Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doença sexualmente transmissível Ana Carolina Picanço Introdução Vamos abordar… Úlceras Genitais 1. SÍFILIS Representa uma doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e a períodos de latência. Na maior parte dos casos, é transmitida pela via sexual. Sua evolução caracteriza-se por episódios sintomáticos (doença ativa) interrompidos por períodos de latência. Apresenta fácil detecção, terapêutica simples, barata, e com alta eficácia. A contaminação durante a gestação implica em acometimento fetal, de gravidade preocupante. Agente Etiológico Treponema pallidum (bactéria espiroqueta anaeróbia de movimentos lentos). Epidemiologia Estima-se uma prevalência de 3,5 milhões de novos casos de sífilis em todo mundo anualmente, os quais são mais prevalentes em países em desenvolvimento. A prevalência no Brasil é estimada entre 10 e 15% no grupo das gestantes. Classificação Transmissão A infecção ocorre na sífilis recente pelo contato e na sífilis latente por meio do fluido corporal (principalmente pelo sangue). A grande maioria dos casos ocorre através do contato sexual, e uma menor parte através da transmissão vertical ou transfusão sanguínea. O contágio pode ser direto, quase sempre genital, e, mais raramente, cutâneo e bucal. A espiroqueta é capaz de penetrar o organismo através da pele ou das mucosas, determinando, no local da inoculação, a lesão característica da fase primária, o protossifiloma. Um terço dos indivíduos expostos a parceiro sexual infectado adquire a doença. Ana Carolina Picanço Formas Clínicas Clinicamente, classifica-se em sífilis primária, secundária e terciária. Denomina-se latência o intervalo aparentemente silencioso entre as manifestações clínicas, detectáveis por sinais e sintomas. Sífilis Primária Caracteriza-se pelo surgimento do cancro duro ou protossifiloma, após uma média de 21 dias do contato sexual (10 a 90 dias) através de pele lesada ou mucosa. Pode estar presente semanas antes dos testes sorológicos se tornarem reativos. • Surgimento do cancro duro (protossifiloma): úlcera única e indolor, coloração rósea, 1-2cm, bordas bem delimitadas, endurecidas e elevadas, fundo limpo, geralmente com adenopatia inguinal; • Em média 21 dias após contato sexual; • A úlcera desaparece em média após 4 semanas, mesmo sem tratamento, sem deixar cicatriz; • A lesão passa despercebida em 50% mulheres e 30% dos homens (indolor) - impede o diagnóstico clínico precoce; • Mulheres: fúrcula vaginal, pequenos lábios, colo útero, parede vaginal, mucosa anal (regiões não visíveis); • Sexo oral: mucosa orofaríngea (lábios e boca); • Porta de entrada para outras IST`s - ↑ 2 a 3x risco de contaminação por HIV. Sífilis secundária Manifesta-se cerca de quatro a oito semanas após o desaparecimento da lesão primária (cancro duro). Aproximadamente 15% dos pacientes apresentam lesão genital no momento do seu surgimento. • Lesões cutaneomucosas, simétricas, localizadas ou difusas; • 85% apresentam linfadenopatia generalizada; • Pode haver sintomas gerais: artralgia, febrícula, cefaléia e adinamia; • Lesões desaparecem espontaneamente em 2 a 6 semanas; • Pode haver novos surtos, cada vez mais espaçados, até entrar no período de latência. Ana Carolina Picanço Lesões características: Roséolas: lesões papulares ou planas eritematosas, que acomete principalmente o tronco. Roséolas palmar e plantar = patognomônico de sífilis secundária; Sifílides: lesões papulo-erosivas, pustulosas e hipertróficas, em cavidade oral, genital, palmas das mãos e planta dos pés (pápulas eritemato- acastanhadas; Condiloma plano: confluência de placas infectantes (≠ condiloma acuminado HPV); Placas mucosas: lesões elevadas nas mucosas; Alopecia