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20090126150702 Eduardo Tanaka Carreira Policial Direito Constitucional Slides

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1
DIREITO CONSTITUCIONAL
Prof. Eduardo Tanaka
2
CONSTITUÇÃO
• Constituição da República Federativa do 
Brasil, promulgada em 05/10/1988.
3
CONSTITUÇÃO
• Os direitos e garantias fundamentais (título II) 
subdividem-se em:
• direitos individuais e coletivos (art. 5o), 
• direitos sociais (arts. 6o ao 11),
• nacionalidade (arts. 12 e 13), 
• direitos políticos (arts.14 ao 16),
• partidos políticos (art. 17).
4
DOS DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E
COLETIVOS
Prof. Eduardo Tanaka
5
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Caput- Princípio da isonomia
• Art. 5°- “Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
Pais a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos seguintes termos...” 
• A igualdade proclamada aqui é a igualdade 
formal, ou seja, igualdade de todos perante a lei 
6
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "Os direitos e garantias individuais não têm caráter 
absoluto. Não há, no sistema constitucional 
brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de 
caráter absoluto, mesmo porque razões de 
relevante interesse público ou exigências derivadas 
do princípio de convivência das liberdades 
legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, 
por parte dos órgãos estatais, de medidas 
restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, 
desde que respeitados os termos estabelecidos 
pela própria Constituição. (continua...)
7
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• (...continuação) (...) nenhum direito ou garantia 
pode ser exercido em detrimento da ordem pública 
ou com desrespeito aos direitos e garantias de 
terceiros." (MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, 
DJ 12/05/00)
8
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• I- homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição;
• Este inciso eliminou, por exemplo, a 
exclusividade da pensão alimentícia para 
mulheres, assim como acabou com a 
exclusividade do homem na chefia da 
unidade familiar.
9
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “(...) o Supremo Tribunal Federal firmou 
entendimento no sentido de que não há 
violação ao princípio da isonomia quando 
a discriminação tem como base a 
natureza das atribuições e funções 
exercidas em razão do sexo. (...). (AI 
403.106, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 
14/10/05)
10
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Súmula 339, do STF: “Não cabe ao Poder 
Judiciário, que não tem função legislativa, 
aumentar vencimentos de servidores 
públicos sob fundamento da isonomia”.
11
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Principio da legalidade
• II- ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei;
12
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Principio da legalidade
• Administração Pública. Só pode fazer 
aquilo que está previsto na lei.
• Privado. Pode fazer tudo que não seja 
proibido na lei.
13
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Principio da legalidade
• O princípio da legalidade impõe que 
qualquer comando jurídico há de provir de 
uma das espécies normativas, ou seja, a 
submissão e o respeito à lei.
14
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• O princípio da reserva legal estatui que a 
regulamentação de determinadas 
matérias há de fazer-se necessariamente 
por lei formal, entendida como ato 
normativo emanado do Congresso 
Nacional elaborado de acordo com o 
devido processo legislativo constitucional.
15
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a 
cargo público." (SÚM. STF 686)
16
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• III - ninguém será submetido à tortura ou 
tratamento desumano ou degradante;
17
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liberdade de pensamento
• IV - é livre a manifestação do 
pensamento, sendo vedado o anonimato;
18
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "Liberdade de expressão. Garantia 
constitucional que não se tem como 
absoluta. Limites morais e jurídicos. O 
direito à livre expressão não pode abrigar, 
em sua abrangência, manifestações de 
conteúdo imoral que implicam ilicitude 
penal. As liberdades públicas não são 
incondicionais, por isso devem ser 
exercidas de maneira harmônica, 
observados os limites definidos na própria 
Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, 
primeira parte). (continua...)
19
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• (... Continuação) O preceito fundamental 
de liberdade de expressão não consagra o 
‘direito à incitação ao racismo’, dado que 
um direito individual não pode constituir-se 
em salvaguarda de condutas ilícitas, como 
sucede com os delitos contra a honra. 
Prevalência dos princípios da dignidade 
da pessoa humana e da igualdade 
jurídica" (HC 82.424 STF, Rel. Min. 
Maurício Corrêa, DJ 19/03/04)
20
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “A liberdade de expressão constitui-se 
em direito fundamental do cidadão, 
envolvendo o pensamento, a exposição 
de fatos atuais ou históricos e a crítica.” 
(HC 83.125, STF, Rel. Min. Marco Aurélio, 
DJ 07/11/03)
21
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de resposta
• V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à 
imagem;
22
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• a) Direito de resposta ou réplica: visa 
proteger a pessoa de imputações 
ofensivas e prejudiciais a sua dignidade 
humana e deve ser proporcional ao 
agravo sofrido. O seu conteúdo não pode 
acobertar atividades ilícitas.
• b) Indenização por dano material: 
pressupõe uma diminuição do patrimônio, 
causando-lhe prejuízo econômico.
23
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• c) Indenização por dano moral: há um abalo 
psíquico, um constrangimento, uma dor, uma 
angústia, uma humilhação sofridas no aspecto 
não econômico dos bens jurídicos, 
independentemente de diminuição do 
patrimônio. Abrange o dano estético.
• d) Indenização por dano à imagem: o simples 
uso indevido da imagem, sem autorização, 
gera a indenização. Não se exige a ocorrência 
de ofensa à reputação do indivíduo.
24
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Súmula 37, do STJ: “São cumuláveis as 
indenizações por dano material e dano 
moral oriundos do mesmo fato”.
• Súmula 227, do STJ: “A pessoa jurídica 
pode sofrer dano moral”.
25
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “O dano moral indenizável é o que atinge 
a esfera legítima de afeição da vítima, que 
agride seus valores, que humilha, que 
causa dor. A perda de uma frasqueira 
contendo objetos pessoais, geralmente 
objetos de maquiagem da mulher, não 
obstante desagradável, não produz dano 
moral indenizável.” (RE 387.014-AgR, 
STF, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 
25/06/04) 26
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liberdade de consciência, de crença e de 
culto
• Vl -é inviolável a liberdade de consciência 
e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, 
na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias;
27
Dos Direitos e Deveres 
Individuaise Coletivos –
Artigo 5º 
• VII - é assegurada, nos termos da lei, a 
prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação 
coletiva;
• Entidades de internação coletiva são: 
penitenciárias, reformatórios, orfanatos, 
hospitais, quartéis etc.
28
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• VIIl - ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se 
as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em 
lei;
29
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liberdade de expressão
• IX -é livre a expressão da atividade 
intelectual, artística, científica, e de 
comunicação, independente de censura 
ou licença;
30
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Censura significa o controle, o exame por parte do 
Poder Público, previamente e com caráter vinculativo, 
visando a impedir a livre circulação de idéias 
contrárias aos interesses dos detentores do Poder 
Político.
• Licença, por sua vez, é a necessidade de autorização 
para a prática dessas liberdades. 
• A censura e a licença, no entanto, condicionam-se a 
limites, porque incumbe ao Estado zelar pela 
dignidade do povo e pelo mínimo de moralidade.
31
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liberdade de expressão
• C.F., Art. 220, parágrafo 2o – “É vedada 
toda e qualquer censura de natureza 
política, ideológica e artística.”
32
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• "As liberdades públicas não são incondicionais, por 
isso devem ser exercidas de maneira harmônica, 
observados os limites definidos na própria 
Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, primeira 
parte). O preceito fundamental de liberdade de 
expressão não consagra o 'direito à incitação ao 
racismo', dado que um direito individual não pode 
constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, 
como sucede com os delitos contra a honra. 
Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa 
humana e da igualdade jurídica." (HC 82.424, STF, 
Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 19/03/04)
33
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• X - são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito á indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua 
violação;
34
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Intimidade relaciona-se às relações subjetivas e de 
trato íntimo das pessoas, suas relações familiares 
e de amizade.
• Vida privada envolve todos os demais 
relacionamentos humanos, tais como relações 
comerciais, de trabalho, de estudo.
• Privacidade= intimidade + vida privada + honra + 
imagem.
• Essa proteção em relação àqueles que exercem 
atividade política ou os artistas deve ser 
interpretada de uma forma mais restrita.
35
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "Constitucional. Dano moral: fotografia: publicação 
não consentida: indenização: cumulação com o dano 
material: possibilidade. Constituição Federal, art. 5º, 
X. I. Para a reparação do dano moral não se exige a 
ocorrência de ofensa à reputação do indivíduo. 
(continua...)
36
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• (...continuação) O que acontece é que, de regra, a 
publicação da fotografia de alguém, com intuito 
comercial ou não, causa desconforto, aborrecimento 
ou constrangimento, não importando o tamanho 
desse desconforto, desse aborrecimento ou desse 
constrangimento. Desde que ele exista, há o dano 
moral, que deve ser reparado, manda a Constituição, 
art. 5º, X." (RE 215.984, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 
28/06/02) STF.
37
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Inviolabilidade da casa
• XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso 
de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial;
38
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Inviolabilidade da casa
• Só em 4 situações alguém pode entrar na 
casa sem consentimento do morador:
• A qualquer hora (dia ou noite):
• 1 - em caso de flagrante delito 
• 2 - Desastre
• 3 - para prestar socorro, 
• Somente durante o dia: 
• 4 - por determinação judicial.
39
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• “(...) o conceito normativo de ‘casa’ revela-se 
abrangente e, por estender-se a qualquer 
compartimento privado não aberto ao público, onde 
alguém exerce profissão ou atividade, compreende,), 
os escritórios profissionais, inclusive os de observada 
essa específica limitação espacial (área interna não 
acessível ao público contabilidade, ‘embora sem 
conexão com a casa de moradia propriamente dita’ 
(Nelson Hungria). (...) nenhum agente público, ainda 
que vinculado à administração tributária do Estado, 
poderá, contra a vontade de quem de direito, 
ingressar sem mandado judicial, em espaço privado 
não aberto ao público, onde alguém exerce sua 
atividade profissional,(...) (HC 82.788, Rel. Min. Celso 
de Mello, DJ 02/06/06)
40
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Prova: alegação de ilicitude da prova obtida mediante 
apreensão de documentos por agentes fiscais, em 
escritório de empresa — compreendido no alcance 
da garantia constitucional da inviolabilidade do 
domicílio — e de contaminação das provas daquela 
derivadas (...) só a ‘determinação judicial’ autoriza, e 
durante o dia, a entrada de alguém — autoridade ou 
não — no domicílio de outrem, sem o consentimento 
do morador.” (STF - RE 331.303-AgR, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ 12/03/04)
41
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Sigilo de correspondência e comunicação
• XlI - é inviolável o sigilo da 
correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e 
na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução 
processual penal;
42
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• “A administração penitenciária, com fundamento 
em razões de segurança pública, de disciplina 
prisional ou de preservação da ordem jurídica, 
pode, sempre excepcionalmente, e desde que 
respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo 
único, da Lei nº 7.210/84, proceder à 
interceptação da correspondência remetida 
pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da 
inviolabilidade do sigilo epistolar não pode 
constituir instrumento de salvaguarda de 
práticas ilícitas.” (HC 70.814, Rel. Min. Celso de 
Mello, DJ 24/06/94)
43
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "É ilícita a prova produzida mediante 
escuta telefônica autorizada por 
magistrado, antes do advento da Lei nº 
9.296, de 24.07.96, que regulamentou o 
art. 5º, XII, da Constituição Federal." (HC 
74.116, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 
14/03/97)
44
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Comunicações telefônicas: A lei 
9.296/96 regulamenta a interceptação 
telefônica, esta concebida no sentido da 
captação e gravação de conversa 
telefônica, no mesmo momento em que 
ela se realiza, por terceira pessoa, sem o 
conhecimento de qualquer dos 
interlocutores.
45
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Devem estar presentes três requisitos: 
• 1) ordem judicial, 
• 2) finalidade de investigação criminal ou 
instrução processual penal e 
• 3) hipóteses e forma que alei estabelecer.
46
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Tal lei não admite a hipótese de 
interceptação se existir outro meio de 
obter as informações. Também não será 
admitida a interceptação se o crime for 
apenado com detenção. Aplica-se à 
interceptação do fluxo de comunicações 
em sistemas de informática e telemática
(e-mails, por exemplo).
47
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Gravação clandestina: é a captação e gravação da 
conversa pessoal, ambiental ou telefônica, no mesmo 
momento em que se realiza, feita por um dos 
interlocutores, ou por terceira pessoa com o seu 
consentimento, sem que haja conhecimento dos 
demais interlocutores. Essa conduta afronta o inciso 
X, do art.5.º, da CF.
• Excepcionalmente, o STF admite que a própria 
pessoa, e não terceiros, grave, sem ordem judicial, 
conversa telefônica, quando, por exemplo, quiser 
obter a prova de um crime ou configurar a legítima 
defesa (HC 80.949).
48
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• “A quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico de 
qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa 
pode ser legitimamente decretada pela Comissão 
Parlamentar de Inquérito, desde que esse órgão 
estatal o faça mediante deliberação adequadamente 
fundamentada e na qual indique a necessidade 
objetiva da adoção dessa medida extraordinária. 
Precedente: MS 23.452-RJ, Rel. Min. Celso 
de Mello (Pleno).” (MS 23.639, Rel. Min. Celso de 
Mello, DJ 16/02/01)
49
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Inviolabilidade de dados: sigilos bancário e 
fiscal
• Os sigilos bancário e fiscal somente poderão ser 
excepcionados por ordem judicial fundamentada ou 
de Comissões Parlamentares de Inquérito, 
atendendo as seguintes características:
• a) os dados sejam indispensáveis e sejam fundados 
os elementos de suspeita apoiados em indícios 
idôneos de possível autoria de prática ilícita;
50
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Inviolabilidade de dados: sigilos bancário 
e fiscal
• b) haja individualização do investigado e do 
objeto da investigação;
• c) seja mantido o sigilo em relação às 
pessoas estranhas ao procedimento 
investigatório, pois somente deve ser usado 
para a investigação que lhe deu causa.
51
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Inviolabilidade de dados: sigilos bancário 
e fiscal
• É pacífico que esses dados podem ser 
devassados pela Justiça Penal e Cível e 
pelas Comissões Parlamentares de Inquérito.
52
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Inviolabilidade de dados: sigilos bancário 
e fiscal
• Quanto ao Ministério Público, o STJ entende 
que não pode requisitar diretamente as 
informações, porém, o STF entende que pode 
quando envolver dinheiro ou verbas públicas.
53
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Quanto ao Fisco, há a possibilidade de quebra do 
sigilo bancário quando houver processo 
administrativo instaurado ou procedimento fiscal em 
curso e tais dados sejam considerados 
indispensáveis pela autoridade administrativa 
competente.
