Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIDADE I – CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE SOFTWARE EDUCATIVO valiação de Software Educativo (SE) é mais complexa que a seleção e avaliação de um livro didático, pois além do conhecimento da disciplina (o conteúdo) e conhecimento sobre metodologias de ensino, também é necessário certo grau de competência tecnológica. Diferentemente dos livros, os softwares não são lineares em sua natureza, como as páginas de um livro. Segundo Burston (2003), “quanto mais rico e interativo o programa é, é mais difícil se ter uma visão geral sobre ele”. E o professor que deseja conhecer a fundo o SE para consequentemente adotá-lo em suas aulas deverá explorá-lo, e realizar as tarefas, antes de tomar uma decisão. Assim como a seleção de livros didáticos faz parte das atribuições dos professores, a seleção de softwares adequados à sua prática docente também é essencial. Quanto à avaliação de livros didáticos Racilan (2005, p. 55) afirma que: “chega o momento em que ele [o professor] tem que escolher as atividades pedagógicas que irão satisfazer as necessidades de aprendizagem específicas de seu grupo de estudantes – mesmo quando essa escolha signifique apenas selecionar uma atividade a partir de um corpus previamente preparado pela coordenação pedagógica da escola”. Observa-se que essa mesma prática indicada por Racilan (2005) também se aplica à avaliação do SE. Nos casos em que o SE acompanha o material didático, a seleção dos livros deve ser mais rigorosa, pois o professor tem que levar em consideração também a utilidade do software na aprendizagem. Se o livro didático não oferece um software que acompanhe o programa de curso, o professor deve selecionar, entre os SE disponíveis no mercado, um que seja compatível com o material adotado em sala de aula. A Segundo Racilan (2005) o ato de selecionar implica também o de avaliar. E nesse sentido, para que a seleção seja coerente é necessário que o SE passe por um processo cuidadoso de avaliação. A avaliação de um SE envolve a interpretação de certos aspectos presentes nos softwares, e o professor deve fazer um julgamento das categorias avaliativas para tomar suas decisões. A qualidade do SE tem sido discutida por educadores e especialistas em Informática, todos concordam que deve haver uma constante avaliação dos produtos. Chaves (2002) considera que “avaliar um software é atribuir certo valor a ele, com base em determinados critérios”. Koscianski (1999) apud Dias (2003, p. 19), ressalta que: “A avaliação de produto de software tem sido umas das formas empregadas por organizações que produzem ou adquirem software para obtenção de maior qualidade nestes produtos, sejam eles produtos completos ou partes a serem integradas num sistema computacional mais amplo. Para que a avaliação seja mais efetiva é importante que se utilize de um modelo de qualidade que permita estabelecer e avaliar requisitos de qualidade e também que o processo de avaliação seja bem definido e estruturado”. Em condições ideais, a avaliação do SE deve ser realizada por um grupo de especialistas, tanto da área de informática, quanto por educadores. No entanto, essas condições de avaliação não ocorrem com frequência. É importante ressaltar que, se o software já foi planejado e desenvolvido por outros profissionais, cabe ao professor avaliar se o SE está adequado às suas necessidades e de seus alunos, ou não. Uma das condições para fazer essa avaliação é a utilização do SE em ambiente real de aprendizagem para que se possa verificar as possibilidades de uso. A respeito da avaliação de SE, Vieira (2000) afirma que: “Apesar do termo avaliar possuir inúmeros significados, na expressão ‘avaliação de softwares educativos’, avaliar significa analisar como um software pode ter um uso educacional, como ele pode ajudar o aprendiz a construir seu conhecimento e a modificar sua compreensão de mundo elevando sua capacidade de participar da realidade que está vivendo.” Na literatura há diversos meios de avaliação de SE, e autores como Gomes (2001) Bassani et al (2006) propõem alguns modelos e métodos de avaliação. Outros autores, como Bertoldi (1999) e Dias (2003) utilizam normas como a ISO/IEC38 para avaliação de SE. Há ainda os pesquisadores como Park (2006), ISO (International Organization for Standardization) e a IEC (International Electrotechnical Comission). A National Career Development Association (1999) sugere uma lista de critérios para avaliação, baseados em cinco categorias: 1) Informação no programa; 2) O processo de desenvolvimento; 3) Interação do usuário; 4) Aspectos técnicos do software e dos materiais; e 