irregular: couro cabeludo; Madarose: queda da porção distal das sobrancelhas. Sífilis latente Classifica-se em: - Recente – menos de um ano de evolução; - Tardia – mais de um ano de evolução. A sífilis latente se caracteriza pela ausência de sinais e sintomas. Pode durar de 3 a 20 anos e cerca de 2/3 dos pacientes não tratados permanecem nesta fase indefinidamente e sem complicações. • Recente: < 1 ano de evolução; • Tardia: mais de 1 ano de evolução; • Característica: ausência de sinais e sintomas; • Duração: 3 a 20 anos; • 2/3 paciente não tratados vão permanecer nessa fase, sem complicações por toda a vida; • Diagnóstico: somente sorológico. Sífilis terciária • Sintomas: aparecem 3 a 20 anos após a infecção devido complexos imunológicos = formação de granulomas destrutivos = gomas; • Lesões localizadas: pele e mucosa / coração / sistema nervoso; • Ausência quase total de treponemas; • 1/3 dos pacientes com sífilis secundária evolui para sífilis terciária. Principais apresentações clínicas Ana Carolina Picanço 15% - lesões cutâneo-mucosas: tubérculos ou gomas; 8 - 10% - Neurológicas: tabes dorsalis (desmielinização dos neurônios sensitivos: ataxia, alterações esfincterianas e dores lancinantes, principalmente em MMII), mielite transversa e demência. 10% - Cardiovasculares: aneurisma aórtico devido aortite sifilítica, insuficiência aórtica. Articulares: artropatia de Charcot: neuropatia periférica → traumatismo repetitivo em MMII → destruição articular progressiva → deformidades osteoarticulares pés e tornozelos. OBS: NEUROSSÍFILIS: ≠ sífilis terciária, pode ocorrer em qualquer fase da doença, apresentando sintomas neurológicos. PRECOCE (meningite) e TARDIA (paresia geral, demência, tabes dorsails). Diagnóstico Pesquisa direta Pesquisa da espiroqueta diretamente no material colhido através da raspagem da úlcera, condiloma plano ou nas placas mucosa. Pesquisa em campo escuro do T. Pallidum = padrão-ouro para diagnóstico sífilis primária. Imunofluorescência direta: pouco disponível / limitado - identifica pessoas com história de sífilis tratada e não tratada. Sorologia não treponêmica (vdrl) Testes não treponêmicos são utilizados para rastreio da sífilis, no entanto são relativamente inespecíficos e não são absolutos para sífilis. Podem ocorrer reações falso-positivas, pois o VDRL baseia-se na detecção de anticorpos contra os componentes cardiolipínicos do Treponema pallidum. • Utilizado para rastreio e seguimento do tratamento; • Relativamente inespecífico - outras doenças cursam com VDRL + : LES, SAF, malária, gravidez, leptospirose, tuberculose; • Alta sensibilidade e baixa especificidade; São quantificados através de diluições progressivas (1:2, 1:4, 1:8, 1:16...), e quanto maior a diluição reagente, maior é a concentraçãodo anticorpo. • Reativo 3 a 6 semanas após a infecção ou 21 dias após o aparecimento do cancro duro. Ana Carolina Picanço • Sífilis secundária: maiores títulos / fase latente e terciária: menores títulos. • Negativação: até 1 ano após o tratamento ou pode permanecer positivo por toda vida. Sorologia treponêmica • FTA-Abs e testes rápidos; • Detectam anticorpos contra as espiroquetas ( IgM: infecção recente em atividade e negativa em tempo variável / IgG: positivo permanente); • São os primeiros a positivar: + após 7 a 15 dias da infecção (concomitante ao aparecimento do cancro duro); • São usados para confirmar um teste não treponêmico +; • 85% permanecem positivo por toda vida após tratamento eficaz; • Não há imunidade para sífilis - queda do anticorpo com o tempo - pode se reinfectar várias vezes; • Não é usado para controle de tratamento. Tratamento • DROGA DE ESCOLHA: penicilina G IV - mais usada: penicilina benzatina (exceto na