• O mandado de segurança, e não o habeas corpus, 
é a ação constitucional adequada para resguardar o 
direito líquido e certo de não quebrar os sigilos 
bancário e fiscal, salvo hipóteses excepcionais.
54
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liberdade de exercício de profissão
• XIII- é livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei 
estabelecer;
55
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Liberdade de exercício de profissão
• XIII- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer;
• Trata-se de norma constitucional de eficácia contida. 
Enquanto não for promulgada a lei, é livre o exercício 
de qualquer trabalho, ofício ou profissão. Por exemplo 
qualquer um de nós pode exercer a profissão de 
pedreiro; o mesmo não acontece com as profissões 
de médico ou advogado, pois, nestas, só poderemos
exercê-las se atendermos as qualificações e os 
requisitos, estabelecidos nas leis respectivas. 
56
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de acesso à informação
• XIV - é assegurado a todos o acesso à 
informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício 
profissional;
57
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Jurisprudência STF: 
• “(...) A liberdade de imprensa, na medida em que não 
sofre interferências governamentais ou restrições de 
caráter censório, constitui expressão positiva do 
elevado coeficiente democrático. E a prerrogativa do 
sigilo da fonte, nesse contexto, constitui instrumento 
de preservação da própria liberdade de informação. 
Isso claramente significa que a prerrogativa 
concernente ao sigilo da fonte, longe de qualificar-se 
como mero privilégio de ordem pessoal, configura, na 
realidade, meio essencial de concretização do direito 
constitucional de informar (...)." (Inq 870, Rel. Min. 
Celso de Mello, DJ 15/04/96)
58
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de locomoção
• XV- é livre a locomoção no território 
nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele 
entrar, permanecer ou dele sair com seus 
bens;
• Direito cuja garantia se instrumentaliza
com o habeas corpus.
59
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de reunião
• XVI - todos podem reunir-se 
pacificamente, sem armas, em locais 
abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio 
aviso à autoridade competente;
60
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• São elementos da reunião: pluralidade de 
participantes, tempo (com duração 
limitada), finalidade (finalidade lícita, 
pacífica e sem armas) e lugar (local 
delimitado).
• A comunicação prévia às autoridades se 
justifica pelas condutas a serem 
desenvolvidas: regularização do trânsito, 
segurança, ordem pública, impedimento 
de realização de outra reunião.
61
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• A tutela do direito de reunião se efetiva 
pelo mandado de segurança, e não pelo
habeas corpus, pois, nesse caso, a 
liberdade de locomoção é simples direito-
meio para o pleno exercício de outro 
direito individual.
62
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de associação
• XVII - É plena a liberdade de associação para 
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
• Caráter paramilitar: treinamento com a 
finalidade bélica, com organização hierárquica 
e o princípio da obediência.
63
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XVIII -a criação de associações e, na 
forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento;
64
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, 
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito 
em julgado;
65
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liberdade de associação
• XX - ninguém poderá ser compelido a 
associar-se ou a permanecer associado;
66
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXI- as entidades associativas, quandoexpressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente;
• Caso de representação processual, pois a 
autorização deve ser expressa, ou seja, além 
de ter previsão genérica no estatuto, deve estar 
na ata da assembléia geral que conferiu 
poderes para a demanda, ou, procuração 
individual outorgada pelos membros.
67
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de propriedade
• XXII- é garantido o direito de propriedade;
68
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXIII - a propriedade atenderá a sua 
função social;
• Para se entender este inciso, é necessário 
esclarecer que a "função social" da 
propriedade varia, conforme seja ela 
urbana ou rural.
69
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXIII - a propriedade atenderá a sua função 
social;
• O art. 182, § 2° da CF diz o seguinte: "a 
propriedade urbana cumpre sua função social 
quando atende às exigências fundamentais de 
ordenação da cidade expressas no plano 
diretor".
• O plano diretor é um instrumento de política de 
desenvolvimento e expansão urbana, exigido 
pela CF para cidades com mais de 20.000 
habitantes; nele são enumeradas as obrigações 
dos proprietários de imóveis urbanos e as 
punições que sofrerão, caso não as cumpram.
70
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “O direito de edificar é relativo, dado que 
condicionado à função social da 
propriedade.” (RE 178.836, Rel. Min. 
Carlos Velloso, DJ 20/08/99)
71
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
• Em relação às propriedades rurais, o art. 186 da CF 
diz o seguinte: "A função social é cumprida quando a 
propriedade rural atende, simultaneamente, segundo 
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, 
aos seguintes requisitos:
72
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• I- aproveitamento racional e adequado;
• II - utilização adequada dos recursos naturais 
disponíveis e preservação do meio ambiente;
• III- observância das disposições que regulam as 
relações de trabalho;
• IV- exploração que favoreça o bem-estar dos 
proprietários e dos trabalhadores."
73
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Desapropriação
• XXIV - a lei estabelecerá o procedimento 
para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição;
74
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Necessidade pública: problemas inadiáveis, 
envolvendo situações que não podem ser 
procrastinadas, ou seja, situação de 
emergência.
• Utilidade pública: é conveniente mas não 
imprescindível. Não há urgência e sim 
conveniência.
• Interesse social: solucionar problemas 
sociais.
75
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Nestas três hipóteses deverá haver prévia 
indenização, mas não necessariamente em 
dinheiro. A indenização, em desapropriação 
por interesse social prevista no art. 184, da 
CF, será prévia, mas em títulos da dívida 
agrária. A indenização, em desapropriação 
urbana prevista no art. 182, § 4.º, III, da CF, 
em títulos da dívida pública.
76
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Requisição administrativa
• XXV- no caso de iminente perigo público, 
a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver 
dano;
77
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Proteção à pequena propriedade rural
• XXVI- a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre 
os meios de financiar o seu 
desenvolvimento;
78
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Proteção à pequena propriedade rural
• Penhora é o ato judicial pelo qual, em 
virtude do mandado do juiz, se tiram os 
bens do poder do condenado (devedor) 
pondo-os sob a guarda da justiça, para 
segurança do processo de execução. A 
Constituição assegurou a 
impenhorabilidade do bem de família rural.
79
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito autoral
• XXVII - aos autores pertence o direito 
exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível 
aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
(Lei 9.610/98)
80
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "Pela execução de obra musical por 
artistas remunerados é devido direito 
autoral, não-exigível quando a orquestra 
for de amadores." (SÚM. 386)
81
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
• a) a proteção às participações individuais em 
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz 
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
• b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e ás 
respectivas representações sindicais e 
associativas;
82
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• XXIX - a lei assegurará aos autores de 
inventos industriais privilégio temporário 
para sua utilização, bem como proteção 
às criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o 
interesse social e desenvolvimento 
tecnológico e econômico do País; (Lei 
9279/96)
83
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXX- é garantido o direito de herança;
84
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXXI - a sucessão de bens de 
estrangeiros situados no País será 
regulada pela lei brasileira em beneficio 
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
sempre que não lhes seja mais favorável 
a lei pessoal do de cujus;
85
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXXII- o Estado promoverá, na forma de 
lei, a defesa do consumidor; 
• A Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, 
conhecida como “Código de Defesa do 
Consumidor”, estabeleceu as normas de 
proteção e defesa do consumidor, de 
ordem pública e interesse social.
