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Extração de Gemas no Brasil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
26 de março de 2018 – Cascavel, PR
	IDENTIFICAÇÃO DO ARTIGO 
	Título do Artigo 
	Extração de gema no Brasil
	Tema do Artigo 
	Extração de gema no Brasil
	IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES
	
Autor Responsável
	Nome
	
	
	Curso
	Engenharia Civil
	
	Turma
	T01
	
	Turno
	Noturno
	
	Matéria
	Mecânica dos Solos
	
	Professor(es)
	
	RESUMO
			
O trabalho consiste em demonstrar de forma simples e clara os tipos de extração de gemas no Brasil, quais as principais gemas e suas descrições, onde são encontradas na nossa reserva gematológica e como funciona o beneficiamento.
Palavras- chave: Gemas. Pedras preciosas. Extração. Minas. Beneficiamento.
	ABSTRACT
	
This research consists in demonstrating in a simple and clear way the types of gem extraction in Brazil, the main gems and their descriptions, where they are found in our gematological reserve and how their beneficiation works.
Keywords: Gems. Precious stones. Extraction. Mines. Beneficiation.
EXTRAÇÃO DE GEMA NO BRASIL
INTRODUÇÃO
As gemas são minerais que são usados para a confecção de joias e bijuterias, sendo que nos livros especializados os minerais de gemas podem ser classificados quanto à coloração, dureza, brilho e outras propriedades físicas.
O presente trabalho está dividido em quatro partes. Na primeira, tem-se uma breve demonstração do potencial produtivo de gemas no Brasil; na segunda, apresentam-se os quatro tipos do processo extrativista; na terceira, estão resumidas no Artigo as informações relativas às gemas mais comumente encontradas e comercializadas no país; e na quarta como funciona o beneficiamento e lapidação.
DESENVOLVIMENTO
O setor de gemas (substância geralmente natural e inorgânica), joias e metais preciosos é um dos mais complexos do Brasil, principalmente porque existe um elevado grau de informalidade nos segmentos de extração e comercialização de pedras preciosas. Apesar da complexidade, é um dos setores tradicionais da economia brasileira e que recebe grande atenção internacional. 
Segundo o IBGM (Instituto brasileiro de gemas e metais preciosos) o Brasil é conhecido pela diversidade e grande número de ocorrências de pedras preciosas. Constitui o único produtor mundial de topázio imperial, o segundo produtor de esmeralda e até recentemente também o único produtor de turmalina Paraíba. Com exceção de diamante, rubi e safira o país é responsável por cerca de 1/3 da produção mundial de gemas.
O que faz com que nossas regiões sejam ricas dessas gemas é o fato do território brasileiro ser repleto de superfícies de rochas pré-cambrianas, com vários cortes de pegmatitos e rochas metamórficas. De acordo com a figura 1, pode- se notar os locais com maior potencial de gemas.
Figura 1. Mapa gematológico do Brasil (IBGM 2009).
Uma concentração de gemas, suficientemente extensa para merecer uma exploração sistemática, denomina-se jazidas de gemas. Os locais onde as jazidas são exploradas são denominados minas. Existem diversas formas de exploração física, mas a forma setorial mais comum em termos de atividade e uso de recursos humanos é a garimpagem. 
De acordo com o Art. 70. do Decreto-lei nº 318, de 1967, “garimpagem, o trabalho individual de quem utilize instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou máquinas simples e portáveis, na extração de pedras preciosas, semipreciosas e minerais metálicos ou não metálicos, valiosos, em depósitos de eluvião ou aluvião, nos álveos de cursos d’água ou nas margens reservadas, bem como nos depósitos secundários ou chapadas (grupiaras), vertentes e altos de morros; depósitos esses genericamente denominados garimpos”. 
Dependendo dos agentes envolvidos no processo extrativista, existem quatro tipos diferentes:
A Cata onde o solo é escavado em forma retangular e o buraco não passa de alguns metros de profundidade. Tábuas de madeira são encaixadas na vertical para sustentar as paredes. É a forma de extração menos arriscada para os mineiros, no entanto é muito nociva para o meio ambiente, já que necessita de uma superfície de clareira maior que os outros métodos.
O Vagão onde a mina forma uma grande cavidade a céu aberto colina adentro. Este tipo de extração é facilmente identificável a grandes distâncias, por isso é pouco utilizado por aqueles que trabalham de forma ilegal.
O Túnel é a forma de exploração de pedras preciosas mais comum no Brasil. Medindo cerca de dois metros de altura por um metro de largura, os túneis seguem na horizontal e são feitos normalmente na borda de uma colina, pois desta forma conseguem alcançar grandes profundidades a pequenas distâncias. Quanto mais fundo, mais chances de encontrar as pedras mais bonitas. Tábuas e pedaços de madeira também são utilizados, desta vez apenas na entrada da mina ou em certos locais que apresentam risco de desabamento dentro do túnel. Podem chegar até duzentos ou trezentos metros de profundidade e explosivos são usados regularmente.
A Caixa americana. Esta é a forma de exploração mais ambiciosa em termos de tecnologia e investimento. Por isso é o método privilegiado das grandes operações, da qual faz parte a extração de esmeraldas. A mina é caracterizada por um buraco profundo que varia entre vinte metros para as mais artesanais até mais de trezentos metros para aquelas mais importantes, necessitando da instalação de um sistema de elevador – normalmente um simples arreio. Pedaços de madeira, muitas vezes do eucalipto cultivado na região, são usados ao longo da descida para sustentar as paredes. No fundo da cavidade existe uma sala, início de um ou vários túneis escavados na horizontal para seguir as “veias” gemíferas.
Veremos a seguir algumas daquelas gemas bem tradicionais, famosas, conhecidas desde tempos muito remotos encontradas no Brasil:
	Gema
	Descrição
	Encontrada
	Foto
	Ágata
	É um tipo de calcedônia, que, por sua vez, é uma variedade de quartzo. Suas cores, distribuídas em faixas paralelas, retas e/ou curvas. Ela forma-se em cavidades de rochas vulcânicas, como basaltos, e costuma conter na sua porção central cristais de outros minerais. 
	O maior produtor do mundo é o Brasil. Extrai-se ágata também em Minas Gerais e na Bahia.
	