neurossífilis). • única medicação eficaz na gestação: penicilina benzatina, pois é a única que atravessa a barreira placentária. • Reação de Jarisch-Herxheimer: reação adversa ao tratamento devido a eliminação de grande carga de antígenos treponêmicos na circulação. Ocorre 50 a 75% dos pacientes com sífilis recente após iniciar o tio - febre, calafrios, mialgia, cefaléia, exantema e exacerbação das lesões cutâneas / ocorre nas primeiras 24h / cuidados sintomáticos /involução espontânea. Tratamento do parceiro sexual • Deve ser testado e tratado para sífilis. Seguimento: Na sífilis primária ou secundária, os títulos de VDRL caem de forma exponencial, em geral cerca de quatro vezes ou dois títulos ao fim dos primeiros três meses, e de oito vezes ou quatro títulos ao fim de seis meses, negativando-se em cerca de um ano para sífilis Ana Carolina Picanço primária tratada e em dois anos para a secundária. Portanto, o seguimento da paciente é longo, e deve ser realizado pela sorologia a cada três meses no primeiro ano e, se ainda houver título, de seis em seis meses no segundo ano. Em gestantes, preconizam-se sorologias mensais. Quando considerar que ocorreu uma falha terapêutica? Se houver elevação de títulos dos testes não treponêmicos em duas diluições (aumento em duas diluições − por exemplo 1:2 para 1:8) ou interrupção do tratamento, repetir a terapêutica. 2. CANCRO MOLE É mais acentuada em populações desfavorecidas economicamente, e em locais com clima quente, como África e norte do Brasil. É comum sua apresentação concomitante a outras DST. Aproximadamente 10% das pacientes com cancro mole podem estar coinfectadas pelo T. pallidum ou pelo HSV. Agente etiológico • Haemophilus ducreyi. Transmissão • Exclusivamente sexual (80% de contaminação); • A investigação para sífilis é obrigatória (10% das pacientes tem coinfecção com T. Pallidum ou HSV); • Mulher pode ser portadora assintomática; • Acomete mais os homens. Apresentação clínica • Úlcera genital extremadamente dolorosa, borda irregular, fundo necrótico, fétido; • Geralmente múltiplas lesões (autoinoculação); • Bordas edemaciadas e eritematosas; • Geralmente acomete fúrcula e face interna dos lábios; • Até 50% apresentam adenopatia inguinal com tendência a supuração. Diagnóstico • Nenhum método possui sensibilidade adequada; • Exame físico: úlcera dolorosa + adenopatia inguinal (principalmente se supurada) - patognomônico; • Cultura: identificação do H. Ducreyi - faz diagnóstico definitivo (difícil realização / 80% sensibilidade); • PCR: alta sensibilidade, caro e pouco disponível. • Segundo a CDC 2015 diagnóstico presumível se: presença de úlceras característica + adenopatía característica + descartar sífilis e HSV. Ana Carolina Picanço Tratamento: • Azitromicina 1g VO – dose única (ESCOLHA) ou • Ciprofloxacin 500mg 12/12h por 3 dias Ou • Ceftriaxona 250mg IM – dose única. • SEMPRE TRATAR OS PARCEIROS SEXUAIS. 3. LINFOGRANULOMA VENÉREO Etiologia: • Apresentação clínica da infecção genital causada por Chlamydia trachomatis. • Sorotipos L1, L2 OU L3 • Disseminação ocorre principalmente por via linfática; • 3x mais comum em mulheres do que em homens; Quadro clínico: • Erosão da pele → adenite → fibrose e destruição; Lesão de inoculação: • Pápula, vesícula ou úlcera indolor na fúrcula de curta duração que some sem sequelas. • A lesão é o local de inoculação. • Frequentemente não é percebida. Disseminação linfática regional: • Ocorre adenite em LN inguinais, são superficiais e dolorosos (bulbões), evoluindo para drenagem de material purulento. • A fistulização ocorre no ponto de drenagem e permanece por período prolongado, fecha um trajeto e abre outro = aspecto de bico de regador. • A supuração e fistulização por