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PROCESSO PENAL Seffair Nulidades

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PROCESSO PENAL-Nulidades Art. 563 a 573
Em 27.02.2018
1- CONCEITO: é a sanção (punição) aplicável a o processo ou ato processual. É um defeito do ato processual que ocorre da inobservância do ordenamento jurídico capaz de invalidá-lo em todo ou em parte.
INOBSERVÂNCIA DA FORMA OU FORMA PROIBIDA- É a sanção aplicável ao processo, ou ao ato processual, realizado com inobservância da forma devida, ou em forma proibida pela lei processual. É um defeito.
2- NATUREZA JURÍDICA: Vício ou sanção:
VÍCIO: torna ineficaz o processo
SANÇÃO: ato irregular é nulo
2.1 ASPECTOS
a) Indicar o motivo: tornar imperfeito
b) exprimir a consequência: Nulidade jurídica 
3- Princípios
a) Do prejuízo. Art. 563 CPP: tem que resultar no prejuízo para uma das partes.
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
b)Tipicidade das formas: o Código prevê quais os atos que devem ser praticados e como devem ser praticados, devendo esse modelo ser respeitado. É o modelo legal do ato.
A afronta à tipicidade legal constitui nulidade, conforme previsto no artigo 564, IV, do Código de Processo Penal:
“Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: V - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.”
c)Instrumentalidade: Segundo o princípio da instrumentalidade das formas, não se anula um ato se, embora praticado em desacordo com a forma prevista em lei, atingiu o seu fim. A razão pela qual a forma foi instituída acabou sendo cumprida. Ou seja, o ato processual tem defeito, mas atingiu a finalidade e não traz prejuízos.
Por exemplo, a sentença que não tem relatório, mas na qual o juiz analisou todas as teses de acusação e defesa, não produziu nenhum prejuízo, não pode ser declarada nula.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
d) Permanência da eficácia dos atos processuais: Produz efeito até que outro o declare inválido.
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados.
§ 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.
§ 2o O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
E) Restrição processual e decretação de invalidade: A invalidação de um ato processual defeituoso somente pode ser decretada se houver instrumento processual adequado e se o memento ainda for oportuno. Só decreta se o sistema processual prevê!
F) Convalidação: A palavra convalidar tem o significado de remover o defeito, remediar a falha, sanear o vício, a fim de que um ato processual inicialmente imperfeito possa ser considerado válido a produzir os efeitos legais.
Assim, tem-se que pelo princípio da convalidação, não se declara a nulidade quando for possível suprir o defeito.
Em regra, o princípio é aplicável apenas às nulidades relativas. Pois, o ato absolutamente nulo não pode ser saneado ou convalidado, a qualquer tempo.
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados.
§ 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.
O saneamento do processo – compreendido como a correção de seus eventuais defeitos e organização de seus rumos – deve ocorrer ao longo de toda a relação processual. Há o dever permanente do juiz de zelar pela regularidade e eficiência do processo – e com ele devem colaborar as partes (art. 6º). Porém, o Código dedica especialmente dois momentos processuais para tais atividades: o primeiro, por ocasião das providências preliminares (art. 347 e seguintes); o segundo, no bojo do julgamento conforme o estado do processo (art. 357).
g) Formação da certeza: É um princípio ligado ao princípio da instrumentalidade, onde estabelece que não se declare a nulidade de ato processual que não houver inspirado na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa, ou seja, não houve irrelevância do ato, fazendo com que este princípio seja considerado também, o princípio da irrelevância do ato. Ou seja, tem que influenciar na decisão da causa.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
h) Pas de nullité sans grief: Não há nulidade sem reclamação.
4.1 Sistemas:
a) FORMALISTA: nulidade surge com a inobservância das exigências legais. Rígido a tipicidade
B) INSTRUMENTAL: se o ato não observou as exigências legais, mas atingiu sua finalidade, deve ser válido. O fim prevalece sobre a forma do ato. Dá valor a finalidade.
* O CPP adota os dois sistemas
5. Espécies de defeitos
 5.1: INEXISTÊNCIA, nulidade e irregularidade Tratam-se do mais grave dos vícios, tornando o ato inexistente por lhe faltar elemento constitutivo mínimo, sendo impossível até mesmo reconhece-lo como ato processual.
Apesar de o ato existir faticamente, ele não existe juridicamente, por mais que eventualmente possa gerar efeitos antes de sua declaração.
Diferentemente das nulidades relativas e absolutas, o vício que gera a inexistência do ato não se convalida jamais, podendo ser reconhecido na constância da demanda e após seu encerramento, independentemente de prazo, por meio de mera ação declaratória de inexistência de ato jurídico.
5.1.1_ Inexistência material: Não existe; Não realizado
Exemplo: citação de homônimo
 5.1.2_ Inexistência jurídica: Ato realizado
Exemplo: Sentença não foi assinada pelo juiz. Ele esqueceu.
 5.2 IRREGULARIDADES: Irregularidade é o vício que decorre da desobediência ao modelo legal, que, no entanto, não tem repercussão para o desenvolvimento do processo e, portanto, não enseja a ineficácia do ato. 
Trata-se de desatendimento a uma exigência formal sem relevância para os fins do processo. 
É um vício que decorre da inobservância do ordenamento jurídico legal, porém não traz prejuízo ou consequência. É um vício com o qual ou sem o qual tudo continua tal qual.
Exemplo: Juiz prolata sentença em prazo superior ao estabelecido em lei, e estará sujeito à sanções de cunho administrativo, porém não há a invalidade da decisão. Afeta por vício que não anula a eficácia.
5.3 ATO NULO produz sanção enquanto não sofrer a sanção da eficácia .
 NULIDADE: 
NULIDADE ABSOLUTA: A nulidade absoluta ocorre nos defeitos insanáveis, com violação de norma de ordem pública, no sentido de que não se convalidam automaticamente, em nenhuma hipótese”. Nunca preclui!
Quando o ato atípico, imperfeito, não tem como ser convalidado, sendo aplicada a sanção de ineficácia do ato pelo Juiz. Essa nulidade não admite sanatória.
NULIDADE RELATIVA: Esta sim admite a sanabilidade, pois permite a convalidação do ato imperfeito. Como exemplo de ato de convalidação, tem-se o art.570 do CPP, que traz a seguinte redação:
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.
Processo são atos que serão efetuados pelas partes no Processo Penal.
Estes atos são desenvolvidos através de procedimentos que estão no CPP e em Leis Especiais.
Quando não observados estes atos, eles estão viciados, passando a não produzir efeito no mundo jurídico. T

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