	Água-Marinha
	É uma variedade do mineral chamado berilo e tem esse nome por sua cor azul ou esverdeada, em tons claros, semelhante à cor do mar. Seus cristais são prismáticos, de base hexagonal e chegam a atingir mais de 100 kg. É considerada a pedra preciosa mais típica do Brasil.
	Minas Gerias produz as águas-marinhas mais valiosas do mundo, é produzida também no Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Paraíba.
	
	Ametista
	É uma variedade de quartzo transparente a semitransparente. É encontrada em cavidades de rochas vulcânicas e em pegmatitos, outro tipo de rocha ígnea. O preço desta gema é relativamente baixo.
	O maior produtor mundial de ametista é o Brasil (Rio Grande do Sul, seguido da Bahia). 
	
	Diamante
	É transparente, quase sempre incolor ou com cor clara. Tem um brilho intenso e é a substância mais dura que se conhece. Na escala de mohs, que vai de 1 a 10, ele tem dureza 10. No Brasil, é encontrado em aluviões e eluviões. Pode aparecer também em arenitos e conglomerados.
	Praticamente todos os estados, porém, possuem diamantes, como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e Roraima. 
	
	Esmeralda
	Forma cristais prismáticos de base hexagonal, como a água-marinha, mas não é transparente, porque apresenta incontáveis fraturas e fissuras, muitas delas preenchidas por impurezas. A esmeralda é uma das três gemas mais valiosas (as outras são o rubi e o diamante), em razão de sua cor, principalmente. 
	Encontrada no Brasil (Goiás, Bahia e Minas Gerais).
	
	Granada
	Não é o nome de uma pedra preciosa, mas de um grupo delas. Geralmente aparecem na natureza na forma de belos cristais granulares (daí seu nome), nas cores vermelha, amarela, marrom, preta e mais raramenteverde ou incolor. São de transparentes a semitransparentes. Para uso como gema, as mais importantes são piropo, almandina e demantoide. 
	No Brasil, ocorrem em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Paraíba, Ceará, Rondônia e Rio Grande do Norte.
	
	Jaspe
	É um tipo de calcedônia, variedade de quartzo. É muito usado como pedra ornamental. É opaco a levemente translúcido, contendo frequentemente impurezas de óxido de ferro.
	No Brasil existe jaspe em Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
	
	Opala
	É uma gema que se destaca das demais pela enorme variedade de cores. A opala ocorre em fendas e cavidades de rochas ígneas, como nódulos em calcários e em fontes termais. Pode formar-se também sobre outros minerais e mesmo vegetais, dentes e conchas fósseis, além de às vezes formar estalactites.
	No Brasil destacam-se as jazidas de Pedro II, no Piauí, existindo opala também na Bahia, no Ceará e no Rio Grande do Sul.
	
	Topázio
	Forma cristais prismáticos que podem ser incolores ou de cor branca, amarela, laranja, marrom, rósea, salmão, vermelha ou azul. Tem brilho vítreo e varia de transparente a translúcido. A variedade mais valiosa é o topázio-imperial, só produzida em Ouro Preto (MG). 
	No Brasil é produzido principalmente em Minas Gerais, mas existe também no Ceará e na Bahia.
	
	Turmalina
	Constituem um grupo de minerais, e não uma espécie só. São 11 espécies, mas as usadas como gema são, em sua maioria, variedades de elbaíta. São gemas opacas a transparentes, de brilho vítreo. A turmalina Paraíba, a mais valiosa de todas as turmalinas. 
	No Brasil, destaca-se o Estado de Minas Gerais, mas existem turmalinas também no Ceará, em Goiás e na Bahia.
	
