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LEI 123 ALEXANDRO NAPOLEÃO

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Tecnólogo em Gestão Ambiental
LEI Complementar N° 123/2006
Santarém - Pará
2017
LEI Complementar N° 123/2006
Jandex de Souza Neves 
Monica Campos de Jesus
Raquel Branches dos Santos
Tiago Vasconcelos Fantin
Vitória Gabriela Bentes Pereira
Trabalho Apresentado ao
Curso Gestão Ambiental dá
Fit-Unama Faculdade Integrada do Tapajós,
Para a Disciplina Direito Empresarial.
Alexandro Napoleão.
Santarém – Pará
2017
Santarém - Pará
2017
INTRODUÇÃO
	O objetivo dessa pesquisa é analisar quais foram os resultados efetivos trazidos pela lei complementar 123/2006 para as microempresa e empresa de pequeno porte.
	Trata-se de uma Lei que estimula a desoneração e desburocratização dos processos de abertura, funcionamento de empresas. Sobre as necessidades de se criar instrumentos que facilitam as condições para a criação e aprimoramento do ambiente legal das microempresas e empresas de pequeno porte. Sendo que, por muito tempo vinham recebendo os mesmo tratamentos legais, o que dificultava o crescimento de muitas empresas-micro, não havia lucro. Portanto foi criada a lei geral da micro e pequena empresa, Lei complementar 123/2006, dando-se inicio a essa lei foi que se deu reconhecimento e desigualdade entre grandes, pequenas e medias empresas, criando um ambiente favorável, e favorecendo ao crescimento das menores para que lá na frente se tornassem grandes negócios, sendo lucrativa nacional.
 CAPITULO I
Por muito tempo as micros, pequenas e grandes empresas brasileiras receberam o mesmo tratamento legal, que desconsiderava a desigualdade existente entre elas. Isso dificultava a sobrevivência e o crescimento das empresas menores, que tinham de cumprir as mesmas obrigações dos grandes empreendimentos. No Brasil, 99,2% das empresas são micros e pequenas, e por isso, a dificuldade de permanecer no mercado passou a representar um freio ao desenvolvimento econômico do país.
A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, Lei Complementar no 123/2006, foi criada para resolver estes problemas, pois reconhece a desigualdade entre grandes, pequenas e médias empresas e cria ativamente um ambiente favorável ao crescimento das menores, para que um dia se tornem também grandes negócios. Pois se trata de uma lei de âmbito nacional, ou seja, suas disposições se aplicam em todo o Brasil.
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; 
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias;
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. 
§ 1º Cabe ao Comitê Gestor de que trata o inciso I do caput do art. 2º desta Lei Complementar apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em moeda nesta Lei Complementar.
A lei acima citada foi a que instituiu o Simples Nacional, também apelidado de Super Simples, e teve como alguns de seus objetivos, a unificação no recolhimento de contribuições e impostos (federais, estaduais e municipais), e no cumprimento de obrigações acessórias para as ME´s e EPP´s, além do tratamento diferenciado a elas dispensado na contratação com o poder público.
Como se observa, o objetivo da Lei Complementar nº 123/2006 foi exatamente o de implementar essas disposições constitucionais. Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2008, p. 06), a citada lei “impulsiona o raciocínio empreendedor, remetendo-se ao conceito e necessidade de diminuição dos entraves que possivelmente impactam negativamente no crescimento econômico”.
A aplicação da lei decorre da necessidade de se criar instrumentos que facilitem as condições para a criação e aprimoramento do ambiente legal das microempresas e empresas de pequeno porte.
Trata-se de uma Lei que estimula a desoneração e desburocratização dos processos de abertura, funcionamento e fechamento de empresas. Cria uma gama de oportunidades para que as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte se organizem melhor, vendam mais e, consequentemente, aumentem seus lucros, com crescimento. Isso gera mais empregos e fomenta a economia local, aquecendo a economia nacional. Era necessária uma política que propiciasse um tratamento diferenciado, simplificado e que favorecesse o segmento que mais gera empregos em todo o país (SEBRAE, 2008).
