como grande característica da Geomática, ocorre quando se fala dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), mais conhecido e utilizado no mundo da informática como GIS (Geographic Information Systems). 
Conforme enfatiza Rosa (2005, p. 82) “muitas pessoas quando falam em GIS referem-se, especificamente, ao software e não à tecnologia”. Deve-se entender que o software é apenas um dos componentes do GIS, pois este é formado ainda, por outros elementos, sendo eles: hardware, informações, usuários e os procedimentos de análise. Assim vejamos, 
- Software: conjunto de programas geridos por um sistema operacional, com finalidade de coletar, armazenar, processar e analisar informações = TECNOLOGIA
- Hardware: conjunto de equipamentos para que o software desempenhe diversas funções, tratando-se, portanto do componente físico = TECNOLOGIA
- Informações: são os dados que alimentam o sistema e gerando a informação = CIÊNCIA+TECNOLOGIA
- Usuários: pessoas com capacidade técnica CIÊNCIA+TECNOLOGIA
- Procedimentos de Análise: estão ligados ao conhecimento e experiência do usuário que, submete as informações a um tratamento específico, a fim de obter os resultados desejados = CIÊNCIA
Deste modo, partindo-se desta breve análise fica evidente não só a importância da Geomática, bem com a sua plena integração como ciência, e concomitantemente como tecnologia. 
Azevedo (2007, p. 80), destaca que “na prática, a Geomática é uma integradora de sistemas, interligando sub-sistemas (suas etapas) que, apesar de estarem direcionados a objetivos específicos, contribuem com um sistema maior cuja finalidade é a produção da informação localizadaespacialmente”.
Portanto, fica evidente que enquanto ciência, a Geomática, usufrui dos métodos científicos para sistematizar a produção das informações distribuídas no espaço, e então se transforma em tecnologia, a medida que vai determinando as técnicas a serem seguidas para atingir o objetivo.
Diversas instituições em todo o mundo utilizam-se destas tecnologias para a aquisição das mais variadas informações geológicas, geomorfológicas, hidrológicas, pedológicas, agrícolas, florestais, fito-geográficas, faunísticas, e também de qualidade ambiental, dentre outras. 
O INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, por exemplo, desenvolve no Brasil um programa interessantíssimo, para o monitoramento de queimadas, a partir de imagens de satélites que operam na faixa termal, como NOAA-12, NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NASA TERRA e AQUA, dentre outros.
As imagens obtidas (produtos), são diariamente geradas e são distribuídos gratuitamente pela internet; e fornecem as coordenadas geográficas de focos de calor, alerta de ocorrência de fogo em Áreas Protegidas, risco de fogo; e ainda estimativas de concentração de fumaça. 
 Dentro das diversas aplicabilidades das geotecnologias, aqui no Brasil destaca-se a gestão municipal, o meio ambiente, o planejamento estratégico de negócios, o agronegócio e as concessionárias e redes. 
Para a área de meio ambiente, por exemplo, o monitoramento de regiões remotas e distantes, como o caso das áreas Amazônicas, a detecção de focos de queimadas/incêndios, desmatamentos e estudos de impactos ambientais, é realizado principalmente por sensoriamento remoto (imagens de satélites e radares).
No ramo do agronegócio o uso de imagens de satélites e softwares permite monitorar e até mesmo prever safras. Ainda a chamada agricultura de precisão, utiliza-se de GPS e sistemas GIS, para tratar e analisar dados de campo, assim podendo, por exemplo, avaliar a produtividade agrícola de determinada cultura. 
Ressalta-se, também nesta explanação toda regularização fundiária do país, realizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, que é totalmente dependente destas tecnologias.
Sobretudo muito há ainda que se explorar, Rosa (2005, p. 82) enfatiza que “a carência de mapeamento no Brasil, principalmente em escalas grandes, é agravada pelo fato de grande parte dele encontrar-se desatualizada”. Assim entende-se que qualidade dos dados é importante a ser considerado; sendo necessária uma adequação entre a tecnologia disponível e a de adequação dos dados existentes. 
Atualmente tem-se visto altos investimentos feitos em muitos órgãos públicos, para a implantação de geotecnologias; sobretudo há uma grande escassez de recursos, que dificultam o acesso à formação. 