A lapidação é o processo de beneficiamento das gemas a partir do seu estado bruto com o objetivo de aperfeiçoar suas qualidades ópticas, aumentar seu brilho, definir suas formas, realçar suas cores e beleza natural. O beneficiamento de uma gema pode ser realizado pelo processo manual, mecanizado ou automatizado de lapidação. O processo manual de lapidação de gemas é relativamente complexo, pois depende amplamente da capacidade operacional do lapidário. Esse processo é dividido em quatro etapas: 
a) corte ou serragem: nessa etapa o lapidário faz cortes na gema utilizando uma serra diamantada para remover as impurezas, deixando apenas a área que pode ser aproveitada para a lapidação, eliminando os defeitos; 
b) calibragem: consiste em desgastar a gema para dar uma forma preliminar (pré-forma) e aproximada da forma final que ela deverá assumir; 
c) facetamento: consiste em dar à gema as facetas que definirão sua forma final, é a etapa na qual são criadas as facetas na gema; 
d) polimento: consiste em dar brilho às facetas da gema com um disco de polir. 
Além do processo manual de lapidação existem outras técnicas de processo de lapidação que podem aperfeiçoar tanto a qualidade da gema lapidada como o processo de criação da mesma. 
O processo mecanizado e o automatizado de lapidação possibilitam uma exatidão nos seus passos, pois utilizam mecanismos de medição e corte milimétrico da gema. O processo mecanizado de lapidação de gemas difere do processo manual pelo fato de possuir um braço mecânico com regulagens milimétricas, auxiliando o lapidador nos processos de calibragem, facetamento e polimento e proporcionando, com isso, um melhor acabamento em um menor tempo, conforme destaca. 
O processo manual ou o mecanizado de lapidação de gemas seguem um modelo de lapidação, o qual se resume a um diagrama de execução, com o qual o lapidador transforma sua gema bruta em uma gema lapidada, conforme o modelo descrito no diagrama. 
O projeto 3D-Gemas desenvolve uma ferramenta (software) que oferecerá suporte aos dois processos de lapidação. 
O processo automatizado de lapidação de gemas envolve equipamentos eletrônicos e mecânicos, utilizando um software específico para executar os passos da lapidação. Nesse processo, a única intervenção humana, não havendo erros ou defeitos no equipamento, ocorre para colocar a gema no equipamento, inverter a posição após lapidar um lado, o lapidador deve inverter a gema para lapidar o outro lado, e removê-la do equipamento.
Após as gemas serem beneficiadas, são vendidas em joalherias em forma de jóias, adornos pessoais e decoração.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]. Pércio de Moraes Branco, Algumas Gemas Clássicas. Disponível em:<http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Algumas-Gemas-Classicas-1104.html>. Acesso em: 26/03/2018.
[2]. A extração das turmalinas. Disponível em:<http://gemasdobrasil.blogspot.com.br/2017/04/a-extracao-das-turmalinas.html>. Acesso em: 26/03/2018.
[3]. Jeffrey M. Watkins, Afonso Ferreira da Silva Filho, Júlio César Mendes, Rogério Silvestre Pereira, Perfil das gemas. Disponível em:<http://www.jmendo.com.br/wp-content/uploads/2011/08/P30_RT56_Perfil_de_Gemas_xDiamante_e_Gemas_de_Corx.pdf> Acesso em: 28/03/2018.
[4]. Hilton Manoel Dias, Caracterização do setor de gemas, jóias e metais preciosos no Brasil. Disponível em:<https://www.researchgate.net/publication/295707025_CARACTERIZACAO_DO_SETOR_DE_GEMAS_JOIAS_E_METAIS_PRECIOSOS_NO_BRASIL>. Acesso em 28/03/2018.
[5]. Izabele de Oliveira Chaves, Beneficiamento de gemas de quarto na região de Inimutaba, Minas gerais. Disponível em: < http://www.engminas.cefetmg.br/galerias/arquivos_download/TCC_2017/Izabele_Oliveira_Chaves.pdf>. Acesso em: 29/03/2018.
[6]. Álvaro Postal, Alexandre Lazaretti Zanatta, Juliano Tonezer da Silva, Marcos José Brusso, Léo A. Hartmann, Geração dos diagramas de execução de modelos de lapidação de gemas. Disponível em:< http://seer.upf.br/index.php/rbca/article/viewFile/704/518>. Acesso em: 30/03/2018.
[7]. Jane Leão N. da Gama, Manual técnico das gemas. Disponível em: <http://www.gemologiaibgm.com.br/laboratorio/wp-content/uploads/2011/11/mtg_20051.pdf>. Acessado em: 31/03/2018.

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