86
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXXIII - todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança 
da sociedade e do Estado;
87
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da inafastabilidade da jurisdição
• XXXV - a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
• Jurisdição significa dizer ou aplicar o direito no 
caso concreto, produzindo coisa julgada.
• O direito de ação é um direito subjetivo à 
sentença, seja esta de acolhimento ou de 
rejeição da pretensão, desde que preenchidas 
as condições da ação.
88
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “A garantia de acesso ao Judiciário não 
pode ser tida como certeza de que as 
teses serão apreciadas de acordo com a 
conveniência das partes.” (RE 113.958, 
Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 07/02/97)
89
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XXXVI- a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeitoe a coisa 
julgada;
90
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Ato jurídico perfeito é aquele que já se 
consumou, tornando-se, ao tempo em que se 
efetuou, apto para produzir efeitos, decorrendo 
de um negócio jurídico ou de um ato feito de 
acordo com a lei.
• Coisa julgada é a decisão judicial de que já 
não caiba recurso.
• Direito adquirido é aquele que já se 
incorporou ao patrimônio e à personalidade do 
seu titular, decorrendo diretamente da lei.
91
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• É importante notar que não se pode 
alegar direito adquirido se o prejuízo for 
decorrente de emenda constitucional ou 
de dispositivo da própria Constituição. O 
legislador deixa claro, no inicio do inciso 
que a vedação em causa se destina à lei, 
isto é, ao ordenamento infraconstitucional.
92
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “A supremacia jurídica das normas 
inscritas na Carta Federal não permite, 
ressalvadas as eventuais exceções 
proclamadas no próprio texto 
constitucional, que contra elas seja 
invocado o direito adquirido.” (ADI 248, 
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 08/04/94)
93
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Devido processo legal e seus princípios 
correlatos:
• LIV - ninguém será privado da liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal;
• Por devido processo legal entenda-se um 
conjunto de garantias destinadas ao indivíduo 
para que este possa se defender, só se 
admitindo restrições ao direito quando 
observado tal princípio.
94
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Devido processo legal e seus princípios 
correlatos:
• Segundo o princípio do devido processo legal, 
deverão ser assegurados ao indivíduo, entre 
outros, os seguintes princípios constitucionais: 
a) juiz natural; b) contraditório e ampla defesa; 
c) vedação à prova ilícita; d) presunção de 
inocência; e) publicidade dos atos processuais; 
f) razoabilidade ou proporcionalidade; e g) 
celeridade processual.
95
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Juiz natural: pré-constituído e competente
• XXXVII - não haverá juízo ou tribunal do 
exceção;
• Somente os juízes, tribunais e órgãos 
jurisdicionais previstos na Constituição se 
identificam ao juiz natural, princípio que se 
estende ao poder de julgar também previsto 
em outros órgãos, como o Senado nos casos 
de impedimento de agentes do Poder 
Executivo.
96
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Juiz competente
• Llll - ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade 
competente;
• Exige-se o respeito absoluto às regras 
objetivas de determinação de 
competência, para que não seja afetada a 
imparcialidade e independência do órgão 
julgador.
97
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da ampla defesa e do 
contraditório
• LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral 
serão assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes;
98
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Contraditório é a possibilidade de 
refutação da acusação e se dá quando as 
partes são colocadas em pé de igualdade, 
dando-se igual oportunidade ao acusado 
de opor-se ou dar outra versão aos atos 
produzidos pela outra parte contra ele.
• Ampla defesa é o direito do acusado de 
apresentar, no processo, todos os meios 
lícitos necessários para provar sua 
inocência (testemunhas, documentos etc.)
99
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Segundo jurisprudência pacífica do STF, o 
contraditório não se aplica aos inquéritos 
policiais nem a sindicância, se meramente 
preparatório para o processo 
administrativo disciplinar (PAD).
100
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• "A garantia do direito de defesa 
contempla, no seu âmbito de proteção, 
todos os processos judiciais ou 
administrativos." (RE 426.147-AgR, Rel. 
Min. Gilmar Mendes, DJ 05/05/06)
101
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Vedação à prova ilícita
• LVI- são inadmissíveis, no processo, as 
provas obtidas por meios ilícitos;
102
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “As provas obtidas por meios ilícitos 
contaminam as que são exclusivamente 
delas decorrentes; tornam-se 
inadmissíveis no processo e não podem 
ensejar a investigação criminal e, com 
mais razão, a denúncia, a instrução e o 
julgamento (...).” (HC 72.588, Rel. Min. 
Maurício Corrêa, DJ 04/08/00). No mesmo 
sentido: HC 81.993, DJ 02/08/02.
103
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da presunção de inocência
• LVII - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
• Há a necessidade do Estado comprovar a 
culpabilidade do indivíduo. Isto, porém, não afasta a 
constitucionalidade das espécies de prisões 
provisórias, cautelares. Assim, permanecem válidas 
as prisões temporárias, em flagrante, preventivas, por 
pronúncia e por sentenças condenatórias sem trânsito 
em julgado.
104
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da presunção de inocência
• Súmula 9, do STJ: “A exigência de prisão 
provisória, para apelar, não ofende a garantia 
constitucional da presunção de inocência”.
• Diversamente, porém, o lançamento do nome 
do acusado no rol dos culpados viola este 
princípio.
105
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Publicidade dos atos processuais
• LX - a lei só poderá restringir a 
publicidade dos atos processuais quando 
a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem;
106
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da Razoabilidade ou 
Proporcionalidade
• Segundo o STF, o princípio do devido 
processo legal é a sede material do 
princípio da razoabilidade ou 
proporcionalidade, que se desdobra em 
três sub-princípios, a saber:
107
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• a) adequação: o meio deve ser adequado para 
o fim pretendido.
• b) necessidade: quando várias medidas 
existem deve-se escolher a de menor impacto.
• c) proporcionalidade em sentido estrito: o meio 
não deve sacrificar mais o direito intensamente 
do que o benefício a ser atingido.
108
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “É inadmissível a interdição de 
estabelecimento como meio coercitivo 
para cobrança de tributo.” (SÚM. 70)
• “É inadmissível a apreensão de 
mercadorias como meio coercitivo para 
pagamento de tributos.” (SÚM. 323)
109
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e 
administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua 
tramitação (intuído pela Emenda 
Constitucional nº 45 de 2004)
110
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Tribunal do Júri
• XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, 
com a organização que lhe der a lei, 
assegurados:
• a) a plenitude de defesa;
• b) o sigilo das votações;
• c) a soberania dos veredictos;
• d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida;
111
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• O júri é um tribunal popular composto por 
um juiz de direito, que o preside, e por 21 
jurados, que são sorteados dentre 
cidadãos que constem do alistamento 
eleitoral do Município, formando o 
Conselhode Sentença com 7 deles, 
sendo, regra geral, o juiz natural para o 
julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida.
112
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Crimes dolosos contra a vida: 
• homicídio (matar alguém), infanticídio 
(matar o próprio filho logo após o parto, 
em virtude do estado puerperal), aborto, e 
instigação, induzimento ou auxílio ao 
suicídio.
113
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• O STF declarou que a garantia 
constitucional da soberania do veredicto 
do júri não exclui a recorribilidade de suas 
decisões.
114
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio constitucional penal da legalidade
• XXXIX - não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal;
• O constituinte adotou, também, o princípio da 
anterioridade, pelo qual para existir delito é 
necessário que o fato delituoso seja cometido 
após a entrada em vigor da lei incriminadora.