5) Serviços de suporte. Oliveira et al (2001) tomaram como base a lista da National Career Development Association (1999) e ainda sustentam que a avaliação de um SE deve ser objetiva e formativa. Segundo os autores, a avaliação objetiva deverá ser desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, que utiliza listas de critérios, disponibilizadas por autores diversos. Por sua vez, a avaliação formativa deverá ser realizada por usuários do SE, enquanto o utilizam. A avaliação formativa é composta, entre outros recursos, de “entrevistas, questionários, acompanhamento de perto do desempenho dos usuários durante a utilização do software” (Oliveira et al 2001). Após o levantamento da literatura de avaliação de SE, e da observação das diversas listas e critérios de avaliação, a opção desta pesquisa foi adotar os critérios de avaliação propostos por Oliveira et al (2001), por estarem baseados em categorias de interação aluno-SE- professor, fundamentação pedagógica, conteúdo e programação. Nestes critérios os autores se pautaram nas pesquisas da National Career Development Association (1999), da Universidade do Maine (Fitzgerald, 1997), de Guimarães et al (1987) e de Rocha e Campos (1993) e denominaram-na de Metodologia Recursiva. As quatro categorias apresentadas na Metodologia Recursiva “são permeadas pela necessidade de uma consistência do software com a sua fundamentação pedagógica e pelo fato de que o conjunto que formam é indissociável, em razão de sua complementaridade” (Oliveira et al, 2001, p. 126). A seguir é apresentado as quatro categorias da metodologia de avaliação de SE adotadas nesta pesquisa (figura 17): Figura 17 - As quatro categorias utilizadas para classificar os critérios de produção e avaliação de SE segundo Oliveira et al (2001, p. 126). 1.1. Primeiro critério de avaliação: A interação Aluno-SE-Professor O primeiro critério de avaliação proposta por Oliveira et al (2001) é a interação aluno-SE-professor e está relacionado ao papel do professor na facilitação da aprendizagem do aluno e à possibilidade de interação entre SE e usuários. Esse critério é composto por seis categorias: Fundamentação pedagógica Interação Aluno-SE- Professor Programação Conteúdo 1) facilidade de uso; 2) recursos motivacionais; 3) adequação das atividades pedagógicas; 4) adequação dos recursos de mídia às atividades pedagógicas; 5) interatividade social; e 6) favorecimento do papel de facilitador do professor. a) Facilidade de Uso A facilidade de uso diz respeito à clareza e objetividade das instruções para o uso do SE e também à facilidade de utilização. Conforme os autores mencionados anteriormente, é compreendida por dez itens: instruções, ícones e botões, auxílios e dicas, linguagem versus público-alvo, universalidade da linguagem, estrutura do SE, navegabilidade, mapeamento, memória e integração. Esses itens estão representados na figura 18. Figura 18– Itens relativos à facilidade de uso do SE. As Instruções devem ser claras e objetivas para a utilização do programa. Os ícones e botões são as ferramentas de interação do aluno com o conteúdo a ser trabalhado Os auxílios e dicas são elementos que esclarecem as dúvidas durante o desenvolvimento do programa de ajuda. Linguagem versus público-alvo diz respeito ao vocabulário e às estruturas de frases da interface do SE com o usuário e devem ser adequados ao público- alvo. A universalidade da linguagem diz respeito à utilização de uma interface com o aluno que possibilite o uso do SE por um público-alvo amplo. A estrutura do SE, está relacionada à organização em módulos de forma que os conteúdos possam ser percorridos de modo não-linear, permitindo o acesso a qualquer parte do SE mediante um índice geral. A navegabilidade é a possibilidade de acessar com facilidade todas as partes do SE. O mapeamento é a presença de um sistema de informações para o usuário, que esclareça sua localização no SE e que indique quais os caminhos já percorridos e quantos ainda estão disponíveis. A memória diz respeito à capacidade de manter registro do ponto onde cada usuário estava no momento de interrupção do uso do SE, garantindo-lhe dessa forma a possibilidade de dar continuidade num outro momento. A integração é a possibilidade de articulação do SE com outros recursos tecnológicos disponíveis, tem como finalidade a ampliação do seu potencial de utilização e a possibilidade de aprendizagem do aluno. b) Recursos motivacionais; Os recursos motivacionais são relativos ao interesse que o SE desperta no usuário (Oliveira et al, 2001). Por sua vez, esse item se desdobra em: atratividade, desafios pedagógicos, interação com o usuário, layout de tela, carga cognitiva e receptividade pelo aluno. Figura 19. Figura 19 – Os recursos motivacionais presentes no SE. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 128-129) A atratividade é a capacidade de despertar no aluno um interesse intrínseco pelo conteúdo em si e não por premiações ou por outras formas de manipulação de comportamento. O desafio pedagógico diz respeito à presença de desafios capazes de provocar desequilíbrios cognitivos no aluno e de manter seu nível de interesse. A Interação com o usuário diz respeito ao estímulo à participação do aluno no prosseguimento do SE, e os meios de ajuda para que o aluno possa superar conflitos cognitivos. O layout de tela tem a ver com o visual estético que deve estar adequado: textos bem distribuídos, imagens e animações pertinentes ao contexto, efeitos sonoros oportunos. Características essas que devem favorecer o interesse do aluno que esteja utilizando o SE, sem que seja afetada a atenção de outros colegas presentes no mesmo recinto. A carga cognitiva deve estar bem distribuída em cada tela, para que não exista uma sobrecarga ou deficiência de informações. A receptividade pelo aluno é o favorecimento de interação imediata entre usuário e SE. A adequação das atividades pedagógicas está relacionada à coerência com a base epistemológica que os autores do SE escolheram. Esse item desdobra-se em dois: o nível das atividades e a questão do erro e do acerto. O nível das atividades (desafios, simulações e outras atividades) deve estar adequado ao nível de conhecimento esperado do usuário (Oliveira et al, 2001). Já a questão de erro e acerto deve fornecer oportunidades para que novas informações sobre a temática sejam apresentadas para a compreensão e ampliação do assunto (Oliveira et al, 2001). Esse procedimento favorece uma interpretação do aluno sobre seus erros e acertos e o ajuda a ver suas respostas sob diferentes ângulos. A adequação dos recursos de mídia às atividades pedagógicas está baseada nos seguintes recursos: de hipertexto, de imagem e animação, e de som e efeitos sonoros. É importante que a presença de hipertexto, imagens, animações, sons e efeitos sonoros sejam em quantidade e qualidade adequadas para que facilitem a aprendizagem do aluno (Oliveira et al, 2001) e ainda motivem o usuário do SE. Na figura 20 são apresentadas as adequações dos recursos de mídia de maneira resumida: Figura 20 – Adequação dos recursos de mídia às atividades pedagógicas no SE. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 129) A interatividade social está pautada no favorecimento do trabalho em grupo, através da interação intragrupo (espírito de equipe, sem que se desconsiderem as contribuições individuais), intergrupos (compartilhamento de informações entre os grupos) e transgrupos (possibilidade de ampliação do conhecimento que vai além do conteúdo presente no SE), figura 21. Figura 21 – Interatividade Social presente no SE. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 130) Adequação dos recursos de Mídia Adequação dos recursos de Som e efeitos sonoros Adequação dos recursos de Imagem e Animação Adequação dos recursos de Hipertextos A última categoria desse primeiro critério é o favorecimento do papel do professor. O professor não é descartado ao se trabalhar com SE, ele tem o papel de facilitador do processo de aprendizagem dos alunos e é responsável pela orientação didático-pedagógica e pela inclusão de múltiplos recursos como uma bibliografia complementar, por exemplo. A figura 22 representa o papel do professor: Figura 22 – O Papel do Professor. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 130 e 131) 1.2. Segundo Critério De Avaliação: A Fundamentação Pedagógica Este critério avalia os fundamentos pedagógicos que alicerçam o SE, e indica que deve haver um guia de apoio pedagógico ao professor (que acompanha o produto) e deve haver pistas que “favoreçam uma coerência entre a teoria pedagógica escolhida pela equipe produtora e a prática pedagógica de fato viabilizada por ele” (Oliveira et al, 2001, p. 131). 1.3. TERCEIRO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: O CONTEÚDO O terceiro critério proposto por Oliveira et al (2001, p. 131) está relacionado “aos níveis de exigência para o trabalho com a área de conhecimento selecionada para o desenvolvimento do SE”. Esse critério é composto por seis categorias: 1) a pertinência do conteúdo; 2) a correção do conteúdo; 3) o estado da arte; 4) a adequação à situação de aprendizagem; 5) a variedade de abordagens; e 6) os conhecimentos prévios. Essas categorias estão interligadas como na figura-23. Figura 23 – O conteúdo do SE. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 131-134) O quesito pertinência do conteúdo é responsável por verificar se o SE é uma ferramenta adequada ao conteúdo trabalhado, e se a ferramenta possui excelência em determinado conteúdo, ou seja, substitui com vantagens outros recursos didático-pedagógicos. Já a correção do conteúdo representa a organização lógica do SE não podendo apresentar erros conceituais; a representação e (em algumas vezes) a correção das simplificações do conteúdo devem ajudar o aluno na compreensão do saber e não comprometer o entendimento. O estado da arte diz respeito à atualidade do conteúdo e da metodologia. Esses aspectos devem estar atualizados e de acordo com os avanços da abordagem didática daqueles conteúdos. A adequação à situação de aprendizagem é a adequação do conteúdo ao público- alvo e ao currículo escolar. A variedade das abordagens estárelacionada à apresentação de diferentes alternativas de aprendizagem com o objetivo de possibilitar que um número maior de alunos possa utilizar o SE para construir o conhecimento, e também está relacionada à presença de alternativas de aprofundamento do conhecimento para evitar que o conhecimento dos alunos seja nivelado por baixo (Oliveira et al, 2001). Os conhecimentos prévios são os saberes “necessários ao trabalho com o conteúdo proposto e também a presença de suporte para que o aluno construa tais conhecimentos” (Oliveira et al, 2001, p. 134). A indicação dos conhecimentos prévios deve ser mencionada no guia de apoio pedagógico do professor. E a aprendizagem deve evoluir de modo recursivo, ou seja, partir dos conhecimentos prévios para a construção, a reconstrução e o aprofundamento de conceitos. 1.4. Quarto Critério De Avaliação: A Programação O último critério de avaliação proposto por Oliveira et al (2001) é relacionado à programação e diz respeito a qualquer software como um programa produzido para rodar em computador. Esse critério é composto por duas categorias: 1) a confiabilidade conceitual; e 2) a facilidade de uso. A confiabilidade conceitual está vinculada à implementação satisfatória do que foi especificado e projetado e também à correspondência das necessidades que geraram o desenvolvimento do software. É compreendida por dois grandes grupos de itens: 1) integridade e 2) fidedignidade. O item integridade está relacionado ao desempenho do programa: a resistência do programa a situações hostis (robustez) e a habilidade de evitar falhas que possam provocar consequências desastrosas (segurança do SE). A fidedignidade “avalia a correspondência do programa às suas especificações e ao seu projeto” (Oliveira et al, 2001, p. 134). As características que compõem esse grupo são: correção, atualidade, precisão, completeza e concisão. A figura-24 ilustra os componentes do item fidelidade. Figura 24 – O grupo de características relacionadas à fidedignidade do SE. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 134-135) A correção é a capacidade do programa de apresentar uma implementação satisfatória do que foi especificado e projetado. Atualidade é referente à atualização do programa e de sua documentação. A precisão está relacionada à exatidão dos cálculos e resultados, de maneira que a utilização do software satisfaça a utilização pretendida pelos usuários. A completeza refere-se à capacidade do programa de implementar todas as funções nele planejadas. A simplicidade concerne à implementação de funções que foram especificadas apenas e que são pertinentes à proposta do programa. A concisão refere-se às funções implementadas com uma quantidade mínima de código, isso se traduz em um código bem construído e de fácil entendimento. A facilidade de uso tem relação com a interação do usuário com o programa. Esse item possui oito itens: 1) legibilidade; 2) manutenibilidade; 3) operacionalidade; 4) reutilizabilidade; 5) custo/benefício; 6) avaliabilidade; 7) modularidade; e 8) documentação. A figura-25 ilustra, sob a forma de diagrama, esses itens e seus respectivos sub-itens: Figura 25 – Os itens relacionados à facilidade de uso do SE. Criado a partir do texto de Oliveira et al (2001, p. 135-137) Oliveira et al (2001) afirmam que a legibilidade refere-se à possibilidade de diferentes usuários entenderem o software com relativa facilidade. Estão incluídos nesse item: as funções codificadas de forma clara e de fácil entendimento (clareza); a organização e apresentação hierárquica das partes que compõem o programa (estrutura); e a identificação pelo usuário dos caminhos já percorridos (rastreabilidade). A função da manutenibilidade é avaliar a facilidade com que o programa pode ser adaptado com o objetivo de atender às necessidades de