E acerca disto acredita-se que uma alternativa para difundir o uso das geotecnologias seria desenvolver materiais didáticos e programas de capacitação em geotecnologias talvez até na modalidade à distância, se necessário.
 Rosa (2005) comenta que a disponibilidade cada vez maior de dados orbitais gratuitamente na internet, como dos satélites CBERS e LANDSAT, bem como os softwares de processamento, análise e integração de dados como, o SPRING (criado pelo INPE), justifica exploração desses dados tanto pelos mais diversos profissionais. 
Deve-se ressaltar ainda a agilidade e a redução de custos obtidos por meio da utilização de imagens orbitais, pois são primordiais para o desenvolvimento de inúmeras atividades, uma vez que estas imagens vêm acompanhadas de uma qualidade cada vez maior de resolução.
CONCLUSÃO 
Ao longo dos anos, o homem procurou compreender a relação existente entre sua vida e o espaço geográfico no qual estava inserido. Por meio de desenhos estruturavam-se modelos que demonstravam e “desvendavam” os continentes, montanhas, mares, rios, relevos, entre outros aspectos geográficos. 
De acordo com as explanações feitas pelos autores em seus respectivos textos científicos, observa-se que ambos possuem opiniões singulares, porém são unânimes em afirmar os estudos da Geomática, com o apoio do Geoprocessamento e a sua integralização junto as Geotecnologias, são imprescindíveis em beneficio da sociedade.
 A Geomática apresenta tanto aspectos científicos como tecnológicos, e isto dependerá diretamente da área de aplicação que o sistema estiver estruturado. É, portanto, pertinente denominar a Geomática como uma “ciência tecnológica”, uma vez que a mesma demonstra equilíbrio e integração entre as duas áreas.
Neste contexto, as geotecnologias, a cada dia estão revolucionando a sistemática de trabalho das mais variadas áreas do conhecimento, assim possibilitando a compreensão e o planejamento dos diversos elementos da superfície terrestre. 
Atualmente são consideradas ferramentas imprescindíveis para os procedimentos de coleta e processamento de dados, e cada vez mais exigidas em estudos ambientais e urbanos, em termos de referência, editais e propostas. 
Na geografia essas tecnologias têm uma aplicação extremamente ampla, todavia o que se observa é que estas tecnologias não têm sido devidamente exploradas nos diversos estudos geográficos. 
Acredita-se que este fato se deva por uma insuficiência na formação inicial, bem como ausência de formação continuada dos profissionais, e isto é de suma importância para que se venha acompanhar os avanços tecnológicos. 
Os avanços tecnológicos das várias ferramentas ligadas à informática, ao sensoriamento remoto, aos sistemas de navegação por satélite, ao Sistema de Informação Geográfica e a internet, propiciaram ao homem conhecer melhor seu espaço geográfico, como nunca havia tido oportunidade de observá-lo e conhecê-lo. 
Deste modo existem diferentes possibilidades de aplicação dos dados obtidos em meio às mais variadas áreas não só a Geografia, mas também Agronomia, Engenharia Civil, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental, Geologia, Hidrologia, dentre outras.
Assim é notória a grande importância da geomática e das geotecnologias e suas diversas aplicações com o intuito de acelerar procedimentos e reduzir custos por meio da utilização de imagens orbitais, quando se compara aos meios utilizados há tempos atrás.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO DE, LUIZ HENRIQUE AGUIAR. A Geomática no Contexto da Ciência e Tecnologia. In: II Simpósio Brasileiro de Geomática e V Colóquio Brasileiro de Ciências Geodésicas, 2007, Presidente Prudente. Anais do II Simpósio Brasileiro de Geomática e V Colóquio Brasileiro de Ciências Geodésicas, 2007, v. único. p. 
ROSA, ROBERTO. Geotecnologias na Geografia Aplicada. Revista do Departamento de Geografia, no. 16, p. 81-90. 2005.
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
SILVA, FÁBIO GONÇALVES DA; CARNEIRO, CELSO DAL RÉ. Geotecnologias como recurso didático no ensino de geografia: experiência com o Google Earth. Caminhos da Geografia – revista on line. Uberlândia, v. 13, n. 41, mar/2012, p. 329-342. Disponível em: < http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16679>. Acesso em: 26 Abr. 2014.

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