115
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Irretroatividade da lei penal
• XL- a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu;
• A retroatividade da lei penal benigna, que 
atinge, inclusive, a coisa julgada, pode 
ocorrer de duas formas: o fato não é mais 
considerado crime pela nova lei (abolitio 
criminis), ou, a lei nova, de algum modo, 
beneficia o agente, lhe é favorável (lex mitior).
116
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XLI - a lei punirá qualquer discriminação 
atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais;
117
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Repúdio ao racismo
• XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável 
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos 
termos da lei;
• Racismo é todo e qualquer tratamento discriminador 
da condição humana em que o agente dilacera a 
auto-estima e o patrimônio moral de uma pessoa ou 
de um grupo de pessoas, tomando como critérios raça 
ou cor da pele, ou ainda, etnia, religião e procedência 
nacional.
118
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Pela relevância do julgamento proferido pelo 
STF, destacamos alguns trechos da ementa do 
HC 82.424:
• “Escrever, editar, divulgar e comerciar livros 
“fazendo apologia de idéias preconceituosas e 
discriminatórias” contra a comunidade judaica 
(Lei 7716/89, artigo 20, na redação dada pela 
Lei 8081/90) constitui crime de racismo sujeito 
às cláusulas de inafiançabilidade e 
imprescritibilidade (CF, artigo 5º, XLII)
119
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Inafiançável diz-se do crime que o acusado é 
preso ao praticá-lo, e, na própria prisão, 
incumbe-lhe providenciar os meios de se 
defender. É o contrário do afiançável, onde o 
acusado organiza sua defesa em liberdade, 
oferecendo, em garantia, dinheiro ou 
equivalente monetário, cuja denominação é 
fiança.
• Imprescritível é aquele crime cuja sanção é 
perene, porque o Estado poderá punir o infrator 
a qualquer tempo. 120
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XLIII- a lei considerará crimes 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, 
por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, 
se omitirem;
121
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Indulto é uma espécie de indulgência coletiva, 
clemência ou perdão, independente de pedido, 
aplicando-se aos réus condenados. É de 
competência exclusiva do presidente da República 
(artigo 84, XII, da CF). Ao indulto individual dá-se o 
nome de Graça.
• Graça é medida de clemência ou indulgência 
específica. Ocorre por iniciativa do condenado. 
Exclui a pena.
• Anistia é um ato de clemência soberana, geral. É 
atribuição do Congresso Nacional por lei (artigo 48, 
VIII, da CF). Exclui o crime e a pena.
122
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Os crimes hediondos são enumerados pela Lei 8.930, 
de 6.09.94, conforme segue:
• a) homicídio quando praticado em atividade típica de 
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só 
agente, e homicídio qualificado; b) latrocínio (roubo 
seguido de morte); c) extorsão mediante seqüestro; d) 
extorsão qualificada pela morte; e) estupro; f) 
atentado violento ao pudor; g) epidemia com 
resultado morte; h) genocídio.
123
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Proteção à ordem constitucional e o 
Estado Democrático.
• XLIV- Constitui crime inafiançável e 
imprescritível a ação de grupo armados, 
civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático;
124
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da responsabilidade pessoal
• XLV- Nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
125
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Princípio da individualização da pena
• XLVI- a lei regulará a individualização da 
pena e adotará, entre outras, as 
seguintes:
• a) privação ou restrição da liberdade;
• b) perda de bens;
• c) multa;
• d) prestação social alternativa;
• e) suspensão ou interdição de direitos;
126
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• a) privação ou restrição de liberdade
• Privação é a reclusão e detenção, 
cumpridas em estabelecimentos próprios 
e sacrificam a permanência do agente no 
meio social.
• Restrição molesta o exercício do direito 
de liberdade, mas não retira o condenado 
do convívio social.
127
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• b) perda de bens;
• Considerada uma pena restritiva de direitos, 
integra o rol dos efeitos da condenação e se 
dá em favor da União.
• É a perda em favor da União dos 
instrumentos do crime ou do produto do 
crime ou qualquer bem ou valor que constitua 
proveito auferido pelo infrator com a prática 
de fato criminoso.
128
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• c) multa
• Consiste na obrigação imposta ao 
condenado de pagar ao Estado determinada 
soma em dinheiro.
129
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• d) prestação social alternativa;
• É uma pena restritiva de direitos, 
consubstanciada na prestação de serviço 
à comunidade ou entidades públicas, 
gratuitamente.
130
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• e) suspensão ou interdição de direitos;
• Implica na perda permanente (interdição) ou 
temporária (suspensão) de direitos. Perfaz-se, 
por exemplo, com a proibição para o exercício 
do cargo, função ou atividade pública, ou 
mandato eletivo; com a proibição do exercício 
de profissão, atividade ou ofício que dependam 
de habilitação especial, de licença ou 
autorização do poder público; com a suspensão 
de autorização ou de habilitação para dirigir 
veículos, etc.
131
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• XLVII - não haverá penas:
• a) de morte, salvo em caso de guerra 
declarada, nos termos do art. 84, XIX;
• b) de caráter perpétuo;
• c) de trabalhos forçados;
• d) de banimento; (expulsão do brasileiro)
• e) cruéis;
132
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com 
a natureza do delito, a idade e o sexo 
apenado;133
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• XLIX- é assegurado aos presos o respeito 
à integridade física e moral;
134
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Detento assassinado por outro preso: 
responsabilidade civil do Estado: 
ocorrência da falta do serviço, com a 
culpa genérica do serviço público, dado 
que o Estado deve zelar pela integridade 
física do preso.” (RE 372.472, Rel. Min. 
Carlos Velloso, DJ 28/11/03). No mesmo 
sentido: RE 215.981, DJ 31/05/02.
135
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• L - às presidiárias serão asseguradas 
condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de 
amamentação;
136
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Extradição passiva
• LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei;
• Extradição é a transferência compulsória de pessoa 
que está no território nacional para outro país, a 
pedido deste, para que responda a processo ou 
cumpra pena naquele país.
137
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Conceito: Extradição é o ato pelo qual um país 
entrega um indivíduo, acusado de um crime ou já 
condenado criminalmente, à justiça de outro país, 
que o reclama, e que é competente para julgá-lo e 
puni-lo.
• Extradição ativa é a requerida pelo Brasil a outros 
Estados; extradição passiva é a que se requer ao 
Brasil.
• Assim, a Constituição estabelece as hipóteses de 
concessão da extradição passiva, podendo, porém, a 
legislação infraconstitucional estabelecer outros 
requisitos formais. 138
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Requisitos constitucionais:
• Brasileiro nato: nunca será extraditado.
• Brasileiro naturalizado: quase nunca será 
extraditado, salvo se crime comum, praticado antes 
da naturalização ou tráfico ilícito de entorpecentes, 
não importando, neste último caso, se foi antes ou 
depois da naturalização.
• Português equiparado: é equiparado à brasileiro 
naturalizado e pode ser extraditado naquelas 
mesmas hipóteses, mas só para Portugal (Decreto 
Legislativo 70.391/72).
139
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Não impede a extradição a 
circunstância de ser o extraditando 
casado com brasileira ou ter filho 
brasileiro.” (SÚM. 421)
140
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LII - não será concedida extradição de 
estrangeiro por crime político ou de opinião;
• Estrangeiro: quase sempre será extraditado, 
salvo se crime político (atentado, efetiva ou 
potencialmente, contra a soberania nacional e 
a estrutura política) ou de opinião (exacerbação 
da liberdade de manifestação do pensamento).