O conceito de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, que era definido pelas Leis 9.317/96 (que tratava do Regime Tributário destas), e 9.841/99 (antigo Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), agora é definido pela Lei Complementar no 123, que institui um novo Estatuto para tais empresas.
Estabelecido, portanto, o conceito legal de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, necessário se faz analisar as disposições concernentes ao presente estudo.
CAPÍTULO II
DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Além de atender a determinado limite de receita brutal anual, devem as pessoas jurídicas, interessadas em se beneficiar do sistema de tributação instituída pela Lei Complementar Nº 123/06. Exercer atividade econômica na forma de sociedade empresaria sociedade simples ou, ainda, como o empresário individual a que se refere o art.966 da Lei 10.406/06.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966
, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);
II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses.
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados.
VEDAÇÕES DA LEI 123/06
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos
termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
ASPECTOS TRIBUTARIOS
De acordo, com o artigo 12, a Lei Complementar institui o Regime Especial Unificado de Tributos e Contribuições, popularmente conhecido como Simples Nacional isso significa dizer o que recolhimento dos seguintes Impostos e Contribuições; Imposto Sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI; Contribuição Sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS; Contribuição para o PIS/PASEP; Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e Imposto de Serviço de Qualquer Natureza – ISS. Todos esses impostos serão recolhidos de modo mensal, mediante á um único documento de arrecadação.
Serão consideradas inscritas no Simples Nacional, em 1º de julho de 2007, as microempresas e empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo regime tributário de que trata a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências, salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação imposta
MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL – MEI
Criado em julho de 2009, o Microempreendedor Individual (MEI) é considerado a porta de entrada para o mundo empresarial. É, atualmente, a maneira mais simples que uma pessoa tem para abrir uma empresa no Brasil e tudo pode ser feito pelo próprio empreendedor. 
Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, altera as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 Cria a figura do Microempreendedor Individual - MEI e modifica partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - Lei Complementar 123/2006.– Código Civil, 8.029, de 12 de abril de 1990, e dá outras providências.
O MEI é uma modalidade de empresa exclusiva para empreendedores individuais e não permite sócios. Além disso, o faturamento anual da empresa não pode ultrapassar R$ 60 mil e só é possível contratar apenas um funcionário. 
ATRIBUIÇOES – MEI
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 47,85 (comércio ou indústria), R$ 51,85 (prestação de serviços) ou R$ 52,85 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
CUIDADOS 
A contabilidade formal como livro diário e razão é dispensada. Também não é preciso ter Livro Caixa.
Contudo, o empreendedor deve zelar pela sua atividade e manter um mínimo de controle em relação ao que compra ao que vende e quanto está ganhando. Essa organização mínima permite gerenciar melhor o negócio e a própria vida, além de ser importante para crescer e se desenvolver. Faturamento superior a R$ 60.000,00 e faturamento até 60 000,00. Nesse caso há duas situações:
1.1 Faturamentos foram maiores que 60.000,00, porém não ultrapassou R$ 72.000,00.
Nesse caso o seu empreendimento passará a ser considerada uma Microempresa. A partir daí o pagamento dos impostos passará a ser de um percentual do faturamento por mês, que varia de 4% a 17,42%, dependendo do tipo de negócio e do montante do faturamento. O valor do excesso deverá ser acrescentado ao faturamento do mês de janeiro e os tributos serão pagos juntamente com o das referentes àquele mês.
1.2 Faturamentos foram superiores a R$ 72.000,00.
Nesse caso o enquadramento no Simples Nacional é retroativo e o recolhimento sobre o faturamento, conforme explicado na primeira situação, passa a ser feito no mesmo ano em que ocorreu o excesso no faturamento, com acréscimos de juros e multa.