orifícios múltiplos (bico de regador) é característico. • Pode haver sintomas gerais: febre, mal-estar, artralgia, .... Sequelas: • A terceira fase surge após alguns meses de processo supurativo linfonodal; • Resulta em estenose e fibrose da vagina e do reto; • Nessa fase há a obstrução linfática crônica, causando edema na genitália externa - característica dessa fase. Diagnóstico • Geralmente o diagnóstico é clínico, não sendo rotineiro a comprovação laboratorial; • Suspeitar: adenite inguinal, elefantíase genital, estenose uretral ou retal; • FEBRASGO: diagnóstico deve ser realizado por meio de Cultura em células McCoy ou por técnica de PCR; • Cultura McCoy: isolar a clamídia a partir de material da uretra, endocérvice e aspirado do LN. Caro e demorado. Ana Carolina Picanço • PCR: técnica mais precisa para o diagnóstico. Alto custo. Tratamento: • Doxiciclina 100mg 12/12h VO por 21 dias (escolha) OU • Azitromicina 1g uma vez por semana por 3 semanas. • O tratamento não faz remissão total da adenopatia e não revertem as sequelas. • Deve realizar drenagem dos bulbões para evitar sequelas. 4. DONOVANOSE Doença crônica progressiva, de baixo contágio. Mais frequente nas regiões tropicais, na raça negra e em pessoas de baixo nível socioeconômico. Acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais. Agente etiológico: Klebsiella granulomatis, também conhecida por Calymmatobacterium granulomatis; • Doença crônica, progressiva, baixo contágio. • Acomete pessoas de baixo nível socioeconômico. • Não é conhecido totalmente o modo transmissão, porém não é somente sexual. • Acomete igualmente homens e mulheres. Quadro clínico •Lesões ulcerativas progressivas e indolores, borda plana e bem delimitada;•Adenopatia inguinal geralmente ausente; •Altamente vascularizada, cor vermelho-vivo, friável; •Autoinoculação: múltiplas ulcerações, bilateral (em espelho), atinge grandes áreas; •Podem se apresentar como hipertrófica, esclerótica e necrótica; •Pode haver infecção secundária; •Geralmente nos lábios vaginais ou intróito. Diagnóstico • Visualização do corpúsculo de Donovan em amostra citológica ou biópsia local. Tratamento • Doxiciclina 100 mg 12/12 h VO por pelo menos 21 dias ou até a cura clínica (ESCOLHA) ou • Azitromicina 1g VO 1x/semana por pelo menos 3 semanas e até a cura clínica ou • Ciprofloxacino 750 mg VO 12/16 h por 3 semanas e até a cura clínica. • Examinar os parceiros sexuais, porém o tratamento empírico na ausência de sintomas não foi estabelecido (baixo contágio) - CDC • MS: não recomenda o tratamento dos parceiros sexuais. Ana Carolina Picanço • Critério de cura: desaparecimento das lesões. 5. HERPES GENITAL Doença incurável e recorrente. É a DST ulcerativa mais frequente, seguida pelo cancro duro. Agente etiológico: •Herpes simplex vírus •HSV-1: maioria das lesões não genitais (herpes labial); •HSV-2: maioria das lesões genitais Vamos nos ater ao estudo do HSV-1 e HSV-2. Embora o HSV-1 esteja associado primariamente à infecção orofaríngea (herpes labial) e o HSV-2 à infecção genital, ambos podem causar infecções em qualquer parte do corpo. •Principal causa de úlcera genital; •Doença incurável e recorrente; •Transmissão sexual, inclusive orogenital; Apresentação clínica Infecção primária • Vesículas genitais que evoluem rapidamente para úlceras muito dolorosas – resolução 10 a 20 dias • Linfadenopatia inguinal dolorosa em 50% dos casos; • Pode haver sintomas sistêmicos: mialgia, febre, cefaléia, astenia; • Locais de acometimento mais comum: lábios vaginais, clitóris, fúrcula e colo. • Pródromos: prurido, ardência, hipersensibilidade, queimação e parestesia. • Após a infecção primária, o vírus ascende através dos nervos sensoriais e se alojam nos gânglios