141
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LVIII - o civilmente identificado não será 
submetido a identificação criminal, salvo 
nas hipóteses previstas em lei;
• Identificação criminal é o exame 
datiloscópico (colhimento das digitais) e 
fotografias.
142
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “(...) A identificação criminal não será feita 
se apresentada, ante a autoridade policial, 
a identidade civil da indiciada (...) ” (RHC 
66.180, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ 
10/03/89)
143
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LIX - será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal;
• Ação penal pública é aquela cuja iniciativa cabe 
privativamente ao Ministério Público. Uma vez 
que o direito de punir pertence unicamente ao 
Estado, a regra no direito processual penal é 
que a ação penal seja pública. Este tipo de ação 
inicia-se por uma peça chamada "denúncia" .
• A ação penal privada é aquela cuja iniciativa 
cabe ao particular ofendido. É ele que ingressa 
nos autos como titular da ação penal, para que 
se persiga e se puna o infrator.
144
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• O STF entende que a admissibilidade da ação 
penal privada subsidiária da pública pressupõe 
a inércia do Ministério Público em adotar, no 
prazo legal, uma das seguintes providências: a) 
oferecer denúncia; b) requerer o arquivamento 
do inquérito; c) requisitar diligências; e d) nas 
infrações de menor potencial ofensivo, oferecer 
a transação penal.
145
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• LXI - ninguém será preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime 
propriamente militar, definidos em lei; 
146
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXII- a prisão de qualquer pessoa e o 
local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz 
competente e á família do preso ou á 
pessoa por ele indicada;
147
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Princípio da não auto-incriminação
• LXIII- o preso será informado de seus direitos, entre 
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado;
• É um direito público subjetivo assegurado a qualquer 
pessoa que, na condição de testemunha, de indiciado 
ou de réu, deva prestar depoimento perante órgãos 
do Poder Legislativo (CPIs, por exemplo), do Poder 
Executivo (Inquérito Policial, por exemplo) e do Poder 
Judiciário. 148
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “CPI e o privilégio constitucional contra a auto-
incriminação. Cabe acentuar que o privilégio 
contra a auto-incriminação — que é plenamente 
invocável perante as Comissões Parlamentares 
de Inquérito (...) É por essa razão que o Plenário 
do Supremo Tribunal Federal reconheceu esse 
direito também em favor de quem presta 
depoimento na condição de testemunha, 
advertindo, então, que ‘não configura o crime de 
falso testemunho, quando a pessoa, depondo 
como testemunha, ainda que compromissada, 
deixa de revelar fatos que possam incriminá-la’ 
(RTJ 163/626, Rel. Min. Carlos Velloso). 
149
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “O privilégio contra a auto-incriminação, 
garantia constitucional, permite ao 
paciente o exercício do direito de silêncio, 
não estando, por essa razão, obrigado a 
fornecer os padrões vocais necessários a 
subsidiar prova pericial que entende lhe 
ser desfavorável.” (HC 83.096, Rel. Min. 
Ellen Gracie, DJ 12/12/03)
150
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXIV - o preso tem direito à identificação 
dos responsáveis por sua prisão ou por 
seu interrogatório policial;
151
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXV- a prisão ilegal será imediatamente 
relaxada pela autoridade judiciária;
152
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXVI- ninguém será levado à prisão ou 
nela mantido, quando a lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança;
153
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Prisão Civil
• LXVII - não haverá prisão civil por dívida, 
salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável 
de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel;
• A prisão civil é admitida somente em duas 
situações:
154
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• a) quando o sujeito, mediante sentença 
judicial, recebeu a obrigação de pagar 
pensão alimentícia a terceiro e, tendo 
condições, não o fez; 
• b)no caso do depositário infiel, isto é, o 
indivíduo que se incumbiu de guardar um 
bem com a obrigação de restituí-lo, e que 
não o faz, quando solicitado; o depositário 
infiel pode pegar pena de até um ano de 
prisão.
155
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• Assistência Jurídica gratuita
• LXXIV - o Estado prestará assistência 
jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos;
156
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• A assistência jurídica significa a prestação de 
informação, assessoria e orientação jurídicas fora do 
processo.
• A assistência judiciária gratuita, ou justiça gratuita, 
compreende a defesa dentro do processo judicial e é 
regulada pela Lei nº 1.060/50. Presume-se pobre 
quem declarar a impossibilidade de suportar as 
despesas processuais sem prejuízo do sustento 
próprio ou de sua família, o que dispensa a parte de 
comprovar o estado de miserabilidade. Esta garantia 
pode alcançar a pessoa jurídica.
157
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Lei 1.060/50
• Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência 
judiciária, mediante simples afirmação, na própria 
petição inicial, de que não está em condições de 
pagar as custas do processo e os honorários de 
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. 
• § 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, 
quem afirmar essa condição nos termos desta lei, 
sob pena de pagamento até o décuplo das custas 
judiciais. (...)
• § 3º A apresentação da carteira de trabalho 
e previdência social, devidamente legalizada, onde o 
juiz verificará a necessidade da parte, substituirá os 
atestados exigidos (...). 158
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Ao contrário do que ocorre 
relativamente às pessoas naturais, não 
basta a pessoa jurídica asseverar a 
insuficiência de recursos, devendo 
comprovar, isto sim, o fato de se 
encontrar em situação inviabilizadora
da assunção dos ônus decorrentes do 
ingresso em juízo.” (Rcl 1.905 ED-AgR, 
Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 20/09/02)
159
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXXV - o Estado indenizará o condenado 
por erro judiciário, assim como o que ficar 
preso além do tempo fixado na sentença;
160
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• LXXVI - são gratuitos para os 
reconhecidamente pobres, na forma da 
lei:
• a) o registro civil de nascimento;
• b) a certidão de óbito;
161
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Os atos relativos ao nascimento e ao 
óbito relacionam-se com a cidadania e 
com seu exercício e são gratuitos na 
forma da Lei. (...).” (ADI 1.800-MC, Rel. 
Min. Nelson Jobim, DJ 06/04/98)
162
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• LXXVII - são gratuitas as ações de habeas
corpus e habeas data, e, na forma da lei, 
os atos necessários ao exercício da 
cidadania.
163
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º
• § 1°-As normas definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação imediata.
• Este parágrafo indica que as normas 
definidoras de direitos e garantias 
fundamentais possuem aplicabilidade integral, 
desde quando a própria Constituição não exija 
que um certo dispositivo necessite de 
regulamentação nos termos e na forma da lei.
164
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• § 2°- Os direitos e garantias expressos 
nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios 
por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte.
165
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• O rol de direitos e garantias é exemplificativo, 
pois não exclui os decorrentes do regime e 
dos princípios adotados pela Constituição. 
• Igualmente, não exclui a existência de outros 
direitos e garantias, de caráter 
infraconstitucional, decorrentes de tratados 
internacionais em que o Estado Brasileiro seja 
parte.
166
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• § 3°- Os tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais.(incluído pela Emenda 
Constitucional n. 45 de 2004).
167
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• § 4°-O Brasil se submete à jurisdição de 
Tribunal Penal Internacional a cuja criação 
tenha manifestado adesão. (incluído pela 
Emenda Constitucional n. 45 de 2004).
