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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE TERESINA - CET FACULDADE TECNOLÓGICA DE TERESINA – CET CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: DOENÇAS TRANSMISSIVEIS PROFESSORA: DÉBORA DE F. M. SANTOS Sífilis • É uma doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. Agente etiológico: uma bactéria chamada Treponema pallidum. Período de Incubação: média de três semanas pode variar de três a noventa dias. Transmissão: • A transmissão do agente se dá de pessoa a pessoa, • A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual, na maior parte dos casos. • A transmissão pode ocorrer, também, através da transfusão de sangue contaminado, pela via transplacentária para o feto e pela contaminação do último no canal de parto. Classificação • Via sexual (sífilis adquirida) • Verticalmente (sífilis congênita) • Transplacentária Quadro clínico • A sífilis é uma doença crônica que, em sua história natural, evolui por estágios, alternados entre sintomáticos e assintomáticos. Qualquer órgão do corpo humano pode ser afetado, inclusive o sistema nervoso central. • Sífilis Primária • Sífilis Secundária • Sífilis Terciária Sífilis Primária • Lesão característica: cancro duro. • Localiza-se na maioria dos casos (95%) na genitália ou adjacências. • Cancro duro: úlcera redonda, indolor, superfície limpa, firme à palpação, recoberto por material seroso e com base lisa e amarelada. • Cancro duro surge no local da inoculação em média três semanas após a infecção. • No homem é mais comum no prepúcio, glande, meato uretral ou mais raramente intra-uretral. • Na mulher é mais freqüente nos pequenos lábios, parede vaginal e colo uterino. As lesões da sífilis primária podem ocorrer no interior do trato genital, o que as torna difíceis de serem notadas • O cancro regride espontaneamente em período que varia de quatro a cinco semanas sem deixar cicatriz. • Podendo ocorrer também linfonodomegalia. Sífilis Secundária • Após período de latência que pode durar de seis a oito semanas, a doença entrará novamente em atividade. • Na pele, as lesões ocorrem por surtos e de forma simétrica. • Máculas de cor eritematosa, cutâneo-mucosas, não ulceradas • Regiões palmares e plantares é bem característico Na face, as pápulas tendem a agrupar-se em volta do nariz e da boca, simulando dermatite seborréica. Nos negros, as lesões faciais fazem configurações anulares e circinações (sifílides elegantes). • Condiloma lato ou plano: lesão característica da sífilis secundária, extremamente infectante. Na região inguinocrural, as pápulas sujeitas ao atrito e à umidade podem tornar-se vegetantes e maceradas, sendo ricas em treponemas e altamente contagiosas (condiloma plano). Sífilis Latente • É o período após o final do estágio secundário da doença, durante o qual não há manifestações clínicas. • Teste sorológico reativo é o único meio de estabelecimento do diagnóstico. • A latência é dividida em fases inicial e tardia. • A latência inicial compreende o primeiro ano após a infecção secundária., e é mais freqüente a recidiva da doença secundária no paciente não-tratado, pode ocorrer infecção de um parceiro e a mulher grávida tem risco de transmitir a doença para o feto. • O paciente na latência tardia (mais de 1 ano no período de latência) tem risco decrescente de transmissão para o parceiro e para o feto à medida que a latência progride. Sífilis Secundária 2 a 6 semanas após o cancro primário Condiloma lato ou plano Máculas eritematosas, pápulas, pústulas (sifílides) Alopécia Áreas cutâneas despigmentadas (leucoderma sifilítico) Sífilis Latente Não existe sinal externo de infecção Testes sorológicos positivos 30% dos casos – cura espontânea 30% dos casos – sífilis persiste latente 40% dos casos evolui para terciária Sífilis Terciária • Os pacientes nessa fase desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. – Formação de granulomas destrutivos (gomas) e ausência quase total de treponemas. • As lesões são solitárias ou em pequeno número, assimétricas, endurecidas com pouca inflamação, bordas bem marcadas, policíclicas ou formando segmentos de círculos destrutivas. • Sistema cardiovascular: – Mais comum é a aortite (70%), principalmente aorta ascendente, e na maioria dos casos é assintomática. – As principais complicações da aortite são o aneurisma, a insuficiência da válvula aórtica e a estenose do óstio da coronária. • Lesões oftalmológicas: – Atrofia do nervo óptico e alterações pupilares. Neurossífilis – Tabes Dorsalis: lesão das raízes dorsais da medula, perda da propiocepção consciente, perda do tato epicrítico, perda da sensibilidade vibratória e da esterognosia. – Paralisia geral: Neurossífilis parética ou demência paralítica, 15 a 20 anos após infecção inicial. Meningoencefalite crônica e progressiva. Alterações cognitivas iniciais que evoluem invariavelmente para demência. Sífilis Congênita • É o resultado da disseminação hematogênica T. pallidum da gestante infectada para o concepto por via transplacentária. • 70-100% nas fases primária e secundária, • A contaminação do feto pode ocasionar abortamento, óbito fetal e morte neonatal em 40% dos conceptos infectados ou o nascimento de crianças com sífilis. • Baixo peso ao nascer, rinite, hepatoesplenomegalia, rash cutâneo, anemia, lesões ósseas Diagnóstico • Provas Diretas • Encontram sua indicação na sífilis primária e secundária em lesões bolhosas, placas mucosas e condilomas. – Exame em campo escuro – Pesquisa direta com material corado – Imunofluorescência direta • Provas Sorológicas • VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) • Exame do líquor Tratamento
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