sensoriais - entra em latência. Infecção recorrente • Úlceras dolorosas; • É mais branda, com menor duração, menor liberação viral e menos lesões; • 50% são precedidos de pródromos; • Depende do status imunológico da paciente (febre, trauma, estresse, frio ou calor intenso, imunodeficiência ); • Reativação HSV; • Após primoinfecção: 80% tem recorrência para HSV-2 e 50% HSV-1. Diagnóstico: • Swab da base da úlcera – análise por microscopia eletrônica ou cultura do vírus; • Sorologia: IgG e IgM HSV-1 e 2 - estima-se que 90% da população tenha a IgG + HSV-1 / 22% para HSV-2; • Pesquisa do anticorpo por ELISA não é específico pois não difere HSV 1 e 2; • Diagnóstico clínico nos casos de infecção recorrente. • O rastreio universal não é indicado Ana Carolina Picanço O herpes é uma doença recorrente e incurável. O tratamento possui o objetivo de encurtar o curso da doença, diminuir sua intensidade e recorrências. Cervicite e uretrite 1. URETRITE As uretrites são IST caracterizadas por inflamação da uretra acompanhada de corrimento. Os agentes microbianos das uretrites podem ser transmitidos por relação sexual vaginal, anal e oral. O corrimento uretral pode ter aspecto que varia de mucóide a purulento, com volume variável, estando associado a dor uretral (independentemente da micção), disúria, estrangúria (micção lenta e dolorosa), prurido uretral e eritema de meato uretral. Agente etiológico: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Outros: Tricomonas vaginalis e Ureoplasma. Sintomas: • Disúria, prurido uretral, presença de secreção purulenta pela uretra; • Mais comum em homens; • Maioria das mulheres são assintomáticas. Diagnóstico: • Sinais e sintomas de uretrite + presença de diplococos gram-negativos na bacterioscopia da secreção uretral ou cervical = infecção por gonococo; • Na presença de sintomas o tratamento empírico deve ser empregado se não houver possibilidade de teste diagnóstico. • Gonorréia: até 40% está associado a clamídia. Tratamento: INFECÇÃO POR GONOCOCO E CLAMÍDIA: • Ciprofloxacino 500mg VO dose única + azitromicina 1g VO dose única (escolha) ou • Ceftreaxona 500mg IM dose única + azitromicina 1g VO dose única URETRITE POR CLAMÍDIA • Azitromicina 1g VO dose única (escolha) ou • Doxaciclina 100mg 12/12h por 7 dias. Ana Carolina Picanço 2. CERVICITES O colo é formado por dois tipos diferentes de células epiteliais: epitélio escamoso e epitélio glandular. A causa de inflamação cervical depende do tipo do epitélio afetado. A cervicite ou cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação do epitélio colunar endocervical, ou seja, do epitélio glandular do colo uterino. Agente etiológico: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Quadro clínico • 80% - oligo ou assintomáticas • Quadro clínico inespecífico: • dor pélvica, disúria • Dispareunia e sinusiorragia • cervicite • corrimento mucopurulento saindo pelo canal cervical. • Complicações: DIP, dor pélvica, gravidez ectópica e infertilidade. Diagnóstico (prova): •Coleta de swab endocervical e uretral; •Cultura ágar Thayer-Martin por amostra endocervical - cervicite por Gonococo •Cultura em células de McCoy - amostra endocervical - cervicite por Clamídia. •Testes laboratoriais: ELIZA, PCR, imunofluorescência direta, biologia molecular (NAAT)... Tratamento: INFECÇÃO POR GONOCOCO E CLAMÍDIA: • Ciprofloxacino 500mg VO dose única + azitromicina 1g VO dose única (ESCOLHA) ou • Ceftriaxona 500mg IM dose única + azitromicina 1g VO dose única. • Tratar o parceiro com ciprofloxacino ou ceftreaxona, CERVICITE POR CLAMÍDIA • Azitromicina 1g VO dose única (ESCOLHA) ou • Doxaciclina 100mg 12/12h por 7 dias •Tratar parceiro: azitromicina 1g – dose única FIM. Ana Carolina Picanço
Compartilhar