• Os delitos a serem julgados no Tribunal Penal 
Internacional são aqueles considerados graves, 
que afetam a comunidade internacional no seu 
conjunto, a saber: crime de genocídio; crimes 
contra a humanidade; crimes de guerra e o 
crime de agressão. Vale ressaltar que a 
competência do Tribunal Penal Internacional é 
complementar às jurisdições penais nacionais.
168
Cláusulas Pétreas 
• 3. DIRETOS E GARANTIAS PÉTREOS
• Art. 60, § 4º - Não será objeto de 
deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir:
• I- a forma federativa de Estado;
• II- o voto direto, secreto, universal e 
periódico; 
• III- a separação dos Poderes;
• IV - os direitos e garantias individuais.
169
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Remédios constitucionais
• Estudaremos os chamados "remédios 
constitucionais". São instrumentos 
poderosos de proteção jurídica a serem 
utilizados para resguardar determinados 
direitos previstos na própria Constituição.
170
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Remédios Constitucionais Administrativos
• XXXIV- são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de 
taxas:
• Direito de petição: a) o direito de petição 
aos Poderes Públicos em defesa de 
direito ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder, 
171
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de petição: “a) o direito de petição aos Poderes 
Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder,” 
• É o direito que pertence a uma pessoa de invocar a 
atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou 
situação.
• Seu exercício está desvinculado da comprovação da 
existência de qualquer lesão a interesses próprios do 
peticionário e sua negativa é sanável por meio de 
mandado de segurança.
172
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Remédios Constitucionais Administrativos
• XXXIV- são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de 
taxas:
• Direito de certidão: b) a obtenção de 
certidões em repartições públicas, para 
defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal;
173
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de certidão: “b) a obtenção de certidões 
em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal;”
• Trata-se de um direito líquido e certo de 
qualquer pessoa à obtenção de certidão para 
defesa de direitos, desde que demonstrado 
seu legítimo interesse, entendido este como a 
existência de um direito individual ou da 
coletividade a ser defendido.
174
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito de certidão: 
• Diante da denegação ilegal do fornecimento 
de certidões, o remédio judicial idôneo para a 
repressão da ilegalidade é o mandado de 
segurança, e não o habeas data.
175
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Habeas corpus
• LXVIII - conceder-se-á habeascorpus
sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação 
em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder;
176
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• A expressão habeas corpus é de origem 
latina e significa "tenha-se o corpo". 
Designa instituto jurídico que tem por 
finalidade precípua proteger a liberdade 
de locomoção, ou seja, de "mover-se com 
o próprio corpo". Protege, portanto, 
apenas o direito de pessoa física e viva 
(pessoa jurídica, ente abstrato definido em 
lei, não tem como e, portanto, não há 
como cercear a sua liberdade de 
locomoção).
177
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito tutelado: direito de locomoção: ir, vir e 
ficar, do art. 5.º, XV, da CF.
• Legitimidade ativa: é uma verdadeira ação 
penal popular, pois qualquer do povo, nacional 
ou estrangeiro, pode impetrar um habeas
corpus em favor de alguém, não se exigindo a 
capacidade de estar em juízo, nem a 
capacidade postulatória.
178
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Não há como a pessoa jurídica sofrer restrição na sua 
liberdade de locomoção, porém, ela pode impetrar um
habeas corpus em favor de uma pessoa física.
• O promotor de justiça, na qualidade de órgão do 
Ministério Público, pode impetrar habeas corpus, 
devendo paciente, contudo, manifestar-se 
previamente.
• O magistrado, na qualidade de juiz, poderá concedê-
lo de ofício, mas não poderá jamais impetrar habeas 
corpus.
179
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Legitimidade passiva: contra ato do coator, que 
poderá ser tanto autoridade quanto particular 
(nesta hipótese, somente por ilegalidade).
• Hipótese de cabimento: violência ou coação, 
por ilegalidade ou abuso de poder, na liberdade 
de locomoção.
180
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Há duas espécies de habeas corpus: o preventivo e o 
repressivo.
• Habeas corpus preventivo é aquele utilizado nos 
casos em que o direito de locomoção está sendo 
ameaçado (neste caso, será concedido ao paciente 
um salvo-conduto, assinado pelo juiz, sendo que uma 
cópia do mesmo também será enviada à autoridade 
coatora).
• Habeas corpus repressivo ou liberatório é aquele 
utilizado quando a violência ao direito de ire vir já 
aconteceu, por ilegalidade ou abuso de poder (ou 
seja, o individuo já está preso, detido etc.).
181
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Liminar em habeas corpus
• Desde que presentes os seus pressupostos 
(probabilidade de ocorrência de dano 
irreparável e indicação razoável da ilegalidade 
no constrangimento), é possível a concessão 
de medida liminar em habeas corpus seja ele 
preventivo ou preventivo.
182
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• habeas corpus
• Qualquer pessoa, brasileira ou 
estrangeira, independentemente da 
capacidade civil, política ou profissional, 
de idade, de sexo, profissão, estado 
mental, pode ingressar com habeas
corpus, em benefício próprio ou alheio. 
Não há necessidade de advogado para 
impetração do habeas corpus. 
183
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• A palavra ilegalidade, aqui, deve ser entendida 
em sentido amplo, ou seja, como presença de 
cerceamento de defesa, acusação baseada em 
lei posterior ao fato ocorrido, instauração de 
processo criminal perante juiz incompetente, 
ausência de defesa em processo criminai etc.
• Abuso de poder é o exercício irregular do poder, 
pelo transbordamento, por parte da autoridade, 
dos limites de sua competência.
• O processamento do habeas corpus é gratuito e 
pode ser impetrado pelo próprio paciente, 
independentemente de interposição de 
advogado.
184
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
� • Habeas corpus deverá ser utilizado 
contra ato do coator, que poderá ser tanto 
autoridade pública (delegado de polícia, 
promotor de justiça, juiz) como particular. 
No primeiro caso, nas hipóteses de 
ilegalidade e abuso de poder, enquanto o 
segundo caso, somente nas hipóteses de 
ilegalidade (Alexandre de Moraes). 
185
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela 
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são 
instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas com base na hierarquia e na 
disciplina, sob a autoridade suprema do 
Presidente da República, e destinam-se à
defesa da Pátria, à garantia dos poderes 
constitucionais e, por iniciativa de qualquer 
destes, da lei e da ordem.
• § 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a 
punições disciplinares militares. 186
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Não cabe habeas corpus contra decisão 
condenatória a pena de multa, ou relativo 
a processo em curso por infração penal a 
que a pena pecuniária seja a única 
cominada." (SÚM. 693)
• “Não cabe habeas corpus contra a 
imposição da pena de exclusão de militar 
ou de perda de patente ou de função 
pública." (SÚM. 694)
187
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Pena de demissão. O habeas corpus visa 
a proteger a liberdade de locomoção —
liberdade de ir, vir e ficar — por 
ilegalidade ou abuso de poder, não 
podendo ser utilizado para proteção de 
direitos outros.” (HC 82.812, Rel. Min. 
Carlos Velloso, DJ 27/06/03). No mesmo 
sentido: HC 82.880-AgR, DJ 16/05/03.
188
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Habeas data
• LXXII - conceder-se-á habeas data:
• a) para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
• b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;
189
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Habeas data
• Direito tutelado: direito à informação da 
pessoa.