OBRIGAÇÕES
1. Relatório Mensal das Receitas Brutas
Todo mês, até o dia 20, o Microempreendedor Individual deve preencher (pode ser manualmente), o Relatório Mensal das Receitas que obteve no mês anterior.
Deve anexar ao Relatório as notas fiscais de compras de produtos e de serviços, bem como das notas fiscais que emitir.
2. Declaração Anual Simplificada
Todo ano o Microempreendedor Individual deve declarar o valor do faturamento do ano anterior. A primeira declaração pode ser preenchida pelo próprio Microempreendedor Individual ou pelo contador optante pelo Simples, gratuitamente.
3. Custo para contratação de um empregado
O Microempreendedor Individual (MEI) pode ter um empregado ganhando até um salário mínimo ou o piso salarial da profissão.
O Microempreendedor Individual deve preencher a Guia do FGTS e Informação à Previdência Social (GFIP) que é entregue até o dia 7 de cada mês, através de um sistema chamado Conectividade Social da Caixa Econômica Federal. Ao preencher e entregar a GFIP, o Microempreendedor Individual deve depositar o FGTS, calculado à base de 8% sobre o salário do empregado. Além disso, deverá recolher 3% desse salário para a Previdência Social.
Com esse recolhimento, o Microempreendedor Individual protege-se contra reclamações trabalhistas e o seu empregado tem direito a todos os benefícios previdenciários como, por exemplo, aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio por acidente de trabalho, doença ou licença maternidade. 
Em resumo, o custo total do empregado para o Microempreendedor Individual é 11% do respectivo salário mínimo. O cálculo é sempre feito pelo valor do salário multiplicado por 3% (parte do empregador) e por 8% (parte do empregado).
É preciso lembrar também que todos os demais direitos trabalhistas do empregado devem ser respeitados. 
CONCLUSÃO
Diante do exposto no presente trabalho, percebe-se que a Lei Complementar 123/06 concedeu inúmeros benefícios às microempresas e empresas de pequeno porte, o que alterou de forma considerável o resultado final dos certames licitatórios.
A lei complementar em comento guarda grande importância por atingir entidades que empregam imenso contingente humano no Brasil, possuindo
grande influência no emprego de mão-de-obra no cenário nacional.
Por muito tempo o micro, pequenas e grandes empresas brasileiras tinha o mesmo tratamento legal, as empresas menores cumpriam as mesmas obrigações dos grandes empreendimentos e a Lei 123/2006 foi criada para resolver estes problemas.
A lei foi tida como constitucional, devido a sua finalidade ser amparada pela Constituição. Ademais, nega-se que medidas severas e concretas devem ser tomadas para que não haja fraude na aplicabilidade da referida lei, para que se 55 impeça que empresas de médio e grande porte se passem por microempresas ou empresas de pequeno porte, o que tornaria os certames injustos e burlaria inúmeros princípios fundamentais.
O objetivo da Lei Complementar 123/06 é estimular a conduta dos micros e pequenos empresários oferecendo-lhes incentivos e benefícios para o desempenho da sua atividade empresária no campo tributário, trabalhista, previdenciário, creditício e outros.
No aspecto tributário não foram contemplados todos os tributos. No campo trabalhista e as obrigações contábeis a ME e EPP tem as mesmas obrigações das empresas de maior porte. O tratamento diferenciado previsto não foi observado. A lei não tratou de modo diferenciado a ME e EPP conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988, ao contrário trataram de modo discriminatório algumas profissões, vedando-lhes o acesso ao SIMPLES NACIONAL.
Bibliografia
SEBRAE - http://leigeral.sp.sebrae.com.br/publicacoes/apresentacao_lei_geral_supersimples.pdf
PORTAL DO EMPREENDEDOR -  http://www.portaldoempreendedor.gov.br/legislacao/leis-e-decretos/lei-complementar-no-123-2006-lei-geral-da-micro-e-pequena-empresa
PLANALTO –
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm
REVISTA TCU – 
http://revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/viewFile/149/146

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