modificação que surgem depois de seu desenvolvimento e a sua característica principal é a possibilidade de o SE sofrer modificações após o seu desenvolvimento. O item da operacionalidade relaciona-se à “facilidade de utilização do programa em diferentes configurações de equipamento e de produção de resultados” (Oliveira et al, 2001, p. 136). Os autores apresentam duas características relativas à operacionalidade: a possibilidade de utilização do software em diferentes configurações e equipamentos (compatibilidade), e a produção de resultados em tempo hábil (oportunidade). O próximo item apresentado é a reutilizabilidade e tem a função de “avaliar a possibilidade do reaproveitamento total ou parcial das funções desenvolvidas para um programa em outras aplicações” (Oliveira et al, 2001, p. 136). O item do custo/benefício diz respeito à economia do processamento (memória) e periféricos. Segundo os autores, o item de avaliabilidade é a capacidade com que o programa pode ser avaliado e desdobra-se em: 1) verificabilidade - que é a capacidade de avaliar o software em relação à sua forma de apresentação; e 2) validabilidade - que avalia se o programa executa a função para a qual foi desenvolvido. O penúltimo item chamado de modularidade refere-se à implementação do programa a uma estrutura flexível e se esta é organizada em módulos que apresentam entre si uma relação com o maior grau de independência possível (Oliveira et al, 2001). Concluindo, o último item dessa categoria, está relacionado à documentação, as informações presentes nos documentos do software que satisfaçam a necessidade de informações do usuário. A documentação deve conter o manual técnico (informações sobre equipamento mínimo para o funcionamento do software); guia de apoio pedagógico do professor (para ampliação das possibilidades de uso do software); manual do aluno (que possa atrair o interesse do aluno); as informações de capa (informações mínimas, porém adequadas sobre o SE); e a apresentação da capa do SE (um projeto de capa agradável e sugestivo). AVALIAÇÃO PROPOSTA DE ESTUDO Após a apresentação das categorias que nortearam esta pesquisa na avaliação dos softwares, é preciso informar que este trabalho desenvolveu um guia de avaliação baseado na proposta de Oliveira et al (2001), e que atendesse aos critérios dos pesquisadores informados. Neste sentido, o modelo de avaliação proposta aqui seguirá os três primeiros critérios mencionados por Oliveira et al (2001), mas, não contemplará os itens da quarta categoria por serem dados referentes à elaboração, desenvolvimento e avaliação dos programadores ou analistas de sistemas responsáveis pela confecção do SE. O modelo proposto pela autora desse estudo fará a classificação (discutida no capítulo 3) dos softwares e também avaliará os itens: interação aluno-SE-professor; fundamentação pedagógica do SE e conteúdos. MODELO I DE AVALIAÇÃO Classificação e Avaliação de SE para Ensino e Aprendizagem Nome do SE: ____________________________________ Editora: ___________________________ Ano: _________ BLOCO A – CLASSIFICAÇÃO DO SE CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS Classificação de acordo com a utilização Classificação de acordo com a função Classificação segundo os fundamentos pedagógicos BLOCO B – AVALIAÇÃO DO SE 1) PRIMEIRO CRITÉRIO - INTERAÇÃO ALUNO-SE-PROFESSOR FACILIDADE DE USO Adequado/a Inadequado/a Não possui Instruções Ícones e botões Auxílios e dicas Linguagem versus público- alvo Navegabilidade e mapeamento Memória Integração RECURSOS MOTIVACIONAIS Adequado/a Inadequado/a Não possui Atratividade Desafios pedagógicos Interação com o usuárioLayout da tela Carga cognitiva Receptividade das atividades pedagógicas ADEQUAÇÃO DAS ATIVIDADES Adequado/a Inadequado/a Não possui Nível das atividades Questão do erro e do acerto ADEQUAÇÃO DOS RECURSOS DE MÍDIA ÀS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS Adequado/a Inadequado/a Não possui Recursos de hipertexto Recursos de imagem e animação Recursos de som e efeitos sonoros INTERATIVIDADE SOCIAL Adequado/a Inadequado/a Não possui Interação intragrupo Interação intergrupos Interação transgrupos FAVORECIMENTO DO PAPEL DE FACILITADOR DO PROFESSOR 2) SEGUNDO CRITÉRIO - FUNDAMENTAÇÃO PEDAGÓGICA FUNDAMENTAÇÃO PEDAGÓGICA Adequado/a Inadequado/a Não possui São esclarecidos os fundamentos pedagógicos que embasam o SE Guia de apoio pedagógico ao professor 3) TERCEIRO CRITÉRIO - O CONTEÚDO O CONTEÚDO Adequado/a Inadequado/a Não possui Pertinência do conteúdo Adequação à situação de aprendizagem Variedade das abordagens Conhecimentos prévios *Todos os itens acima podem e devem receber comentários
Compartilhar