• Legitimidade ativa: qualquer pessoa física, 
brasileira ou estrangeira, quanto pessoa 
jurídica, desde que as informações sejam 
relativas à sua pessoa, nunca de 
terceiros. O caráter dessa ação é 
personalíssimo.
190
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Habeas data
• Legitimidade passiva: as entidades 
governamentais ou as pessoas jurídicas de 
direito privado que prestem serviços para o 
público ou de interesse público (os dados 
possam ser transmitidos a terceiros).
• Hipóteses de cabimento: conhecimento, 
retificação ou anotação de dados, desde que 
haja recusa na via administrativa.
191
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Habeas data
• Custas: art. 5º, LXXVII, da CF: são gratuitas 
as ações de “habeas-corpus” e “habeas-
data”, e, na forma da lei, os atos necessários 
ao exercício da cidadania.
192
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de segurança
• LXIX - conceder-se-á mandado de 
segurança para obter direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus 
ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público;
193
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de segurança é um instrumento 
que protege por exclusão, ou seja, 
protege direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas
data.
194
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Direito tutelado: qualquer direito líquido e certo, 
com exceção do direito de locomoção e deinformação da pessoa. Direito líquido é um 
direito sem dúvidas. Direito certo se refere, na 
realidade, ao fato certo, incontroverso, capaz 
de ser comprovado de plano, por documentos.
195
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Legitimidade ativa: qualquer pessoa física 
como jurídica, nacional ou estrangeira; as 
universalidades reconhecidas pela lei (espólio, 
massa falida, por exemplo); órgãos públicos 
despersonalizados, mas dotados de 
capacidade processual (Chefia do Poder 
Executivo, Mesas do Congresso, Senado, 
Câmara, Assembléias, Ministério Público).
196
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Legitimidade passiva: é a autoridade coatora, 
podendo a pessoa jurídica de direito público, da 
qual faça parte, ingressar como litisconsorte. 
Pode ser que a pessoa praticante do ato seja 
natural ou componente de pessoa jurídica de 
direito privado com funções delegadas do 
Poder Público (ex.: concessionárias).
197
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Hipótese de cabimento: ato comissivo ou 
omissivo praticado ilegalmente ou com abuso 
de poder.
198
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• “Praticado o ato por autoridade, no 
exercício de competência delegada, 
contra ela cabe o mandado de segurança 
ou a medida judicial.” (SÚM. 510)
199
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de segurança coletivo
• LXX - o mandato de segurança coletivo 
pode ser impetrado por
• a) partido político com representação no 
Congresso Nacional;
• b) organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses 
de seus membros ou associados;
200
Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de segurança coletivo
• Direito tutelado: são os mesmos direitos que 
podem ser objeto do mandado de segurança 
individual, porém direcionado à defesa dos 
interesses coletivos.
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Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de segurança coletivo
• Legitimidade ativa: atuam em substituição processual.
• a) partido político com representação no Congresso 
Nacional, ou seja, pelo menos um Deputado ou 
Senador. Os partidos políticos podem defender 
quaisquer interesses coletivos ou difusos ligados à 
sociedade.
• b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação, desde que presentes os seguintes 
requisitos: constituição legal e pleiteiem a defesa dos 
interesses de seus membros ou associados.
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Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de segurança coletivo
• “Tratando-se de mandado de segurança coletivo 
impetrado por sindicato, é indevida a exigência de 
um ano de constituição e funcionamento, porquanto 
esta restrição destina-se apenas às associações.” 
(RE 198.919, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 24/09/99)
• STF entende que a exigência de um ano de 
constituição e funcionamento destina-se apenas às 
associações.
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Artigo 5º 
• Mandado de segurança coletivo
• "A legitimação das organizações sindicais, 
entidades de classe ou associações, para a 
segurança coletiva, é extraordinária, ocorrendo, 
em tal caso, substituição processual. CF, art. 5º, 
LXX. Não se exige, tratando-se de segurança 
coletiva, a autorização expressa aludida no 
inciso XXI do art. 5º da Constituição, que 
contempla hipótese de representação." (RE 
193.382, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20/09/96)
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Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• LXXI-Conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício 
dos direitos e liberdade constitucionais e 
das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
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Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• Direito tutelado: direitos e liberdades 
constitucionais e as prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, soberania e cidadania.
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Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• Legitimidade ativa: qualquer pessoa 
inviabilizada de exercer os direitos e liberdades 
constitucionais e as prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania, 
decorrente da falta de norma regulamentadora.
• O STF admite o mandado de injunção coletivo, 
por aplicação analógica do art. 5.º, LXX, da CF.
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Dos Direitos e Deveres 
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Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• Legitimidade passiva: somente a pessoa 
estatal com dever jurídico de emanação de 
provimentos normativos.
• Noções de Direito Constitucional 21
• EDITORA APROVAÇÃO
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Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• Hipótese de cabimento: falta de norma 
regulamentadora das normas constitucionais 
de eficácia limitada de princípio institutivo de 
caráter impositivo e das normas constitucionais 
programáticas vinculadas ao princípio da 
legalidade, tornando inviável o exercício do 
direito, liberdade ou prerrogativa (nexo de 
causalidade entre a omissão legislativa e a 
inviabilidade do exercício).
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• Mandado de injunção
• Observações: 1) ao procedimento do mandado 
de injunção serão observadas, no que 
couberem, as normas do mandado de 
segurança, mas, o STF não admite, no caso, a 
concessão de liminar; 2) a decisão em 
mandado de injunção reconhece a existência 
da mora legislativa, vale dizer, a demora em 
legislar do Poder Público em relação à matéria.
• Constitucional 21
• EDITORA APROVAÇÃO 210
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• Mandado de injunção
• Em resumo, existem duas posições quantos aos 
efeitos do mandado de injunção: a posição não-
concretista (adotada até 2007 pelo STF) e a posição 
concretista.
• Pela corrente não-concretista, até então majoritária 
no STF, o Judiciário, reconhecendo a existência da 
mora legislativa, comunicaria essa omissão, para 
que o Poder Legislativo elaborasse a lei, sem que, 
acaso não elaborada a norma, houvesse a resolução 
do caso para a parte impetrante.
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Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• A posição concretista divide-se em geral e individual.
• Na posição concretista geral, defendida por alguns 
doutrinadores, a decisão do Poder Judiciário teria 
efeitos erga omnes, com a implementação de uma
normatividade geral, até que a omissão fosse suprida 
pelo poder competente. Esta posição é bastante 
criticada em face do princípio da separação de 
poderes.
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Individuais e Coletivos –
Artigo 5º 
• Mandado de injunção
• A posição concretista divide-se em geral e individual.
• No concretismo individual há duas correntes: a direta 
e a intermediária. Pela corrente direta, adotada agora 
pelo STF, o Judiciário, reconhecendo a mora 
legislativa, decide, desde logo, o pedido do 
requerente do mandado de injunção e provê sobre o 
exercício do direito constitucionalmente previsto. 
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Artigo 5º 
• Mandado de injunção - No concretismo individual 
há duas correntes: a direta e a intermediária. 
• Já para a corrente intermediária, defende-se a idéia 
de, em primeiro lugar, comunicar ao Congresso 
Nacional, ou ao órgão obrigado a legislar, a omissão 
inconstitucional, para que, exercitando a 
competência, faça-se a lei; se, entretanto, os órgãos 
obrigados não fizerem a lei, em certo prazo 
estabelecido na decisão, o Judiciário,

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